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quarta-feira, agosto 11, 2010

Em discussão desconto de aluguel no holerite

A possibilidade de desconto do aluguel residencial na folha de pagamento do inquilino pode se tornar realidade em 2011. O mercado analisa que a medida favorece proprietários, inquilinos e até administradoras. Mas há dúvida quanto à necessidade de abolir a figura do fiador. A Câmara dos Deputados vem discutindo o assunto com base no projeto de lei 7.266/10, de autoria do deputado Eliene Lima (PP-MT), que prevê a assinatura de contratos de aluguel sem a necessidade de fiador. A proposta limita o débito a 25% da remuneração líquida do locador.

“Um morador do meu estado me deu a ideia do projeto. Ele tinha dificuldade de alugar um imóvel devido às exigências documentais rígidas”, conta o deputado. “Aqui mesmo em Brasília, onde os aluguéis estão entre os mais caros do País, as imobiliárias exigem que o inquilino tenha dois fiadores, sendo um com imóvel quitado no Distrito Federal e ambos com renda equivalente a três vezes o valor do aluguel.” Na opinião do deputado Lima, o desconto em folha dará ao proprietário do imóvel “uma segurança excepcional”.

“É verdade que o projeto traria vantagens para o locador”, diz a diretora da Lello Imóveis, Roseli Hernandes. “Ele não precisaria mais ir atrás do pagamento”, diz, explicando que muitas vezes é ele ou a administradora do condomínio que coleta o aluguel de casa em casa.”Isso sem falar na emissão de boletos bancários e envio pelo correio.” Por outro lado, considera, “se for retirada a figura do fiador, o pagamento do aluguel perderia sua garantia de recebimento”. Ela ainda questiona: “E como ficaria o pagamento do IPTU e do condomínio?”

O diretor da imobiliária Nova SP, Durval Falcão Vaz, elogia a iniciativa. “Tudo que a legislação faz para garantir o pagamento ao proprietário é bem-vindo”, diz. “A última mudança feita na lei do inquilinato, no sentido de dar garantia ao locador, foi a criação de liminar de despejo na falta de pagamento. Hoje em dia pode-se despejar o inadimplente em pouco tempo, caso não tenha um fiador, seguro fiança ou depósito de garantia”, explica Vaz.

Lei do despejo vigora desde janeiro

O diretor da Nova SP refere-se à lei de despejo que entrou em vigor em janeiro de 2010. No caso da ação de despejo por falta de pagamento, o locador pode requerer em juízo a liminar de desocupação do imóvel em 15 dias. Essa liminar é feita em caráter de urgência, sem que seja necessário ouvir o locatário.

Aquecimento - “Se a proposta entrar em vigor, a mudança provavelmente aquecerá o mercado de locação. Muitos proprietários se sentirão incentivados a alugar imóveis vagos há muito tempo.”

No entanto, ele acredita que a figura do fiador não deveria sair de cena, mesmo que o aluguel fosse descontado na folha de pagamento. “Se o inquilino perder seu emprego, o locador perderá automaticamente a garantia. E a ideia é justamente criar mais uma forma de assegurar os pagamentos. Deveria haver uma medida que pudesse ser aplicada no caso da perda do emprego”, diz.

A aprovação do projeto também beneficiaria as administradoras dos condomínios, que não precisariam mais emitir boletos. Além disso, segundo Vaz, poderia haver queda no número de ações contenciosas (litigiosas) iniciadas por essas empresas.

A proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados. Se aprovada pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público e de Constituição e Justiça e Cidadania da casa, segue para apreciação do Senado.

Fonte: Tribuna da Bahia

Gerador de frustrações

Carlos Chagas

A memória do povo é curta. Do sociólogo, em especial. Escanteado na campanha de José Serra, para permanecer na mídia Fernando Henrique Cardoso especializa-se em bater no Lula, um dia sim, outro também. Acaba de declarar que o atual presidente da República abusa do poder, integrando-se na campanha de Dilma Rousseff e permitindo que o PT utilize os fundos de pensão como um fechado bloco de poder.

Por quem sois, Excelência? Esqueceu qual a principal figura no festival das privatizações que promoveu em seu governo? Precisamente os fundos de pensão, manipulados até o limite da irresponsabilidade, conforme um de seus ministros. Naquelas operações de doação do patrimônio público o que menos pesou foram os recursos privados. É claro que o PT não tem direito algum sobre a caverna do Ali Babá em que se transformaram os fundos de pensão, mas o sociólogo também não tinha, quando diversas vezes pronunciou a palavra mágica do “Abre-te Sésamo”. E como abriu…

Disse o ex-presidente não ter feito o que o Lula faz, ou seja, pedir votos para a candidata e misturar as funções de chefe do governo com as de cabo eleitoral. É bem possível haver razão no diagnóstico, não fosse um detalhe: FHC tinha horror da candidatura de José Serra. Não o queria no palácio do Planalto. Aliás, não queria ninguém, exceto ele mesmo. Por isso saltou de banda durante a campanha vencida pelo Lula.

Bissextos leitores indagam porque essa marcação cerrada contra Fernando Henrique, neste espaço. A explicação resume-se numa palavra: frustração. Porque ele frustrou a imensa maioria do povo que o elegeu. Naqueles idos, tendo Itamar Franco surpreendido todo mundo ao fazer um excelente governo, o Brasil parecia estar tomando jeito. O candidato escolhido pelo então presidente da República apresentava bagagem invulgar. Um dos líderes da resistência contra a ditadura, exilado, senador e executor do Plano Real, que acabou com a inflação. Intelectual, cercado de diplomas, poliglota e, acima de tudo, um representante da esquerda consciente. Reformista, jamais revolucionário, servia de anteparo às aventuras populistas e à pregação do caos. Mas acenava com largos passos adiante no aprimoramento social e institucional. Seu último projeto, apresentado no Senado pouco antes da campanha eleitoral, estabelecia parâmetros para a cobrança do imposto sobre grandes fortunas. Em suma, seria através dele que o país avançaria como opção destinada a reduzir desigualdades flagrantes entre ricos e pobres, nações e indivíduos.

Pois é. No poder, pediu que esquecessem tudo o que havia escrito. Entregou-se de corpo e alma ao Primeiro Mundo e aos potentados empresariais. Começou promovendo ampla reforma na Constituição, suprimindo direitos sociais e princípios garantidores da soberania nacional. Extinguiu monopólios fundamentais. Promoveu a mais abominável desnacionalização de que se tem notícia na República. Leiloou parte considerável da própria Petrobrás, que quando jovem defendeu nas ruas. Entregou as telecomunicações ao estrangeiro, da mesma forma como o subsolo. Fez mais: arrancou do Congresso, sabe-se lá a que preço, a execrável emenda da reeleição, dispondo que ele mesmo poderia disputar um segundo mandato no exercício do primeiro.

Haveria muito mais a alinhar, se houvesse espaço e indignação, sentimento que hoje se transmuda em frustração…

Melhor que se vá

Impossível conter a perplexidade verificada no próprio Supremo Tribunal Federal diante da singular condição do ministro Joaquim Barbosa. Doente, ele multiplica os pedidos de licença médica enquanto se avolumam os processos que deveria apreciar. São perto de 13 mil. Solidarizam-se os colegas com seu estado de saúde, impossibilitado de permanecer sentado por mais de alguns minutos, mas a situação de fato exige uma solução. Ou encontra meios de reassumir ou, com todo o respeito e lamentação geral, melhor que se vá. Em especial porque em suas mãos repousa um dos mais agudos e prolongados processos da História da República: o mensalão. Estica-se o julgamento dos quarenta réus de crimes de corrupção explícita, envolvendo altas figuras do poder. Do jeito que as coisas vão, logo haverá a prescrição para todos. A voz rouca das ruas começa a ser ouvida na mais alta corte nacional de justiça.

Rigor posto à prova

É conhecida a história do cidadão parado defronte a um dos portões da estação rodoviária, contando os ônibus que saíam. Depois de horas nessa atividade, aproximou-se um malandro, fardado de policial, que o interpelou gritando ser proibido contar ônibus. A lei estabelecia multa para cada unidade. Quantos ônibus ele tinha contado? O plácido indivíduo escondeu a cadernetinha onde anotava os veículos que saíam e, humilde, revelou terem sido vinte. Sem reagir, pagou dez reais de multa por cada um. Quando um amigo se aproximou, censurando-o por ter sido ingênuo, até bobo, ele fez cara de inteligente e respondeu que havia contado mais de quinhentos ônibus e, assim, conseguira burlar a receita federal…

Mais ou menos nessa situação encontra-se o eleitor quando informado das negativas de pedido de registro de candidatos com ficha suja pelos tribunais regionais eleitorais. Como os ônibus da piada, deveriam ser mais de quinhentos, mas a justiça parece contentar-se com vinte.

Camuflagem

Repetiu-se ontem a arte de tapar a luz do sol com a peneira, por parte do gabinete pessoal do presidente Lula. Divulgaram, de véspera, a agenda do chefe, detalhando audiências, pela manhã, e uma viagem a Divinópolis, Minas, na parte da tarde. Daquela cidade o Lula voaria para Belo Horizonte, com chegada prevista para as 18 horas. Segue-se misteriosa informação, de que a partida para Brasília seria às 22 horas, lendo-se para o intervalo: “Compromisso Privado”.

Ora, Minas e o país inteiro já sabiam que Dilma Rousseff estaria na capital mineira para mais um comício, entre outras atividades. Imaginem quem estava no palanque…

Fonte: Tribuna da Imprensa

SP: as batalhas que não existiram, levam a 1924, 1930, Prestes, a coluna famosa e histórica de 5 de julho. Como começou. Depoimentos admiráveis, postados e comentados construtivamente

Alguns sites já chamaram este blog, de o mais INSTIGANTE. (Textual) Agradeci, gostei da palavra, que com raras exceções, é o objetivo de todos. Divergimos, discordamos, trazemos INFORMAÇÕES em cima de INFORMAÇÕES, com o objetivo de esclarecer. Por isso, recebemos com prazer a denominação de INSTIGANTE.

Nada melhor para comprovar fatos e palavras, os vários depoimentos sobre batalhas que existiram ou não existiram, até outras, deliberadamente “esquecidas”, como deixa bem claro Luiz Diogenes Filolau Dantas, a respeito da “revolução de 1924″, em São Paulo. Importante. (Volto a ele, no final, com o depoimento que traz, ocorrido há 86 anos e que pouca gente conhece, fato de repercussão e destaque na História do Brasil).

De uma certa forma, todas estas lembranças ganharam destaque por causa de Antonio Santos Aquino. Ele voltou com novos esclarecimento, e promete ainda mais elucidativos. Marcilio aproveita o espaço e a oportunidade e fala da falsa “batalha contra o narcotráfico, que também não está acontecendo”. Excelente, Marcílio, temos tratado muito dessa hipocrisia de cabralzinho, que você chama de DESATINO. Fico também com a tua definição do cabralzinho. Mas ressalto e registro os colossais interesses embutidos na “batalha” de cabralzinho.

Charles J. Heldorn nos mostra um personagem vivo (81 anos) que guarda milhares de negativos e fotos, que julga ser a prova da injustiça da História com Itararé, a 320 quilômetros de São Paulo capital, nas Revoluções de 30 e 32″. Esse fotógrado, Gustavo Janson, deve publicar sua “memória fotográfica”, o mais rápido possível.

Roberto Ilia Fernandes depõe sobre os conservadores paulistas, que confirmando meu depoimento feito há dias, “comemoram até derrota”. E por isso “continuam votando em Maluf, Serra e Alckmin”. Excelente.

Ilia Fernandes diz também que os “revolucionários de São Paulo foram sempre burgueses”. Nada mais verdadeiro, impossível desmentir. Tomando posse do Ministério da Fazenda em 1889, Rui Barbosa desvendou esse atraso, dizendo textualmente: “É preciso acabar com a afirmação de que o Brasil é um país ESSENCIALMENTE AGRÍCOLA.”

Rui chamava a atenção para a Revolução Industrial da Inglaterra, começada em 1780 em Manchester. Os aristocratas rurais de São Paulo, sabiam que Rui se referia a eles, se intimidaram mas tinham medo de combater Rui Barbosa. “Conseguiram” então, que ele fosse para os EUA, estudar a Constituição da Matriz e preparar o anteprojeto da Constituição da Filial.

Existe ainda exemplo mais definitivo do caráter elitista das revoluções, vá lá, Revoluções (com maiúsculas) paulistas. Inicialmente, nao tendo obtido sucesso, Vargas não queria mais nada, achava que era melhor deixar Julio Prestes tomar posse.como sucessor de Washington Luiz.
Só que os famosos “tenentes” da geração de 1922/24, não se conformaram e foram buscar em Montevidéu o chefe para essa Revolução. De quem se tratava? Do mais famoso deles, Luiz Carlos Prestes, que aliás já era capitão.

Quando Siqueira Campos e João Alberto convidaram Prestes para comandar a Revolução, Prestes simplesmente perguntou: “Essa Revolução é comunista?” os dois ficaram assombrados, o conceito que tinham da REVOLUÇÃO, era alguma modificação na “CÚPULA“, não imaginavam (nem tinha poderes) que pudessem se aprofundar. Voltaram com a tragédia que todos conhecem e a morte de Siqueira Campos.

A Revolução parecia condenada a não existir, restrita aos mineiros e gaúchos, (entre estes, Osvaldo Aranha, Batista Luzardo, Flores da Cunha e outros). Vargas governador, se esquivando, não queria arriscar, e os “tenentes” que não tinham origem geográfica, mas estavam presentes em tudo.

Inesperada e surpreendentemente, ocorre a morte do governador da Paraíba, João Pessoa, em Pernambuco, assassinado num episódio sem nenhuma conotação política. (João Pessoa, sobrinho do ex-presidente Epitácio Pessoa, fora derrotado na eleição de março de 1930, como vice de Vargas, não se acomodou, não era o estilo Pessoa).

Adoravam combates, não se rendiam a ninguém. A Revolução ganhou força, reviveu, derrubou Washington Luiz, impediu a posse de Julio Prestes, 42 dias antes do 15 de novembro de 1930.

Não houve luta ou resistência, o presidente foi afastado, saiu sem o menor protesto. Como era hábito na época, deixou o Catete “protegido” pelo cardeal Dom Sebastião Leme. (Da mesma forma que o bravateiro ditador Vargas em 29 de outubro de 1945. Às 5,10 da tarde, abandonava o Catete, tendo ao lado o Cardeal Arcoverde).

Voltemos então, (como prometi) ao excelente depoimento de Luiz Diógenes Filolau Dantas, sobre 1924, que ele mesmo chama de “revolução, que tentam desconhecer ou esconder”.

Alguma coisa de verdade, mas mesmo em parte, representativa da ebulição que existia em São Paulo. Mas todos esses movimentos (ou até, vá lá, Revoluções, eram ELITISTAS, BURGUESAS, ARISTOCRÁTICAS, FEUDAIS. Os famosos “barões do café”, não querendo se render ao avanço dos tempos, digamos, “movimentos progressistas”.

Agora 1924. Havia sido marcada uma concentração para 5 de julho deste 1924, em São Paulo, para comemorar o histórico 5 de julho de 1922, no Rio, (No Forte de Copacabana, e que entrou na História como os “18 do Forte”). Em São Paulo, tudo era comandado e organizado pelo coronel Izidoro Dias Lopes. (Ele era da Força Pública de São Paulo. Que na época tinha quadros eficientes e de grande gabarito).

Prestes vinha do Sul, chegou exatamente na manhã desse 5 de julho. Houve reação violenta do governo federal, que mobilizou tropas de várias unidades próximas. O presidente era o mineiro Artur Bernardes, que quase não tomava posse, e governou os 4 anos em “estado de sítio”. (Renováveis de 30 em 30 dias, mas o governo sempre conseguia).

Como o fogo “legalista” (como diziam na época) era violentíssimo, Izidoro e Prestes decidiram sair de São Paulo, marchando para o Norte, distante e longe do alcance das tropas federais. Ninguém falou em “coluna”, o objetivo era desgastar o mais possível o governo Bernardes.

Chegando ao limite da saída de São Paulo, um problema de hierarquia, que transformaria tudo, invadiria a História. Izidoro, coronel, queria ser o comandante. Prestes capitão, mas do Exército, não admitia subordinação a alguém da Força Pública. Não se entenderam. Izidoro voltou para SP, Prestes seguiu para o Norte. Como era ele e alguns tenentes, ganhou a denominação de “coluna”, não era mais do que isso.

Nenhum objetivo de Poder, como disseram alguns historiadores. Se pretendessem derrubar o presidente Bernardes, teriam marchado para o Sul. A “coluna” foi engrossando e sendo glorificada pela povo. Aí já era a extraordinária “COLUNA PRESTES”, com um objetivo e uma destinação: assim que Bernardes deixasse o governo, se “internariam” (era a palavra usada) no país mais próximo. (Ninguém falou em asilo ou exílio, era simplesmente “internação”).

Foram 2 anos épicos, heróicos, não digo nem dramáticos, tinham o povo inteiro com eles. Por onde passavam, eram ovacionados, recebiam cavalos novos, alimentação, levavam mantimentos até a próxima parada. Na História brasileira não existe episódio igual a esse.

Recebendo a notícia de que Bernardes deixara o Poder, cumpriram o compromisso, “se internaram”. A maioria na Argentina ou Uruguai. Prestes estava perto da Bolívia, ficou lá, onde trabalhou como engenheiro de obras públicas, era a sua formação profissional.

***

PS – Alguns voltaram para o Brasil, não pararam de lutar contra o governo Washington Luiz. Como diz Luiz Diógenes, “Prestes se revelou um gênio militar”. Concordo inteiramente. Se dedicou ao estudo do marxismo, recusou a chefia da “Revolução de 30”.

PS2 – Em 1932 lançaria o “Manifesto” de adesão ao Partido Comunista, viajaria para a União Soviética, só voltaria em 1935. (Mas tudo isso é outra história, ultrapassa o esclarecimento de hoje).

PS3 – Com exceção de Prestes (que não tinha nem teve o menor interesse), todos os famosos “tenentes”, chegaram ao Poder em 1930. Que espantosa DECEPÇÃO. Os revolucionários de tantos anos, se transformaram em CONSERVADORES, REACIONÁRIOS, até DITATORIAIS.

PS4 – Dividiram o país em “capitanias hereditárias”, dominaram dezenas e dezenas de anos. Alguns até mudaram de origem, nasceram num estado, dominaram outro inteiramente diferente.

PS5 – Pra não dizer que não falei de flores. Podem existir quantas cidades de Itararé imaginarem. Mas a Itararé que entrou na História, identificada como a “BATALHA QUE NÃO HOUVE”, foi a de 1932, Nenhuma satisfação na afirmação, apenas a c-o-n-s-t-a-t-a-ç-ã-o.

Duas eleições e alianças muito diferentes


As dificuldades para a conquista de vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, assunto que já tratei neste blog no post “Briga de foice na disputa do Legislatiativo“), criaram uma fragmentação impressionante nesta eleição. na verdade, temos duas eleições, bem definidas: uma pelos cargos do Poder Executivo e a outra pelo Poder Legislativo.

Nesta divisão, as alianças feitas para a primeira de nada valem para a segunda disputa, porque os candidatos a deputado (federal e estadual) estão se lixando para qualquer tipo de coerência. Um exemplo claro foi o flagrante dado no líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), um dos mais ferrenhos aliados do presidente Lula, fotografado numa caminhada pelas ruas de uma cidade de Roraima com botons de José Serra pregados na camisa.

Da mesma forma, na Bahia, sabe-se de vários deputados federais que têm cartazes espalhados pelo interior nos quais constam somente seu nome e os dos candidatos a estadual que o apóiam. Nenhuma referência aos candidatos à Presidência da República nem ao governo estadual e, muito menos, ao Senado.

Fonte: A Tarde

terça-feira, agosto 10, 2010

25% dos candidatos barrados foram pela ficha limpa

Cassações já chegam a 136. Número, porem, pode ficar maior por conta de discrepância de informações em Pernambuco e por julgamentos que ainda acontecerão

Decisões dos tribunais eleitorais já barraram 136 candidatos com base na ficha limpa

Mário Coelho

Com julgamentos realizados nesta segunda-feira (9), o número de candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) chega a 136. A quantidade representa aproximadamente 25% das candidaturas contestadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) em todo o Brasil. O número tem como base informações prestadas por 19 dos 27 tribunais eleitorais espalhados pelo país. Nos próximos dias, o grupo dos barrados deve aumentar, já que as cortes da Bahia, do Distrito Federal, do Mato Grosso do Sul, do Paraná e de Santa Catarina ainda não terminaram de analisar todos os registros de candidatura.

Todos os barrados pela Lei da Ficha Limpa

As impugnações formalizadas pelo Ministério Público

Entenda como é julgada uma ação de impugnação

Leve o Congresso em Foco para dentro do seu blog ou site

Até o momento, o estado com o maior número de candidatos barrados é o Ceará, com 25. Depois dele vem Rondônia, que teve 24 registros indeferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO). Eles são seguidos por Minas Gerais (16), Paraíba (10), Rio de Janeiro (10), Acre (9), Espírito Santo (6), Alagoas (5), Mato Grosso (5), Rio Grande do Sul (5), Pará (4), Mato Grosso do Sul (3) Paraná (3), Pernambuco (3), Santa Catarina (3), Piauí (2), Amapá (1), Distrito Federal (1) e Tocantins (1).

O levantamento é baseado nas listas divulgadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) nos estados e o resultado dos julgamentos pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). O site mostrou hoje que pelo menos cinco cortes locais adotaram pontos de vista diferentes na aplicação da Lei da Ficha Limpa. O resultado foi considerado "esquizofrênico" pelo procurador eleitoral de Tocantins, por exemplo. E a mesma confusão se repete na divulgação dos dados.

Em Pernambuco, por exemplo, a corte local divulgou que 15 candidatos foram barrados por conta das novas regras de inelegibilidade. Porém, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-PE) divulgou que apenas três ações de impugnação de candidatura tinham como base a Lei da Ficha Limpa. O mesmo aconteceu em Tocantins, onde o TRE entendeu que duas impugnações feitas a partir da nova lei foram aceitas com a justificativa de que já estavma presentes na redação antiga da legislação eleitoral.

Sobre todas as decisões, cabe recurso. A parte perdedora pode entrar com embargo de declaração no próprio TRE. O instrumento jurídico não contesta o mérito da decisão, mas sim alguma parte que não esteja clara ou aponta erros no acórdão publicado. Ou, se preferir, recorrer diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio de recursos ordinários. Enquanto não houver decisão final - transitada em julgada - os candidatos podem continuar suas campanhas.

Um dos casos julgados nesta segunda-feira (9) foi do delegado da Polícia Civil de Santa Catarina Marcos Aurélio Marcucci. Candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa local pelo PSDB, ele teve o registro negado por ter sido condenado por crime contra a administração pública. O tucano não chegou a ser impugnado pela PRE-SC ou por partidos políticos. Mas, na análise da documentação, os integrantes do TRE-SC entenderam que ele não poderia concorrer.

Segundo a corte local, Marcucci foi condenado a pena de cinco anos e nove meses de reclusão, em regime semi-aberto, pela prática de crime de peculato. A decisão, de acordo com o TRE, foi confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJSC), em órgão colegiado de segundo grau. O tucano afirmou na defesa que recebeu indulto total e que sua pena foi extinta. No entanto, o relator do caso apontou que o indulto extingue somente as sanções, permanecendo os efeitos secundários da sentença condenatória. Ou seja, sua condenação permanece na ficha corrida.

Fonte: Congressoemfoco

Nos jornais: PMDB lidera a lista dos barrados por Ficha Limpa

Folha de S. Paulo

PMDB lidera a lista dos barrados por Ficha Limpa

O PMDB é o partido que tem a maior "bancada" de candidatos barrados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) por conta da aplicação da Lei da Ficha Limpa. A legenda soma 23 candidaturas indeferidas no país.

O levantamento feito pela Folha nos 27 TREs dos Estados apontou o PP em segundo lugar na lista dos partidos com candidatos considerados "fichas-sujas", com 15 barrados pelos tribunais, à frente do PR e do PTB, ambos com 12 políticos nessa situação.

Na sequência do ranking das legendas com candidaturas indeferidas aparecem o PSDB (dez), PSB e PDT (ambos com oito) e DEM (seis). Dentre os grandes partidos, PV e PPS tiveram cinco políticos considerados "fichas-sujas". O PT teve três candidaturas barradas.

Falta verba definida para ampliar programas sociais

O sucessor -ou a sucessora- do presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumirá sem recursos definidos para patrocinar um novo ciclo de expansão dos programas sociais, o que põe em xeque promessas como a ampliação do Bolsa Família e dos gastos em saúde sem promover aumento de tributos.

Segundo levantamento feito pela Folha, as contas do governo mostram que, mesmo com recordes de arrecadação, as fontes exclusivas de dinheiro para a área social deixaram de ser suficientes para bancar com segurança os compromissos em Previdência, assistência, saúde e amparo ao trabalhador.

O orçamento da seguridade social, cujas receitas e despesas são definidas pela Constituição, já havia contabilizado em 2009 o primeiro deficit desde a década de 90.

Crescimento estancou deficit da Previdência

A retomada do crescimento econômico estancou o deficit da Previdência Social, mas despertou demandas políticas por mais bondades previdenciárias e pela reversão de reformas promovidas no setor nos últimos anos.

Neste ano, as despesas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deverão superar as receitas em R$ 45 bilhões, bem abaixo dos R$ 54 bilhões esperados inicialmente.

As projeções oficiais indicam que o próximo presidente terá estabilidade nas contas, mas desde que a economia e o salário mínimo cresçam a uma taxa de 5,5% ao ano, e os benefícios de valor superior não tenham reajuste real.

Área social tem desequilíbrio na saúde

Além de deficitário, o orçamento da seguridade contém um desequilíbrio: enquanto as despesas com Previdência e assistência são comparáveis às de países de renda mais alta e população mais velha, as aplicações em saúde estão muito aquém das metas oficiais e dos padrões do mundo desenvolvido.

A emenda constitucional que define os gastos em saúde completa no próximo mês dez anos sem ter sido regulamentada, e tanto os candidatos ao Planalto como os governos de que participaram não conseguiram propor uma saída que prescinda de novos tributos.

Coadjuvantes, Marina e Plínio protagonizam embate

Candidatos coadjuvantes na corrida presidencial, Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) tornaram-se protagonistas em uma disputa paralela e roubaram a cena desde o debate da TV Bandeirantes, na última quinta-feira.

A polarização inusitada opõe dois ex-petistas históricos que entraram na disputa como representantes da esquerda. O socialista Plínio, mais à esquerda que os candidatos principais, e a ambientalista Marina, com um discurso mais ambíguo.

O capítulo mais recente dessa subtrama eleitoral ocorreu ontem em Fortaleza, onde a senadora Marina, embora tenha dado sinais de querer interromper o imbróglio, acabou não perdendo a oportunidade de alfinetar o adversário repentino.

Dossiês não têm vinculação com campanha, diz Dilma

Candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff disse ontem que denúncias sobre dossiês de petistas contra adversários não têm vinculação com sua campanha. "O que foi denunciado tem de ser apurado e provado." Para petista, há uma tentativa de tratar a questão de forma "eleitoreira".
Dilma esteve ontem em Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal, em ato da campanha com aliados.

Por reeleição, governador faz agenda dupla

A falta de uma regra eleitoral específica sobre a agenda de candidatos à reeleição tem feito com que governadores mesclem compromissos de campanha aos de governo e até aproveitem viagens oficiais para organizar comícios e passeatas.

A Folha fez um levantamento na agenda das últimas duas semanas de oito governadores que concorrem à reeleição. Segundo o TSE, eles só não podem inaugurar obra pública, fazer pronunciamentos em cadeia de rádio e TV ou usar transporte oficial na campanha.

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), só cumpre agenda como governadora três dias por semana -de quinta a domingo, é candidata. A opção, diz a assessoria, foi escolhida por "separar bem" as coisas.

De licença médica, Barbosa diz que só voltará "100% curado" ao STF

O ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal Federal), rebateu ontem críticas de que está ausente indevidamente do trabalho no tribunal.

"Meu problema de saúde está muito bem documentado há pelo menos dois anos no departamento médico do STF", disse à Folha. Relator do processo do mensalão, Barbosa está licenciado do tribunal desde abril deste ano para tratar um problema nas costas.

Para analistas, país vive "nova era política"

Três cientistas políticos reunidos em um dos debates mais importantes do 7º Encontro da ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política), de 4 a 7 de agosto, defenderam a tese de que o Brasil entrou em uma "nova era política", marcada por demandas sociais e mais próxima de países desenvolvidos.

"A hipótese é que o ano de 2006 marca o começo de um novo ciclo no Brasil, em uma situação que lembra os Estados Unidos de 1932. Lá, o ciclo inaugurado por Franklin Roosevelt com o "New Deal" durou até 1968", diz André Singer, professor da USP. Ex-secretário de Imprensa do governo Lula, Singer explica que durante esse "ciclo longo" pode haver alternância de partidos no poder.

Conflito na Procuradoria deixa caso Lulinha parado

Uma queda de braço entre o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e o de São Paulo paralisou o inquérito que investiga tráfico de influência no negócio de R$ 5 milhões entre a Telemar (hoje Oi) e a Gamecorp, que tem como sócio Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula.

A Polícia Federal abriu há três anos inquérito para apurar o negócio. Até hoje, contudo, a investigação ainda se resume a recortes de jornais e a uma guerra de pareceres.

O Ministério Público paulista se esquiva das investigações, ao argumentar que o caso deve ser investigado no Rio, local da sede da Telemar. Já o carioca argumenta no processo que também não pode seguir investigando o negócio que envolve Lulinha, já que a suposta beneficiada na transação, a Gamecorp, está em São Paulo.

Gamecorp nega suposto tráfico de influência

A Gamecorp e Fábio Luís Lula da Silva desconhecem o teor da investigação, diz o advogado Cristiano Martins. Segundo a defesa, eles jamais foram notificados para explicar o aporte de capital da Telemar.
"A empresa não foi chamada a se manifestar. Sequer sabe o fato que está sendo investigado", diz Martins.

Lulinha, a Gamecorp e a Telemar sempre negaram irregularidade no negócio. Também rechaçam a suspeita de o nome do presidente ter sido usado na transação. A Oi (antiga Telemar) preferiu não se pronunciar.

O Globo

Governistas arrecadam 63% a mais que oposição

No quesito arrecadação, as campanhas a governador aliadas à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), levam franca vantagem sobre as alinhadas ao principal adversário dela, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

Nos 15 maiores colégios eleitorais brasileiros, candidatos a governador aliados da candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, estão arrecadando mais que seus adversários ligados à campanha presidencial do tucano José Serra. De acordo com as prestações de contas apresentadas ao TSE, os aliados do Planalto arrecadaram R$ 29,3 milhões até agora, 63,8% a mais que os apoiadores de Serra, que somaram R$ 17,9 milhões. A campanha mais rica é a do senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo do Paraná, que já arrecadou R$ 9 milhões.

Fundos ajudaram governo no mensalão

O advogado Gerardo Xavier Santiago, ex-gerente executivo da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), disse ontem que, na crise do mensalão, integrou uma força-tarefa montada a pedido do governo federal, com representantes de estatais e fundações de previdência, para elaborar um relatório alternativo à CPMI dos Correios e colher dados contra adversários.

Faziam parte da força-tarefa, segundo Santiago, técnicos do Banco do Brasil, Petrobras e Caixa Econômica Federal, bem como de seus respectivos fundos de pensão, Previ, Petros e Funcef.

O grupo se reuniu no dia 2 de abril de 2006, véspera da semana de votação do relatório final da CPMI dos Correios, de autoria do deputado peemedebista Osmar Serraglio (PR), para produzir um texto alternativo.

‘JN’ inicia entrevistas com presidenciáveis

Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) serão sabatinados, ao vivo, a partir de hoje, no "Jornal Nacional", da Rede Globo, pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes.

A entrevistada de hoje é Dilma Rousseff. Amanhã será a vez de Marina Silva e, na quarta-feira, de José Serra. As entrevistas terão 12 minutos, com 30 segundos de tolerância.

As perguntas vão abordar os pontos polêmicos de cada candidatura, além da avaliação sobre o que os candidatos ou seus governos já fizeram.

As entrevistas de candidatos à presidência são feitas desde 2002 no "Jornal Nacional". O JN foi o primeiro a entrevistar os candidatos ao vivo na bancada, formato que foi adotado por outras emissoras.

Clã Picciani soma R$ 1,8 milhão

Na disputa por vagas no Senado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, a família Picciani já arrecadou, de acordo com a primeira prestação de contas apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), R$ 1,8 milhão.

Do total, o pai Jorge Picciani, candidato ao Senado, e os filhos Leonardo, que tenta a reeleição para deputado federal, e Rafael, que estreia na política de olho em uma cadeira de deputado estadual, já gastaram com faixas, placas e material impresso R$ 522,4 mil.

O presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), tem a campanha mais cara para o Senado no Estado. De acordo com os números da prestação de contas que estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa primeira parcial — até 3 de agosto —, Picciani arrecadou R$ 1,27 milhão e gastou, até o momento, R$ 423.907, ou seja, um terço do total.

Pré-sal atrai US$ 20 bilhões

Apesar de ainda estar intacto, sete mil metros abaixo da superfície do mar, o petróleo depositado na camada pré-sal já é o combustível de uma corrida por investimentos bilionários em terra firme.

São obras de infraestrutura e logística, e negócios nos setores portuário, aeroportuário, hoteleiro, imobiliário, naval e de pesquisa tecnológica.

O dinheiro vem tanto de empresas privadas como do governo e pode ultrapassar a cifra dos US$ 20 bilhões. E o Rio — que concentra 85% da produção brasileira atual e é um dos estados que têm poços do pré-sal — ocupa posição privilegiada na rota desses investimentos.

O pão caro de cada dia

Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta para um ingrediente indigesto no cardápio do sistema penitenciário: a suspeita de desperdício de dinheiro público.

No dia 26 de julho, o órgão determinou a rescisão do contrato da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) com a empresa Induspan.

Responsável por sete padarias-escolas que funcionavam dentro de presídios, ela recebia do estado R$ 0,36 para a produção de cada lanche que era entregue diariamente a 29 mil detentos e guardas de 49 unidades.

Estado de S. Paulo

Juízes federais de SP usam carro oficial em férias e feriado

Relatório da Corregedoria-Geral da Justiça Federal aponta uso excessivo de veículos oficiais por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região mesmo em período de férias, domingos e feriados. Resolução do Conselho Nacional de Justiça proíbe o uso fora do expediente. O tribunal, com jurisdição em São Paulo e Mato Grosso do Sul, é o maior federal do País. O documento aponta que, em um dos casos, o veículo percorreu 1.868 km quando o magistrado estava em férias, informa o repórter Fausto Macedo. Os desembargadores alegam que o uso é prerrogativa do cargo e lhes dá segurança.

Maratona diplomática

Sem perder tempo, o novo governo da Colômbia, empossado no sábado, deu ontem mesmo os primeiros passos de uma maratona diplomática em Bogotá.

Enquanto o presidente Juan Manuel Santos recebia diplomatas e ministros que compareceram à sua posse, a ministra das Relações Exteriores, Maria Ángela Holguín, fazia suas primeiras reuniões com os chanceleres equatoriano, Ricardo Patiño, e venezuelano, Nicolás Maduro, numa tentativa de reconstruir as relações entre a Colômbia e os dois países.

De Caracas, veio ainda outro gesto conciliatório: o presidente venezuelano, Hugo Chávez, aceitou viajar amanhã a Bogotá para dialogar com o novo presidente colombiano. O convite foi costurado por Holguín e Maduro numa reunião de mais de três horas em Bogotá.

Atraso em obra encarece conta de luz do brasileiro

O consumidor brasileiro poderia economizar R$ 1 bilhão na conta de luz se as termoelétricas que abastecem o Norte do País já estivessem operando com o gás natural do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, inaugurado em novembro de 2009.

Além do atraso no cronograma de conversão de algumas usinas (de óleo diesel para gás), a rede de distribuição do combustível não está pronta.

A Região Norte pertence ao sistema isolado e não tem intercâmbio de energia com o resto do País. Apesar disso, qualquer mudança na política energética da região afeta o Brasil inteiro.

Hoje, todos os consumidores pagam um valor a mais em sua conta de luz para subsidiar o sistema isolado. Na região, a energia que abastece residências, indústrias e comércio vem de térmicas movidas a óleo combustível ou diesel.

Os bárbaros estão chegando

O multilateralismo funcionou na maior parte do período pós-1945, porque não era muito multilateral. Centrava-se num grupo central de países desenvolvidos.

Excluía o bloco soviético e a ameaça soviética era essencial para sua coesão institucional e para enfrentar o desafio representado pela ascensão econômica do Japão e dos tigres asiáticos.

O Terceiro Mundo tinha um papel marginal. Onde se envolveu, seus interesses eram limitados e predominantemente defensivos (o que se via claramente na participação dos países em desenvolvimento no GATT). Quando ele tentou desafiar a ordem estabelecida, nos anos 70, o desafio foi derrotado.

Correio Braziliense

Salário de aposentado triplica em dez anos

Desde 2000, benefícios pagos aos inativos do setor público tiveram reajustes de até 360%. Nos quadros vinculados ao Ministério Público da União, repasses individuais chegam a R$ 30.166 mensais. A renda média dos servidores afastados do Judiciário saltou de R$ 7,6 mil para R$ 23 mil, e no Legislativo, de R$ 5,3 mil para R$ 19,9 mil. Na lanterna dos aumentos ficou o Executivo, que hoje paga, em média, R$ 5 mil a seus aposentados e pensionistas — ainda assim, um acréscimo de 172%, acima da inflação registrada no período, que foi de 105%. A disparada no valor dos desembolsos preocupa os técnicos do governo, principalmente diante da proposta, que tramita no Congresso, de isentar os rendimentos da taxação de 11%.


Aliados até que a urna os separe

“Agora, a guerra é pela sobrevivência.” A frase dita há alguns dias pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) resume o vale-tudo que se passa na sucessão de 54 cadeiras do Senado Federal. O fato de haver duas vagas em jogo em cada estado tem provocado acordos táticos entre candidatos de diferentes coligações e faz aliados caminharem lado a lado com o inimigo. A ordem é chamar o adversário para dialogar e, não raro, propor que ele “libere” o segundo voto.

Na Paraíba, por exemplo, onde Vital do Rego Filho (PMDB), conhecido como Vitalzinho, concorre ao lado de Wilson Santiago, do PMDB, começa a se desenhar um compromisso informal entre o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e Vitalzinho, ambos de Campina Grande (PB). Na semana passada, a própria assessoria de Vitalzinho divulgou declarações do candidato, com elogios ao tucano. “Tenho uma relação respeitosa com o ex-governador. Essa questão se refere exclusivamente a ele. Não vamos tripudiar sobre esse problema(1) que ele passa”, disse Vitalzinho.

Meu nome é Marina

O que cabe em 1 minuto e 17 segundos? É possível surpreender, fisgar votos, gerar burburinho e fazer diferente em 77 segundos? Os coordenadores da campanha e do marketing da candidatura de Marina Silva (PV) à Presidência garantem que sim e prometem a propaganda eleitoral na TV, a partir do próximo dia 17, mais criativa dentre os presidenciáveis. Na tela estarão ilustrações, gráficos, histórias em quadrinhos, os membros da equipe que elaborou o programa de governo de Marina — um a cada programete — e uma candidata repaginada e dirigida por Paulo de Tarso Santos, o publicitário que cuidou das campanhas de Lula em 1989 e 1994.

Sites para buscar dinheiro na web

Um mês depois do início da campanha oficial à Presidência da República, apenas dois candidatos disponibilizam o serviço de doações pela internet. Hoje, a petista Dilma Rousseff inaugura a plataforma virtual para recebimento de recursos. A primeira pessoa a doar será a primeira-dama, dona Marisa Letícia, que entregará à campanha R$ 13. A candidata verde, Marina Silva, abriu espaço no site para envio de contribuições desde a sexta-feira. As duas aceitarão doações por duas bandeiras de cartão de crédito. O tucano José Serra (PSDB) não deve ter um sistema de contribuições pela internet.

A ideia do PT é de incentivar as doações pela rede por meio de uma campanha, entitulada “doe R$ 13 para a Dilma”. A expectativa do partido é de que o número de contribuições seja modesto e alcance no máximo 10 mil pessoas. “Acho que é uma forma de doação democrática, muito boa, e é muito transparente. No Brasil existe essa dificuldade da doação individual. A doação on-line abre uma nova perspectiva e para o PT é muito importante, porque temos o hábito de participação do militante”, aposta a petista.

Eleitores mais instruídos

Oito em cada 10 eleitores do Distrito Federal não chegaram a cursar o ensino superior. Desses, apenas a metade, o equivalente a cerca de 374 mil pessoas, concluiu o ensino médio. Os dados são da Justiça Eleitoral, que divulgou um levantamento sobre o nível educacional dos mais de 1,8 milhão de cidadãos que decidirão os nomes dos ocupantes dos cargos eletivos(1) na capital do país em 3 de outubro próximo. Os mesmos dados apontam que o analfabetismo entre os eleitores diminuiu e o contingente de votantes com curso universitário cresceu.

Segundo os dados da Justiça Eleitoral, o total de analfabetos caiu de quase 40 mil para menos de 37 mil nos últimos quatro anos. Para o professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer, o eleitor, mesmo sem ter um alto nível educacional, tem à disposição muitas informações sobre os candidatos. “É possível acompanhar todas as informações pela televisão”, disse. No país, o índice de analfabetos votantes também caiu, de 6,5% para 5,9%.

“O DF vive um momento de renovação”

Aos 51 anos, Rodrigo Rollemberg (PSB), já grisalho, mantém a disposição de acordar bem cedo e dormir de madrugada no corpo a corpo com o eleitor. Mais maduro, no entanto, ele agora não é mais apenas o candidato da juventude. No primeiro mandato no Congresso, como deputado federal, conseguiu se destacar como líder da bancada do PSB durante dois anos, participou da discussão e aprovação de leis, como a da Ficha Limpa, e agora, pela segunda vez, em 20 anos de política, disputa um cargo majoritário. Em 2002, o socialista concorreu a um mandato de governador, sem sucesso. Ficou em 4º lugar. Rollemberg, no entanto, aposta que o momento atual é diferente. Na sua avaliação, o eleitorado, mais do que nunca, procura renovação e políticos com passado limpo. Embora evite fazer ataques duros a Joaquim Roriz (PSC), ele sustenta que o ex-governador integra uma safra de políticos do passado que já deram a sua contribuição. Por isso, Rollemberg mergulhou na candidatura do petista Agnelo Queiroz e avalia que o quadro de crise no DF possibilitará uma inovação nessas eleições — a vitória de dois candidatos ao Senado do mesmo grupo. Depois de uma semana em que perdeu noites de sono e acendeu velas para espantar um problema relacionado a seu primeiro suplente, Hélio José, Rollemberg promete não interferir na escolha do substituto do petista que se desfiliou após ter o nome envolvido em denúncias de abuso sexual. O novo suplente, segundo Rollemberg, será, mais uma vez, uma escolha do PT.

Roriz ataca procurador

O candidato a governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) aproveitou o domingo de sol para visitar os feirantes da Torre de TV, um dos principais cartões-postais da capital federal. O ex-governador desceu do carro disposto a responder as declarações do procurador regional eleitoral, Renato Brill. Na matéria publicada ontem pelo Correio, Brill alerta que, caso Roriz não consiga validar sua candidatura na Justiça e vencer no primeiro turno, as eleições podem ser anuladas e um novo pleito convocado no período de 10 dias. Para Roriz, o MP quer tirá-lo do páreo por questões políticas. “Ele (Renato Brill) deveria ser expulso do Ministério Público Eleitoral”. Roriz estava acompanhado do candidato a vice-governador, Jofran Frejat (PR).

O candidato chegou à feira por volta de 11h30 — uma hora e meia depois do previsto. Logo nos primeiros passos, ele atacou Renato Brill. “Esse promotor não pode falar essas coisas. Ele está antecipando a posição da Justiça. Que eu vou ganhar, ele pode falar. Mas que eu vou ser impedido de governar, não. Ele virou meu adversário”, disse com tom firme e o punho direito fechado. “E agora é que eu vou ganhar mesmo. Vou derrotá-lo”, acrescentou. Roriz considerou a renúncia do cargo de senador, em 2007, como um “ato de coragem”. “Quem já teve coragem de renunciar quando se sentiu desconfortável em um cargo político?”, perguntou ao microfone.

Valor Econômico

O deputado milionário do PR que tem vergonha de ser rico

O deputado federal do Paraná Marcelo Almeida (PMDB), de 43 anos, é o candidato mais rico do país a disputar uma vaga no Legislativo. Com patrimônio de R$ 708 milhões, ele diz ter vergonha de comprar um Porsche ou um Rolex. Filho do empreiteiro Cecílio do Rego Almeida, que morreu em 2008, e enteado do ex-ministro da Fazenda Karlos Rischibieter, ele cursou engenharia civil, mas nunca exerceu a profissão nem trabalhou em empresas da família. Aos 24 anos entrou para a política e se elegeu vereador em Curitiba. Diz que não bebe, não vê televisão, acorda às 5h e lê seis livros por mês. Foi um dos paranaenses que mais faltaram às sessões no primeiro semestre de 2010, no seu primeiro mandato como deputado federal.

Importados já são 18% do consumo

A participação das importações no consumo doméstico de bens industriais ganha rapidamente terreno neste ano. No segundo trimestre, ficou em 18,3%, o nível mais elevado da série da LCA Consultores, iniciada em 2002, muito acima dos 14,9% do mesmo período de 2009. Impulsionadas pela demanda interna e pelo dólar barato, as compras externas avançam a um ritmo impressionante. De abril a junho, o volume importado cresceu 46,1% sobre os mesmos meses do ano passado, expansão ainda maior que a de 37,8% do trimestre anterior.

O economista Douglas Uemura, da LCA, diz que o aumento da participação dos importados retoma um movimento interrompido pela crise de 2008. Quando a situação se normalizou, as importações voltaram a crescer aceleradamente, em resposta à expansão da demanda e à queda do dólar.

Cresce oferta de crédito de longo prazo

Os bancos vêm ampliando gradualmente a oferta de crédito de longo prazo às empresas. Para as grandes companhias, as linhas já chegam a sete anos, com carência superior a 12 meses e pagamentos escalonados de acordo com a necessidade de fluxo de caixa. Para as pequenas e médias, três anos é o limite.

"Pela primeira vez em muitos anos estamos financiando com recursos genuínos de longo prazo", diz Carlos Leibowicz, diretor de corporate do Santander. As tesourarias dos bancos estão conseguindo captar recursos com prazos acima de cinco anos e há maior preocupação em "casar" ativos - emitir papéis com prazos semelhantes aos dos empréstimos. Walter Malieni, diretor de crédito do Banco do Brasil, diz que as linhas mais longas são desenhadas para grandes empresas que precisam liberar caixa para investimentos, ampliações ou aquisições. A Caixa Econômica Federal, que agora quer avançar no segmento corporativo, busca funding de longo prazo, diz Márcio Percival, vice-presidente. Ela captou quase R$ 1 bilhão em letras financeiras de até cinco anos que devem financiar investimentos.

Os estoques reguladores voltam à cena

O governo mudou radicalmente sua política de intervenção nos mercados agrícolas nos últimos anos. Depois dos subsídios ao escoamento da produção, o Tesouro voltou a bancar o modelo de formação de grandes estoques públicos, adotado nos anos 80. A opção pelas aquisições diretas de produtos agrícolas custará ao país R$ 630 milhões para "carregar" as atuais 8,03 milhões de toneladas de grãos em mãos do Estado.

São custos financeiros e de armazenagem, além da remoção de estoques de uma região para outra, para abrir espaço para uma nova safra. Como o frete é caro, muitas vezes o custo do produto no destino é maior que a cotação de mercado na região. "Foi uma decisão nossa pagar essa conta. Fizemos isso para garantir abastecimento e comida barata", diz o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Em 2009 foram gastos R$ 5,2 bilhões na operação da Política de Garantia dos Preços Mínimos. A Conab tem hoje em seus estoques 5,51 milhões de toneladas de milho, 1,21 milhão de trigo, 990,6 mil de arroz e 181 mil toneladas de feijão.

Receita da Nike cai no mundo, mas aumenta 74% no Brasil

A crise foi cruel com a Nike. No ano fiscal encerrado em maio, pela primeira vez na última década, o grupo registrou queda de receita mundial (1%). Faturou US$ 19 bilhões. O encolhimento se deu principalmente na marca Nike, o carro-chefe, enquanto outras como Converse, Hurley e Umbro, cresceram 5%. Nesse período, a receita da Nike no Brasil aumentou 74%. "Precisamos ampliar a venda de artigos de esportes de ação e o Brasil é um lugar ideal para isso", disse ao Valor o presidente mundial da Nike, Mark Parker. Ele vê sinais de melhora no mercado mundial e observa que a Nike, apesar da queda de receita, nunca foi tão lucrativa. A margem de lucro da companhia foi de 46,3% no exercício encerrado em maio.

Fonte: Congressoemfoco

Dilma enfrentou a baixaria da Rede Globo com muita competência

) Adelmo Oliveira, ex-deputado estadual da Bahia, advogado do movimento popular nas décadas de 1970/1980, poeta premiado, me telefonou. Você viu o ataque que Bonner e a Fátima fizeram? Uma indignidade, muita baixaria, muita provocação barata, típico da Rede Globo. Mas, Dilma se saiu muito bem na minha avaliação.

2) Blog Os Amigos do Presidente Lula. Zé Augusto postou o seguinte: Dilma deu um olé em Bonner, um entrevistador de temperamento rude. Dilma se saiu muito bem no Jornal Nacional. Estava leve, apesar de perguntas provocativas, e com provocação barata. Dilma mostrou firmeza, não deixou perguntas sem respostas, como sempre, e foi rápida no gatilho. Com respostas certeiras, esvaziou todas as tentativas de embaraçá-la(...) De saldo positivo: encaixou bem a mensagem de ser a candidata do presidente Lula. É o que interessa. Era e é a mensagem a ser passada.

3) O Blog de um sem-mídia anotou: O dia em que Bonner escorregou. É brincadeira o Bonner querer comparar o crescimento do Brasil, um país continental, com o crescimento da Bolívia, Uruguai, etc.Será que ao mencionar a Bolívia está fazendo um elogio ao Evo Morales, que o PIG tanto combate? Quero ver se vão perguntar ao Serra sobre o apoio que estão recebendo do Quércia e outros menos votados. De Carlos Dória.

4) Luis NASSIF postou: A entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal Nacional foi laboratório amplo de como o jornalismo pode utilizar estereótipos vazios em uma campanha eleitoral.

Não se vá exigir de William Bonner e Fátima Bernardes – dois ótimos apresentadores – conhecimento que vá além dos bordões das televisões. Quem detém mais conhecimento são comentaristas, especialmente os que passaram pela imprensa escrita, antes de chegarem à TV.

(...) em emissoras partidárias – como é o caso da Globo – cria-se um mundo à parte, força-se a reportagem sempre em uma mão única. E aí sucumbem vítima de um problema bastante estudado na sociologia da comunicação: acreditam que o mundo real é aquele espelhado em suas reportagens; e, como não há o contraditório interno, acredita-se na eficácia de bordões que, na verdade, só são eficientes quando não existe alguém do outro lado para rebater.

Na entrevista, Bonner se limitou a perguntar da dependência de Dilma em relação à Lula, sobre o fato de ela ser mulher dura, pouco propensa a negociar politicamente; e, depois, na mesmíssima entrevista, do fato de sua chapa ser vítima do excesso de negociação, ao abrigar parlamentares e partidos polêmicos. Enfim, um samba do polemizador polifásico – aquele que junta um monte de bordões e não se dá conta de que não guardam coerência sequer entre si. Acusada por não saber negociar; acusada por negociar em excesso.

A consequência foi Dilma rebatendo com facilidade cada bobagem dita, reforçando o discurso social, mas sem avançar em uma proposta sequer de programa, explicando a lógica das alianças políticas. E William Bonner interrompendo-a a toda hora, impedindo sequer uma resposta completa. Algo tão desastrado e mal educado que obrigou Fátima Bernardes, do alto de sua elegância, a calá-lo com um sinal, para que parasse de ser inconveniente.

5) Do Blog Presidente Dilma: O Jornal Nacional, telejornal da TV Globo, entrevistou hoje a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff. Ela falou sobre temas como o cuidado que terá com os brasileiros, a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sua trajetória e o crescimento do Brasil nesse ano, que pode ser de 7%.

Dilma afirmou que tem experiência suficiente para comandar o país e se descreveu como uma pessoa firme, que não titubeia em relação aos problemas do povo. “Em relação aos problemas do povo brasileiro eu não vacilo, tem que ser resolvido prontamente.”

Leia abaixo os principais trechos da entrevista e julgue você mesmo:

Preparada

Eu considero que eu tenho experiência administrativa suficiente. Fui secretária de Fazenda de Porto Alegre. Aliás, a primeira secretária de Fazenda de capital no país. Depois fui por duas vezes secretária de energia do Rio Grande do Sul, assumi o Ministério de Minas e Energia, também fui a primeira mulher. Depois assumi a chefia da Casa Civil e a coordenação do governo. Então, me considero preparada para governar o país. Eu tenho experiência. Conheço o Brasil de ponta a ponta.

Presidente Lula

A minha relação política com o presidente Lula, eu tenho imenso orgulho dela. Eu participei diretamente com o presidente, fui o braço direito e esquerdo dele, nesse processo de transformar o Brasil num país diferente. Um país que cresce e distribui renda e em que as pessoas têm, pela primeira vez depois de anos e anos, a possibilidade de crescer na vida. Então, eu não vejo problema nenhum na minha relação com o presidente Lula. Eu vejo como um fator positivo, porque ele é um grande líder e é reconhecido no mundo inteiro.

Diálogo

Sou uma pessoa firme e em relação aos problemas do povo brasileiro eu não vacilo, tem que ser resolvida prontamente. Temos que fazer um enorme esforço. Eu me considero preparada, até pelo cargo que eu ocupei, extremamente preparada no sentido do diálogo. Nós do governo Lula somos eminentemente do diálogo. Em relação aos movimentos sociais, você nunca vai ver o governo do presidente Lula tratando qualquer movimento social a cacetete. Primeiro, nós dialogamos. Agora, nós sabemos fazer valer nossa autoridade. Nada de ilegalidade nós compactuamos.

PT

O PT acertou quando percebeu que governar o país, com a complexidade do Brasil, implica na capacidade de governar com uma aliança ampla. Não aderimos ao pensamento de quem quer seja. O governo tem uma diretriz: focar na questão social. Fazer com que o país tivesse a seguinte oportunidade: fazer com que um país que era um dos mais desiguais do mundo diminuir em 24 milhões a pobreza. Um país em que as pessoas não subiam na vida, elevar para a classe média 31 milhões de brasileiros.

Crescimento econômico

Acredito que tivemos um processo muito mais duro no Brasil com a crise da dívida e com o governo que nos antecedeu. Quando chegamos ao governo, a inflação estava fora do controle. Tínhamos uma dívida com o Fundo Monetário Internacional, que vinha aqui e dava todas as receitas para o que se tinha que fazer. Tivemos que fazer um esforço muito grande para colocar as finanças no lugar. E nesse ano a discussão é de que somos um dos países que mais crescem no mundo. Criamos mais de 1,7 milhão de empregos no ano da crise.

Saneamento

Vamos ter um resultado excepcional dos dados em 2010. Talvez uma das áreas que mais me empenhei foi a de saneamento. O governo [anterior] investia menos de R$ 300 milhões no Brasil inteiro. Hoje, aqui no Rio, numa favela como a Rocinha que eu estive hoje, nós investimos mais de R$ 270 milhões. Nós lançamos o PAC para o caso do saneamento na metade de 2007 e começou a amadurecer e apresentaram os projetos no começo de 2008 e aceleraram. Hoje temos execução de obras no Brasil inteiro.

Projeto

O meu projeto é dar continuidade ao governo do presidente Lula. É avançar e aprofundar. É basicamente um olhar social, que tira o Brasil de uma situação de país emergente e leva a uma situação de país desenvolvido, com renda, salário decente, professores bem pagos e bem treinados. Eu acredito que é a hora e a vez do Brasil e que vamos chegar a uma situação muito diferente e mais avançada.
# posted by Oldack Miranda/Bahia da Fato

Fotos do dia

Bruna Traesel sofre imprevisto em desfile Ativistas do Greenpeace simulam um vazamento de óleo na sede da BP em Santo Amaro Cargueiro que colidiu com outro navio ameaça afundar na costa da Índia
Ainda fora de forma, Valdivia faz belas jogadas em treino do Palmeiras Defederico e Dentinho autografam e brincam com jogos do Corinthians lançados pela Estrela Jogadores no segundo treino da seleção brasileira no estádio New Meadowlands Stadium

Leia Notícias do seu time


Ação demora mais de dois anos nos juizados

Rafael Italiani
do Agora

As decisões dos juizados especiais cíveis (os antigos tribunais de pequenas causas) de São Paulo estão demorando até dois anos e dois meses para sair, segundo pesquisa do Agora em 12 fóruns da capital na semana passada.

Quando esses juizados foram criados, em 1995, a proposta era resolver as ações --que envolvem reclamação de produtos com defeito ou cobranças indevidas, por exemplo-- em até 45 dias.

O juizado da Lapa (zona oeste) é o que tem o maior tempo de espera entre os pesquisados, com dois anos e dois meses, sem contar o período de recurso. De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), os motivos do atraso são o excesso de processos e poucos funcionários.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça

Grana de revisão não deve ser devolvida

Ana Magalhães
do Agora

O segurado que recebeu um benefício ou uma revisão, antes da decisão final da Justiça, e perdeu a ação em instâncias superiores pode garantir a não devolução da grana no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Uma decisão do tribunal, publicada no dia 2 de agosto, determinou que uma pensionista não teria que devolver o que havia recebido do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A beneficiária havia ganhado uma ação de revisão da pensão por morte e começou a receber, por meio de tutela antecipada --instrumento que antecipa uma decisão judicial--, o novo valor do benefício. O INSS recorreu e pediu a devolução de tudo o que ela já havia recebido.

A pensionista perdeu o direito ao novo benefício em instâncias superiores, mas os magistrados do STJ consideraram que ela não teria que devolver a grana já recebida.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça

Lula prepara o futuro

Carlos Chagas

Parece claro o objetivo do presidente Lula ao reunir o ministério, hoje, aqui em Brasília: botar a máquina administrativa para operar em ritmo total, se possível frenético. Não deixar um setor, sequer, devagar, quase parando, como vinha acontecendo em alguns. Cada ministro será chamado a relatar suas atividades e, em especial, o que ainda pode ser feito até o final do seu mandato.

Esse tour de force obviamente beneficiará a candidatura Dilma Rousseff, devendo a equipe ser exortada para também atuar politicamente em favor dela, por certo que depois do expediente e nos fins de semana. A preocupação do presidente, no entanto, centraliza-se no seu governo. Pretende que sua aceitação pela opinião pública venha a crescer mais ainda, nas próximas pesquisas, se possível acima dos 80%. Está atento para as críticas formuladas na campanha eleitoral, especialmente por parte de José Serra. Elas devem ser respondidas de imediato.

O Lula prepara o futuro, não apenas a cargo de Dilma Rousseff, se ela for eleita, mas no que diz respeito a ele mesmo. Mostra-se disposto a permanecer na política, liderando o PT. Seus planos são exatamente contrários à performance de Fernando Henrique, isto é, não tornará pública qualquer análise sobre o futuro governo. Pretende centralizar sua atividade na defesa de reformas institucionais, ainda que sem atropelar as iniciativas de quem vier a sucedê-lo. No caso, imagina venha a ser Dilma, mas se for Serra, dá mesma forma.

Sobre voltar ao poder em 2014, não fala. Nem precisa.

É o que dá trocar de camisa

Com as devidas desculpas ao colegas dedicados ao esporte, torna-se necessário meter a colher no caldeirão deles. Não deu para nenhum rubro-negro entender porque o Flamengo entrou em campo fantasiado, domingo, no Pacaembu. Camisas e meias zebradas de azul e amarelo só podiam resultar em derrota diante do Corintians. Jamais se viu ridículo igual. É preciso identificar e despedir o diretor que optou por essa pantomima, bem como tomar a decisão de que o clube jamais abandonará outra vez o preto e vermelho. É mais ou menos como se o PT fosse para a campanha eleitoral de roxo, lilás ou cor de burro-quando-foge, em vez das tradicionais bandeiras vermelhas. Ninguém pode ser contra a modernidade, mas tudo tem limite. Bem feito…

Menos arrogância, por favor

Dá o que pensar a série de entrevistas que o Jornal Nacional iniciou ontem e continua hoje e esta semana com os candidatos presidenciais. Primeiro, porque desde Guttemberg prevalece a regra de que a estrela, em entrevistas de qualquer espécie, é o entrevistado. Nunca o entrevistador. Entre nós, de uns tempos para cá, a moda pegou ao contrário: muitos são os jornalistas que em vez de perguntas fazem discursos e perorações, como se o público estivesse interessado em suas opiniões.

Outra falha ética é estabelecer uma relação de superioridade com os convidados. Poderia o casal da Rede Globo ter chamado Dilma Rousseff de ministra, título a que tem direito mesmo depois de haver deixado o ministério, assim como Marina Silva merece coisa igual. Da mesma forma, chamar José Serra de governador seria o lógico. O que não dá é dirigir-se como a ela, ontem, com um arrogante “CANDIDATA!”, tentativa de estabelecer uma relação de superioridade diante de quem comparece perante câmeras e microfones. Um pouco de humildade não faria falta a quantos, do lado de cá, deveriam ter presente estar prestando um serviço público, jamais concorrendo a um concurso de beleza ou de popularidade.

Levar para o segundo turno

Mudanças à vista na estratégia de campanha de Antônio Anastasia, em Minas, certamente por decisão de Aécio Neves. O objetivo, agora, é levar o candidato ao segundo turno, sem pretensões de emplacá-lo no primeiro. Alguma coisa parecida com o ocorrido na campanha para a prefeitura de Belo Horizonte, em 2006, quando Márcio Lacerda virou o jogo na segunda votação, depois de sofrível performance na primeira. Com os pés no chão, o PSDB prepara-se para empreender todos os esforços visando manter o governador atual no páreo, dia 3 de outubro. Depois, até o final do mês, Minas viverá o maior dos confrontos eleitorais dos últimos anos. Coisa parecida como quando Hélio Costa, por coincidência, ganhou na votação inicial mas perdeu para Eduardo Azeredo, na outra.

Fonte: Tribuna da Imprensa

7 BILHÕES de habitantes do mundo, mais de 3 BILHÕES desesperadamente famintos, abandonados e desprezados. Enquanto os presidentes ou governantes não l

7 BILHÕES de habitantes do mundo, mais de 3 BILHÕES desesperadamente famintos, abandonados e desprezados. Enquanto os presidentes ou governantes não ligam para nada.

Retomando a reflexão e o diálogo, imaginário ou não. Entenderão o que pretendo dizer quando confesso que não acredito no milagre da fusão do discurso tentando se enquadrar numa realidade cada vez mais dilacerante?

Se os governantes tiverem condições para atender seus próprios apelos e “compromissos”, e puderem no governo implantar as convicções (?) que apregoavam e defendiam antes de assumir o Poder, nem tudo estará perdido.

Mas isso será possível? Se o presidente, ou governante, até inconscientemente, for um prisioneiro de forças espúrias, que sem o menor constrangimento, dominam tudo de forma incontestável ou incontrastável?

E se esse governante for também um torturado pelas limitações que lhe impuseram, e que teve que aceitar para chegar ao Poder? Admitamos que estivesse convencido de que “poderia realmente fazer pela coletividade”, mas naufragou pelas imposições e exigências de um sistema imaginário mas real, que só permite aquilo que lhe interessa?

Esse “sistema”, que se finge de coordenador ou protetor, na verdade é “dono”. “proprietário” ou “patrão” de tudo, muito mais arrogante e onipotente do que se imaginava. E, dessa forma, invencível.

O próprio governante, e nesse caso sem exceção, às vezes nem ele percebe, é um escravo desse sistema amaldiçoado. E não é isso que assistimos todos os dias, meses e anos? “Fazem” eleições mas não mudam coisa alguma, continuam dominando, nas democracias, nas ditaduras, nos regimes de centro, de esquerda ou de direita.

Ninguém quer que os presidentes REVOLVAM o passado, atirem pedras contra ele. O que se quer, o que se pede, o que se aceita, o que se exige, é a continuação do terrível tempo presente, que se transformará em tempo futuro, apenas maquiado, mas não modificado.

Os senhores desse sistema, (geralmente identificado como “stablishment”) são os ARAUTOS da modificação, desde que fique tudo como está ou estava,

O povo não tem o Poder de se revoltar, mas não concorda mais com a insinceridade, a hipocrisia, a farsa, a histeria que pretendem impingir como realizações e ação p-r-o-g-r-e-s-s-i-s-t-a. Mas como mudar as coisas?

Os governantes estão (ou estarão) preparados e conscientes para se manterem fortes se for necessário, firmes s e for preciso, pacientes acima de qualquer limite? Se não puderem responder afirmativamente a essas dúvidas, seguramente não atingirão o estágio ideal ou pelo menos razoável, para exercerem o Poder.

E dessa forma, vazios no falar e sem credibilidade no fazer, repetirão insistentemente, “nos meus propósitos”. Mas irão se desgastando cada vez mais, se distanciando do cidadão a quem pretendiam (pretendiam?) servir, “com a força de todo o saber que acumulei na vida?”.

Os governantes hoje, têm a suprema satisfação que outros não tiveram, de viver numa época em que não há barreiras, (a não ser as da vontade) para o conhecimento das dificuldades humanas, para a compreensão dos seus problemas mais simples ou mais complexos, e para a busca de soluções para tudo isso.

Hoje, o homem (governante) pode ser tão grande, realizador e generoso quanto quiser. Basta para isso que tenha ambição positiva e disposição criativa. Pois nenhum problema que afete o homem está acima e além da vontade do próprio homem.

Os presidentes terão consciência dessa realidade? Terão eles, todos eles ou apenas alguns, a visão clara e lúcida das responsabilidades da Presidência? De tudo aquilo que um presidente TEM QUE FAZER, e de tudo aquilo que NÃO PODE FAZER de forma alguma, em nenhuma circunstância?

A primeira preocupação de Roosevelt (com 4 mandatos populares), ao assumir o Poder, era a de se colocar no centro da luta, compreender que numa República, tudo passa pelo presidente. Toda a ação do governo cabe a ele. É o responsável único por tudo o que acontecer (ou NÃO ACONTECER) no país. Estará mentindo ou mistificando, se disser, “eu não sabia de nada”.

Os presidentes que sabem e assumem a realidade de que precisam servir ao seu povo com risco da própria vida, fazem como outro presidente americano, John Kennedy. Ele não redigiu o discurso de posse, mas recomendou a Ted Sorensen, e ao grande amigo e historiador, Arthur Schlesinger a melhor frase da fala: “Não pergunte o que o país pode fazer por você, e sim o que você pode fazer pelo país”. Magistral, infelizmente ainda longe da realidade.

Convencidos dessa verdade, os presidentes estarão mais preparados para servir ao povo, que deveria ser a única e exclusiva realidade. Roosevelt, um estadista verdadeiro, dizia quase chorando de emoção: “Antes de assumir, eu me perguntava a razão da audácia de querer dirigir e comandar todo um povo, com repercussão no mundo”.

Foi um dos raros que REALIZOU mesmo, assumindo em 1933, com 16 milhões de DESEMPREGADOS, todos vítimas da JOGATINA de 1929. Que se repete sempre, como se repetiu há 2 anos.

O presidente Obama, BEM INTENCIONADÍSSIMO, vai deixando a popularidade pelo caminho. A renovação, (o que há mais de 20 anos insisto em chamar de RENOVOLUÇÃO, para não assustar os incautos e os favorecidos membros da elite dominante), que o próprio Obama acreditou que poderia fazer, não surgirá de modo algum. Ele é o GRANDE DECEPCIONADO dos EUA e do mundo.

Os governantes, exibindo as mais diversas e desastradas teorias, os governados, apavorados pois sabem que a prática terrível, enganadora e cruel desses governantes, será a mesmo de sempre. Ou seja, nem TEORIA, nem PRÁTICA, a mesma EXPLORAÇÃO de séculos. Por onde começar, perdão, por onde terminar?

Estamos mergulhados nesse mesmo processo que chamam de democrático, não mudará nada. Os defensores do capitalismo, dizem sem o menor trauma: “O mundo sempre progrediu com CRISES”.

***

PS – Debates não resolvem, a não ser no BIPARTIDARISMO, um contra o outro. Em 1960, Nixon, franco favorito, perdeu a eleição no DEBATE.

PS2 – Eleição (?), com Serra ou Dilma, Lula ficando ou FHC voltando, nenhuma esperança, nada irá mudar. O VOTO É OBRIGATÓRIO, para quê? A não ser que haja REFORMA PARTIDÁRIA, com o povo DECIDINDO nos partidos e ratificando depois, nas urnas.

PS3 – Assim como está, com Serra ou Dilma, que podem ceder o cargo a Temer ou um outro troglodita até no nome, sempre dará ZERO. Só que agora piorou tanto, que qualquer que seja o resultado, surgirá uma aberração: ZERO AO QUADRADO.

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

segunda-feira, agosto 09, 2010

Uma sinuca de bico


Carlos Chagas

Qual o maior cabo eleitoral dos candidatos a deputado federal de um partido, nos estados? Erra quem supõe ser o candidato a presidente da República. Tem sido, através de sucessivas eleições, o candidato a governador. Numa palavra: se este vai bem, puxará os votos dos concorrentes à Câmara Federal filiados ao seu partido. Se vai mal, deixa-os órfãos. A relação é a mesma, com as exceções de sempre, para os candidatos a senador. Eles também dependem de quem disputa o governo estadual.

Essa evidência não beneficia o PT, cujas bancadas o presidente Lula gostaria de ver aumentadas como forma de sedimentar o governo Dilma Rousseff, se ela for eleita. Porque dos companheiros que pretendem ser governadores, apenas Tarso Genro, no Rio Grande do Sul, Jacques Wagner, na Bahia, e Tião Viana, no Acre, são favoritos. Nos demais estados onde o PT tem candidato próprio, eles patinam. Como a regra não vale para os estados onde o PT apóia candidatos a governador de outros partidos, eis uma receita de frustração para a estratégia do presidente Lula.

O risco é de o PT manter suas atuais bancadas na Câmara e no Senado e até de vê-las diminuídas. Um passaporte para a submissão de Dilma ao PMDB, vale repetir, se ela vier a ser vitoriosa. Porque o PMDB, por inércia, permanecerá o maior partido no Congresso.

Em alguns estados o PT escolheu mal seu candidato a governador. Em outros, viu-se obrigado a abrir mão da tentativa, até pela força, em nome da coligação com partidos da base oficial. Não será ainda desta vez que um presidente petista disporá de um Congresso também petista, não obstante a formação de blocos majoritários com partidos aliados. A experiência prova que essas maiorias não são confiáveis, tornando-se necessário negociar caso a caso os projetos de interesse do governo, em acordos que custam muito caro.

É claro que o PMDB jamais assumirá a condição de tutor do governo, sequer de condômino do poder. São uns artistas, os seus dirigentes. No próximo período presidencial, como no atual e no anterior, o partido apresentou faturas em particular e bateu palmas para o Lula, de público. Não é por acaso que deteve seis ministérios e montes de altos e baixos cargos na administração federal. No mínimo, exigirá o mesmo de Dilma, como exigiria coisa igual de José Serra.

Tudo de forma muito sutil, entre sorrisos de admiração e loas de uma falsa submissão. Daí o sonho do Lula de quebrar essas algemas com o aumento das bancadas do PT, ironicamente desfeito pela necessidade de alimentar o PMDB nas disputas pelos governos estaduais. Em suma, uma sinuca de bico.

Desinteresse

Cada eleição presidencial tem suas peculiaridades. Algumas empolgam o país muitos meses antes. Outras, nem tanto. Em alguns casos, sabe-se com antecedência quem será o vitorioso. Como também pode sentir-se a dúvida levada até o dia da votação. Não há relação necessária entre as duas situações referidas. Um candidato que já se sabe vencedor pode continuar eletrizando o eleitorado, fenômeno verificado com Jânio Quadros, assim como uma eleição de resultados ainda indefinidos como a atual pode dar sono em todo mundo.

Até agora prevalece uma espécie de desinteresse pelas eleições de outubro, talvez pelo fato de faltar empatia aos candidatos, nenhum deles com propostas capazes de sensibilizar as massas. O primeiro debate entre eles confirmaria o que expomos, não fossem as bissextas intervenções de Plínio de Arruda Sampaio, por certo incapazes de mudar o quadro.

Na terça-feira da próxima semana começa o período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, mas, fora algum inusitado, a pasmaceira deverá continuar. Enganam-se os que jogam todas as fichas numa reviravolta empolgante.

Fonte: Tribuna da Imprensa

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