Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, fevereiro 26, 2022

Ucrânia caiu na lorota do acordo de não-invasão, como se fosse possível acreditar nas grandes potências…

Publicado em 26 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmente

Bairro residencial ucraniano atingido pelos ataques russos

Celso Serra

Na Ucrânia ocorreu um dos piores crimes contra a humanidade. Nos anos de 1931 a 1933, o ditador Stalin, condenou e matou cerca de 12 milhões de ucranianos de todas as idades e sexos, um cruel genocídio, pois foram assassinados pela fome.

Foi o macabro fato histórico que os ucranianos denominam de Holodomor, que é uma palavra ucraniana que significa dizer “deixar morrer de fome”, “morrer de inanição”. Isso foi consumado pelos russos contra os ucranianos.

DIZIA MARX – Na obra “Dezoito Brumário de Louis Bonaparte”, em 1852, escrita por Karl Marx, ele registrou que “a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.”  

No dia 5 de dezembro de 1994, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Rússia assinaram com a Ucrânia um acordo especial. No texto, as três superpotências assumiram a obrigação de garantir a unidade territorial da Ucrânia em troca de que ela renunciasse às armas nucleares. O acordo foi firmado alguns anos após o fim da Guerra Fria, em uma fase de redução das armas nucleares no mundo.

No texto do acordo, Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha e elogiaram a adesão da Ucrânia ao tratado de não-proliferação de armas nucleares. Exigiram, também, que a Ucrânia destruísse todas as armas que possuísse, em troca da garantia de sua integridade territorial.

PROMESSAS VÃS – As três superpotências – Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos – se comprometeram a respeitar a independência, soberania e as fronteiras e também a não ameaçar recorrer à força ou usá-la contra a integridade territorial ou a independência da Ucrânia.

Assumiram também o compromisso de não usar, em nenhuma hipótese, suas Forças Armadas contra a Ucrânia, salvo em legítima defesa ou em outros casos previstos pela Carta da ONU.

Para mostrar a patente intenção de solucionar os problemas que poderiam surgir de modo civilizado, sem qualquer violência –  Estados Unidos, Grã-Bretanha e  Rússia – se comprometeram a recorrer, antes de tudo e sempre, ao Conselho de Segurança da ONU para ajudar a Ucrânia caso o país fosse vítima de um ato de agressão, com ou sem o uso de armas nucleares.

MAIS PROMESSAS… – Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha também assumiram o compromisso de não recorrer a medidas de embargo econômico contra a Ucrânia.

Mais ainda: as três superpotências signatárias do acordo especial se comprometeram a realizar consultas em todas as situações que pudessem colocar em dúvida os compromissos que tinham assumido.

O tempo – senhor da razão e pai da verdade – provou que, pelo menos por parte da Rússia, a Ucrânia foi enganada. E os acontecimentos atuais são fortes indicadores que as armas nucleares, atualmente, são instrumentos de garantia de paz, eficazes agentes de persuasão.

E NO BRASIL? – Em 1990 o presidente Collor mandou fechar o poço na Serra do Cachimbo, no Pará. Aberto pela Força Aérea Brasileira, o poço tinha quase dois metros de diâmetro e um quilômetro de profundidade. O local seria utilizado para testes nucleares. Em atitude cinematográfica, Collor foi até lá e jogou no poço uma pá de cal.

Assim morreu o poder de persuasão do Brasil. Tomara que jamais precisemos dele para salvar a soberania nacional sobre todo o espaço territorial brasileiro, principalmente na Amazônia, sob permanente risco, como a região mais cobiçada do planeta.

Será que os fatos que estão ocorrendo na Ucrânia representam um aviso-alerta para o Brasil, na questão da Amazônia?

Em destaque

Bolsonaro perde apoio e isso nada tem a ver com o indiciamento

Publicado em 25 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Como diz Malafaia, Bolsonaro é “uma porcaria de ...

Mais visitadas