Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, agosto 27, 2021

Doria agiu acertadamente ao proibir atos contra Bolsonaro, para evitar brigas e depredações

Publicado em 27 de agosto de 2021 por Tribuna da Internet

João Doria achou melhor prevenir do que depois remediar

Deu no Correio Braziliense

As manifestações marcadas para o 7 de Setembro entraram no radar das secretarias estaduais de segurança pública e do Congresso. Isso porque são esperados atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro na maioria dos estados. Ontem, líderes de oposição na Câmara assinaram um requerimento para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres, a explicar as medidas tomadas pela pasta para evitar ataques contra instituições no feriado.

Com temor de protestos violentos, Senado, Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) pediram ao governo do Distrito Federal um reforço na segurança da Esplanada dos Ministérios.

RADICALIZAÇÃO – Fontes ouvidas pelo Correio afirmam que, apesar de ainda não existir um planejamento especial, os militares estão preparados para conter qualquer possível ação violenta. A principal preocupação é com a presença de radicais bolsonaristas, incluindo policiais militares da reserva e da ativa.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou ponto facultativo às vésperas do feriado para evitar aglomerações e confusão. A reportagem questionou o chefe do Executivo local sobre outras estratégias para evitar conflitos e sobre os riscos de manifestações antagônicas. Ele afirmou que “manterá a segurança da população e dos manifestantes pacíficos”, e que o plano de contingência está sendo elaborado pela Secretaria de Segurança (SSP/DF).

Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou um coronel da Polícia Militar que convocou colegas a participar de ato pró-Bolsonaro no Dia da Independência. Por lei, a participação de PMs em atos políticos é vedada. As forças de segurança também estão atentas a vídeos publicados nas redes sociais, nos últimos dias, que incitam a população a praticar atos criminosos e violentos contra o STF e o Congresso.

MUDANÇA DE LOCAL  – Também em São Paulo, a ação Fora Bolsonaro, que reúne mais de 80 movimentos e marcou manifestações contra o presidente da República em todo o país, foi proibida de fazer protestos neste 7 de Setembro. Apesar de ter marcado os atos antes dos bolsonaristas, perdeu o direito de usar a Avenida Paulista, por uma decisão da PM.

Assim, mudaram a manifestação para o Vale do Anhangabaú — palco de protestos históricos das Diretas Já, na década de 1980. Mas ontem os organizadores foram informados de que a manifestação também seria vetada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) mesmo que ocorresse em outro local.

“Nós ficamos chocados com a decisão do governador, porque não compete a ele autorizar ou vetar a realização de atos ou manifestações políticas”, disse Erick Santos, diretor do Movimento Acredito. “As forças de segurança têm o dever de garantir a segurança dos manifestantes. O veto é inconstitucional. Pretendemos recorrer ao STF para garantir nosso direito.”

EM DATAS DISTINTAS – Questionada, a SSP paulista afirmou que “a orientação é que as manifestações sejam realizadas em datas distintas” e que “as forças policiais atuarão em ambas as datas para garantir a segurança e o direito de todos”.

Um dos que incitaram atos violentos no 7 de Setembro, o cantor Sérgio Reis depôs, ontem, na Polícia Federal por causa das ameaças a ministros do STF e por incentivar a invasão e a depredação do prédio da Corte. O artista disse aos agentes que não teve a intenção de propagar discurso de ódio e que está arrependido.

Desde o vazamento de áudios em que conclama manifestantes bolsonaristas a entrarem no STF para “quebrar tudo e tirar os caras na marra”, Sérgio Reis tem declarado que errou e até se desculpou. À PF, acrescentou que não pretende participar do ato que está sendo organizado para o 7 de Setembro em Brasília. O depoimento ocorreu na noite de quarta-feira, por videoconferência, pois o cantor está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, devido a uma infecção na próstata. O quadro de saúde dele é bom.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O governador Doria está certíssimo ao proibir o protesto contra Bolsonaro e evitar confrontos e depredações. Os demais governadores deviam seguir o exemplo, para deixar os bolsonaristas falando sozinhos, sem ter com quem brigar. (C.N.)


Em destaque

PGR só deve denunciar Bolsonaro em fevereiro de 2025; entenda

  PGR só deve denunciar Bolsonaro em fevereiro de 2025; entenda sexta-feira, 22/11/2024 - 10h15 Por Redação Foto: Marcelo Camargo/Agência Br...

Mais visitadas