Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
É cada vez mais consensual nos meios políticos baianos que nada poderá manter - ou, a esta altura, recompor - a aliança que Jaques Wagner e Geddel Vieira Lima avalizaram para que PT e PMDB conquistassem o governo do Estado em 2006. Embora nem o governador nem o ministro tenham até agora, em termos pessoais, sinalizado para o rompimento, as bases dos dois partidos seguem em direções diferentes, buscando acomodar-se mais de acordo com suas características ideológicas. Não é segredo que, em última análise, a união entre Wagner e Geddel teve como fator determi-nante a oposição ao falecido senador Antonio Carlos Magalhães, cuja forma imperial de fazer política dividia os circunstantes entre os que lhe eram e os que não lhe eram submissos. Geddel ainda tentou, em tempos mais remotos, uma composição com o carlismo, mas após a morte do deputado Luís Eduardo Magalhães o próprio ACM encarregou-se de descartar essa hipótese. A saída de cena do senador, aos seis meses do governo Wagner, deu novos contornos ao desenho. O inimigo comum não mais existia, e por isso se fazia necessário cada um cuidar do seu bornal para a longa caminhada que se anunciava. Deu-se aí a primeira bifurcação: enquanto o PT do governador torcia o nariz para o espólio do antigo PFL, o PMDB do ministro abocanhou-o sem cerimônia e assumiu a liderança entre os detentores de prefeituras pelo interior afora. As eleições municipais acirraram o confronto entre petistas e peemedebistas, colocando-os em campos opostos em importantes municípios, como Itabuna, Jequié, Juazeiro, Itapetinga e Irecê. Mas foi em Salvador que o confronto doeu mais. “Se se confirmar na capital o segundo turno entre ACM Neto e Imbassahy”, argumenta influente arlamentar do PMDB, “aí é que vai se ver o preço de o PT não ter apoiado a reeleição de João Henrique”. (Por Luis Augusto Gomes)
Um “chapão” de Otto a Zé
Na sala do cafezinho da Assembléia Legislativa, deputados do governo e da oposição aproveitam que a sessão de quinta-feira não chegou a ser aberta por falta de número e se dedicam a avaliações e conjecturas, sempre protegidos pelo “off”, isto é, todos falam, mas ninguém quer assumir comentário algum. A certeza é uma só: Wagner e Geddel não estarão juntos em 2010. Certo de que, em nenhuma circunstância, as bases petistas votarão em Geddel, o ministro da Integração Nacional, segundo os parlamentares, bate sem piedade no PT nos discursos de campanha. E não deixa de levar em conta que “todo mundo está vendo que o governo é uma paradeira só”. Sob concordância geral, um líder de bancada completa: “Compare o número de projetos que Paulo Souto mandou para a Assembléia nos dois primeiros anos com os de Wagner”. E com um agravante: os de Souto eram sempre aprovados, enquanto Wagner já enfrenta dificuldades. Não somente a divisão é dada como favas contadas. As articulações já estariam em marcha, apontando para um “chapão” cujos integrantes seriam, naturalmente, Souto e Geddel e, ainda o ex-deputado e ex-governador-tampão Otto Alencar. Na época oportuna, o que estivesse em melhores condições iria para o governo e os restantes, para o Senado. Na vice, o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, que na reta final de oito anos de mandato tenta eleger o deputado Tarcízio Pimenta seu sucessor. Ante a restrição colocada ao nome de Otto, há muitos anos conselheiro do Tribunal de Contas e, portanto, afastado das lides eleitorais, as réplicas se multiplicam: “Faça uma pesquisa na bancada do DEM. Ele ganhar na base de três por um”, diz um deputado. Outro vai além: “Na hora que Otto quiser, reúne 100 prefeitos sem fazer força”. Em suma, sem a ordem unida de antigamente, o s talentos políticos baianos, como o leão da velha canção, “estão soltos na rua”. (Por Luis Augusto Gomes)
Programa eleitoral começa a esquentar com troca de farpas
Pouca novidade no programa eleitoral de ontem destinado aos prefeituráveis da capital baiana, exceto pela elevação das trocas de farpas, como primeiro indício de que muito em breve o debate pegará fogo. A maioria dos candidatos segue a mesma linha de bom moço do primeiro programa, assim como continuam apostando todas as fichas na associação da imagem do governador Jaques Wagner e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste quesito, é possível afirmar que o embate permanece acirrado. Se por um lado, João Henrique exibiu as dívidas deixadas pelo tucano, fazendo questão de frisar que todos os compromissos financeiros desta e da prefeitura passada foram cumpridos e ainda ter exigido que Imbassahy explicasse em sua propaganda a demissão de 5 mil servidores sem pagamento de FGTS, Antonio Imbassahy, embora de forma mais amena, manteve o discurso focado no caos da saúde. Desta vez, aprofundou-se um pouco mais quanto à criação de 100 novos postos de saúde e três maternidades, além de anunciar programas que garantiriam a realização de partos para mães cadastradas na prefeitura. No entanto, não voltou a anunciar que uma das novas maternidades teria sido acordada pessoalmente com o governador Jaques Wagner. O democrata ACM Neto, por sua vez, enquanto explicava a proposta de criar os Centros de Gestão Municipal que, na realidade, são as subprefeituras que já existem na administração atual, aproveitou a deixa para criticar João Henrique chamando a cidade de mal-administrada. Nem mesmo Hilton Coelho (PSOL) ficou de fora. O candidato dedicou seu segundo programa para criticar a relação das prefeituras de Salvador com os grandes empresários ao longo do tempo. Em seus pouco mais de dois minutos propôs a revisão de contratos com empreiteiras em obras pela cidade e por tabela lançou a atriz apresentadora dizendo em tom irônico “assista agora aos programas dos outros candidatos, que prometem sempre a mesma coisa”. Por fim, o petista Walter Pinheiro foi o único que não resolveu inovar, mas sim repetir o mesmo programa da estréia, deixando clara a intenção de massificar cada vez mais o seu status de companheiro de Lula e Wagner, assim como sua origem suburbana e trajetória política. A família também voltou a aparecer e destacar a figura de Pinheiro. (Por Fernanda Chagas)
AGENDA
O prefeito João Henrique, candidato à reeleição pelo PMDB, por sua vez, entre outros compromissos também tem em seus planos para hoje uma caminhada na Praça de Nova Brasília (final de linha de Nova Brasília) - Estrada velha do Aeroporto, às 11h. Às 15h participa de reunião com lideranças comunitárias na rua Canudos, no loteamento Jardim das Margaridas e a noite ainda participa de evento evangélico (Clama Bahia) marcado para as 22h, no Wet‘n Wild. Ontem, o seu dia não foi diferente. Pela manhã gravou programa eleitoral. O candidato democrata ACM Neto, que desde ontem já vem se pré-aquecendo com caminhada na Avenida Sete, hoje, além de encontro com pescadores em Itapuã, às 11h, percorre mais dois grandes bairros da cidade. A primeira caminhada está marcada para acontecer às 9h, no Bairro da Paz, enquanto a segunda está programada para as 12h, no bairro de São Cristóvão. O candidato da coligação Pra Melhorar Salvador (PSDB/PPS), Antonio Imbassahy, que ontem reservou o dia para gravar programa eleitoral e participar de entrevista no BA -TV intensifica o corpo-a-corpo no final de semana. Somente hoje, duas caminhadas estão agendadas. A primeira, está marcada para às 9h30 na Ribeira, enquanto a segunda, que integra um evento promovido pelos correligionários do PPS, para às 11h, no bairro de Itapuã, Entre os compromissos da manhã está previsto ainda visita ao bairro de Nova Brasília. Pela tarde, Imbassahy participa de um encontro com a Juventude Batista da Bahia, no auditório do Centro Comunitário Clériston Andrade, na Garibaldi e no final do dia, prestigia a inauguração do comitê do candidato a vereador Pita, do PPS, na Lapinha. Seguindo o ritmo do adversário tucano, o petista Walter Pinheiro, que ontem ganhou reforço com a presença do líder do PT na Câmara dos Deputados, Maurício Rands em caminhada pelas ruas do bairro de Valéria, emplacará mais três grandes caminhadas no final de semana. Hoje (sábado), as atividades se iniciam pela Fazenda Grande do Retiro; com concentração no largo em frente à Empresa Gráfica da Bahia (EGBA), às 9 horas. Pela tarde, o petista percorre as ruas de Santa Cruz, a partir das 15 horas, saindo do Campo do Bariri.
Fonte: Tribuna da Bahia
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