Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, junho 21, 2008

TREs vão levar em conta ficha suja

Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, reunidos no Rio, decidiram ontem que os magistrados vão considerar a vida pregressa de políticos na hora de autorizar o registro de candidaturas para as eleições deste ano. Apesar de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter indicado recentemente que só a condenação na Justiça com todos os recursos esgotados (trânsito em julgado) poderá servir de impedimento para o direito de um candidato concorrer, os juízes regionais indicaram ontem que vão considerar processos enfrentados na Justiça por políticos para conceder os registros.
O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, que compareceu ao encerramento do encontro em um hotel de Copacabana (Zona Sul), reafirmou que a tendência da Corte é considerar que a vida pregressa não é condição de inelegibilidade sem a condenação com trânsito em julgado. No entanto, ele lembrou que os juízes regionais gozam de autonomia e estão livres para tomar as decisões.
No entanto, admitiu, é grande a chance de os candidatos recuperarem o registro ao recorrer ao TSE. "Do ponto de vista técnico, a resposta formal do TSE é apenas uma diretriz. Sinaliza como o TSE entende a matéria e como, provavelmente, vai se comportar no julgamento de eventuais processos (recursos por parte dos candidatos)", disse Britto, que evitou classificar a medida do Colégio como inócua.
O presidente do TRE do Rio (TRE-RJ), Roberto Wider, lembrou que a resolução do TSE não pode inibir um movimento que, apesar de ter começado no Rio, conta com o apoio da maior parte dos magistrados responsáveis pelos tribunais nos estados e da sociedade.
Presidente do TRE do Rio Grande do Norte e do colégio, o desembargador Cláudio Santos lembrou que candidatos já foram diplomados na prisão. "Precisamos evitar isso, que é inaceitável". Questionado se a divergência entre o TSE e os juízes regionais não vai provocar uma batalha jurídica nas eleições deste ano, Ayres Britto foi evasivo: "A minha expectativa é de que as coisas sejam equacionadas com bom senso".
A resolução do Colégio também determina que juízes e servidores da Justiça Eleitoral facilitem o acesso aos processos eleitorais que dizem respeito aos antecedentes dos pretendentes a candidaturas. Ayres Britto, repetiu que deverá levar para o plenário do TSE "nos próximos 10 ou 15 dias" uma proposta de revisão da resolução 22.718 que limita a entrevista de pré-candidatos e levou a promotoria de São Paulo a representar contra o "O Estado de S.Paulo", a "Folha de São Paulo" e a revista "Veja" na Justiça.
O ministro lembrou que sua posição a favor da inexistência de impedimentos para a imprensa escrita, que não se utiliza de concessões públicas, é conhecida por decisões que já tomou. No entanto, ressaltou que não levará uma proposta à Corte.
"Na verdade, eu vou encontrar um espaço na pauta de reuniões do TSE para propor uma rediscussão da matéria. A minha tendência todo mundo conhece. Vamos ver se a oportunidade favorece um repensar coletivo nessa perspectiva de saber se a resolução é compatível ou não com a Constituição, que trata a imprensa como irmã siamesa da democracia. Não há liberdade de informação, senão com a imprensa livre", disse. Os magistrados do colégio de presidentes dos TREs também enviou ao TSE um pedido para proibir que mensagens eleitorais sejam enviadas por celulares.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Em destaque

Afinal, por que Costa Neto foi indiciado no inquérito do golpe?

Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email De repente, Costa Neto virou um tremendo conspir...

Mais visitadas