Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, fevereiro 27, 2022

Líderes do Congresso acham que Bolsonaro perde apoio ao não condenar ataques russos

Publicado em 27 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmente

Bolsonaro é criticado por não querer desagradar Vladimir Putin 

Camila Turtelli e Matheus Lara
Estadão

O silêncio do presidente Jair Bolsonaro nas primeiras horas após os ataques russos à Ucrânia pode lhe custar apoios e votos, na avaliação de lideranças do Congresso. Parlamentares cobraram uma posição mais enfática do governo, que até agora continua em cima do muro.

O presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), conversou ao longo do dia com o ministro da pasta, o chanceler Carlos Alberto França, e pediu uma posição mais dura, condenando os atos.

SEM RETALIAÇÃO – “Bolsonaro perde um espaço enorme”, disse Aécio à Coluna. Para ele, não há por que temer retaliação da Rússia, já que os esforços de Vladimir Putin estarão concentrados mais na guerra e menos em possíveis acordos com outras nações.

Já diplomatas brasileiros ouvidos pela Coluna avaliam que a primeira nota do governo sobre os ataques russos à Ucrânia, em que o Itamaraty pede a “suspensão de hostilidades”, representa uma vitória do ministro Carlos França sobre Jair Bolsonaro, que havia falado em “solidariedade” a Putin durante a ida ao país.

No Itamaraty, contudo, há ainda o temor de que o presidente se pronuncie de maneira irresponsável por questões ideológicas, contrariando a tradição diplomática do País, que historicamente defende soluções pacíficas. O conflito na Ucrânia pode ainda ter efeitos para o agronegócio brasileiro, dependente do fertilizante russo. “Há uma preocupação com a interrupção do fornecimento”, disse a presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Teresa Vendramini.

MAIS PROBLEMAS– E o governo tem muito mais problemas. Na bronca com Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, por ter liberado a bancada na votação sobre os jogos de azar no Brasil, a bancada evangélica teve um dia de “desabafos” em seu grupo de WhatsApp.

Aliados de Bolsonaro, Otoni de Paula (PSC-RJ), Marco Feliciano (PL-SP) e Sóstenes Cavalcante (União-RJ) não esconderam o sentimento de que foram “sabotados” por parte da liderança do governo, embora Barros tenha prometido que o presidente vetará o projeto, se aprovado no Senado.

Sóstenes deixou claro que não vê mais Barros como interlocutor do governo na Câmara. “Enquanto eu for presidente, a Frente Parlamentar Evangélica não vai pedir nada ao presidente. Se ele quiser, ele nos peça ajuda. Estaremos ao lado dele, desde que ele peça.”

DEU PRA TI... – Demonstrando publicamente insatisfação com Jair Bolsonaro, o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), dá sinais cada vez mais claros de desembarque da base do governo.

Marcos Pereira tem trabalhado nos votos e nomes mirando a formação da nova bancada do partido no Congresso e é um dos poucos que não cogitaram formar qualquer tipo de federação com outra sigla até o momento.

Motivo: no próximo troca-troca de março, o Planalto está trabalhando para fortalecer preferencialmente a legenda do PL de Valdemar Costa Neto, deixando em segundo plano os demias partidos que formam a base aliada.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Era só o que faltava, diria o Barão de Itararé. Quando Bolsonaro acerta na política externa, buscando a neutralidade e a paz, a grande mídia despeja críticas contra ele, sem parar. Isso é horrível. O Brasil precisa se manter independente na política externa, como sempre foi, desde os tempos do Barão de Rio Branco. Essas críticas a Bolsonaro são oportunistas, indevidas e asquerosas. (C.N.)

Em destaque

A Vergonha de Jeremoabo: Impunidade, Descaso e a Farsa da Ordem

O vídeo que viralizou na internet expõe a crueza da realidade em Jeremoabo: a impunidade reina, a lei do silêncio é violada com desdém, e a ...

Mais visitadas