Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, junho 25, 2023

Audiência de jornais pelo Facebook cai 41% desde o começo do ano, mostra relatório

 

Facebook
Foto: Unsplash

A audiência obtida por empresas de mídia através de publicações no Facebook passou de 12% em janeiro para 7% em junho, uma queda de cinco pontos percentuais, ou 41%, segundo relatório da consultoria britânica Echobox.
 

O Social Media Index (SMI) da Echobox mostra a porcentagem de tráfego das publicações que se origina de diferentes redes sociais. Por isso, não inclui plataformas como a busca do Google e o WhatsApp.
 

O gráfico do SMI indica que a atual queda na audiência vinda do Facebook começou em meados do ano passado, após atingir um pico de 15%. Desde então, vem caindo constantemente.
 

De acordo com a empresa, grupos como o Reach, no Reino Unido, e o BuzzFeed, nos Estados Unidos, foram afetados em graus variados pela queda nas visualizações a partir das redes sociais.
 

"É difícil dizer com certeza quais são as causas, mas o Facebook não fez segredo sobre sua intenção de priorizar menos as notícias em sua plataforma e dar maior ênfase ao conteúdo de vídeo, o que naturalmente resulta em menos tráfego por cliques", disse o CEO da Echobox, Antoine Amann, ao site Gizmodo.
 

"Pode ser extremamente desafiador para as publicações depender de plataformas terceiras, com desempenho e receitas severamente impactados por mudanças algorítmicas sobre as quais não se tem controle."
 

Segundo o Gizmodo, a mudança começou em fevereiro e se acentuou nos meses seguintes. Procurada pelo portal, a Meta não se pronunciou.
 

Apesar de ser acentuada, a queda no tráfego do Facebook não é inédita. A mais duradoura, segundo dados da Echobox, ocorreu entre 2016 e 2018, quando a rede social alterou o algoritmo para favorecer conteúdos gerados pelos próprios usuários.
 

No entanto, o Facebook continua sendo a maior fonte de tráfego do tipo para as publicações. Mesmo nos níveis atuais, gera cerca de sete vezes o tráfego do Twitter --a parcela do Instagram é ainda menor.
 

Entre as causas, o relatório da Echobox aponta as disputas regulatórias que as big techs enfrentam em alguns países e o rápido crescimento do TikTok e de conteúdos em vídeo nos últimos anos.
 

A queda do tráfego vindo do Facebook ocorre enquanto países como Austrália e Canadá aprovam leis que obrigam as grandes plataformas a remunerar conteúdo jornalístico.
 

A Austrália foi pioneira com seu código, que entrou em vigor em março de 2021. O modelo determina que veículos negociem de forma individual ou coletiva (para aumentar o poder de barganha) com as plataformas o pagamento pelo conteúdo jornalístico. Caso não cheguem a um acordo, está prevista a arbitragem.
 

As plataformas se opõem ao código de barganha. Quando ele foi adotado na Austrália, o Facebook chegou a bloquear o compartilhamento de notícias na plataforma por uma semana e depois voltou atrás. O Google tinha ameaçado acabar com o mecanismo de busca no mercado australiano se a lei entrasse em vigor, mas não foi adiante.
 

A Meta adotou a mesma estratégia na quinta-feira (22), após o Canadá aprovar projeto semelhante. O texto aguarda sanção da governadora-geral do país, Mary Simon.
 

"Confirmamos que a disponibilidade de notícias será encerrada no Facebook e Instagram para todos os usuários no Canadá antes que o Ato de Notícias Online (projeto de lei C-18) entre em vigor", disse a big tech em comunicado.
 

Segundo o primeiro-ministro Justin Trudeau, as plataformas aplicam "táticas de intimidação".
 

"O fato de que esses gigantes da internet prefiram cortar o acesso dos canadenses às notícias locais a pagar sua parte justa é um problema real, e agora eles estão recorrendo a táticas de intimidação para tentar conseguir o que querem --não vai funcionar", disse Trudeau a repórteres em Ottawa.
 

No Brasil, o PL (projeto de lei) das Fake News incluía o pagamento por parte das plataformas pelo conteúdo jornalístico utilizado, mas, em meio a entraves e forte oposição das big techs, os deputados retiraram a remuneração do texto em discussão na Câmara, para tentar aprová-lo depois em outro projeto separado./

Em destaque

Mauro Cid explodiu com seu advogado e o obrigou a se desmentir

Publicado em 24 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Advogado inventou uma declaração que Mauro Cid n...

Mais visitadas