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domingo, fevereiro 27, 2022

Governadores usam crise na Ucrânia para defender a equalização dos preços de combustíveis

Publicado em 27 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet

Imagem analisada visualmente

Charge do Babu (Arquivo Google)

Camila Turtelli e Matheus Lara
Estadão

Governadores querem aproveitar o calor das discussões sobre os ataques da Rússia à Ucrânia para insistir na criação de um fundo de equalização dos preços dos combustíveis no Brasil, como alternativa à proposta de um valor fixo para o ICMS.

A estratégia será condenar o conflito e ao mesmo tempo tratá-lo como momento oportuno para repensar soluções para os picos da gasolina e do diesel no País.

FALSO ROBIN HOOD – O impacto da crise europeia na cotação do petróleo vai ser objeto de análises nos encontros entre secretários de Fazenda dos Estados com parlamentares. Com o adiamento do debate sobre o tema no Senado, eles querem retomar a discussão com a Petrobras, resistente à ideia do fundo.

“A Petrobras é um Robin Hood invertido, tirando dos mais pobres para dar aos mais ricos”, disse o coordenador do Fórum de Governadores, Wellington Dias (PT-PI) ao Estadão, acrescentando:

“Basta ver o tamanho do lucro da Petrobras para perceber que há um verdadeiro aspirador de dinheiro para lucratividade fácil”.

SEM CONTINGÊNCIA – “Se tivéssemos um governo com alguma eficiência, já teríamos um programa de contingência para ser colocado em prática, mas não há sensibilidade quanto ao impacto deste conflito no cotidiano dos brasileiros, sobretudo os mais pobres”, avaliou o governador João Doria (PSDB-SP).

Os governos dos Estados também já se preocupam com o impacto dos conflitos na Ucrânia para além dos combustíveis, afetando outras importações indispensáveis.

“Vai aumentar muito os alimentos também”, avaliou o governador paraense Helder Barbalho, do MDB, citando o trigo.

ESQUIZOFRENIA? – Do ex-ministro das Relações Exteriores no governo Lula, o embaixador Celso Amorim: “A reação do governo de Jair Bolsonaro à invasão da Ucrânia é esquizofrênica. Cada um faz o que quer. Bolsonaro se solidariza com a Rússia, o vice quer guerra”.

Amorim considera “razoável” a nota do Itamaraty que pediu o fim imediato das “hostilidades” e a retomada de negociações para uma solução diplomática.

Mas há quem tenha achado muito branda para a gravidade da situação.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Amorim está correto. Como diplomata de carreira, sabe que a neutralidade é a posição mais sensata quando se trata de disputas internacionais que deviam ser solucionadas sem guerra, através de mediação, como ensinava o Barão de Rio Branco. (C.N.)

 

 

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