Por: Dimas Roque
A tradição das festas de São João no Nordeste está enfrentando um desafio significativo este ano, com a invasão de ritmos diferentes durante os festejos juninos. A reclamação inicial veio do cantor Flávio José, no dia 02 de junho, e desde então a discussão tem ganhado destaque na imprensa. Essa mudança tem levantado questionamentos sobre a preservação da cultura regional e o impacto negativo que ela pode causar nas festividades.
Segundo informações da imprensa local, os produtores do evento solicitaram a Flávio José que diminuísse o tempo de sua apresentação para privilegiar o show de Gusttavo Lima, um renomado cantor sertanejo do Villa Mix. Durante sua própria apresentação, Flávio José expressou sua insatisfação, afirmando que nunca havia recebido um pedido para reduzir sua performance, especialmente em 30 minutos, como ocorreu nesse caso.
Vídeos que circulam na internet mostram o esvaziamento do show de Gusttavo Lima na cidade de Caruaru, em 22 de junho. Com um cachê de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), o valor pago a esse artista supera o de qualquer outro renomado no cenário do Forró. Esses altos cachês pagos a artistas que não fazem parte da tradição forrozeira têm sido contestados pela população. Em muitas das cidades que recebem esses shows, a infraestrutura é precária, com sistemas educacionais deficientes e dificuldades até mesmo no recolhimento do lixo, contrastam os montantes astronômicos pagos para atrair essas "grandes atrações"
Nos últimos anos, as festas de São João têm sido marcadas pela interferência de ritmos antes desconhecidos para o período, resultando da saída do forró autêntico e a entrada do chamado "forró de plastificado". Atualmente, o cantor Wesley Safadão é um dos principais representantes desse novo estilo. Embora a mudança de estilo e som agrade às massas, ela acaba descaracterizando a cultura regional, prejudicando a identidade das festividades juninas
Além da substituição de gêneros musicais tradicionais, prefeitos nordestinos estão buscando atrair artistas com grande apelo popular, mesmo que suas músicas não tenham qualquer relação com o período junino. Artistas de Axé Music, Arrocha, Pop Rock e Pagode têm ajustado seus repertórios e invadido a maior festa popular do Brasil, sem que medidas sejam tomadas para preservar a tradição do forró.
É possível que continuemos a testemunhar reclamações por parte de forrozeiros nos próximos anos, diante dessa invasão de outros ritmos. Prefeitos ainda contratarão artistas sem nenhuma relação com o forró, a fim de atrair grandes multidões às praças públicas, com pessoas em busca de uma satisfação momentânea. No entanto, é essencial discutir seriamente se devemos assistir em silêncio a essa invasão e destruição de um patrimônio nacional, como as festas de São João no Nordeste. Certamente, o velho Luiz Gonzaga, grande ícone do forró, não ficaria nada satisfeito ao ver o que estão fazendo com essa tradição regional.
Destacar a preocupação com a preservação da tradição do forró nas festas de São João do Nordeste não é uma defesa de mercado, é mais para enfatizar a descaracterização cultural causada pela invasão de outros gêneros musicais. Além disso, ressaltar o impacto financeiro e social dessa mudança, é para questionar mesmo o uso de altos cachês para atrações que não fazem parte da identidade junina. É fundamental refletirmos sobre as consequências a longo prazo e buscarmos soluções que preservem o patrimônio cultural e musical da região nordestina.
https://www.dimasroque.com.br/2023/06/estao-matando-tradicao-no-sao-joao-do.html?m=1
Nota da redação deste Blog -Companheiro Dimas,
aproveito essa sua oportuna manifestação construtiva e educativa, para tecer comentários concernetes ao assassinato do Tradicional e Centenário São João de Jeremoabo.
É realmente uma situação bastante incomum e lamentável o que aconteceu em Jeremoabo. Parece que houve uma série de eventos infelizes durante as festividades juninas na cidade. A contratação do cantor Wesley Safadão por uma quantia tão alta de dinheiro certamente levanta questões sobre as prioridades financeiras do prefeito. É preocupante que, em meio a esse gasto extravagante, a conta de energia não tenha sido paga, resultando na interrupção do fornecimento durante a festa, por colocar "gatos" nos barracos.
A falta de energia afetou diretamente os barraqueiros, causando prejuízos significativos e incalculáveis para eles. Além disso, a interrupção NOS BARARCOS e a falta de energia na Praça da Forró certamente causaram transtornos para os habitantes da cidade e o pior para os visitantes, que esperavam desfrutar das celebrações juninas.
É compreensível que essa situação tenha causado um prejuízo moral para os habitantes de Jeremoabo, pois demonstra uma falta de responsabilidade e priorização por parte do prefeito em relação aos interesses e necessidades da comunidade.
É importante que situações como essas sejam avaliadas e medidas sejam tomadas POR FUTUROS GESTORES JÁ QUE ESSE ATUAL É UM CASO PATOLÓGICO DE INSENSATEZ, para evitar problemas semelhantes no futuro, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma adequada e que as festividades sejam realizadas de maneira satisfatória para todos os envolvidos.
Para fecar com chave de ouro, os moradores da Colônia Jeremoabo tiveram o seu sossego interrompido por falta de autoridade do prefeito e seu conluio ao permitir que paredões transformasse Jeremoabo num verdadeiro iferno.