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quinta-feira, junho 22, 2023

Lindbergh pede afastamento de Campos Neto por descumprir os objetivos do BC

Publicado em 22 de junho de 2023 por Tribuna da Internet

Mesmo com vitória de Lindbergh, número de vereadores do PT no Rio não se  altera - Rede Brasil Atual

Lindbergh pede que o Conselho Monetário intervenha

Raphael Felice

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou, nesta quinta-feira (22/6), uma denúncia no Conselho Monetário Nacional (CMN) contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O argumento do parlamentar é que Campos Neto descumpre os objetivos do BC.

Lindbergh é presidente da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos. Ele afirma que Campos Neto não cumpre uma das funções do BC, que é o fomento do pleno emprego e o crescimento econômico, ao manter a taxa de juros em 13,75%.

TRAVAR A ECONOMIA – “A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 13,75% é inaceitável. Fica parecendo, cada vez mais, que Roberto Campos Neto e o Banco Central não estão agindo de forma técnica ao manter, pela sétima vez consecutiva, os juros em patamar tão elevado, mas, sim, agindo politicamente para travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula”, diz o parlamentar.

Lindbergh Farias também pede ao CMN para avaliar a possibilidade de pedir ao Senado Federal a exoneração de Campos Neto. “Dada a intransigência de Campos Neto em reduzir a taxa básica de juros, é urgente que se tome uma decisão enérgica. Não podemos mais ‘ter paciência’ com um presidente do Banco Central que está comprometendo de forma direta o futuro do país”, afirma o parlamentar.

“A exoneração é o único caminho possível para que o Brasil possa baixar a taxa de juros e colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento com justiça social”, afirmou o deputado petista.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Roberto Campos Neto já está pavimentando seu futuro, quando tiver de deixar o cargo, em 2024. Nos últimos anos, ninguém serviu tão primorosamente os interesses dos banqueiros brasileiros, que faturam como nunca no financiamento da dívida pública e também no rendimento das operações compromissadas, que funcionam como o antigo overnight, remunerando os recursos sem movimento que os bancos deixam nos depósitos à vista no Banco Central. É por essa exploração extorsiva a que é submetido o país que o editor da Tribuna defende a estatização da atividade bancária, que deveria ser exercida por agentes públicos, sem fins lucrativos, mas aqui no Brasil há operações que rendem mais de 400% ao ano, diante de uma inflação de apenas 6%, algo inimaginável em qualquer país decente. (C.N.)

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