por Francis Juliano
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Cruz das Almas, no Recôncavo, tenta descobrir quem assinou um atestado de óbito no lugar de uma médica. Nesta quinta-feira (26), a CPI foi prorrogada por mais 90 dias motivada, principalmente, por esse caso.
O fato dado ainda como de erro médico ocorreu no dia 5 de abril passado, no Pronto Atendimento de Covid-19. Segundo informou a CPI da cidade ao Bahia Notícias, a médica cujo nome foi usado para atestar o óbito e "assumir" o erro, foi ouvida em oitiva na cidade onde ela mora, Uauá, a quase 500 quilômetros de Cruz das Almas.
A profissional, de nome Alana Ferreira, informou que nunca trabalhou nem esteve em Cruz das Almas. A própria médica procurou uma delegacia de Juazeiro, mesma região de Uauá, e registrou queixa apontando ser vitima de falsidade ideológica e falsidade material de atestado ou certidão, artigos 299 e 301 do Código Penal brasileiro.
A suspeita é que a pessoa que assinou em nome da médica trabalha na unidade de saúde onde o caso foi identificado. Na próxima quarta-feira (1°), a CPI deve ouvir novas testemunhas.
Instaurada em 24 de maio passado, a Comissão apura ainda suspeita de troca de vacinas, adulteração e destruição dos cartões de vacinação, falsificação de assinaturas nos mesmos cartões, inconsistência de dados dos boletins informativos, assim como o óbito ocorrido no dia 5 de abril por suposto erro médico.
Bahia Notícias