O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que o partido olha para a sucessão presidencial de 2010 com visão de negócios. Para ele, a legenda vai optar por quem “pagar mais” em troca do apoio, seja Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB), informa o blog do Josias. “O PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais”, disse Simon.
“[O PMDB rendeu-se] à política de quem paga mais. Eles ficam esperando para ver quem paga mais.” O senador criticou o partido, afirmando que a forma de atuação do PMDB não nasceu sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “O PMDB fez de tudo para agradar o Fernando Henrique e conseguiu ‘carguinhos’. Agora faz a mesma coisa com Lula.” As declarações de Simon chegam nas pegadas da entrevista em que Jarbas Vasconcelos (PE) disse à revista “Veja” que “boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”. Jarbas afirmou que o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. “É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.”
“Para que o PMDB quer cargos? Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral.
A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”, disse.
Presidente Lula distribui camisinhas na sua estréia no Carnaval da Sapucaí
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estreou na Marquês de Sapucaí distribuindo camisinhas para o público, assistindo ao desfile de todas as escolas e apadrinhando informalmente a união do sambista Neguinho da Beija-Flor. De chapéu panamá, camisa azul clara florida e calças brancas (as cores da Beija-Flor), Lula chegou ao camarote do governo do Estado às 21h38 de domingo, acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, e do governador Sérgio Cabral (PMDB) e sua mulher. Só deixou o local às 5h15. Tendo como anfitriões Cabral e o prefeito Eduardo Paes, o presidente se animou aos poucos. Acenou para o público e integrantes das escolas, especialmente para a Mocidade Independente e a Beija-Flor, sua escola de coração no Rio. Lula passava alguns minutos à janela do camarote e outros na parte interna, acompanhado de Marisa, Cabral e sua mulher, do vice-governador Luiz Fernando Pezão e do jornalista Sérgio Cabral, pai do governador. Os ministros Orlando Silva (Esporte) e José Gomes Temporão (Saúde) e a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) também o acompanharam.
Foi ao lado de Temporão que Lula lançou pacotes de camisinhas ao público, depois de pôr um deles no bolso. As camisinhas apareceram a pedido do ministro, depois de reclamação da primeira-dama, que vira remédios para dor de cabeça e ressaca oferecidos no banheiro, mas reclamou a ausência de camisinhas. “Disse a ela: “Tem toda a razão!” Pedi à secretaria municipal e logo tínhamos para distribuir”, contou Temporão. Apesar de uma tala no dedão da mão esquerda devido a uma inflamação, Lula batia palmas e ensaiava uma batucada. No fim da noite, mais animado, o presidente bagunçou o cabelo da primeira-dama do Estado, Adriana Ancelmo, que riu, sem jeito, e logo se arrumou. Ao final do desfile, Lula recebeu homenagem de Neguinho da Beija-Flor, que o convidara para ser padrinho de casamento, ontem na avenida. “Alô, meu presidente Lula! Obrigado!”, disse, com uma reverência. Por recomendações da segurança, Lula não foi até o carro de som onde ocorreu a cerimôna
Geddel é o PMDB que busca o poder
Uma hibridez a esta altura histórica marca o PMDB desde que o antigo partido da resistência ao regime militar (1964-1985) juntou-se ao rebotalho da ditadura decadente na aliança que terminou doando a José Sarney a Presidência da República. De um início mais aguerrido na fase da redemocratização, o PMDB desfigurou-se, tornou-se uma organização partidária de muitos e distintos acionistas, constituindo-se de dois blocos que nunca se misturam e orgulham-se de não disputar o poder, mas de viver como tutores à sua sombra.
Nome cada vez mais presente no vocabulário eleitoral do país, o ministro Geddel Vieira Lima é do PMDB, com a vantagem de representar, de certa forma, a síntese do partido, pois tendo sido líder do bloco parlamentar de apoio aos governos tucanos de Fernando Henrique e crítico duro da primeira gestão de Lula, hoje faz parte do ministério. Ninguém, entretanto, se iluda, porque não é como a maioria dos seus correligionários em nível nacional: faz política em direção vertiginosa ao poder, que busca exercer diretamente, não através de delegação.
Por esses motivos de ordem pessoal e partidária, é natural que Geddel seja apontado ora como o vice ideal da chapa de Dilma Rousseff (PT), a candidata do presidente Lula à sua sucessão, ora para vice de José Serra (PSDB), como ocorreu recentemente, pela voz de ninguém menos que o papa peemedebista Orestes Quércia, um dos articuladores da aliança que fez da ex-deputada Alda Marco Antonio (PMDB) vice-prefeita de Gilberto Kassab (DEM) na capital paulista, sob o beneplácito de Serra. Isso amplia o enigma em torno do seu futuro, que tem a vertente preferencial na política baiana: ou sai para o governo enfrentando Wagner ou vai para o Senado na chapa de Wagner. O caso é que, para quem diz que não quer briga, Geddel esgrime com muita facilidade contra o governador, como ao afirmar, em pleno Carnaval, que para ele, “todos os minutos, dias e anos são de trabalho”, não somente 2009.
Mas a questão, reduzida à sua expressão mais simples, é esta: se romper com o governo estadual, o ministro perde força no interior e no mínimo prejudica seu relacionamento com o PT no plano federal, o que reduziria seu cacife dentro do próprio partido para possíveis negociações. Se for ficando no governo, reúne todas as condições para crescer, mas se torna uma espécie de refém moral, pois sair na última hora seria repetir o comportamento que ele tanto condenou no PT de Salvador em relação ao prefeito João Henrique. O radar de Geddel, portanto, tem de estar muito aguçado neste ainda início de ano.
Na política há uma verdade consumada e irreversível, ainda que, de certo modo, lamentável: o futuro sempre será ditado pela conjuntura, independentemente de ideais, programas partidários ou nomes respeitáveis. O próprio governador Jaques Wagner já formulou esse conceito, ao dizer que se seu governo chegar a 2010 como um Boeing, todo mundo vai querer embarcar, da mesma maneira que muita gente pulará fora caso não passe de um teco-teco no fim do mandato.Como três forças disputam os espaços de poder na Bahia e é praticamente impossível que venham a competir isoladamente, o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima permanece na posição privilegiada de quem pode escolher seu caminho. Seu concorrente DEM, capitaneado pelo ex-governador Paulo Souto e pelo deputado ACM Neto, parece inconciliável com o PT do governador Jaques Wagner. Rechaçado como um “inimigo íntimo” pelos arraiais petistas, Geddel não tem interesse nessa briga, e apesar de reiteradamente marcar sua postura autônoma, quer mesmo é seguir adiante com seus espaços no governo. Sabe que romper seria um salto no escuro e que, ademais, como já dito e visto, complicaria seu papel no quadro nacional, onde é frequente aparecer como vice na chapa da colega ministra Dilma Rousseff, embora seja cortejado pelo governador José Serra. Wagner também deseja preservar a aliança que o levou à vitória em 2006, só não pode fazê-lo incondicionalmente, sob pena de arranhar sua autoridade de maior líder político do Estado. Compartilhar o poder com o PMDB não custa mais que o preço atual, mantém tranquila a base parlamentar e afasta Geddel do “PFL” (Por Luís Augusto Gomes)
Justiça Eleitoral cancelará títulos nos municípios de Itabuna e Itapé
A Justiça Eleitoral cancelará título em Itabuna e Itapé se os eleitores que deixaram de votar em três eleições consecutivas não justificarem a ausência. O prazo para a justificativa começou na semana passada, vai até o dia 16 de abril e o cartório eleitoral, na praça Olynto Leone, funciona diariamente das 13 às 19 horas. Além de Itabuna e Itapé, há títulos pendentes em Jussari. De acordo com o chefe da unidade em Itabuna, Cláudio Luís Juiz, o cidadão que não regularizar a situação sofrerá uma série de punções, a começar por multas.
O cancelamento do título eleitoral impede que a pessoa participe de concurso, tome posse em cargos públicos, pratique qualquer ato que exija quitação do serviço militar ou do imposto de renda.
Além disso, explicou Cláudio ao jornal A Região, o eleitor pode ficar sem receber os salários do emprego público, da administração direta ou indireta.As pessoas que estão em situação irregular também não podem tomar empréstimo em autarquias, sociedades de economia mista, institutos e caixas de Previdência Social ou em estabelecimento de crédito mantido pelo governo.
As punições não param por aí. O cancelamento do título impede que a pessoa tire ou renove documentos como passaporte, carteira de identidade, matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.
Com o título cancelado, a pessoa também fica impedida de participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, dos municípios, ou das respectivas autarquias.
Em Jussari estão com pendências apenas dois eleitores. Em Itapé são 57 eleitores que podem ser cancelados.
Caso o título seja cancelado após o prazo determinando pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pessoa não perde o documento. Ela ainda pode requerer ao juiz eleitoral, que vai analisar o caso.
Se houver alguma dúvida por parte do magistrado com relação a documentos ou endereço, um oficial de justiça vai até a residência do eleitor conferir os dados apresentados e só depois o documento é liberado.
Fonte: Tribuna da Bahia
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