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terça-feira, junho 17, 2008

Geddel “bate” em Imbassahy e em ACM Neto

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) voltou suas baterias ontem contra o prefeiturável Antonio Imbassahy na convenção do PMDB que escolheu João Henrique como candidato do partido à reeleição. Geddel deixou claro que o ex-prefeito não terá sossego.
ENTREVISTA
Qual a avaliação o senhor tem da convenção de hoje? Essa pode ser uma cartada decisiva para a reeleição do prefeito João Henrique. A convenção superou as expectativas e eu tenho certeza que é a grande largada para a reeleição de João Henrique. Com isso, nós estamos lançando cerca de 450 vereadores para levar a cada canto de Salvador a proposta de João Henrique para que dessa forma o povo saiba perceber o trabalho que vem sendo feito pelo prefeito. O que representa o apoio do governador Jaques Wagner à candidatura de JH? Representa muito, assim como o apoio do presidente Lula, que sempre manifestou ao ministro Geddel Vieira Lima que o seu candidato era João Henrique aqui em Salvador, que gostaria que o PT mantivesse a coligação. Esse apoio do governador Jaques Wagner só vem a confirmar isso. O que houve do partido lançar candidato foi apenas uma questão interna. A vontade e o direito de lançar candidatura é de cada partido. Mas a presença dele aqui só vem reafirmar essa aliança que existe entre o governo do Estado, prefeitura de Salvador e o governo do presidente Lula, confirmando o bem-estar da população da Bahia, especialmente, da população de Salvador. A vinda do governador Jaques Wagner reafirma que aliança entre os senhores está cada vez mais forte? Reafirma que nós temos um projeto para a cidade que passa pela aliança entre o governo do Estado, federal e municipal. Não é Antonio Imbassahy, que é do PSDB de oposição ao governo Lula que pode oferecer isto. Não é ACM Neto que queria dar tapa no presidente Lula que pode oferecer isto. Quem pode oferecer isto é a candidatura de João Henrique que tem a sustentá-lo o maior partido da base do governador e do presidente Lula. E é por isso, além de outras coisas, que todas as obras estão aí e nós vamos vencer essas eleições. O senhor acha que foi um erro lançar candidatura própria do PT Quem sou eu para julgar os outros, cabe a população. A eleição está se aproximando e o povo de Salvador é quem vai julgar se foi um erro ou não. Se foi um erro, o seu candidato não passará para o segundo turno e João Henrique passará. E eu espero que esse julgamento o povo faça, mas só ele é capaz de dizer através do voto direto nas urnas de outubro. O que o prefeito pode esperar do Governo do Estado? O prefeito João Henrique vai ter no governo do Estado um parceiro administrativo, um parceiro político para poder continuar as obras que está fazendo agora e responder de forma clara algumas mentiras: por que só agora? Porque ele passou dois anos, tendo o governador do pefelê que nunca admitiu uma parceria real, correta com a cidade de Salvador. Essa coisa está mudando e tenho certeza que nós vamos mostrar que a cidade não quer ficar parada, não quer que as obras parem. E é com isso que nós vamos para as ruas, na campanha, muito otimista, ainda mais com a participação nessa convenção de mais de 5 mil pessoas dizendo que vão apoiar a candidatura de reeleição de João Henrique. E do candidato do PT à prefeitura de Salvador? Quero desejar boa sorte, que possa fazer um bom debate, tendo uma postura com coerência o que deixaria o governador mais à vontade, mas se não for possível no primeiro turno que seja no segundo. Eu tenho absoluta certeza que eles vão nos apoiar no segundo turno e eu não tenho dúvida que a candidatura de João Henrique está crescendo e vai estar no segundo turno para vencer as eleições. O senhor acha que foi traído pelo PT? Isso agora é coisa do passado, temos que olhar para a frente, para o futuro, e olhar para o futuro é dizer a vocês que as obras estão aí, a melhoria está sendo feita na saúde pública, na educação, as obras estruturantes estão aí para todo mundo ver e elas vão continuar com o prefeito João Henrique por mais quatro anos.
Desarticulação de conselho prejudica Wagner
O governador Jaques Wagner prometeu implantar novas relações políticas na Bahia, com o respeito à pluralidade e ao contraditório, a transparência nos métodos de administrar e o culto aos valores republicanos. Mas não procurou balizar suas ações pelo diálogo amplo e eficaz com as forças que a sociedade nomeou para representá-la nesse contexto. A evidência disso nem foi a demora de um ano para instalar com pompa um conselho político composto pelos presidentes de partidos e líderes na Assembléia Legislativa. Pior é o fato de nunca ter promovido uma única reunião desse essencial colegiado em seis meses de existência, gerando quando nada uma dúvida sobre os motivos que levaram à sua criação. Tecnicamente em minoria na Assembléia Legislativa após as eleições de 2006, o governo negociou para atrair apoios a ponto de o próprio Wagner ter relacionado um dia 49 deputados em sua base contra 14 na oposição. Hoje, entretanto, não se sabe se contaria com 15 numa votação secreta, pois a insatisfação, como se comenta nos bastidores, atinge até a bancada do PT. O PMDB, com dez deputados que obedecem a uma voz de comando, deixou de ser confiável depois que os conflitos generalizados gerados pelas eleições municipais - principalmente a de Salvador - expuseram as contradições entre os interesses do governador e os do ministro Geddel Vieira Lima. Por sua vez, PP e PR, que somam dez parlamentares, sentiram que não têm futuro a aliança com o governo e se fixam na velha e conhecida “independência” para não se declararem de oposição. A derrota de quarta-feira, quando o projeto do Executivo que cria a Controladoria Geral do Estado não passou da Comissão de Orçamento da AL, é apenas uma amostra do que poderá ocorrer no futuro. O líder do PR, Elmar Nascimento, que organizou a estratégia definida pelo líder do governo, Waldenor Pereira (PT), como “conspiração”, é membro decisivo não somente na citada comissão, mas também na de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa, e não parece disposto a contemporizar. (Por luís augusto gomes)
PR:apoio sem recompensa
O apoio da bancada do PR a Wagner data de agosto do ano passado, e nestes dez meses quatro dos seus integrantes ajudaram a aprovar muitas matérias do interesse do governo. A exceção é Sandro Régis, que desde o início anunciou e manteve seu compromisso com o ex-governador Paulo Souto. O deputado Elmar, entretanto, faz questão de dizer que jamais foi solicitado qualquer cargo ao governador, que lhes acenou para o futuro com uma “proposta de poder”, através da qual os republicanos teriam participação nas decisões para implementar sua marca política à administração. “Tive 12 mil votos em meu município, Campo Formoso, e não tenho lá um vice-diretor de escola que seja, nem mesmo um porteiro. Não pedi nada. O que quero são obras, segurança, medidas para melhorar a saúde e a agricultura”, declarou o líder do PR. Ele disse que sua posição com relação ao projeto da Controladoria não significa uma retaliação, mas uma tentativa de aperfeiçoá-lo. “O governo queria indicar o controlador-geral sem que seu nome fosse referendado pela Assembléia. Além disso, queria poderes para fiscalizar recursos que não seriam dele, quando já há tribunais de contas que cuidam disso. Por fim, queria o prazo de um ano para fazer concurso e prover os cargos da Controladoria. Quer dizer, ia nomear todo o corpo de funcionários sem prestar satisfação a ninguém”, acusou. Com relação à frustrada nomeação de um republicano - o próprio Elmar ou o suplente Pedro Alcântara - para a Secretaria da Agricultura, o parlamentar disse que seu partido não reivindicou nenhum cargo, portanto “o secretário Rui Costa não foi correto ao dizer pela imprensa que teríamos cargos de segundo escalão”. Ele nega ainda que os deputados do PR pretendam, em razão do distanciamento do governo, somar-se ao senador César Borges no apoio a ACM Neto (DEM) para a prefeitura de Salvador. “Uma coisa nada tem a ver com outra. Eu e a maioria do PR temos preferência por Antonio Imbassahy (PSDB), mas nenhuma decisão foi tomada”. (Por luís augusto gomes)
Fonte: Tribuna da Bahia

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