Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, julho 23, 2022

Organização meteorológica alerta para riscos climáticos na AL e Caribe




Alarmante. Assim a Organização Meteorológica Mundial (WMO, do inglês World Meteorological Organization) classificou a conclusão de especialistas que apontam que a tendência de aquecimento em toda a América Latina e Caribe se manteve ao longo do ano de 2021.

Em um relatório sobre as condições climáticas regionais que divulgou hoje (22), a organização sustenta que a temperatura subiu, em média, 0,2% entre 1991 e 2001, ao passo que, anteriormente, a taxa média de 0,1% de aumento por década se manteve por quase quarenta anos (1961/1990).

O relatório também documenta “as mais altas taxas de desmatamento” verificadas na América Latina e Caribe desde 2009. Ele aponta as consequências destas mudanças para os ecossistemas, a segurança alimentar e hídrica, a saúde humana e para as economias locais, como megassecas, chuvas extremas, ondas de calor, derretimentos de geleiras e a consequente elevação do nível do mar – eventos climáticos extremos com prejuízos ambientais, sociais e econômicos.

De acordo com os especialistas da WMO, as geleiras dos Andes tropicais perderam 30% ou mais de sua área desde a década de 1980, com uma tendência de balanço de massa de água negativo equivalente a -0,97 metros entre 1990-2020. Fato que aumenta o risco de escassez de água para a população e os ecossistemas andinos. Só no Peru, algumas geleiras perderam mais de metade de sua área original.

A publicação alerta que a elevação do nível do mar ameaça um grande número de pessoas concentradas em áreas costeiras, seja com inundações ou com a erosão costeira, seja pela potencial contaminação de aquíferos de água doce e formação de tempestades. E estima que o desmatamento na floresta amazônica brasileira atingiu, em 2021, o nível mais alto desde 2009, com a destruição de uma área florestal 22% superior à de 2020.

O documento ainda destaca que algumas áreas estão passando por mudanças na frequência e gravidade de extremos climáticos, como chuvas fortes, em consequência das variações climáticas registradas na América Latina e Caribe. Os oceanos Pacífico e Atlântico, por exemplo, estão se aquecendo e se tornando mais ácidos como resultado da maior concentração de dióxido de carbono – fenômeno que coloca em risco o abastecimento de alimentos.

Para os especialistas, o continente sul-americano está entre as regiões do mundo com maior necessidade documentada de fortalecimento dos sistemas de alerta precoce de múltiplos perigos e os Andes, o nordeste brasileiro e o norte da América Central, algumas partes do México e até mesmo a Amazônia são áreas sensíveis às mudanças climáticas em curso e que, por isso mesmo, exigem maior atenção.

A fim de reduzir os potenciais impactos adversos, os especialistas defendem investimentos feitos de forma mais “adequada” no fortalecimento dos serviços climáticos e em seus componentes – incluindo sistemas de observação e de informações climáticas e de gerenciamento de dados – além dos já citados sistemas de alerta.

Lançado durante o painel de alto nível organizado pela OWM, pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Uneclac) e pelo Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (Undr), o relatório Situação do Clima na América Latina e no Caribe em 2021 é o segundo de uma série anual e pode ser acessado na página da organização, na internet.

Agência Brasil / Dinheiro Rural

Em destaque

TRE-BA Reafirma Vitória de Tista de Deda e Rejeita Tentativas de Deri do Paloma

  PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DA BAHIA SECRETARIA JUDICIÁRIA   CERTIDÃO DE JULGAMENTO   EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - 0600083-...

Mais visitadas