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segunda-feira, fevereiro 28, 2022

Ataque cibernético da Rússia atinge embaixada da Ucrânia no Brasil, diz encarregado de negócios

 




O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach.

Anatoliy Tkach orientou interessados em oferecer ajuda humanitária ao país a fazer contato por meio das redes sociais da embaixada.

Por Luiz Felipe Barbiéri

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou neste domingo (27) que os canais oficiais da embaixada ucraniana foram bloqueados por “ataques cibernéticos massivos” feitos pela Rússia.

Ele orientou que os interessados em oferecer ajuda humanitária ao país, alvo de ação militar da Rússia desde quinta-feira (24), devem fazer contato por meio das redes sociais embaixada.

"As autoridades ucranianas estão sofrendo ataques cibernéticos massivos. Também o nosso site, e nosso email, não estão funcionando no momento", disse Tkach a jornalistas durante entrevista na embaixada da Ucrânia, em Brasília.

“Pedimos a todos que entrem em contato conosco, quem tem essa possibilidade, através de nossas redes sociais. Nossos sites e correios eletrônicos oficiais não estão funcionando por causa dos ataques cibernéticos”, afirmou.

De acordo com ele, um desses canais é a página da embaixada no Facebook.

Segundo Tkach, “especialistas técnicos” estão trabalhando para retomar os serviços, mas não há expectativa de quando os canais oficiais voltarão a funcionar.

Negociação

O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, disse neste domingo (27) que concordou em conversar com a Rússia e que o encontro será na fronteira com Belarus, perto de Chernobyl.

'Guerra na Ucrânia entra no 4º dia com confrontos em Kiev e Kharkiv'

A decisão foi tomada após mediação do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko. O anúncio ocorreu no mesmo período do dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, deu ordem para que o comando militar de seu país coloque as armas nucleares de represália em posição de alerta grave.

Os países da União Europeia começaram a entregar quantidades "significativas" de armas à Ucrânia para ajudá-la a se defender contra a invasão lançada pela Rússia, informaram neste domingo (27) várias autoridades europeias.

As entregas aconteceram no sábado (26) e outras serão feitas neste domingo. Elas são "significativas e permitirão que os ucranianos se defendam", disse uma das fontes.

Tkach disse que as experiências da Rússia com Crimeia, Luhansk e Donetsk mostram que o presidente Vladimir Putin tem ambições territoriais que vão além da Ucrânia.

"O assunto é que, se deixar o Putin fazer o que ele quer, se deixar ele ganhar os territórios, ele nunca pára", disse.

Segundo ele, as sanções econômicas já cobram um preço alto da economia russa, mas há espaço para impor ainda mais medidas para sufocar o país e força Putin a desistir da guerra.

"Neste momento, a principal foi o corte do sistema Swift e também o fechamento dos espaços aéreos de todos os países europeus", afirmou.

Balanço

Tkach disse que, embora a Ucrânia venha sofrendo com os ataques, as tropas russas também foram acometidas por "perdas pesadas".

Segundo ele, até o momento foram abatidos:

    27 aeronaves,
    26 helicópteros,
    146 tanques,
    706 veículos blindados,
    49 peças de artilharia, um sistema antiaéreo,
    30 automóveis,
    60 cisternas. 

O encarregado de negócios afirmou ainda que foram feitos mais de 200 prisioneiros de guerra.

G1

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