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quinta-feira, junho 27, 2024

A campanha eleitoral reedita o criminoso festival de fake News

 em 27 jun, 2024 8:05

Adiberto de Souza

Antes mesmo de a campanha eleitoral começar pra valer as notícias falsas já estão preenchendo o tempo dos desocupados e, naturalmente, tirado o sono das pessoas atingidas pelas calúnias dos fofoqueiros. A vítima mais recente desses mequetrefes foi o deputado estadual Samuel Carvalho (Cidadania), pré-candidato a prefeito de Nossa Senhora do Socorro. Ontem, o distinto esteve na Polícia Federal para se queixar dos disparos em massa de fake news contra ele. Segundo o parlamentar, números telefônicos de outros estados estão sendo utilizados para disparar notícias falsas visando manchar a sua honra. Ressalte-se que neste ano eleitoral vamos assistir um verdadeiro festival de calúnias para atingir os candidatos, principalmente os majoritários. Cabe ao cidadão avaliar cada informação recebida e só passá-la pra frente se atestar a sua veracidade. Nunca é demais lembrar que quem propaga mentiras é tão culpado quanto quem às cria. Portanto, se ligue para não se complicar depois. Quem avisa, amigo é!

Tapa na macaca

O Supremo Tribunal Federal definiu a quantidade de 40 gramas (ou seis plantas fêmeas) a ser utilizada para diferenciar o usuário do traficante no que diz respeito ao porte de maconha. A quantidade definida foi inspirada no modelo uruguaio. Quem for flagrado usando maconha ou portando até 40 gramas da planta deve receber sanções administrativas, como advertências e cursos educacionais. Essas pessoas não perderão o status de réu primário, não serão consideradas criminosas nem presas. A tese do STF sobre a maconha passa a valer após a sua publicação e será válida até que o Congresso legisle sobre o tema e defina novos critérios. Então, tá!

Longe dos livros

Pesquisa mostra que o maior percentual de leitores na população brasileira está entre os jovens. Feito pelo Instituto Pró-Livro, o estudo revela que dos cinco anos de idade até os 24, o índice de leitores é sempre superior ao de não leitores. Na faixa etária de 14 a 17 anos, por exemplo, estão 14% do total de leitores. No grupo entre 50 e 69 anos se encontram 23% dos não leitores e apenas 12% da população que lê. Crendeuspai!

Descendo a rampa

Um dia após o jornal Folha de S. Paulo publicar que o ministro Márcio Macêdo (PT) vem passando por um processo de desgaste interno no Palácio do Planalto, o petista divulgou imagens dele e de vários outros ministros descendo a rampa do Planalto ao lado do presidente Lula da Silva (PT). Foi durante a entrega dos primeiros 160 ônibus escolares dos três mil que serão distribuídos aos municípios pelo governo federal. Macêdo escreveu na postagem no Instagram que “é educação de qualidade e com os instrumentos necessários chegando cada vez mais longe e lá vejo desenvolvimento para todos”. Marminino!

Viva o boi!

É lastimável que parcela considerável da sociedade defenda as cruéis vaquejadas. Diferente do que dizem seus organizadores, os participantes da chamada pega do boi usam açoites, luvas com pequenos pregos para sustentar a cauda do animal e introduzem pimenta via anal. Ademais, a queda provoca luxações internas nos bois e, muitas vezes, até fraturas. Por tudo isso, a vaquejada é um espetáculo de pura covardia. Só Jesus na causa!

Negócio bom

A expansão da fé no Brasil acontece em ritmo intenso: uma nova organização religiosa surge por hora no país. Nas últimas três décadas, o número de evangélicos cresceu rapidamente no Brasil, onde a espiritualidade tem um papel preponderante na sociedade. Segundo o jornal O Globo, a facilidade para a abertura de novas igrejas, o fortalecimento do movimento neopentecostal e a crise econômica são apontados como motivos que podem explicar o fenômeno. Ademais, enquanto tiver ingênuos neste Brasilzão de meu Deus, vai ter pastor ficando rico. Pé de pato mangalô três vezes!

Maratona eleitoral

Para os pré-candidatos a prefeito não existe esse negócio de ficar esperando o apoio político bater em suas portas. Todos os dias, eles percorrem quilômetros nas zonas urbana e rural de seus municípios para sentir o clima político e pastorar o gado, espalhado no imenso curral eleitoral.  A disposição do concorrente à cadeira de prefeito de percorrer o município vai aumentar durante a campanha que se avizinha, pois a presença física do candidato conta muito na hora de o eleitor definir o voto. Ademais, muita gente aguarda não apenas o caloroso abraço do dito cujo, mas uma ou mais oncinhas – quem sabe um vistoso lobo-guará – para sacramentar o apoio político. Misericórdia!

Festa na tribo

Os indígenas da tribo Fulkaxó participaram, em Aracaju, da assinatura do contrato de compra da fazenda Soloncy Moura, no município sergipano de Pacatuba, na região do baixo São Francisco sergipano. A área adquirida pelo governo de Sergipe tem 44,84 hectares e custou R$ 1,6 milhões. Os recursos foram oriundos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Mais de 100 famílias de indígenas foram beneficiadas com a posse definitiva da terra. A iniciativa teve como finalidade preservar a identidade, o modo de vida e a cultura indígena no estado. Supimpa!

Mais Médicos

E o senador Rogério Carvalho (PT) comemorou a abertura de novas vagas do Programa Mais Médicos para Sergipe. Pelo edital do Ministério da Saúde, serão beneficiados com um profissional, cada, os municípios de Aquidabã, Aracaju, General Maynard, São Cristóvão, Tobias Barreto, Tomar do Geru e Umbaúba. O petista afirmou que como relator da primeira versão do Mais Médicos, ficou “extremamente feliz em ver os frutos do nosso trabalho sendo colhidos”. Os prefeitos têm sete dias para confirmar as novas vagas por meio da plataforma e-Gestor. Legal!

ICMS alterado

Os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei propondo uma nova regra sobre o ICMS em caso de transferência de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte, seja dentro ou fora do estado. A propositura altera, acrescenta e revoga dispositivos da Lei 3.796, de 26 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o ICMS. O objetivo do Projeto aprovado pela Assembleia foi adequar a Lei Estadual à nova regra do tributo trazida na Lei Complementar (Federal) n° 204, de 28 de dezembro de 2023. Pois tá!

Nova aracajuana

A secretária estadual da Fazenda, Sarah Tarsila Araújo Andreozzi, é a mais nova filha de Aracaju. A ilustre recebe hoje, o título de cidadania em solenidade agendada para às 16 horas, na Câmara Municipal. Autor da proposta, o vereador Fabiano Oliveira (PP) disse que o título é o reconhecimento à trajetória exemplar e às contribuições de Sarah para o desenvolvimento econômico e social da capital sergipana. Nascida em Brasília, a nova aracajuana estudou Ciências Econômicas na Universidade de Brasília (UnB) e, após a formatura, passou em concurso para economista da Universidade de Brasília. Em seguida foi aprovada como auditora do Tesouro Nacional. Em 2023, assumiu a Secretaria da Fazenda. Ah, bom!

INFONET

Alguns aliados atuais mostram que não pretendem apoiar a eleição de Lula em 2026

Publicado em 26 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

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Coalizão de Lula já começa a rachar, antes das eleições

Murillo de Aragão
Veja

As declarações do presidente Lula afirmando que será de novo candidato à Presidência para evitar o retrocesso de um eventual retorno do bolsonarismo ao poder, juntamente com a propaganda eleitoral do PL, na qual Valdemar Costa Neto afirma que Bolsonaro é candidato — e, se não for, escolherá os nomes para a chapa —, em conjugação com as eleições municipais, deflagraram a pré-campanha eleitoral de 2026.

Em uma longa entrevista, Lula atacou Campos Neto, presidente do Banco Central, dizendo que ele não tem autonomia, já que dependeria do mercado. Lula ainda o comparou ao ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, insinuando que Campos Neto teria pretensões políticas. A pressão pública de Lula não mudou o rito do Banco Central sobre a definição da taxa Selic.

FASE PRÉ-ELEITORAL – Esses são exemplos pontuais das movimentações típicas do período que se inicia: declarações bombásticas, propaganda partidária, articulações de bastidores e, obviamente, a disputa municipal.

A campanha deste ano é um momento comparável às eliminatórias da Copa do Mundo, em que apenas os mais fortes avançam para as finais. Os partidos vencedores ficam “cacifados” para as eleições gerais em 2026 e vendem caro o seu apoio.

No âmbito federal, Bolsonaro confia que conseguirá ser elegível. Para alguns, ele seria um melhor cabo eleitoral do que candidato presidencial. Por outro lado, Lula mantém suas cartas fechadas, sem dar espaço para movimentações internas, apesar das especulações sobre supostas pretensões de alguns ministros.

OUTROS FATORES – Ao lado das declarações e movimentações que marcam o início da temporada eleitoral de 2026, as eleições dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que vão ocorrer no início de 2025, também embaralham o cenário da pré-campanha presidencial.

Lula, obviamente, não quer conviver com presidentes do Congresso que não sejam aliados. Já Bolsonaro deseja ter comandantes do Legislativo que o ajudem a ser elegível.

 A equação se mostra complexa também porque os partidos que elegerem os novos presidentes no Congresso podem não estar alinhados com o atual governo. Legendas como PSD, Republicanos e União Brasil, que integram a base de Lula, não devem apoiar uma candidatura petista, salvo uma reviravolta positiva na popularidade do presidente.

TER GOVERNABILIDADE – Enfim, Lula está entre a cruz e a caldeirinha: para ter governabilidade, precisa do apoio daqueles que podem não apoiá-lo em 2026. Como modular as relações de desconfiança? Mas Bolsonaro também enfrenta um dilema: conseguirá anular sua inelegibilidade? Quem seria seu candidato presidencial?

Outro desafio de Lula é iniciar uma pré-campanha eleitoral sem ter um governo organizado e com narrativas consistentes. Fato é que a pré-campanha se inicia cheia de indefinições. Ainda assim, já está em curso. O que não é bom para o país, pois desvia a atenção da política para a disputa pelo poder, e não para o enfrentamento de nossos desafios como nação.

Os dois protagonistas têm grandes desafios. Um não sabe se será candidato e o outro ainda não organizou o governo e terá de enfrentar uma pré-campanha e uma eleição duríssimas.


CNN quer cercear retransmissão do debate Biden/Trump, mas Musk não vai obedecer

Publicado em 26 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

Elon Musk - Notícias e tudo sobre | CNN Brasil

Musk lembra que o público tem o direito de assistir ao debate

Steve Watson
Modernity Press

O proprietário do X, Elon Musk, esclareceu que a plataforma não bloqueará ou removerá transmissões ao vivo e imagens do debate presidencial na quinta-feira, apesar das aparentes exigências da CNN de que as empresas de mídia social não permitam que os criadores usem seu feed.

O podcaster Tim Pool afirmou que a CNN disse que ele não teria permissão legal para transmitir simultaneamente o debate e fornecer seus próprios comentários e verificações de fatos sobre ele.

EXCLUSIVIDADE – O Post Millenial destacou então um e-mail que recebeu da CNN, no qual a rede afirmava que “os debates da CNN são exclusivos da CNN e não podem ser transmitidos ou transmitidos com comentários verbais ou digitais em qualquer plataforma ou site de mídia social por outra parte, que não seja o player incorporável do YouTube por meio do canal CNN no YouTube.”

O e-mail também afirmava, sobre “Uso de podcast”, que “semelhante às regras de transmissão, as organizações de notícias podem usar clipes de áudio (de até 3:00 minutos por vez) em seus programas após o término do debate e devem dar crédito verbal ao ‘CNN Presidential Debate’ ao apresentar o clipe”.

DIREITO DO PÚBLICO – O apresentador Tim Pool então pediu a Elon Musk sua opinião sobre a situação e Musk deu uma resposta clara, dizendo que o público tem direito de assistir ao debate onde preferir.

Isso pode causar grandes preocupações legais, uma vez que outras redes e streamers gostariam de transmitir simultaneamente o debate com seus próprios comentários, mas as diretrizes da CNN podem proibi-lo. Se olharmos para o passado, podemos ver o YouTube e o Twitch cortarem as transmissões ao vivo e até emitirem greves/proibições para aqueles que transmitiram os Debates Presidenciais Democratas da CNN em 2019. Apesar disso, o Timcast pretende transmitir o Debate Presidencial da CNN com comentários e Elon Musk parece apoiá-lo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como se vê, Elon Musk não é de brincadeira e se intromete em tudo que lhe pareça restrição ao direito à informação. Em minha visão pessoal, seu posicionamento é acertado e deve merecer apoio. A CNN está extrapolando em defender supostos direitos que ninguém lhe outorgou. (C.N.)


Ex-comandante da Aeronáutica diz que fiscalização das urnas em 2022 foi adequada

Publicado em 26 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

A imagem mostra um oficial militar de alta patente vestindo um uniforme azul com várias medalhas e insígnias. Ele está sentado e parece estar falando, possivelmente em uma conferência ou reunião. Ao fundo, há uma parede com cortinas claras.

Baptista Junior reafirma o que declarou no seu depoimento

Deu na Folha
Coluna Painel

O ex-comandante da Aeronáutica no governo Bolsonaro, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior rebateu seguidores que criticaram as Forças Armadas nas redes sociais e disse que elas fiscalizaram as urnas na eleição de 2022 e não comprovaram fraudes.

Uma das publicações, feita por um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirma que as Forças Armadas “se acovardaram diante do seu dever, quando o povo clamou, eles fingiram escutar, mas era tudo uma armadilha”.

DENTRO DA LEI – Baptista Junior respondeu que as Forças Armadas “apoiaram o direito de se reunirem e protestarem, dentro da lei”. Ele também afirmou que “elas participaram do processo eleitoral, e não comprovaram fraudes”.

“Qual o dever você acha que elas (Forças Armadas) não cumpriram? Seja claro se precisar usar a palavra golpe. Sinto pelos que sofrem por terem sido usados”, concluiu.

Na sequência, ele rebateu comentários baseados em informações falsas de que as Forças Armadas não teriam tido acesso ao chamado código-fonte das urnas. “Não é verdade. O processo de fiscalização foi adequado. Logicamente, mais poderia ter sido feito, sempre podemos melhorar um processo de auditoria. Pessoas repetem o que escutam, sem conhecimento de causa. Também sobre isso ainda estão sendo usadas para causarem racha no povo”, escreveu Baptista Junior.

DECRETAR GLO – Em depoimento à Polícia Federal em 23 de fevereiro, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior disse que o então presidente Jair Bolsonaro cogitou decretar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para estado de emergência ou estado de sítio, mas foi desencorajado pelo então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que ainda teria ameaçado prendê-lo.

Ainda segundo o ex-chefe da Aeronáutica, o almirante Almir Garnier Santos, então à frente da Marinha, foi o único que teria colocado suas tropas à disposição de Bolsonaro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nada de novo no front ocidental. Tudo isso já foi dito e entendido. De qualquer maneira, é sempre bom recapitular, para não haver controvérsias(C.N.)


Gilmar reina em Lisboa e avisa que não haverá anistia que beneficie Bolsonaro


Gilmar diz à CNN que decisão do STF sobre maconha trata tema como questão  de saúde pública | CNN Brasil

Gilmar diz que Bolsonaro não disputará eleição em 2026

Carlos Newton

Reinando em Lisboa, em sua festa junina anual, o ministro Gilmar Mendes se emociona ao comandar na capital portuguesa o maior evento do país, que este ano reúne cerca de 160 autoridades brasileiras, uma façanha dificílima de ser alcançada por qualquer outro mortal.

O superevento estava marcado para esta quarta-feira, dia 26, Dia de São João, mas na verdade começou segunda-feira, quando o decano do Supremo Tribunal Federal deu entrevista à CNN Portugal e soltou balões, avisando o que vai ou não acontecer na política brasileira neste final da gestão de Lula da Silva, pois faltam dois anos e meio, mas parece que já está acabada.

SEM CLIMA – Para início de conversa, o ministro afirmou que não há clima no Brasil para anistiar os presos pelos ataques aos prédios dos Três Poderes no 8 de Janeiro. Segundo o decano da STF, pesa contra os investigados a gravidade dos fatos.

“É natural que haja esse tipo de dialogo retórico e político pela anistia. Mas não acredito que haja clima no Brasil para um debate sobre anistia diante da gravidade dos fatos que ocorreram” — disse o magistrado em entrevista à CNN Portugal.

Bem, quando ele diz que não há clima no Brasil, na verdade está dizendo que não há clima no Supremo. Há uma distância enorme entre o país e o tribunal, porque os brasileiros podem querer uma coisa e os ministros pretenderem outra. Mas como é o STF que manda, estamos conversados.

BOLSONARO DE FORA – E o internacional Gilmar Mendes foi adiante. Questionado sobre a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que sofreu duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado, o superministro praticamente descartou a possibilidade de Lula ser enfrentado por Bolsonaro em 2026.

“Acho muito difícil. Vamos aguardar a deliberação do tribunal, mas tudo tende a manter a decisão que já foi tomada. Essa tem sido a rotina em casos semelhantes”, assinalou.

Gilmar Mendes realmente manda no país. Mas pode estar equivocado sobre a possibilidade de o Congresso anistiar Bolsonaro e os pés-de-chinelo envolvidos no 8 de janeiro, que foram inadequadamente transformados em terroristas, pegando 17 anos de cadeia, um rigor desnecessário que clama aos céus.

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P.S. 
– As possibilidades jurídicas de reverter a condenação de Bolsonaro realmente estão zeradas, mas os projetos legislativos de anistia estão avançando bem no Congresso, e o futuro a Deus pertence, como dizia Armando Falcão, o ministro da Justiça que Roberto Marinho emplacou no governo Geisel. Mas isso é outra história, de outro ministro. (C.N.)  


Imigração se torna problema central para eleição do presidente nos EUA

Publicado em 27 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

Imigrantes atravessam o rio na fronteira com o México

Fernanda Perrin
Folha

Ana, 23 anos, havia chegado aos Estados Unidos fazia apenas uma semana quando conversou com a Folha enquanto trabalhava no caixa de um restaurante mineiro em Newark, estado de Nova Jersey, uma região tomada por brasileiros.

Como boa parte da comunidade instalada ali, Ana entrou ilegalmente no país — seu nome completo será preservado. Acompanhada do marido e dos dois filhos, um de 1 ano e outro de 3, ela cruzou a fronteira com o México.

PRINCIPAL PROBLEMA – A família é parte do contingente recorde de mais de 9 milhões de pessoas que tentaram entrar no território americano durante o governo Joe Biden, quase o dobro do registrado nos sete anos anteriores.

Em ano de eleição presidencial, a imigração se tornou um dos principais problemas do país na visão de americanos – em 3 de 4 pesquisas Gallup disponíveis até agora, ficou em primeiro lugar, à frente de economia, governo e inflação.

Nessa frente, Donald Trump é visto pela maior parte dos americanos como mais competente do que Biden para lidar com o problema – inclusive pelos próprios imigrantes, como Ana. Apesar de o republicano acusar os estrangeiros de “envenenar o sangue do país” e prometer fazer deportações em massa se eleito, se ela pudesse votar, a escolhia seria por Trump.

DIZ ELA – “Sei que sou imigrante, mas os lugares estão superlotados. Isso dificulta muito a vida das pessoas que vêm com um propósito. As pessoas aproveitaram que tem muitos imigrantes para triplicar o valor do aluguel, ainda não consegui vaga para matricular meu filho na escola”, afirma. “Não ter tantos imigrantes vai ajudar a gente que já chegou.”

Ela está longe de ser exceção na comunidade brasileira. Nos dois quilômetros percorridos pela reportagem entre a rua Ferry e a avenida Wilson, quase todos os entrevistados disseram preferir Trump.

A principal insatisfação com Biden é a economia: o custo de vida disparou, e as vagas de trabalho sumiram, afirmam eles, relacionando ambos os problemas à disparada da imigração.

PEDINDO TRABALHO – “Todo dia aparecem pelo menos umas cinco pessoas pedindo trabalho. A gente fazia cadastro, mas teve um dia que foram 18, até me assustei. Aí paramos”, diz Dacio Bellani, 56 anos , enquanto vende uma ficha para um cliente trocar por um espetinho preparado na frente do mercado em que trabalha.

Maria Oliveira, 52 anos, afirma que está tentando ajudar um conhecido que acabou de chegar ao país a encontrar emprego, mas está difícil. Há 17 anos nos EUA, ela tem direito a voto. Sua escolha? Donald Trump. “As coisas eram melhores com ele, o país estava andando. Agora está um caos.”

O discurso agressivo contra imigrantes do ex-presidente não é um problema para ela, assim como não é para quase nenhum brasileiro entrevistado pela Folha. A visão é de que o alvo do republicano não são os imigrantes trabalhadores, como eles se veem, mas sim os que chamam de mal-intencionados. A promessa de deportação em massa tampouco os preocupa.

NÃO MERECEM FICAR – “O Trump governou por quatro anos com esse discurso contra imigrante, não tem como ele cumprir essas promessas sozinho, ele não vai perseguir um a um. Aqui os imigrantes é que fazem o país, então não vão mandar a gente embora. Vão mandar as pessoas que estão dando problema. Essas pessoas, do meu ponto de vista, não merecem ficar”, diz João Furtado de Paiva, 66 anos, dono de uma loja de móveis e residente nos EUA há 22 anos.

Uma brasileira que preferiu falar sob condição de anonimato conta que atravessou a fronteira há seis anos, durante o governo Trump, junto com o filho, à época com 2 anos. Os dois ficaram detidos mais de um mês até serem liberados. Apesar da experiência traumática, ela acredita que isso seja o correto a ser feito porque funcionaria como uma filtragem de quem chega, barrando criminosos. Se pudesse, elegeria Trump.

Crimes atribuídos a imigrantes em situação irregular no país têm sido usados pelo ex-presidente em ataques a Biden. No discurso republicano, uma suposta onda de violência no país – desmentida por estatísticas, que mostram queda da criminalidade – é consequência do aumento do fluxo migratório.

ESTUPRADOR – Na última semana, por exemplo, a campanha do republicano usou a notícia da captura de um suspeito de estuprar e matar uma jovem para retomar ataques a Biden no mesmo dia em que o democrata anunciou medidas para facilitar a regularização de imigrantes casados com americanos. O homem, segundo a polícia, é de El Salvador e teria atravessado a fronteira ilegalmente em fevereiro de 2023.

“Enquanto americanos inocentes estão sendo espancados, estuprados e mortos por ilegais de Biden, o corrupto Joe Biden não está tomando ações para parar essa invasão e remover predadores violentos do nosso país”, escreveu Dylan Johnson, diretor-adjunto de comunicação da campanha de Trump.

Mas as pesquisas mostram, porém, que imigrantes têm 60% menos chances de estarem na prisão do que a população americana, e sua taxa de encarceramento vem caindo desde 1960.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Na Europa, a imigração é mais grave ainda porque o número de habitantes diminui e os imigrantes podem se tornar maioria(C.N.)

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