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sexta-feira, junho 06, 2008

Marcelo Nilo acusado de nepotismo

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PSDB), foi acusado ontem pelo apresentador Mário Kertész, da rádio Metrópole, de praticar nepotismo ao manter os namorados das suas duas filhas trabalhando no Legislativo estadual. Apesar de o caso não ser legalmente enquadrado como nepotismo, já que Rômulo Almeida e Marcos Athaíde não são oficialmente casados com as herdeiras do tucano, o assunto incomodou bastante o presidente. Rômulo é chefe da Secretaria Geral das Comissões da Casa. Já Athaíde trabalha na Procuradoria Jurídica da Assembléia.
Questionado se as contratações se enquadrariam em prática de nepotismo – já que os parlamentares votaram no ano passado uma lei do deputado Euclides Fernandes (PDT) que proíbe a prática até terceiro grau –, Marcelo Nilo rechaçou. Ele afirmou que não interferiu na indicação dos quase genros e disse que tudo era “apenas coincidência”. “A indicação não foi minha, foi do superintendente parlamentar Geraldo Mascarenhas, fruto de uns currículos que ele recebeu. Eu nomeei e não poderia vetar uma pessoa por ter um vínculo pessoal com um familiar meu. Isso é um ato de perseguição e não seria justo, já que eles estão no cargo pelos méritos deles”.
Marcos Athaíde trabalha na Assembléia e foi contratado recentemente para atuar na Procuradoria Jurídica da Casa, “cargo que deveria ser ocupado por um funcionário concursado, já que possui salário de R$15 mil e não por um profissional recém- formado”, como ironizou Kertész. O outro quase genro de Nilo é o responsável pela Secretaria Geral das Comissões. Rômulo Almeida trabalha no Legislativo desde a posse do tucano
O radialista fez questão de lembrar ontem que Nilo, que também emprega correligionários e parentes de aliados na Assembléia, a exemplo de uma filha do ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), foi o mesmo a nomear Luís Henrique, filho do prefeito João Henrique (PMDB), em 2005, para um cargo de confiança em seu gabinete, “apesar de o herdeiro do prefeito não ter formação acadêmica suficiente para ocupar o posto”. (Da redação)
Fonte: Correio da Bahia

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