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sábado, agosto 30, 2008

Pinheiro ataca “DEM-ônio”

Regina Bochicchio, do A Tarde

O candidato a prefeito de Salvador Walter Pinheiro (PT) e sua vice, Lídice da Mata (PSB), levaram para as ruas, nesta sexta-feira, 29, o clima do debate que aconteceu na noite de quinta-feira, quando o petista foi provocado pelo prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), referindo-se a uma suposta traição do PT quando a legenda saiu de sua administração em cima da hora das eleições deste ano. No debate, a resposta de João Henrique foi suscitada por uma pergunta de ACM Neto (DEM)."O DEM-ônio e o PMDB se juntaram para ir para cima da gente", disse Pinheiro, microfone em punho, defronte à agência do Banco Bradesco, no Comércio, onde fez caminhada pela manhã, ao lado de apoiadores como os deputados Nelson Pelegrino (PT) e Daniel Almeida (PCdoB), além de deputados estaduais, como Bira Corôa (PT), sindicalistas da CUT e Força Sindical. Pinheiro chegou no meio da caminhada e incorporou-se ao grupo."Foi um debate positivo, mas marcado por uma aliança entre aqueles que acharam que podiam esconder as relações do passado. Eles (Neto e João Henrique) se encontraram porque são iguais. João Henrique vem de onde?", disse Pinheiro para A TARDE durante a caminhada. O petista repetiu também que aquilo que o prefeito "canta" como um feito seu teve à frente o PT, PCdoB e PSB, referindo-se às pastas de Saúde, Educação e Emprego e Renda, que eram ocupadas respectivamente por aqueles partidos.MUDANÇAS – Como exemplos, citou os serviços médicos do Samu, o Simm – Sistema de Intermediação de Mão-de-Obra, da área de trabalho e renda, e os avanços na área de Educação. E enfatizou que os recursos vieram por intermediação dos governos do Estado e federal: Wagner e Lula.“Nós tentamos ajudar João Henrique. Na realidade, ele é que se desviou do projeto. Aliás, a história de João Henrique é marcada pela mudança de partido, mudanças abruptas”, concluiu Pinheiro, lembrando da última mudança, do PDT para o PMDB do ministro Geddel Vieira Lima. Na época, João Henrique também foi tachado de traidor pelo presidente estadual da legenda, Severiano Alves. Mas como em política tudo muda rapidamente, atualmente, o PDT faz parte da coligação Força do Brasil em Salvador, de João Henrique. Na lógica dos perdões por "traição", talvez o PT esteja contando com o apoio do PMDB num suposto segundo turno em que Pinheiro esteja na disputa contra outro candidato que não seja João Henrique. E vice-versa.Antes de Pinheiro chegar à caminhada, Pelegrino e Lídice discursaram para militantes e trabalhadores da área, que paravam para ouvi-los. Lídice disse que mesmo com gente dos partidos (PT, PCdoB, PSB e PV) à frente de algumas pastas, "infelizmente, o prefeito não soube governar bem, não soube utilizar o dinheiro para a saúde, que jogava no lixo. Os terceirizados pararam porque não recebiam dinheiro". Lídice lembrou, ainda, do Plano Diretor, dizendo que "João Henrique entregou a orla aos especuladores e grandes empresas".
FONTE: A TARDE

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