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terça-feira, fevereiro 03, 2009

Para cientistas Lula tem grande trunfo após eleições no Congresso

Luciana Abade, Jornal do Brasil
BRASÍLIA - Os resultados das eleições do Congresso Nacional que colocaram na presidência do Senado e da Câmara dos Deputados dois caciques peemedebistas, o senador José Sarney (AP) e o deputado Michel Temer (SP) respectivamente, garantem, na opinião dos cientistas políticos ouvidos pelo JB, um apoio maciço ao candidato lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2010.
Para os entrevistados, nem a hegemonia do PMDB, nem a insatisfação dos petistas com o quadro, representam risco de insurgência das duas maiores legendas contra o candidato de Lula em 2010 porque “seria um suicídio político” ir contra um presidente com tanta popularidade. Principalmente o PMDB, que além de não ter unidade, não tem candidato.
– Lula não governa sem o PMDB – afirma o professor do Instituto Universitário e Pesquisa do Rio de Janeiro, Luis Werneck Viana. – Se Lula não tivesse saído da frente de Sarney, ele não teria vencido. O resultado será muito sentido pelos petistas tradicionais, mas logo mais Lula vai retomar o controle da vida partidária.
Na opinião do cientista político Humberto Dantas, a postura de Lula nessas eleições “foi de uma leitura difícil” porque, ao mesmo tempo em que avisou que não iria se envolver, em uma tentativa de não desgastar sua imagem no Congresso, reuniu alguns senadores para pedir que negociassem com seus partidos, mostrando, mais uma vez, “ter uma relação deslizante com os congressistas”.
Dantas acredita que, apesar de estar iniciando seu terceiro mandato à frente do Senado, Sarney, que rompeu uma aliança entre o governo e o PMDB de troca de apoio nas eleições das duas Casas como ocorreu na legislatura anterior, saiu derrotado:
– Saiu derrotado porque só gosta de unanimidades. Ele esperava um jogo mais tranquilo. Essa deve ter sido sua última grande vitória política. Mas sua volta é o retorno do conservadorismo e a manutenção do Senado submetido ao Poder Executivo.
Werneck vai além:
– Por que um homem de quase 80 anos que já foi presidente da República e já divergiu várias vezes com o Senado se candidatou? O segredo está no Maranhão. Ele que devolver o poder ao seu clã.
Para o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto, ao contrário do novo presidente do Senado que será fiel a Lula em 2010, Temer pode dar um pouco de dor de cabeça se resolver apoiar José Serra (PSDB-SP), uma vez que já mostrou ter uma ligação com o governador , ao apoiar Gilberto Kassab (DEM-SP).
– Serão dois pesos pesados trabalhando para lados diferentes. Tratando-se de PMDB, pode dar empate e ele não apoiar ninguém, desde que o partido mantenha suas bancadas na Câmara e no Senado.
Sem garantias
O também cientista político da UnB Octaciano Nogueira, foi o único ouvido pelo JB a discordar que as eleições de ontem começaram a traçar o que será o próximo pleito presidencial. Para o professor, o fato do PMDB ocupar as duas presidências nem chega a ser relevante.
– O PMDB vai apoiar Dilma em 2010? – pergunta Nogueira.– Não necessariamente. O PMDB é o único partido que aceita dissidentes. E distribui apoio de maneira heterogênea nos estados. Qual a ideologia do partido? De quem está no poder.
Nogueira acredita que tanto Temer como Sarney vão apoiar Lula e que nem a decepção do Partido dos Trabalhadores como o novo quadro de comando do Congresso vai gerar insurgências nos próximos anos porque “Lula é muito maior que o PT”.
Fonte: JB Online

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