por Cláudia Cardozo
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra a desembargadora Maria do Socorro, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por supostamente ter recebido um cheque emitido por um ex-gerente do Bradesco. Essa e outras medidas foram determinadas pelo órgão após uma inspeção ocorrida em janeiro deste ano nos gabinetes dos magistrados investigados na Operação Faroeste (veja aqui).
O referido gerente teria sido beneficiado pela desembargadora com um habeas corpus relatado por ela. Ele era gerente da agência do Bradesco localizada na sede do TJ-BA. A reclamação deverá apurar se a desembargadora infringiu o Código de Ética da Magistratura nacional, além de ter cometido eventual crime de recebimento de valores indevidos de parte em processos sob sua condução.
O CNJ também quer saber por qual razão a desembargadora Maria do Socorro utilizou o celular corporativo do tribunal em uma viagem ao exterior. Além disso, a inspeção encontrou inúmeros documentos de natureza "absolutamente privada" nos arquivos de um computador do gabinete, e quer uma apuração sobre os fatos. Outro ponto versa sobre uma possível influência da desembargadora perante uma juíza para julgar improcedente uma ação de um referido advogado. Procurada, a defesa da desembargadora informou que não irá se manifestar no momento.
Bahia Notícias