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quarta-feira, agosto 11, 2010

SP: as batalhas que não existiram, levam a 1924, 1930, Prestes, a coluna famosa e histórica de 5 de julho. Como começou. Depoimentos admiráveis, postados e comentados construtivamente

Alguns sites já chamaram este blog, de o mais INSTIGANTE. (Textual) Agradeci, gostei da palavra, que com raras exceções, é o objetivo de todos. Divergimos, discordamos, trazemos INFORMAÇÕES em cima de INFORMAÇÕES, com o objetivo de esclarecer. Por isso, recebemos com prazer a denominação de INSTIGANTE.

Nada melhor para comprovar fatos e palavras, os vários depoimentos sobre batalhas que existiram ou não existiram, até outras, deliberadamente “esquecidas”, como deixa bem claro Luiz Diogenes Filolau Dantas, a respeito da “revolução de 1924″, em São Paulo. Importante. (Volto a ele, no final, com o depoimento que traz, ocorrido há 86 anos e que pouca gente conhece, fato de repercussão e destaque na História do Brasil).

De uma certa forma, todas estas lembranças ganharam destaque por causa de Antonio Santos Aquino. Ele voltou com novos esclarecimento, e promete ainda mais elucidativos. Marcilio aproveita o espaço e a oportunidade e fala da falsa “batalha contra o narcotráfico, que também não está acontecendo”. Excelente, Marcílio, temos tratado muito dessa hipocrisia de cabralzinho, que você chama de DESATINO. Fico também com a tua definição do cabralzinho. Mas ressalto e registro os colossais interesses embutidos na “batalha” de cabralzinho.

Charles J. Heldorn nos mostra um personagem vivo (81 anos) que guarda milhares de negativos e fotos, que julga ser a prova da injustiça da História com Itararé, a 320 quilômetros de São Paulo capital, nas Revoluções de 30 e 32″. Esse fotógrado, Gustavo Janson, deve publicar sua “memória fotográfica”, o mais rápido possível.

Roberto Ilia Fernandes depõe sobre os conservadores paulistas, que confirmando meu depoimento feito há dias, “comemoram até derrota”. E por isso “continuam votando em Maluf, Serra e Alckmin”. Excelente.

Ilia Fernandes diz também que os “revolucionários de São Paulo foram sempre burgueses”. Nada mais verdadeiro, impossível desmentir. Tomando posse do Ministério da Fazenda em 1889, Rui Barbosa desvendou esse atraso, dizendo textualmente: “É preciso acabar com a afirmação de que o Brasil é um país ESSENCIALMENTE AGRÍCOLA.”

Rui chamava a atenção para a Revolução Industrial da Inglaterra, começada em 1780 em Manchester. Os aristocratas rurais de São Paulo, sabiam que Rui se referia a eles, se intimidaram mas tinham medo de combater Rui Barbosa. “Conseguiram” então, que ele fosse para os EUA, estudar a Constituição da Matriz e preparar o anteprojeto da Constituição da Filial.

Existe ainda exemplo mais definitivo do caráter elitista das revoluções, vá lá, Revoluções (com maiúsculas) paulistas. Inicialmente, nao tendo obtido sucesso, Vargas não queria mais nada, achava que era melhor deixar Julio Prestes tomar posse.como sucessor de Washington Luiz.
Só que os famosos “tenentes” da geração de 1922/24, não se conformaram e foram buscar em Montevidéu o chefe para essa Revolução. De quem se tratava? Do mais famoso deles, Luiz Carlos Prestes, que aliás já era capitão.

Quando Siqueira Campos e João Alberto convidaram Prestes para comandar a Revolução, Prestes simplesmente perguntou: “Essa Revolução é comunista?” os dois ficaram assombrados, o conceito que tinham da REVOLUÇÃO, era alguma modificação na “CÚPULA“, não imaginavam (nem tinha poderes) que pudessem se aprofundar. Voltaram com a tragédia que todos conhecem e a morte de Siqueira Campos.

A Revolução parecia condenada a não existir, restrita aos mineiros e gaúchos, (entre estes, Osvaldo Aranha, Batista Luzardo, Flores da Cunha e outros). Vargas governador, se esquivando, não queria arriscar, e os “tenentes” que não tinham origem geográfica, mas estavam presentes em tudo.

Inesperada e surpreendentemente, ocorre a morte do governador da Paraíba, João Pessoa, em Pernambuco, assassinado num episódio sem nenhuma conotação política. (João Pessoa, sobrinho do ex-presidente Epitácio Pessoa, fora derrotado na eleição de março de 1930, como vice de Vargas, não se acomodou, não era o estilo Pessoa).

Adoravam combates, não se rendiam a ninguém. A Revolução ganhou força, reviveu, derrubou Washington Luiz, impediu a posse de Julio Prestes, 42 dias antes do 15 de novembro de 1930.

Não houve luta ou resistência, o presidente foi afastado, saiu sem o menor protesto. Como era hábito na época, deixou o Catete “protegido” pelo cardeal Dom Sebastião Leme. (Da mesma forma que o bravateiro ditador Vargas em 29 de outubro de 1945. Às 5,10 da tarde, abandonava o Catete, tendo ao lado o Cardeal Arcoverde).

Voltemos então, (como prometi) ao excelente depoimento de Luiz Diógenes Filolau Dantas, sobre 1924, que ele mesmo chama de “revolução, que tentam desconhecer ou esconder”.

Alguma coisa de verdade, mas mesmo em parte, representativa da ebulição que existia em São Paulo. Mas todos esses movimentos (ou até, vá lá, Revoluções, eram ELITISTAS, BURGUESAS, ARISTOCRÁTICAS, FEUDAIS. Os famosos “barões do café”, não querendo se render ao avanço dos tempos, digamos, “movimentos progressistas”.

Agora 1924. Havia sido marcada uma concentração para 5 de julho deste 1924, em São Paulo, para comemorar o histórico 5 de julho de 1922, no Rio, (No Forte de Copacabana, e que entrou na História como os “18 do Forte”). Em São Paulo, tudo era comandado e organizado pelo coronel Izidoro Dias Lopes. (Ele era da Força Pública de São Paulo. Que na época tinha quadros eficientes e de grande gabarito).

Prestes vinha do Sul, chegou exatamente na manhã desse 5 de julho. Houve reação violenta do governo federal, que mobilizou tropas de várias unidades próximas. O presidente era o mineiro Artur Bernardes, que quase não tomava posse, e governou os 4 anos em “estado de sítio”. (Renováveis de 30 em 30 dias, mas o governo sempre conseguia).

Como o fogo “legalista” (como diziam na época) era violentíssimo, Izidoro e Prestes decidiram sair de São Paulo, marchando para o Norte, distante e longe do alcance das tropas federais. Ninguém falou em “coluna”, o objetivo era desgastar o mais possível o governo Bernardes.

Chegando ao limite da saída de São Paulo, um problema de hierarquia, que transformaria tudo, invadiria a História. Izidoro, coronel, queria ser o comandante. Prestes capitão, mas do Exército, não admitia subordinação a alguém da Força Pública. Não se entenderam. Izidoro voltou para SP, Prestes seguiu para o Norte. Como era ele e alguns tenentes, ganhou a denominação de “coluna”, não era mais do que isso.

Nenhum objetivo de Poder, como disseram alguns historiadores. Se pretendessem derrubar o presidente Bernardes, teriam marchado para o Sul. A “coluna” foi engrossando e sendo glorificada pela povo. Aí já era a extraordinária “COLUNA PRESTES”, com um objetivo e uma destinação: assim que Bernardes deixasse o governo, se “internariam” (era a palavra usada) no país mais próximo. (Ninguém falou em asilo ou exílio, era simplesmente “internação”).

Foram 2 anos épicos, heróicos, não digo nem dramáticos, tinham o povo inteiro com eles. Por onde passavam, eram ovacionados, recebiam cavalos novos, alimentação, levavam mantimentos até a próxima parada. Na História brasileira não existe episódio igual a esse.

Recebendo a notícia de que Bernardes deixara o Poder, cumpriram o compromisso, “se internaram”. A maioria na Argentina ou Uruguai. Prestes estava perto da Bolívia, ficou lá, onde trabalhou como engenheiro de obras públicas, era a sua formação profissional.

***

PS – Alguns voltaram para o Brasil, não pararam de lutar contra o governo Washington Luiz. Como diz Luiz Diógenes, “Prestes se revelou um gênio militar”. Concordo inteiramente. Se dedicou ao estudo do marxismo, recusou a chefia da “Revolução de 30”.

PS2 – Em 1932 lançaria o “Manifesto” de adesão ao Partido Comunista, viajaria para a União Soviética, só voltaria em 1935. (Mas tudo isso é outra história, ultrapassa o esclarecimento de hoje).

PS3 – Com exceção de Prestes (que não tinha nem teve o menor interesse), todos os famosos “tenentes”, chegaram ao Poder em 1930. Que espantosa DECEPÇÃO. Os revolucionários de tantos anos, se transformaram em CONSERVADORES, REACIONÁRIOS, até DITATORIAIS.

PS4 – Dividiram o país em “capitanias hereditárias”, dominaram dezenas e dezenas de anos. Alguns até mudaram de origem, nasceram num estado, dominaram outro inteiramente diferente.

PS5 – Pra não dizer que não falei de flores. Podem existir quantas cidades de Itararé imaginarem. Mas a Itararé que entrou na História, identificada como a “BATALHA QUE NÃO HOUVE”, foi a de 1932, Nenhuma satisfação na afirmação, apenas a c-o-n-s-t-a-t-a-ç-ã-o.

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