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segunda-feira, agosto 08, 2022

Candidatos que pagam publicações com ataques e desinformação perdem tempo e dinheiro

 Publicado em 8 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet

Pedro do Coutto

Há uma série de candidatos, cujos nomes aparecem na reportagem de Marlen Couto, O Globo deste domingo, que tem pago, absurdamente, pelas publicações de fake news, contendo ataques à pessoas, às urnas eletrônicas e ao próprio sistema eleitoral do TSE.

A reportagem acentua que os financiadores de tais publicações encontraram brechas no Facebook e no Instagram para veicular vinte e um anúncios de junho a julho, procurando transformar o que desejam que aconteça em realidade concreta.

FANTASIA – Trata-se de uma fantasia. Somente esse aspecto já desacredita o conteúdo colocado em circulação que não é levado a sério pela opinião pública, tanto sobre esses exemplos contidos na matéria de O Globo, mas praticamente em relação a todas as fake news que se repetem sem resultado concreto.

Portanto, além de um crime, os autores que pagam por uma publicidade inócua, não levam em conta as pesquisas do Datafolha, por exemplo. Se assim o fizessem, verificariam, como assinala Bianca Gomes, também no O Globo de domingo, que 83% dos eleitores entre 16 e 24 anos, acreditam nas urnas eletrônicas, assim como 76% dos eleitores e eleitoras com mais de 60 anos.

Na média geral, 79% acreditam na absoluta integridade do sistema eletrônico de voto e computação. Portanto, os que gastaram dinheiro pagando por tal publicidade, perderam também tempo e espaço, pois para os seus anúncios pagos poderiam ter escolhido mensagens melhores.

NA CONTRAMÃO – Essas fake news, como o Datafolha comprova, em nada acrescentam aos seus autores, sobretudo em matéria de votos que desejam receber. Caso as fake news se traduzissem em votos para que as divulgassem, seriam outros os resultados. Portanto, não é por aí.

Surge a desconfiança de que por trás da investida, existe também uma sombra a envolver as verdadeiras fontes do desembolso de dinheiro. O Globo, através da NetLab, laboratório vinculado à Escola de Comunicação da UFRJ, fez o levantamento sobre as postagens e o confronto entre postagens nas redes sociais da internet. Os números do Datafolha são de minha conclusão. A pesquisa também revela os nomes dos partidos que se aliaram às fake news e que se transformam em veneno para os seus próprios autores.

A matéria de Bianca Gomes informa que a socióloga Esther Solano e a cientista política Camila Rocha foram as autoras da pesquisa que focaliza a publicidade inútil utilizada na injeção de fake news que termina contaminando ainda mais os que acreditam na perspectiva falsa de transformar a mentira em verdade.

CRECHAS PERIGOSAS –  Reportagem de Fernanda Trisotto, O Globo, revelou neste domingo que o Cadastro Único para pagamento do Auxílio Brasil que agora propõe abranger 20,2 milhões de famílias carentes (cerca de 56,4 milhões de pessoas), pode dar margem à interpretações diversas a quem de fato tem direito a receber, e a inclusão dos que, a exemplo do que já aconteceu, não têm direito algum, mas receberam já no governo Bolsonaro.

Existem, de acordo com a matéria, 8 milhões de invisíveis que surgem da desatualização de parâmetros para a inclusão no Auxilio Brasil. Por quê? Não se compreende. Na falta de identificação é que mora o perigo. O fato exige atenção, pois podem aparecer milhões de beneficiários que, de fato, representam pessoas que não deveriam ser atendidas pelo programa. O problema é grave.

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