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sábado, maio 27, 2023

Juíza Hardt atende Toffoli e manda suspender ações contra Tacla Duran


Ações criminais foram suspensas, mas não foram extintas

Deu na Folha

A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, mandou suspender os processos contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, conforme determinado do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli. A magistrada mandou que cópias das duas ações da Operação Lava Jato sejam enviadas ao STF.

Com a decisão, ela atendeu a uma determinação de Toffoli, que herdou a relatoria dos processos do ministro Ricardo Lewandowski após a aposentadoria dele, em abril.

ORDENS DE LEWANDOWSKI – Nessa decisão, que consta em despacho de terça-feira (23), Toffoli disse que ordens anteriores de Lewandowski determinando as suspensões não estavam sendo respeitadas.

Tacla Duran trabalhou para a Odebrecht entre 2011 e 2016, e foi acusado na Operação Lava Jato de movimentar R$ 95 milhões para a empreiteira e lavar ao menos R$ 50 milhões por meio de suas empresas na Espanha e em Cingapura, que emitiu notas fiscais frias para Odebrecht e outras empreiteiras, como a UTC.

Desde 2017, o doleiro tem feito acusações contra o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) no que teria sido um caso de extorsão.

NO SUPREMO – Por citar o nome de Moro e Deltan, o caso foi enviado ao Supremo em março passado. Em 2019, Tacla Duran disse ao colunista Jamil Chade, do UOL, que “pagou para não ser preso” e citou uma tentativa de extorsão de US$ 5 milhões.

Moro e Deltan sempre negaram as acusações e têm dito que o caso já foi investigado anteriormente e arquivado por falta de provas.

Hardt assumiu provisoriamente os casos da Lava Jato nesta semana com o afastamento do colega Eduardo Appio, por ordem da segunda instância. O magistrado é investigado por causa de telefonema atribuído a ele feito ao filho do ex-relator da operação, no qual teria fingido ser um funcionário da Justiça.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Tacla Duran está foragido na Espanha há quase dez anos. Por videoconferência, prestou depoimento à CPI da JBL para acusar Moro e Dallagnol. Na ocasião exibiu fotos de celulares como provas. Mas logo se percebeu que eram provas forjadas e Tacla Duran preferiu sumir do mapa. Agora, a fortuna que amealhou com a corrupção das empreiteiras está diminuindo e ele precisa reforçar o caixa, mas Lewandowski suspendeu os processos contra ele. Para ajudar Tacla Duran, o juiz petista Eduardo Appio desrespeitou Lewandowski e colheu novo depoimento do doleiro, por videoconferência, cujo teor vale o mesmo que uma moeda de três dólares. Mesmo assim, a imprensa amestrada vive a enaltecer o doleiro, chamando-o de “advogado” ou “consultor” da Odebretch, e apregoando que ele teria provas contra Moro e Dallagnol, mas é Piada do Ano. Por fim, as ações criminais contra o doleiro estão apenas suspensas. Não foram extintas. (C.N.)


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