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segunda-feira, março 25, 2024

Deputada do PSOL pede prisão preventiva de Bolsonaro por permanência em embaixada

 Foto: Alan Santos/PR/Arquivo

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)25 de março de 2024 | 16:16

Deputada do PSOL pede prisão preventiva de Bolsonaro por permanência em embaixada

BRASIL

A deputada federal Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) enviou petição ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (25) em que pede a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter permanecido por dois dias na embaixada da Hungria em Brasília.

Na peça, a parlamentar aponta que Bolsonaro entregou em 8 de fevereiro seu passaporte para a Polícia Federal, em medida determinada pelo ministro Alexandre de Moraes para impedir que ele deixasse o país.

No entanto, ao dar entrada na embaixada quatro dias depois, segundo Cavalcante, ele estaria descumprindo o objetivo da apreensão do passaporte e sinalizando uma tentativa de deixar o território nacional para não ser preso.

A notícia da passagem do ex-presidente pela embaixada foi revelada nesta segunda-feira (25) pelo New York Times. De acordo com o jornal, vídeos do sistema de segurança mostram Bolsonaro em frente à missão diplomática no dia 12 de fevereiro.

O jornal americano diz que as câmeras mostram que Bolsonaro estava acompanhado de dois seguranças. Ele teria permanecido no prédio de 12 de fevereiro a 14 de fevereiro.

A apreensão do passaporte de Bolsonaro dias antes se deu no âmbito de uma investigação que apura uma trama golpista liderada pelo ex-presidente para mantê-lo no poder apesar da derrota eleitoral para Lula (PT).

A deputada enviou a petição no âmbito do próprio inquérito que resultou na apreensão do passaporte do ex-presidente, que tem Moraes como relator.

A peça lembra ainda que o próprio ministro do STF determinou o restabelecimento da prisão do então deputado Daniel Silveira, em 2021, após notícias de que ele havia solicitado asilo político a quatro países, em “eventual tentativa de se furtar à aplicação da lei penal, com a fuga do território nacional”, entre outros descumprimentos de medidas cautelares.

Guilherme Seto, FolhapressPolíticaLivre

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