Leandro Mazzini
O presidente do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), anda desanimado com sua turma. Recebeu a coluna ontem na residência oficial para um bate-papo e mostrou-se preocupado com o futuro da Casa. Eram 9h quando ligou para a secretária-geral da Mesa Diretora, Cláudia Lyra, e pediu providências sobre a pauta. Esbarrou no primeiro obstáculo. O depoimento do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, sobre o caso Varig – que mais tarde seria adiado – atrapalharia o andamento dos trabalhos.
Garibaldi mostrou-se, até o momento deste mandato tampão, uma voz independente em relação ao Planalto. Há uma cumplicidade entre os poderes. Ele não tem falado com Lula, e acha isso bom, para preservar-se. E Lula sabe que logo ele sairá dali. Prevê que a CSS vai arrastar-se pelo segundo semestre. Reformas política e tributária, só ano que vem. Para Garibaldi, a oposição só se preocupa em atacar Lula. Sequer apareceram líderes dia desses para votar. Se é que ainda existe oposição.
Hora H
O Ministério Público Federal investiga um conhecido e muito influente advogado paulistano. Seu escritório é suspeito de facilitar a emissão de certidão negativa de débito a grandes empresas.
Palocci ‘reloaded’
Há um forte movimento palaciano para ressuscitar Antonio Palocci que, apesar de enterrado como ministro, vive nas alturas com o presidente Lula. Tudo vai depender de o Supremo Tribunal Federal não acolher a denúncia do chefe do MP sobre a quebra de sigilo do caseiro Francenildo.
O prêmio
Uma vez liberado, Palocci estaria a caminho de volta para a equipe econômica de Lula na próxima minirreforma ministerial, ano que vem.
Na chapa
Começou a fritura do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, patrocinada por metade do PMDB que não gosta dele. A outra metade, que não está nem aí, vai só assistir. A senha foi a convocação dele para prestar esclarecimentos no Senado sobre verbas da Funasa.
Na fila
Temporão é outro titular que corre o risco de rodar na eventual minirreforma do fim do ano. Um médico, deputado paulistano, muito benquisto na Câmara, pode herdar seu lugar.
De peito aberto
Temporão tornou-se exemplo de ministro. Lançou fortes campanhas – contra bebidas e cigarro – e também deu a cara a tapa contra a Igreja por defender o aborto em casos especiais, além das pesquisas com células embrionárias.
De peito aberto 2
Isso provocou a ira de vários setores. Há pressão via lobistas da indústria da morte e via Igreja. O lobby, claro, contorna-se. Os cristãos, idem – o Estado é laico. Mas não ter o apoio político e auxílio do PMDB é o que lhe dá méritos, levando-se em conta o partido que está aí.
Tucano na TV
O PSDB leva ao ar hoje à noite seu programa de 10 minutos. Vai lembrar os feitos da era FH e, principalmente, vai mostrar o lado bom das privatizações – uma incômoda ferida eleitoral para o partido. Dizem os tucanos que Lula vai gostar mais deste programa.
Estrelas demais
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Justiça) se estranham sobre política. 2010 explica. Mas o gaúcho ganhou outra adversária durona. A mãe do aloprado Lauro de Faria, a governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB).
Metralhadora potiguar
Wilma jura inocência do filho. Ligou para Tarso e falou bem da cria. Em vão. O rapaz continua preso, resultado de uma operação da PF sobre contratos fraudulentos no Estado. Wilma, então, disparou a falar mal de Genro.
Royalties
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) explicou à coluna o movimento sobre os royalties. Lembrou que o debate está truncado. Não tem essa história de a disputa tirar dinheiro do Rio. Primeiro, diz que é preciso urgentemente uma redistribuição equivalente entre as cidades beneficiadas, para evitar disparidades gritantes.
Fundo do óleo
Segundo, Mercadante defende a criação de um fundo soberano fomentado pela extração no pré-sal dos novos campos, área que abrange 160 mil km na costa de quatro Estados. Esse fundo é essencial para o setor. A Noruega, lembrou, é pioneira e exemplo a ser seguido.
Fonte: JB Online
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