Publicado em 1 de fevereiro de 2022 por Tribuna da Internet
Carlos Newton
Daqui em diante, é guerra de extermínio entre Lula da Silva, Jair Bolsonaro e o candidato da terceira via que se posicionar melhor. E a imprensa está flagrantemente pró-Lula, por motivos que são bem conhecidos. Lula fala em “regulamentar a mídia”, algo que nem existe em democracia, mas os tubarões da imprensa confiam nele, sabem que restabelecerá as verbas de publicidade que Bolsonaro decepou.
Hoje, os jornais e revistas estão numa crise absurda, poucos sobrarão. Quem imaginaria que o Jornal do Brasil, a Gazeta do Povo, o Jornal do Commercio do Rio de Janeiro e o Jornal de Brasília, por exemplo, deixariam de circular?
DECADÊNCIA – Há quem vibre com essa decadência da imprensa escrita, enquanto jornais e revistas estão fechando e as bancas das esquinas sendo transformadas em pontos de venda de biscoito, sorvete, refrigerantes, cervejas, o que for possível vender. Mas é inútil torcer contra, a imprensa não deixará de existir, e na internet os veículos de comunicação serão cada vez mais importantes na vida de todos nós.
Há alguns anos, quando o jornalista Hildeberto Aleluia me disse que a Gazeta do Povo ia deixar de circular no Paraná, passando a funcionar apenas na internet, de início eu nem acreditei. Mas meu amigo Aleluia é um grande estudioso da mídia tradicional e virtual, sabe o que diz.
A verdade é que a imprensa escrita está caída, poucos veículos irão sobreviver, e o presidente Jair Bolsonaro agravou essa crise, ao cortar as verbas de publicidade. Foi um grande erro, pois criou inimigos poderosíssimos e influentes. E desde o início, Bolsonaro está recebendo o troco. Na redações, a maioria dos jornalistas apoia o PT, as notícias políticas seguem essa tendência, os donos dos jornais e revistas nem precisam se preocupar.
ATAQUE CERRADO – Agora na campanha eleitoral, os portais da mídia tradicional (jornais e revistas) estarão fazendo um ataque cerrado e implacável ao presidente Jair Bolsonaro. É um massacre que já começou.
Como sempre comentamos aqui na Tribuna da Internet, as notícias de política necessitam de tradução simultânea. É preciso filtrar as informações e entender que não existe instituto de pesquisa independente. Todos têm contas a pagar e precisam de patrocinadores, que se multiplicam nas campanhas eleitores.
Justamente por isso, não se vê pesquisa que inclua a mais importante pergunta, aquela que indicaria o número de eleitores que não querem votar em Lula ou Bolsonaro, sob hipótese alguma. E é justamente essa “maioria silenciosa” (expressão criada pelo ex-presidente Richard Nixon) que vai decidir a eleição.
MUITOS INDECISOS – Na chamada “pesquisa espontânea”, sem indicar os candidatos, pergunta-se em quem o eleitor pretende votar. O resultado mostra que um terço dos eleitores prefere Lula, outro terço fica com Bolsonaro, Moro, Ciro ou Doria, e o terço restante está indeciso ou votará branco/nulo.
Em tradução simultânea, a eleição ainda não tem vencedor, embora jornais e revistas tentem convencer a opinião pública de que a vitória de Lula já seria um fato consumado, inclusive no primeiro turno, o que realmente “non ecziste”, diria o saudoso Padre Quevedo.
A maioria silenciosa precisa estar consciente dessa situação, para não ser manipulada. Há candidatos que têm chances e merecem ser votados, como Sérgio Moro, Ciro Gomes, João Doria e Simone Tebet. Qualquer um deles é melhor do que Lula ou Bolsonaro, mas a grande imprensa está com o candidato do PT e não abre, porque sabe que ele será o mais “compreensivo” com a mídia, porque já deu mostras disso nos três governos do PT.
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P.S. – O pessoal do Planalto não acredita na altíssima rejeição atribuída a Bolsonaro. ““Temos pesquisas internas que mostram que o ex-presidiário não atinge sequer 30% das intenções de voto no Nordeste”, declarou o senador Flávio Bolsonaro à revista Veja. Ele desqualifica as demais pesquisas. “São totalmente furadas e feitas pelos mesmos institutos que em 2018 diziam que Bolsonaro perdia para todo mundo. Hoje é o mesmo cenário. Bolsonaro continua indo para a rua e sendo bem recebido, ao contrário de seus adversários”. (C.N.)