Como pode a mídia corporativa brasileira ser tão ruim em contar os fatos sobre Israel e a Palestina? Israel está matando crianças com bombas e fome enquanto os editoriais d’O Globo continuam a afirmar aos seus leitores que "Israel exerce desde [7 de outubro] seu legítimo direito de defesa, que não pode e não deve ser questionado".
Eles generosamente atribuem aos líderes de Israel instintos nobres e humanitários, ignorando todas as evidências, como suas próprias declarações públicas sanguinárias e genocidas. É uma negligência descarada e um exemplo perfeito de por que a confiança na mídia está no ralo.
Mas o que mais se pode esperar de empresas de mídia que têm sido parceiras essenciais no genocídio patrocinado pelo próprio Estado brasileiro contra os negros e os pobres, realizado nos becos das favelas em todo o país. Mais pessoas foram assassinadas na “Guerra às drogas” no Brasil desde 11 de setembro de 2001 do que morreram na desastrosa "Guerra global ao terror" liderada pelos EUA — mais de 1 milhão. Uma porção obscena foi morta pela própria polícia, executando leis e políticas fracassadas-por-desenho, com apoio público construído pela grande mídia.
Os genocídios modernos dependem da conivência da mídia.
É por isso que fizemos uma parceria com o núcleo investigativo da Al Jazeera para disponibilizar em português um novo documentário sobre o que realmente aconteceu em Israel e na Palestina desde 7 de outubro com clareza e detalhes inigualáveis. O filme já está disponível em nosso site.
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