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sexta-feira, junho 02, 2023

Eleição para Prefeitura de São Paulo em 2024 torna-se um desafio para a direita

Publicado em 2 de junho de 2023 por Tribuna da Internet

Veja quais são os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo para 2024 -  27/03/2023 - Politica - Fotografia - Folha de S.Paulo

Boulos, Nunes. Salles e Tábata, alguns dos pré-candidatos

Camila Rocha
Folha

Acompanhar as tendências políticas da cidade de São Paulo é crucial para compreender os rumos da política brasileira. Não apenas são parte de sua história lançamentos de lideranças políticas, criação de partidos, sindicatos, associações empresariais e movimentos sociais que alcançaram âmbito nacional, como seu eleitorado eventualmente adianta tendências nacionais.

Marta Suplicy, por exemplo, foi prefeita na cidade pouco antes de Lula conquistar a Presidência pela primeira vez. Já a vitória de João Doria anunciou a ascensão de lideranças de direita mais radicais e ideológicas.

ESTABILIDADE – A despeito de já ter abrigado candidaturas ideologicamente opostas na prefeitura, como Luiza Erundina e Paulo Maluf, é possível afirmar que existe certa estabilidade no eleitorado paulistano.

Desde os anos 1940, as classes altas e média altas votam, em sua maioria, de forma mais ideológica em candidaturas de direita. Na falta destas, recorrem ao voto útil e optam por quem mais se aproximar da defesa de pautas de direita. Historicamente partidos como UDN, PSD, Arena, PFL, PP e PSDB receberam os votos dos paulistanos mais ricos.

Assim, não é nenhuma surpresa que um candidato como Ricardo Salles, advogado de extrema direita formado no Mackenzie, tenha obtido votação expressiva no Itaim Bibi, um dos bairros mais abastados da cidade.

OUTROS EXEMPLOS – Já os moradores e moradoras de antigos bairros operários passaram a votar de forma mais consistente em candidaturas conservadoras de apelo mais popular a partir dos anos 1980.

Em 1945, tais bairros foram responsáveis pela maior votação do Partido Comunista em São Paulo —no entanto, quando o partido se tornou ilegal, o eleitorado operário optou por Jânio Quadros, candidato que se apresentava como contrário ao status quo, a despeito de ser direitista.

Depois, após votarem no MDB nos anos 1970 e 1980, os residentes dos antigos bairros operários optaram por Jânio novamente em 1985 e durante os 1990 aderiram ao malufismo. Não foi um acidente que Bolsonaro tenha obtido suas maiores votações na capital justamente em antigos redutos janistas, como Vila Formosa e Tatuapé.

NA PERIFERIA – Quem habita os bairros periféricos da capital, por sua vez, tende a optar por partidos e candidaturas que representam as demandas dos mais pobres.

Historicamente, tais parcelas do eleitorado optaram por agremiações localizadas à esquerda do espectro político, como PTB, MDB e, atualmente, o PT.

Em situações polarizadas entre esquerda e direita, os habitantes dos bairros de periferia, sobretudo daqueles mais afastados do centro da cidade, tendem a escolher a primeira opção em detrimento da segunda, o que não impossibilita que candidaturas de direita conquistem a prefeitura, sobretudo em situações de crise da esquerda.

CONTRA O BOLSONARISMO – Contudo, a despeito de anos de desgastes sofridos pelo PT, a periferia de São Paulo foi responsável por formar um cordão sanitário contra o bolsonarismo no estado em 2022.

Não só Jair Bolsonaro perdeu na cidade, como também perderam o senador Marcos Pontes e até mesmo o governador Tarcísio Freitas, que procura se apresentar como moderado politicamente.

Ao que tudo indica, Ricardo Salles vai precisar de mais que os parcos holofotes da CPI estapafúrdia contra o MST para ultrapassar os limites do Itaim Bibi.

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