De acordo com a NBC, foi apresentado um plano ao presidente Joe Biden que poderia trazer “abalos consideráveis” para que a operação militar na Ucrânia continuasse.
Segundo oficiais de Inteligência ouvidos pela NBC, esse ataque cibernético seria algo “nunca visto antes” e poderia interromper a internet em solo russo, “desligar” o sistema elétrico e até alterar trilhos ferroviários, um meio de transporte essencial no país de Putin.
Nova política divide o governo
Ainda de acordo com a NBC, membros do governo estão divididos com relação a esse tipo de ataque, pois poderia escalar o conflito de forma ainda mais perigosa. “Tudo que podemos fazer contra eles, eles podem fazer contra nós”, disse um oficial norte-americano.
Autoridades do governo de Washington deixaram claro que a ideia é prejudicar sistemas, e não pessoas. Essa ofensiva cibernética seria uma resposta em casa das sanções não surtirem o efeito desejado.
Esse uso de armas cibernéticas seria uma mudança radical na política americana nesse setor, pois a Casa Branca vem focando mais na coleta de informações pela Inteligência e alguns ataques direcionados, como aconteceu entre 2007 e 2010 com o Stuxnet, malware que causou danos nas instalações nucleares do Irã.
Biden diz que Putin vai "arcar com consequências"
Joe Biden realizou o primeiro pronunciamento depois da invasão russa na Ucrânia. O norte-americano afirmou que "Putin é o agressor. Ele escolheu essa guerra e agora terá que arcar com as consequências".
Na sequência, Biden garantiu que os EUA vão "defender cada milímetro do território da OTAN" e anunciou intensas sanções econômicas à Rússia.
EUA estudam ciberataques para interromper energia elétrica e internet na Rússia
Com a invasão da Rússia a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (23), o presidente dos EUA Joe Biden recebeu a opção de executar diferentes ataques virtuais de larga escala na nação russa, com o objetivo de atrapalhar ou mesmo paralisar as operações militares que estão afetando o território ucraniano.
As informações, publicadas pelo portal NBC News e obtidas através de conversa com funcionários do governo dos EUA, indicam que as autoridades de inteligência e e especialistas virtuais estadunidenses estão propondo que o país utilize suas armas cibernéticas em escalas nunca antes vistas para frear o conflito na Europa.
Entre as opções possíveis de serem executadas, segundo a reportagem da NBC News, estão alterações nos trilhos de trem da Rússia para atrapalhar o abastecimento dos militares, desativação completa da energia elétrica no país e interferência na conexão com a internet da nação russa.
Como os ataques são mais focados em atrapalhar as operações russas do que destrui-las, os funcionários do governo dos EUA que falaram com a NBC News afirmam que eles não seriam considerados atos de guerra.
Ainda de acordo com as fontes da reportagem da NBC News, o governo estadunidense está bem dividido quanto a utilizar ou não esses ataques cibernéticos, por preocupação com a possibilidade de a Rússia responder no mesmo nível — com um dos informantes comentando que tudo que os EUA podem fazer, a Rússia também é capaz.
Da parte do governo dos EUA, pouco após a publicação da reportagem da NBC News, Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do país, emitiu um comunicado afirmando que os relatos não refletem o que realmente está sendo discutido pelo governo estadunidense como uma opção para conter o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Yahoo / DefesaNet