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terça-feira, maio 26, 2009

Oposição esperneia, mas governo controla CPI

Lula orienta aliados a indicar presidente e relator da comissão que vai investigar a Petrobras. Arthur Virgílio ameaça entrar na CCJ para conseguir mais uma vaga

Mário Coelho
A intenção da oposição de indicar o presidente da CPI da Petrobras esbarrou no Palácio do Planalto. Nos últimos dias, o PMDB negociou a participação no comando da comissão com o PSDB e o DEM, mas o presidente Lula se opôs ao acordo. O prazo para indicação dos senadores responsáveis pela investigação da maior estatal brasileira termina hoje.
Os peemedebistas cobram mais espaço no governo e reclamam das dificuldades criadas pelo PT nas alianças estaduais. Lula demonstrou boa vontade e reafirmou a decisão de não abrir mão de cargos na CPI para os advesários. O Planalto quer evitar que a comissão se transforme em palanque da oposição.
Como tem ampla maioria, a base aliada pode indicar tanto o presidente como o relator da CPI. Ontem pela manhã, após reunião com o presidente Lula e os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gim Argello (PTB-DF), o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, defendeu que os partidos alinhados com o Planalto tenham os dois principais cargos. "Cabe à maioria, através do voto, exercer a maioria e escolher os seus membros. O modelo que eu vi no Senado nesses anos todos é que a maioria sempre escolhia a presidência e a relatoria", disse ao sair do encontro.
Os tucanos ainda buscam o comando das investigações. O nome indicado pelo partido é o do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento de CPI. O DEM também quer o mesmo cargo e defende a indicação do senador Antônio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA). O senador baiano tem mais simpatia do Planalto do que o colega paranaense por ser considerado mais moderado.
A oposição reagiu às declarações de Múcio. Para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), se a base aliada conseguir os dois cargos, as investigações ficarão sob suspeita. O senador afirmou que "a opinião pública vai entender que o governo deve ter muita coisa a esconder". "Uma CPI que parta, tendo o presidente e o relator de um lado só, é uma CPI de um lado só e os seus resultados estarão, seguramente, sob dúvida. Não há ponto e contraponto", declarou à Agência Brasil.
A oposição cobra mais espaço na CPI. Os oposicionistas têm direito a três cadeiras na comissão. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou o pedido feito pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (PSDB-AM), de abrir mais uma vaga para a oposição. O líder tucano cogita entrar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com um recurso para derrubar a decisão de Sarney. Caso isso aconteça, a instalação da CPI pode demorar mais alguns dias.
Desserviço
Enquanto Múcio tenta compor a comissão com o maior número de senadores aliados ao Planalto, outros membros do governo Lula continuam a atacar a oposição por conta da criação da CPI. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que a CPI da Petrobras é um "desserviço ao país". Para ele, a investigação vai servir para antecipar a disputa eleitoral de 2010.
“É um adiantamento do ambiente eleitoral. A Petrobras é uma empresa que deve ser é protegida. Se tem alguma irregularidade para repasse, seja para petista, seja para peessedebista, seja para qualquer outra instituição, tem que apurar tecnicamente. Transformar isso em questão política, hoje, é um desserviço ao país”, afirmou o ministro, segundo a Agência Brasil. Tarso disse esperar que a CPI seja "técnica e profunda".
Fonte: Congressoemfoco

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