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terça-feira, junho 27, 2023

Cerrado sofre “desmatamento oportunista”, antes que a legislação fique mais rigorosa

Publicado em 27 de junho de 2023 por Tribuna da Internet

Foto colorida do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho - Metrópoles

Rodrigo Agostinho, do Ibama, apresenta más notícias

Maria Eduarda Portela
Metrópoles

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou ao Metrópoles Entrevista que o Cerrado sofre com o “desmatamento oportunista”. Segundo o chefe da autarquia, antes do endurecimento da legislação ambiental, os criminosos estão destruindo o bioma.

“No Cerrado, a gente percebe que as pessoas estão imaginando que, daqui para frente, não vão conseguir desmatar mais. Então, você tem um desmatamento oportunista. As pessoas estão correndo para desmatar”, afirmou Rodrigo Agostinho.

BAHIA E MARANHÃO – Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento no Cerrado tiveram um aumento de 35% em maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

Apenas em maio, foram destruídos 1.326 km² de reserva nativa do Cerrado. Os maiores índices de desmatamento referem-se aos municípios de São Desidério (BA), Jaborandi (BA), Balsas (MA), Barreiras (MA) e Cocos (BA).

Ainda de acordo com o presidente do Ibama, o desmatamento acontece principalmente em decorrência de uma frágil legislação ambiental que autoriza a derrubada de 75% da savana presente no imóvel privado.

COM AUTORIZAÇÃO – “A gente percebe também que uma parte do desmatamento é autorizada pelos estados. No bioma Cerrado, hoje, a legislação permite que cada proprietário derrube até 80% de sua propriedade. Na Amazônia, é o contrário: você pode derrubar, no máximo, 20%; se for Cerrado amazônico, 35%”, destaca Agostinho.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, conversou com o Metrópoles sobre questões-chave para a fiscalização e proteção ambiental no país. Entre os temas discutidos está o avanço do desmatamento, o garimpo em terras indígenas e a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

Agostinho assumiu a presidência do Ibama em fevereiro deste ano, após indicação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se o desmatamento é autorizado pelo Estado, está  legalizado. Resta ao Ibama apurar se a propriedade rural existe ou se trata de terras devolutas, usurpadas por grileiros. É isso que se precisa saber, mas pelo visto o Ibama não se interessa em investigar. (C.N.)


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