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segunda-feira, abril 13, 2009
CNJ volta à Bahia para inspecionar a Justiça
Bochicchio, do A TARDE
Lúcio Távora/Agência A TARDE
O ministro Gilson Dipp e a presidente do TJ-BA, Silvia Zarif, durante audiência em outubro de 2008
Praticamente seis meses após a visita de inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à Bahia, motivada entre outras coisas porque o Judiciário baiano apresentava atrasos em mais de 110 mil processos – concentração de mais da metade dos processos em atraso no País –, a equipe do conselho, sob o comando do ministro Gilson Dipp, está de volta, nesta segunda, 13, e terça-feira, 14, para saber se o Tribunal de Justiça está cumprindo as recomendações.
Em dezembro do ano passado, o CNJ apresentou um relatório com 40 pontos sintetizando os principais problemas encontrados na Justiça baiana e anexou recomendações. Hoje, embora muitas rotinas ainda não tenham sido alteradas, o Judiciário diz que houve melhorias em muitos pontos, principalmente na parte de tecnologia – o que repercute em muitos serviços.
A presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargadora Silvia Zarif, diz que o tribunal está preparado para a visita do CNJ e citou ações do TJ (leia ao lado). “Os problemas são muitos, as dificuldades grandes. Tenho consciência de que não vou resolver o problema da Justiça, mas tenho certeza de que ao final da minha gestão o Tribunal será outro”.
Tanto Zarif quanto o superintendente do Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj), Pedro Vieira, garantem que muitas coisas mudaram. A começar pelo número de processos acumulados. O TJ não soube precisar quantos já foram julgados, mas a implantação de sistemas tecnológicos permitiu descobrir que os números de processos eram bem menores porque simplesmente não se dava baixa nos processos quando eram encerrados. Cultura – Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - BA, Saul Quadros, “eles (o TJ) nem poderiam resolver todos os problemas nesse espaço de tempo. Tem ainda muita coisa que deixa a desejar”. E continua: “Os juizados especiais continuam na mesma situação; os advogados para devolver um processo precisam de uma senha, imagine. As comarcas do interior do Estado, a maioria continua vaga e há lentidão dos juízes, eles não são controlados”, relata. Saul acredita que é preciso atingir o “núcleo” da coisa, que é “de ordem cultural e de costume”. A coordenadora de Juizados Especiais, juíza Mariana Teixeira, enfatiza que nada se “resolve num passe de mágica”. Ela cita que os juizados especiais estão afogados e que a demanda não para de crescer. “Temos falta de pessoal, mas a gente não pode nem pensar em contratar agora, porque gera despesa. Temos de pensar em implantar tudo gradativamente”, disse. Tecnologia – Dinheiro para investimentos em mudanças, tanto as previstas para cumprir as recomendações do CNJ quanto para alguns planos do Judiciário, está previsto no orçamento deste ano (reforma de fóruns, campanhas, equipamentos dos balcões de justiça...). Mas o maior problema são os recursos para custeio, revela Zarif. Embora o Judiciário esteja operando no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com 5,6% da receita corrente líquida (RCL), a arrecadação do Estado tem diminuído com a crise financeira mundial. Existem planos para conseguir otimizar a receita, entre outros, o da aquisição de imóveis. Com isso, o Judiciário deixaria de pagar R$ 2 milhões por mês em aluguel de imóveis. Com essa economia, se poderia “investir no que importa: informática”, diz a presidente. Toda a parte de tecnologia informática que irá permitir agilizar processos e monitorar arrecadação de custas e produção de servidores e magistrados está vinculado ao Ipraj. O controle dos cartórios extrajudiciais com o DAJ eletrônico, por exemplo, já foi instalado em toda a Salvador. São 2.101 cartórios na Bahia, sendo 1,4 mil extrajudiciais. São milhões investidos em tecnologia. “Noventa e nove por cento do que eles (CNJ) recomendaram já eram metas nossas”, diz Pedro Vieira, superintendente do Ipraj, sobre as recomendações do CNJ.
Fonte: A Tarde
domingo, abril 12, 2009
Desconto na casa própria chega a R$ 23 mil
Juliana Colombodo Agora
Começa amanhã o programa de habitação do governo federal, intitulado "Minha casa, minha vida", que dará desconto de até R$ 23 mil na compra da casa própria. A promessa do governo é que sejam construídas 1 milhão de casas em todo o país, até 2011. No Estado de São Paulo, deverão ser construídos cerca de 184 mil imóveis.
O pacote é dividido em três grupos, com faixas de rendas diferentes: até três salários mínimos (R$ 1.395), de três a seis mínimos (R$ 1.395 a R$ 2.790) e de seis a dez salários (R$ 2.790 a R$ 4.650).
Na faixa de três a seis salários, haverá alguns benefícios para a compra de imóveis novos. Mas só poderá ter acesso a essas novidades quem for financiar uma casa que esteja dentro do programa.
Nessa faixa de renda, haverá subsídio no financiamento, que vai variar de R$ 2.000 a R$ 23 mil. Quanto maior for a cidade, maior será o desconto concedido, porque, normalmente, os terrenos e os imóveis nas cidades com mais habitantes são mais caros.
O desconto maior será dado a cidades das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Isso significa que, em um imóvel nessa região que custe R$ 130 mil, o mutuário irá financiar apenas R$ 107 mil (desconto de R$ 23 mil). Antes do programa, esse desconto já existia, mas era de, no máximo, R$ 6.384.
Os juros, que normalmente são de 7% a 12% ao ano para essa renda, serão de 5% ao ano para quem ganha de três a cinco salários (R$ 2.325) e de 6% para quem ganha de cinco a seis. O valor da casa é de até R$ 130 mil, dependendo da região do país onde será construída. O prazo para o financiamento é de 30 anos, com parcelas limitadas a 20% da renda do mutuário.
EmpregosA ideia do programa é criar empregos e reduzir a falta de moradias no Brasil, que está em 8 milhões, segundo o IBGE. Cidades com menos de 50 mil habitantes não poderão participar. Segundo o governo, a falta de moradia é maior nas cidades com mais moradores. Serão investidos R$ 34 bilhões, sendo R$ 20,5 bilhões do orçamento da União, R$ 7,5 bilhões do FGTS e R$ 6 bilhões do BNDES.
Leia mais
Veja como participar do pacote
Veja quem pode pagar parcela de R$ 50
Estado já tem fila de 500 mil famílias
Fundo poderá aliviar prestação de desempregado
Veja outras medidas fora do pacotão da habitação
Fonte: Agora
Começa amanhã o programa de habitação do governo federal, intitulado "Minha casa, minha vida", que dará desconto de até R$ 23 mil na compra da casa própria. A promessa do governo é que sejam construídas 1 milhão de casas em todo o país, até 2011. No Estado de São Paulo, deverão ser construídos cerca de 184 mil imóveis.
O pacote é dividido em três grupos, com faixas de rendas diferentes: até três salários mínimos (R$ 1.395), de três a seis mínimos (R$ 1.395 a R$ 2.790) e de seis a dez salários (R$ 2.790 a R$ 4.650).
Na faixa de três a seis salários, haverá alguns benefícios para a compra de imóveis novos. Mas só poderá ter acesso a essas novidades quem for financiar uma casa que esteja dentro do programa.
Nessa faixa de renda, haverá subsídio no financiamento, que vai variar de R$ 2.000 a R$ 23 mil. Quanto maior for a cidade, maior será o desconto concedido, porque, normalmente, os terrenos e os imóveis nas cidades com mais habitantes são mais caros.
O desconto maior será dado a cidades das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Isso significa que, em um imóvel nessa região que custe R$ 130 mil, o mutuário irá financiar apenas R$ 107 mil (desconto de R$ 23 mil). Antes do programa, esse desconto já existia, mas era de, no máximo, R$ 6.384.
Os juros, que normalmente são de 7% a 12% ao ano para essa renda, serão de 5% ao ano para quem ganha de três a cinco salários (R$ 2.325) e de 6% para quem ganha de cinco a seis. O valor da casa é de até R$ 130 mil, dependendo da região do país onde será construída. O prazo para o financiamento é de 30 anos, com parcelas limitadas a 20% da renda do mutuário.
EmpregosA ideia do programa é criar empregos e reduzir a falta de moradias no Brasil, que está em 8 milhões, segundo o IBGE. Cidades com menos de 50 mil habitantes não poderão participar. Segundo o governo, a falta de moradia é maior nas cidades com mais moradores. Serão investidos R$ 34 bilhões, sendo R$ 20,5 bilhões do orçamento da União, R$ 7,5 bilhões do FGTS e R$ 6 bilhões do BNDES.
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Fonte: Agora
Novo fator pode aumentar benefício em 41,5%
Paulo Muzzolondo Agora
Os segurados que se aposentaram por tempo de contribuição após 1999, e que tiveram perdas com o fator previdenciário, poderão ter um aumento de até 41,5% no benefício. O deputado Pepe Vargas (PT-RS), relator do fator 85/95, pode incluir essa possibilidade no projeto, que está em discussão no Congresso.
Para que o aposentado tenha esse aumento, o projeto precisa ser aprovado e ele deve cumprir duas exigências: a soma de sua idade à época da concessão com o tempo de contribuição deve ser 95, para homens, e 85, para mulheres; e, na concessão, teve fator previdenciário menor que 1 --quando o fator é maior que 1, não há perda, mas ganho no valor da aposentadoria.
O maior reajuste possível é para as mulheres que se aposentaram com 51 anos de idade e 34 de contribuição.
No fator previdenciário, o benefício depende da idade do segurado, de seu tempo de contribuição e da expectativa de vida da população. Quanto mais jovem for o segurado, menor é o benefício.
Veja, na tabela, de até quanto pode ser o aumento para quem se aposentou neste ano, quando as perdas são maiores que em anos anteriores, devido ao aumento da expectativa de vida.
Por exemplo, um segurado que tenha a média das 80% melhores contribuições igual a R$ 600, com 35 anos de contribuição e 60 anos de idade, teria uma aposentadoria de R$ 528,36, porque o fator desse segurado seria 0,88. Pela regra do fator 85/95, o mesmo segurado teria direito a um benefício de R$ 600, pois a idade e o tempo de contribuição somam 95. A diferença é de R$ 71,64, e o segurado perdeu 11,9% com o fator previdenciário.
Para Vargas, a ideia é evitar que os segurados entrem na Justiça, no futuro, para reivindicar essa diferença após a extinção do fator previdenciário. "Essa regra estabeleceria na lei um princípio retroativo para corrigir eventuais injustiças", disse.
Fonte: Agora
Os segurados que se aposentaram por tempo de contribuição após 1999, e que tiveram perdas com o fator previdenciário, poderão ter um aumento de até 41,5% no benefício. O deputado Pepe Vargas (PT-RS), relator do fator 85/95, pode incluir essa possibilidade no projeto, que está em discussão no Congresso.
Para que o aposentado tenha esse aumento, o projeto precisa ser aprovado e ele deve cumprir duas exigências: a soma de sua idade à época da concessão com o tempo de contribuição deve ser 95, para homens, e 85, para mulheres; e, na concessão, teve fator previdenciário menor que 1 --quando o fator é maior que 1, não há perda, mas ganho no valor da aposentadoria.
O maior reajuste possível é para as mulheres que se aposentaram com 51 anos de idade e 34 de contribuição.
No fator previdenciário, o benefício depende da idade do segurado, de seu tempo de contribuição e da expectativa de vida da população. Quanto mais jovem for o segurado, menor é o benefício.
Veja, na tabela, de até quanto pode ser o aumento para quem se aposentou neste ano, quando as perdas são maiores que em anos anteriores, devido ao aumento da expectativa de vida.
Por exemplo, um segurado que tenha a média das 80% melhores contribuições igual a R$ 600, com 35 anos de contribuição e 60 anos de idade, teria uma aposentadoria de R$ 528,36, porque o fator desse segurado seria 0,88. Pela regra do fator 85/95, o mesmo segurado teria direito a um benefício de R$ 600, pois a idade e o tempo de contribuição somam 95. A diferença é de R$ 71,64, e o segurado perdeu 11,9% com o fator previdenciário.
Para Vargas, a ideia é evitar que os segurados entrem na Justiça, no futuro, para reivindicar essa diferença após a extinção do fator previdenciário. "Essa regra estabeleceria na lei um princípio retroativo para corrigir eventuais injustiças", disse.
Fonte: Agora
E mais uma farsa vai para o ralo
Quem viu o depoimento de delegado Protógenes Queiroz na CPI dos Grampos, tem elementos hoje para entender como parte do parlamento é fraco, despreparado, servil ao poder econômico e como nossa mídia é venal. Leiam os jornalões, se tiverem paciência. Ali está a derrota. Esperavam elementos para uma boa manchete. Nada. Repetem burocraticamente as mesmas desqualificações ao delegado que ousou prender um banqueiro. Nada contam das trapalhadas de presidente da CPI, sua tentativa aparvalhada de exibir uma apresentação em power point para desqualificar o depoente. Acabou sendo acusado em público de receber doações de campanha do banqueiro Daniel Dantas, um dos investigados pela própria CPI. Que moral tem uma CPI onde seu presidente está enredado em interesses de um condenado por diversos crimes, assunto da própria comissão?Para as perguntas maliciosas de Marcelo Itagiba, foram significativas as recusas de Protógenes nas respostas, repetindo mecanicamente que o objetivo da CPI era investigar interceptação clandestina de grampos. Ficou clara a pauta dos interesses da CPI, seu desvio dos objetivos. Não faltaram respostas depois, frustrando a mídia que poderia dizer que o delegado calou-se por culpa. Para uma pergunta do relator, sobre evidências de escuta clandestina, o delegado fez longa exposição sobre as origens da Satiaghara, na Operação Chacal, onde Daniel Dantas foi acusado, com provas abundantes, de fazer espionagem. Para outra, contou que teve acesso aos documentos da investigação em que Gilmar Mendes acusa ter sido grampeado. Segundo ele, o documento nada explica sobre grampos, mas o nome Protógenes Queiroz é citado inúmeras vezes. Farsa!Não estou do lado da claque do delegado, ontem presente, que o quer como uma nova liderança política no país. Mas em nenhum momento estarei ao lado de seus detratores. O delegado cumpriu com seu dever na operação. Ontem foi brilhante. Desnudou a farsa montada. Cabe agora a sociedade varrer para longe a escória, comprometida com um banqueiro corrupto.
Fonte: Abundacanalha
Fonte: Abundacanalha
Nos corredores da morte, quem poderá nos salvar?
O liberalismo e o fanatismo religioso criam corredores da morte pela AIDS em toda a África e a crise do liberalismo possibilita a abolição da pena capital nos EUA. Paradoxalmente, aos seres humanos que esperam nos corredores da morte só resta orar por maiores crises financeiras e por intérpretes religiosos menos seguros de seus mundos imaginários.
Carol Proner
No campo do direito internacional, a manutenção da pena capital por alguns Estados costuma ser interpretada como uma das maiores contradições ao sistema de normas e garantias construído a partir do segundo pós-guerra. O principal argumento contra a pena de morte recai no seu oposto, o direito à vida, escopo do qual decorre a principiologia com base em critérios de humanidade e a dignidade.A previsão no direito internacional pode ser encontrada abundantemente a partir da Declaração Universal de 1948, passando pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos de 1966 e por seus Protocolos Facultativos, especialmente o Segundo Protocolo Facultativo destinado a abolir a pena de morte (1989). Nos sistemas regionais, existe entendimento expresso no Protocolo No. 6 ao Convênio Europeu para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais Relativo à Abolição da Pena de Morte (1983); e no Protocolo à Convenção Americana sobre Direitos Humanos Relativo à Abolição da Pena de Morte (1990).Em dezembro de 2007 a Assembléia Geral das Nações Unidas em decisão histórica aprovou, por 104 votos a favor, 54 contra e 29 abstenções, a chamada moratória à pena de morte, decisão que decreta a suspensão das execuções em andamento visando posterior extinção da pena. Os opositores à moratória defenderam que cabe a cada Estado decidir o castigo para os crimes mais graves por ser assunto de natureza interna, soberana e independente de cânones culturais. Segundo dados da ONU, em 2006 o numero de Estados que aboliram a pena de morte alcançou 133 e dos 64 Estados onde havia a previsão, a pena foi executada em apenas 25 deles, com o impressionante percentual de 90% das execuções concentradas entre Estados Unidos, China, Paquistão, Sudão, Irã e Iraque.Figurando como máximo representante da manutenção desse arcaísmo não apenas por sua hegemonia, mas por se arrogar o papel de defensor das liberdades civis e políticas e construtor dos valores civilizatórios – malgrados Guantanamo e Abu Ghraib – os Estados Unidos são o único país do ocidente a manter a pena capital. Dos 50 Estados norte-americanos, a pena é oficialmente permitida em 36, além do governo federal. Cada ente possui diferentes leis e métodos para executar a pena: injeção letal, a cadeira elétrica, câmara de gás, enforcamento e fuzilamento são os métodos que seguem em uso, nessa ordem de prioridade.A proposta de moratória foi encampada pela Itália com forte influência da Santa Sé, que se disse parcialmente satisfeita com o resultado, mas que desejavam um debate amplo sobre o direito à vida, referindo-se especialmente aos nascituros, ao aborto e à eutanásia.Surpreende a posição desses dois influentes sujeitos de direito internacional, Santa Sé e Estados Unidos, pelos efeitos inversos gerados a partir de recentes posicionamentos em assuntos vitais. Em visita ao continente africano, o Papa Bento XVI afirmou aos jornalistas e escandalizou o mundo ao diz que "Não se pode resolver (o problema da AIDS) com a distribuição de preservativos", e complementou que "pelo contrário, a sua utilização agrava o problema". Enquanto passeava pelos corredores da morte em que se transformaram os países africanos, com a contaminação de 40 milhões de pessoas e a morte de 10 mil contaminados por dia, o máximo representante da moral católica disse que a solução passa por um "despertar espiritual e humano" e pela "amizade aos que sofrem".No mesmo dia, os Estados Unidos dão um passo em direção à abolição da pena capital. O estado de Novo México recém aprovou uma lei abolindo a pena de morte utilizando um argumento pragmático ao estilo estadunidense: a pena de morte custa caro, muito caro, excessivamente caro. Em período de crise, a pena de morte pode se transformar em luxo que certos estados americanos não poderiam mais oferecer. As estimativas indicam uma economia de até 2 milhões de dólar por condenado, custos que estão relacionados a advogados pagos pelo Estado, despesas recursais e tempo de espera no corredor da morte, que muito raramente é inferior a 10 anos entre a condenação e a execução. Um preso condenado à morte chega a custar 3 a 5 vezes mais que alguém condenado a prisão perpétua.Embora impactados com a escolha do critério econômico, os abolicionistas não recusam o pragmático auxílio, embora avaliem que, considerando a atual composição da Suprema Corte, uma decisão em nível federal seja ainda um sonho distante. A decisão do Novo México já está sendo cogitada por uma dezena de outros estados e os 3200 presos que aguardam o dia da execução podem ter suas penas revistas. O liberalismo e o fanatismo religioso criam corredores da morte pela AIDS em toda a África e a crise do liberalismo possibilita a abolição da pena capital nos Estados Unidos. Paradoxal e ironicamente, aos seres humanos que esperam nos corredores da morte só lhes resta orar por maiores crises financeiras e por intérpretes religiosos menos seguros de si e de seus mundos imaginários.
Carol Proner é professora de Direito Internacional da UniBrasil
Fonte: Carta Maior
Carol Proner
No campo do direito internacional, a manutenção da pena capital por alguns Estados costuma ser interpretada como uma das maiores contradições ao sistema de normas e garantias construído a partir do segundo pós-guerra. O principal argumento contra a pena de morte recai no seu oposto, o direito à vida, escopo do qual decorre a principiologia com base em critérios de humanidade e a dignidade.A previsão no direito internacional pode ser encontrada abundantemente a partir da Declaração Universal de 1948, passando pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos de 1966 e por seus Protocolos Facultativos, especialmente o Segundo Protocolo Facultativo destinado a abolir a pena de morte (1989). Nos sistemas regionais, existe entendimento expresso no Protocolo No. 6 ao Convênio Europeu para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais Relativo à Abolição da Pena de Morte (1983); e no Protocolo à Convenção Americana sobre Direitos Humanos Relativo à Abolição da Pena de Morte (1990).Em dezembro de 2007 a Assembléia Geral das Nações Unidas em decisão histórica aprovou, por 104 votos a favor, 54 contra e 29 abstenções, a chamada moratória à pena de morte, decisão que decreta a suspensão das execuções em andamento visando posterior extinção da pena. Os opositores à moratória defenderam que cabe a cada Estado decidir o castigo para os crimes mais graves por ser assunto de natureza interna, soberana e independente de cânones culturais. Segundo dados da ONU, em 2006 o numero de Estados que aboliram a pena de morte alcançou 133 e dos 64 Estados onde havia a previsão, a pena foi executada em apenas 25 deles, com o impressionante percentual de 90% das execuções concentradas entre Estados Unidos, China, Paquistão, Sudão, Irã e Iraque.Figurando como máximo representante da manutenção desse arcaísmo não apenas por sua hegemonia, mas por se arrogar o papel de defensor das liberdades civis e políticas e construtor dos valores civilizatórios – malgrados Guantanamo e Abu Ghraib – os Estados Unidos são o único país do ocidente a manter a pena capital. Dos 50 Estados norte-americanos, a pena é oficialmente permitida em 36, além do governo federal. Cada ente possui diferentes leis e métodos para executar a pena: injeção letal, a cadeira elétrica, câmara de gás, enforcamento e fuzilamento são os métodos que seguem em uso, nessa ordem de prioridade.A proposta de moratória foi encampada pela Itália com forte influência da Santa Sé, que se disse parcialmente satisfeita com o resultado, mas que desejavam um debate amplo sobre o direito à vida, referindo-se especialmente aos nascituros, ao aborto e à eutanásia.Surpreende a posição desses dois influentes sujeitos de direito internacional, Santa Sé e Estados Unidos, pelos efeitos inversos gerados a partir de recentes posicionamentos em assuntos vitais. Em visita ao continente africano, o Papa Bento XVI afirmou aos jornalistas e escandalizou o mundo ao diz que "Não se pode resolver (o problema da AIDS) com a distribuição de preservativos", e complementou que "pelo contrário, a sua utilização agrava o problema". Enquanto passeava pelos corredores da morte em que se transformaram os países africanos, com a contaminação de 40 milhões de pessoas e a morte de 10 mil contaminados por dia, o máximo representante da moral católica disse que a solução passa por um "despertar espiritual e humano" e pela "amizade aos que sofrem".No mesmo dia, os Estados Unidos dão um passo em direção à abolição da pena capital. O estado de Novo México recém aprovou uma lei abolindo a pena de morte utilizando um argumento pragmático ao estilo estadunidense: a pena de morte custa caro, muito caro, excessivamente caro. Em período de crise, a pena de morte pode se transformar em luxo que certos estados americanos não poderiam mais oferecer. As estimativas indicam uma economia de até 2 milhões de dólar por condenado, custos que estão relacionados a advogados pagos pelo Estado, despesas recursais e tempo de espera no corredor da morte, que muito raramente é inferior a 10 anos entre a condenação e a execução. Um preso condenado à morte chega a custar 3 a 5 vezes mais que alguém condenado a prisão perpétua.Embora impactados com a escolha do critério econômico, os abolicionistas não recusam o pragmático auxílio, embora avaliem que, considerando a atual composição da Suprema Corte, uma decisão em nível federal seja ainda um sonho distante. A decisão do Novo México já está sendo cogitada por uma dezena de outros estados e os 3200 presos que aguardam o dia da execução podem ter suas penas revistas. O liberalismo e o fanatismo religioso criam corredores da morte pela AIDS em toda a África e a crise do liberalismo possibilita a abolição da pena capital nos Estados Unidos. Paradoxal e ironicamente, aos seres humanos que esperam nos corredores da morte só lhes resta orar por maiores crises financeiras e por intérpretes religiosos menos seguros de si e de seus mundos imaginários.
Carol Proner é professora de Direito Internacional da UniBrasil
Fonte: Carta Maior
A mídia mente sobre a Venezuela
Para marcar a passagem do Dia do Jornalista (7 de abril), em Salvador, o professor doutor Albino Rubim, atualmente presidente do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia, proferiu palestra sobre “Mídia e Poder”, para os jornalistas que trabalham na Assessoria Geral de Comunicação Social – AGECOM, do governo Jaques Wagner. Eles desmistificou a idéia segundo a qual o jornalismo “faz a cabeça” da sociedade. Na verdade, há muitos outros fatores nesse processo. Mas, a mídia tem poder e atua como ator político. Uma faceta deste poder é o silêncio sobre temas que não interessam aos barões, como o debate sobre a democratização da mídia ou o absurdo que se pratica contra as rádios comunitárias. Apesar de dezenas e centenas de eventos, quase nada se registra na mídia.Outro poder da mídia é a capacidade de agendar o debate público. De repente, a bobagem dos crimes de sonegação da Daslu, rotineiros no comércio, ganham ares de escândalo nacional e substituem nas manchetes os insistentes abusos no uso de verbas públicas pelo Congresso Nacional.Um exemplo de deformação midiática é a quase unanimidade da mídia brasileira contra o governo de Hugo Chávez, da Venezuela. O noticiário é uma fraude. Até jornalistas razoavelmente bem informados caem nessa histeria antichavista, exceção para as revistas CartaCapital e Caros Amigos. Em fevereiro, Hugo Chávez completou 10 anos como presidente da Venezuela, eleito e reeleito pelo voto popular, com arrasadora vitória eleitoral em dezembro de 1998, 58% dos votos. E com aprovação em 1999 do plebiscito, com 70% dos votos., que convocou uma Assembléia Nacional Constituinte. A Nova Constituição ampliou a participação decisória do povo, assegurou maior transparência governamental e preservou a propriedade privada. Ainda assim, para a mídia brasileira é o “ditador” Chávez que governa a Venezuela.Muitos dos institutos aprovados pela Nova Constituição assemelham-se bastante com a Constituição Cidadã Brasileira de 1988, como a valorização do Ministério Público, Controladoria-Geral da República e Defensoria do Povo. A Nova Constituição decretou a equivalência eleitoral entre militares e civis, o reconhecimento dos direitos das comunidades indígenas em relação à justiça, cultura, língua e território; a confirmação docontrole estatal sobre as reservas de petróleo, proteção de produtores contra a competição estrangeira predatória; punição da evsão fiscal com prisão, redução da jornada de trabalho de 48 horas para 44 horas, garantia de indenizações aos trabalhadores, garantia de saúde, educação e aposentadoria a toda a população.A Nova Constituição venezuelana matou o mal pela raiz e extinguiu o Senado, adotando uma Assembléia Nacional Unicameral e uma Câmara Constitucional para interpretar a Constituição Federal. Nisso, está há anos luz à frente do Brasil.O que a mídia brasileira silencia sobre a Venezuela?Não fala do programa Barrio Adentro, em que médicos cubanos prestam consultas diárias e ficam de prontidão 24 horas por dia nas regiões mais pobres, beneficiando 18,3 milhões de habitantes.Não fala do programa Mercal, feiras populares que visam a garantir a segurança alimentar, com mais de 2o produtos da cesta básica a preços subsidiados, criando mais de 16 mil estabelecimentos e beneficiando 16 milhões de pessoas.Não fala do excelente plano de educação organizado em três frentes: A Misión Robinson, que já alfabetizou 3,5 milhões de pessoas entre 2003 e 2007; a Misión Ribas, que estimula o ingresso no segundo grau, beneficiando 2,2 milhões de estudantes; a Misión Sucre, que criou a Universidade Bolivariana e incorporou 500 mil estudantes ao ensino superior. Sem falar na obtenção do Certificado da Unesco segundo o qual a Venezuela é considerada território livre do analfabetismo.A mídia brasileira profetiza que a Venezuela vai entrar em crise com a baixa no preço do petróleo. Será?Nos tempos do petróleo caro, Hugo Chávez preparou a economia da Venezuela. Criou fundos da ordem de US$ 20 bilhões para obras de infraestrutura, comunicações e criação de um banco de desenvolvimento tipo BNDES.Estatizou empresas de energia elétrica, siderurgia e bancos. Praticou superávits primários de 3,75% do PIB, fortaleceu as reservas em torno de US$ 40 bilhões; reduziu as dívidas externa e interna. Tem, portanto, reservas suficientes para ampliar a base produtiva condições de resistir aos impactos da crise financeira mundial.A democracia venezuelana é um exemplo para o mundo. Você vê isso na TV?
Fonte: Bahia de Fato
Fonte: Bahia de Fato
sábado, abril 11, 2009
Ruim com ele pior sem ele?
Por Eduardo Guimarães
Este texto não é para esse pessoal que escreve Lula com três eles (Lulla). Por isso, vão passear, reacionários, e voltem noutra hora. Estou escrevendo para quem quer fatos em lugar de mentiras e para os que não usam malandragem ideológica.
Ausência de alternativas Este ano, completo minha quinta década de existência. Eu, que nasci num país conturbado politicamente, injusto, atrasado, que se debatia entre sua vocação para se tornar uma potência e a vontade de uma casta de manter tudo como estava. Quem tem um mínimo de entendimento da realidade brasileira sabe que o Brasil, através dos séculos, foi moldado de maneira a impedir qualquer tipo de justiça social efetiva, sabe que foi formatado para privilegiar pequenos grupos de interesse. Até Jango Goulart, todos, absolutamente todos os governantes que tentaram tornar este país verdadeiramente mais justo, que tentaram colocá-lo num caminho no qual os anseios e as necessidades da maioria fossem ao menos encaminhados, falharam. Espanta-me quando vejo pessoas honestas e inteligentes culparem o governo Lula por não resolver em seis anos os males que afligem nosso país há cinco séculos. Espanta-me ainda mais quando essas pessoas não conseguem ver quanto foi realizado nos últimos seis anos. Este texto não é para esse pessoal que escreve Lula com três eles (Lulla). Por isso, vão passear, reacionários, e voltem noutra hora. Estou escrevendo para quem quer fatos em lugar de mentiras e para os que não usam malandragem ideológica. Esta crise que abala o planeta deveria estar mostrando aos intelectualmente honestos e pensantes que este país está sendo bem governado, dentro do possível. Espanta-me que pessoas decentes não reconheçam que, se estamos sentindo alguns efeitos dessa crise, tais efeitos, por serem infinitamente menores do que os da grande maioria dos países pobres e ricos, deveriam constituir prova de que finalmente o Brasil tem um governo que ao menos tenta incluir os pobres e miseráveis no barco do progresso. É claro que a elite ainda abocanha a parte do leão. E é claro que se este governo, fazendo o pouco que fez ? e que pelo menos fez ?, sofre o que está sofrendo nas mãos dessa elite, se fizesse o que pregam os que acham que em seis anos seria possível desmontar uma máquina de concentração de renda construída ao longo dos séculos, seria outro governo derrubado. Em pleno século XXI. Nenhum ser humano que se eleja presidente do Brasil conseguirá impedir os lucros obscenos dos bancos brasileiros, por exemplo. Pregar tal coisa é loucura, é total desconhecimento do que é este país. Só quem não é capaz de comparar o Brasil de hoje com o de seis anos atrás, só quem não entende a estrutura de manutenção da injustiça social erigida durante séculos é capaz de achar que dá para um governo fazer mais do que tem feito o governo Lula nesse sentido. Não vou citar números nem progressos que este país alcançou nos últimos seis anos. Os honestos e mentalmente sadios já os conhecem. E o mundo os reconhece. Por isso é que esse mesmo mundo tem se curvado ao Brasil. Tem gente tentando vender a história absurda de que os líderes do G20 se desmancharam em elogios a Lula recentemente porque ele lhes entrega o ouro. Lula seria tão entreguista que os líderes mundiais todos o mimam, pois ele permite que os países ricos sangrem esta nação. Na última década e meia, viajei pela América Latina e até à África. Pude ver, nessas regiões, quanto as missões comerciais do Lula vendedor do Brasil no mundo fizeram por nós. Se não fosse a diversificação dos mercados para nossas exportações promovida por ele, hoje estaríamos perdidos. Há seis anos, os EUA eram o destino de mais de um terço de nossas exportações. Hoje, não respondem por nem um sexto delas. Essa é uma das grandes obras econômicas deste governo. É o que nos salvou de quebrar como o resto do mundo. Vocês vêem a guerra que a direita faz porque o governo Lula investiu um pouco mais no social? Esses poucos bilhões a mais que são gastos num Bolsa Família foram tirados da veia da elite. Por isso ela mantém essa agenda fixa de escândalos na mídia e tenta impedir o presidente de governar. Vejo pregações de que Lula não fez o suficiente para combater a crise, mas quem prega isso não diz o que ele deveria ? e poderia ? ter feito. A esta altura, meus caros, imagino que ninguém mais acha que tenho estas opiniões porque sou pago por Lula. Até o Reinaldo Azevedo reconheceu que digo estas coisas ?de graça?, porque eu seria ?romântico?. Podem discordar de mim, podem dizer o que quiserem de mim, mas uma acusação que ainda não recebi é a de ser burro. Bem, diante disso eu lhes digo: tenho a mais absoluta convicção de que vivo num país que finalmente está sendo governado, e que, por isso, está logrando avanços que o mundo inteiro reconhece. Tenho críticas, claro, ao governo Lula. Só um louco diria que esse governo é perfeito. Mas, diante da sabotagem ininterrupta que sofre, acho até que tem feito mais do que seria de esperar. Quem quiser entregar o Brasil aos tucanos e pefelês em 2010 porque o governo Lula não impediu os banqueiros de lucrar obscenamente num país como este, está no seu direito. Só não me peça para fazer a mesma coisa. As alternativas todas a este governo e o risco de tais "alternativas" faturarem politicamente em cima de críticas de gente séria a ele devem orientar o debate político.
Fonte: CMI Brasil
Este texto não é para esse pessoal que escreve Lula com três eles (Lulla). Por isso, vão passear, reacionários, e voltem noutra hora. Estou escrevendo para quem quer fatos em lugar de mentiras e para os que não usam malandragem ideológica.
Ausência de alternativas Este ano, completo minha quinta década de existência. Eu, que nasci num país conturbado politicamente, injusto, atrasado, que se debatia entre sua vocação para se tornar uma potência e a vontade de uma casta de manter tudo como estava. Quem tem um mínimo de entendimento da realidade brasileira sabe que o Brasil, através dos séculos, foi moldado de maneira a impedir qualquer tipo de justiça social efetiva, sabe que foi formatado para privilegiar pequenos grupos de interesse. Até Jango Goulart, todos, absolutamente todos os governantes que tentaram tornar este país verdadeiramente mais justo, que tentaram colocá-lo num caminho no qual os anseios e as necessidades da maioria fossem ao menos encaminhados, falharam. Espanta-me quando vejo pessoas honestas e inteligentes culparem o governo Lula por não resolver em seis anos os males que afligem nosso país há cinco séculos. Espanta-me ainda mais quando essas pessoas não conseguem ver quanto foi realizado nos últimos seis anos. Este texto não é para esse pessoal que escreve Lula com três eles (Lulla). Por isso, vão passear, reacionários, e voltem noutra hora. Estou escrevendo para quem quer fatos em lugar de mentiras e para os que não usam malandragem ideológica. Esta crise que abala o planeta deveria estar mostrando aos intelectualmente honestos e pensantes que este país está sendo bem governado, dentro do possível. Espanta-me que pessoas decentes não reconheçam que, se estamos sentindo alguns efeitos dessa crise, tais efeitos, por serem infinitamente menores do que os da grande maioria dos países pobres e ricos, deveriam constituir prova de que finalmente o Brasil tem um governo que ao menos tenta incluir os pobres e miseráveis no barco do progresso. É claro que a elite ainda abocanha a parte do leão. E é claro que se este governo, fazendo o pouco que fez ? e que pelo menos fez ?, sofre o que está sofrendo nas mãos dessa elite, se fizesse o que pregam os que acham que em seis anos seria possível desmontar uma máquina de concentração de renda construída ao longo dos séculos, seria outro governo derrubado. Em pleno século XXI. Nenhum ser humano que se eleja presidente do Brasil conseguirá impedir os lucros obscenos dos bancos brasileiros, por exemplo. Pregar tal coisa é loucura, é total desconhecimento do que é este país. Só quem não é capaz de comparar o Brasil de hoje com o de seis anos atrás, só quem não entende a estrutura de manutenção da injustiça social erigida durante séculos é capaz de achar que dá para um governo fazer mais do que tem feito o governo Lula nesse sentido. Não vou citar números nem progressos que este país alcançou nos últimos seis anos. Os honestos e mentalmente sadios já os conhecem. E o mundo os reconhece. Por isso é que esse mesmo mundo tem se curvado ao Brasil. Tem gente tentando vender a história absurda de que os líderes do G20 se desmancharam em elogios a Lula recentemente porque ele lhes entrega o ouro. Lula seria tão entreguista que os líderes mundiais todos o mimam, pois ele permite que os países ricos sangrem esta nação. Na última década e meia, viajei pela América Latina e até à África. Pude ver, nessas regiões, quanto as missões comerciais do Lula vendedor do Brasil no mundo fizeram por nós. Se não fosse a diversificação dos mercados para nossas exportações promovida por ele, hoje estaríamos perdidos. Há seis anos, os EUA eram o destino de mais de um terço de nossas exportações. Hoje, não respondem por nem um sexto delas. Essa é uma das grandes obras econômicas deste governo. É o que nos salvou de quebrar como o resto do mundo. Vocês vêem a guerra que a direita faz porque o governo Lula investiu um pouco mais no social? Esses poucos bilhões a mais que são gastos num Bolsa Família foram tirados da veia da elite. Por isso ela mantém essa agenda fixa de escândalos na mídia e tenta impedir o presidente de governar. Vejo pregações de que Lula não fez o suficiente para combater a crise, mas quem prega isso não diz o que ele deveria ? e poderia ? ter feito. A esta altura, meus caros, imagino que ninguém mais acha que tenho estas opiniões porque sou pago por Lula. Até o Reinaldo Azevedo reconheceu que digo estas coisas ?de graça?, porque eu seria ?romântico?. Podem discordar de mim, podem dizer o que quiserem de mim, mas uma acusação que ainda não recebi é a de ser burro. Bem, diante disso eu lhes digo: tenho a mais absoluta convicção de que vivo num país que finalmente está sendo governado, e que, por isso, está logrando avanços que o mundo inteiro reconhece. Tenho críticas, claro, ao governo Lula. Só um louco diria que esse governo é perfeito. Mas, diante da sabotagem ininterrupta que sofre, acho até que tem feito mais do que seria de esperar. Quem quiser entregar o Brasil aos tucanos e pefelês em 2010 porque o governo Lula não impediu os banqueiros de lucrar obscenamente num país como este, está no seu direito. Só não me peça para fazer a mesma coisa. As alternativas todas a este governo e o risco de tais "alternativas" faturarem politicamente em cima de críticas de gente séria a ele devem orientar o debate político.
Fonte: CMI Brasil
Laerte Braga: Os "eleitores" do BBB
Por Laerte Braga
Os "eleitores" do BBB É difícil imaginar que mais de 30 milhões de brasileiros que pegam o telefone, pagam e votam para eliminar "A" ou "B" de um bordel televisivo que se transformou no principal exercício de voyeurismo de uma sociedade manipulada e dominada pela mídia do consumo, vá deixar de acreditar que William Bonner seleciona diariamente as mentiras do JORNAL NACIONAL exatamente dentro dessa ótica. A da alienação. Quando, por exemplo, atribui ao delegado Protógenes Queiroz grampos que nunca foram feitos, mas convém que sejam reais e essa ?realidade? de ?invadir? a privacidade de notórios corruptos como Gilmar Mendes, se transforme em ?ameaça? às instituições, logo, à democracia. Vai daí que é fácil deduzir porque José Serra lidera as pesquisas para as intenções de voto nas eleições presidenciais de 2010, mesmo sendo ele, como Gilmar, como foi FHC, corrupto e ligado a interesses contrários aos dos Brasil e dos brasileiros. Imagine se todo o dinheiro doado a empresas e bancos em todos os cantos do mundo, inclusive Brasil, fosse aplicado em saúde, educação, reforma agrária, moradia? Empresas como a Votorantin, que controla a ARACRUZ ? uma das principais predadoras ambientais do País e do grupo Ermírio de Moraes ? tomaram dinheiro do governo Lula ? Banco Votorantin ? em nome da estabilidade, do progresso e da garantia do emprego e estão demitindo. Bancos fazem o mesmo. Montadoras não fazem diferente e o caso da EMBRAER ? EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA ? é estarrecedor se considerarmos que uma das empresas de ponta na geração de tecnologia indispensável a vários setores, foi privatizada no governo de FHC e hoje, para vender aviões, precisa da aprovação de um dos sócios, os Estados Unidos. Pior, paga bônus aos seus diretores. Quando D. Miriam Leitão vai à tevê e dispara toda aquela metralhadora carregada de mentiras e análises distorcidas sobre a realidade do Brasil, está apenas divulgando aos 30 milhões que pagam para votar no BBB a receita para o paraíso, mas dos interesses que ela representa, sobretudo bancos. É claro que o governo Lula é um dos principais responsáveis por isso. Foi incapaz desde o primeiro momento de enfrentar o grande desafio e cumprir os compromissos mínimos assumidos em praça pública. Virou um governo de um presidente equilibrista, que ao mesmo tempo que tem um chanceler do porte de Celso Amorim, tem no Ministério da Defesa um dos responsáveis por todo um período de entrega do Brasil ao capital internacional, Nelson Jobim. Uma espécie de Gilmar Mendes I ou Gilmar Mendes é um Nelson Jobim II. Tanto faz. A ginasta brasileira Jade Barbosa está vendendo camisetas para arrecadar recursos e tratar de uma contusão no punho. A preocupação da mídia brasileira é com os dois boxeadores cubanos que teriam sido presos e entregues ao governo de Cuba. Uma das mais deslavadas mentiras da mídia. Ambos foram consultados pelo próprio presidente da República sobre se queriam asilo. Em contrapartida, na obsessão de permanecer de quatro diante dos donos vende a idéia que Cesare Battisti se tiver ratificada sua condição de refugiado vai se transformar num serial killer de crianças e mulheres, sem citar que a Itália vive um dos períodos mais sombrios de sua história recente pelo caráter fascista do governo de Sílvio Berlusconi. Numa espécie de Brasil igual a casa da mãe Joana, o embaixador italiano entra pela porta dos fundos do gabinete de Gilmar Mendes para impor a extradição de Battisti e sabe-se lá de que fundos trataram, ou que fundos entraram. Todas as manifestações na Europa e na própria Itália contrárias à extradição são ignoradas por aqui. É igual jogo do bicho ? vale o que está escrito ?. Vale o que a GLOBO vende como verdade. Vale quando a FOLHA DE SÃO PAULO chama a ditadura militar de ?ditabranda?. É evidente. Foi uma das empresas que cedeu veículos para o transporte de presos torturados e muitos deles assassinados nos porões comandados por Brilhante Ulstra e Torres de Mello. A diferença é que no jogo do bicho o ganhador leva e aqui o dinheiro do ?jogo? é o imposto, a taxa e vai para criminosos como Ermírio de Moraes que transformam o antigo estado do Espírito Santo em latifúndio. Ocupam terras quilombolas, acumpliciam-se com o superintendente do INCRA, controlam governadores, etc, etc. É lógico que o delegado Protógenes de Queiroz tem que ser demonizado. Desmoralizado. Não estavam acostumados, os donos, a serem investigados e presos. Foi por essa razão, a Operação Satiagraha que ficamos sabendo que a corte suprema do País é STF Dantas Incorporation Ltd. É nessa trilha que o presidente dessa corporação de banqueiros, o STF, determina e o presidente da Câmara ? que dizem que é jurista, Michel Temer ? acata, aceita e ajoelha, a retirada de uma entrevista feita com jornalistas em que as falcatruas de Gilmar são mostradas, apontadas e todas indefensáveis, porque Gilmar Mendes é corrupto e pronto. Venal. Nessa embolada toda José Serra é só a peça, o boneco escolhido para assinar a escritura de venda do Brasil para essa grande corporação sem cara, sem rosto, que se reúne em torno de bancos, montadoras, mineradoras, empreiteiras, etc, etc. E Lula o presidente que a despeito dos altos índices de popularidade não conseguiu um avanço efetivo ou significativo no processo de formação e conscientização do brasileiro. Trinta milhões correm aos telefones ao custo de ligação local mais impostos para votar e decidir que prostituto/prostituta sai do bordel BBB. Os ?heróis? e ?mártires? do Brasil. Mais ou menos como noticia o portal GLOBO, um dos maiores do País. ?Candidatas fazem de tudo para ir ao Casseta?. Um programa dito humorístico, que vende o modelo e o fazer tudo reflete a cultura predominante nas elites políticas para se atingir ao objetivo. O ser humano transformado em objeto. Os donos, lépidos e fagueiros senhores absolutos dos castelos ? como o de Edmar Moreira ? onde definem demissões e bônus em nome do progresso e da geração de empregos. Esse modelo está falido, não existe remédio que possa curá-lo, outra alternativa é a única saída e não passa pela falácia de movimento sindical, centrais sindicais, governo Lula, PT, a despeito de um ou outro abnegado ainda sobrevivente. Teimoso mas sobrevivente. Passa por virar a mesa.
Fonte: CMI Brasil
Os "eleitores" do BBB É difícil imaginar que mais de 30 milhões de brasileiros que pegam o telefone, pagam e votam para eliminar "A" ou "B" de um bordel televisivo que se transformou no principal exercício de voyeurismo de uma sociedade manipulada e dominada pela mídia do consumo, vá deixar de acreditar que William Bonner seleciona diariamente as mentiras do JORNAL NACIONAL exatamente dentro dessa ótica. A da alienação. Quando, por exemplo, atribui ao delegado Protógenes Queiroz grampos que nunca foram feitos, mas convém que sejam reais e essa ?realidade? de ?invadir? a privacidade de notórios corruptos como Gilmar Mendes, se transforme em ?ameaça? às instituições, logo, à democracia. Vai daí que é fácil deduzir porque José Serra lidera as pesquisas para as intenções de voto nas eleições presidenciais de 2010, mesmo sendo ele, como Gilmar, como foi FHC, corrupto e ligado a interesses contrários aos dos Brasil e dos brasileiros. Imagine se todo o dinheiro doado a empresas e bancos em todos os cantos do mundo, inclusive Brasil, fosse aplicado em saúde, educação, reforma agrária, moradia? Empresas como a Votorantin, que controla a ARACRUZ ? uma das principais predadoras ambientais do País e do grupo Ermírio de Moraes ? tomaram dinheiro do governo Lula ? Banco Votorantin ? em nome da estabilidade, do progresso e da garantia do emprego e estão demitindo. Bancos fazem o mesmo. Montadoras não fazem diferente e o caso da EMBRAER ? EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA ? é estarrecedor se considerarmos que uma das empresas de ponta na geração de tecnologia indispensável a vários setores, foi privatizada no governo de FHC e hoje, para vender aviões, precisa da aprovação de um dos sócios, os Estados Unidos. Pior, paga bônus aos seus diretores. Quando D. Miriam Leitão vai à tevê e dispara toda aquela metralhadora carregada de mentiras e análises distorcidas sobre a realidade do Brasil, está apenas divulgando aos 30 milhões que pagam para votar no BBB a receita para o paraíso, mas dos interesses que ela representa, sobretudo bancos. É claro que o governo Lula é um dos principais responsáveis por isso. Foi incapaz desde o primeiro momento de enfrentar o grande desafio e cumprir os compromissos mínimos assumidos em praça pública. Virou um governo de um presidente equilibrista, que ao mesmo tempo que tem um chanceler do porte de Celso Amorim, tem no Ministério da Defesa um dos responsáveis por todo um período de entrega do Brasil ao capital internacional, Nelson Jobim. Uma espécie de Gilmar Mendes I ou Gilmar Mendes é um Nelson Jobim II. Tanto faz. A ginasta brasileira Jade Barbosa está vendendo camisetas para arrecadar recursos e tratar de uma contusão no punho. A preocupação da mídia brasileira é com os dois boxeadores cubanos que teriam sido presos e entregues ao governo de Cuba. Uma das mais deslavadas mentiras da mídia. Ambos foram consultados pelo próprio presidente da República sobre se queriam asilo. Em contrapartida, na obsessão de permanecer de quatro diante dos donos vende a idéia que Cesare Battisti se tiver ratificada sua condição de refugiado vai se transformar num serial killer de crianças e mulheres, sem citar que a Itália vive um dos períodos mais sombrios de sua história recente pelo caráter fascista do governo de Sílvio Berlusconi. Numa espécie de Brasil igual a casa da mãe Joana, o embaixador italiano entra pela porta dos fundos do gabinete de Gilmar Mendes para impor a extradição de Battisti e sabe-se lá de que fundos trataram, ou que fundos entraram. Todas as manifestações na Europa e na própria Itália contrárias à extradição são ignoradas por aqui. É igual jogo do bicho ? vale o que está escrito ?. Vale o que a GLOBO vende como verdade. Vale quando a FOLHA DE SÃO PAULO chama a ditadura militar de ?ditabranda?. É evidente. Foi uma das empresas que cedeu veículos para o transporte de presos torturados e muitos deles assassinados nos porões comandados por Brilhante Ulstra e Torres de Mello. A diferença é que no jogo do bicho o ganhador leva e aqui o dinheiro do ?jogo? é o imposto, a taxa e vai para criminosos como Ermírio de Moraes que transformam o antigo estado do Espírito Santo em latifúndio. Ocupam terras quilombolas, acumpliciam-se com o superintendente do INCRA, controlam governadores, etc, etc. É lógico que o delegado Protógenes de Queiroz tem que ser demonizado. Desmoralizado. Não estavam acostumados, os donos, a serem investigados e presos. Foi por essa razão, a Operação Satiagraha que ficamos sabendo que a corte suprema do País é STF Dantas Incorporation Ltd. É nessa trilha que o presidente dessa corporação de banqueiros, o STF, determina e o presidente da Câmara ? que dizem que é jurista, Michel Temer ? acata, aceita e ajoelha, a retirada de uma entrevista feita com jornalistas em que as falcatruas de Gilmar são mostradas, apontadas e todas indefensáveis, porque Gilmar Mendes é corrupto e pronto. Venal. Nessa embolada toda José Serra é só a peça, o boneco escolhido para assinar a escritura de venda do Brasil para essa grande corporação sem cara, sem rosto, que se reúne em torno de bancos, montadoras, mineradoras, empreiteiras, etc, etc. E Lula o presidente que a despeito dos altos índices de popularidade não conseguiu um avanço efetivo ou significativo no processo de formação e conscientização do brasileiro. Trinta milhões correm aos telefones ao custo de ligação local mais impostos para votar e decidir que prostituto/prostituta sai do bordel BBB. Os ?heróis? e ?mártires? do Brasil. Mais ou menos como noticia o portal GLOBO, um dos maiores do País. ?Candidatas fazem de tudo para ir ao Casseta?. Um programa dito humorístico, que vende o modelo e o fazer tudo reflete a cultura predominante nas elites políticas para se atingir ao objetivo. O ser humano transformado em objeto. Os donos, lépidos e fagueiros senhores absolutos dos castelos ? como o de Edmar Moreira ? onde definem demissões e bônus em nome do progresso e da geração de empregos. Esse modelo está falido, não existe remédio que possa curá-lo, outra alternativa é a única saída e não passa pela falácia de movimento sindical, centrais sindicais, governo Lula, PT, a despeito de um ou outro abnegado ainda sobrevivente. Teimoso mas sobrevivente. Passa por virar a mesa.
Fonte: CMI Brasil
Os servidores públicos ideais
por Luiz Guilherme Marques
A Ciência afirma que os seres humanos têm 2 instintos a mais que os animais mais evoluídos: a linguagem e a satisfação de ajudar os outros.Quanto à linguagem, desenvolve-se a partir de quando a criança começa a balbuciar. Há casos raros de crianças que começam a falar com alguns meses sem terem passado pela fase do balbucio. A maioria, todavia, trilha a sequência do balbucio como preparação para a fala.Quanto à satisfação de ajudar os outros existe uma gradação quase que infinita, variando de pessoa para pessoa.Essa diversidade se pode debitar, em parte, ao meio em que cada um vive. Há pessoas que foram educadas num clima de grande fraternidade e tendem a reproduzir essa tendência na vida adulta. Outras foram educadas em ambiente de acendrado egoísmo e costumam agir egoisticamente pelo resto da vida.A Ciência concluiu que há uma tendência de cada um querer exigir dos seus beneficiários contraprestações em termos de gratidão ou coisas semelhantes.Em caso de não haver a referida contraprestação, o benfeitor costuma se transformar em agressor.Mas, há pessoas com nível de compreensão humana superior para quem essa idéia de cobrança é menos acentuada ou até praticamente nula.Transplantando esse raciocínio para o Serviço Público, pode-se afirmar que os servidores públicos ideais são aqueles em quem o desejo de servir é a força motriz de sua vida com o mínimo de cobrança de recompensa por parte dos beneficiários, que são o povo.Contentam-se com a remuneração que o Estado lhes paga, sem querer exigir ou aceitar gorjetas, agradecimento forçado ou qualquer outra forma de reconhecimento do público.O exame psicológico e a averiguação dos antecedentes dos candidatos deveriam ser priorizados para se avaliar o nível de idealismo de cada um.Não adianta selecionarem-se candidatos com base apenas no critério de conhecimento técnico. As provas desse teor trazem para dentro do Serviço Público muita gente que irá pensar somente nos seus próprios interesses e, pior ainda, um ou outro corrupto.A China foi o primeiro país do mundo a realizar concursos para seleção de candidatos para o Serviço Público. Enquanto as demais nações privilegiavam parentes e apadrinhados - e ainda hoje lutamos contra essa prática nociva – o país de CONFÚCIO servia de modelo para o mundo.As seleções para o Serviço Público devem levar em conta a necessidade de sobrevivência dos jovens que procuram emprego e a exigência da população de ser bem servida.É preciso aperfeiçoar-se a escolha dos servidores.
Revista Jus Vigilantibus,
A Ciência afirma que os seres humanos têm 2 instintos a mais que os animais mais evoluídos: a linguagem e a satisfação de ajudar os outros.Quanto à linguagem, desenvolve-se a partir de quando a criança começa a balbuciar. Há casos raros de crianças que começam a falar com alguns meses sem terem passado pela fase do balbucio. A maioria, todavia, trilha a sequência do balbucio como preparação para a fala.Quanto à satisfação de ajudar os outros existe uma gradação quase que infinita, variando de pessoa para pessoa.Essa diversidade se pode debitar, em parte, ao meio em que cada um vive. Há pessoas que foram educadas num clima de grande fraternidade e tendem a reproduzir essa tendência na vida adulta. Outras foram educadas em ambiente de acendrado egoísmo e costumam agir egoisticamente pelo resto da vida.A Ciência concluiu que há uma tendência de cada um querer exigir dos seus beneficiários contraprestações em termos de gratidão ou coisas semelhantes.Em caso de não haver a referida contraprestação, o benfeitor costuma se transformar em agressor.Mas, há pessoas com nível de compreensão humana superior para quem essa idéia de cobrança é menos acentuada ou até praticamente nula.Transplantando esse raciocínio para o Serviço Público, pode-se afirmar que os servidores públicos ideais são aqueles em quem o desejo de servir é a força motriz de sua vida com o mínimo de cobrança de recompensa por parte dos beneficiários, que são o povo.Contentam-se com a remuneração que o Estado lhes paga, sem querer exigir ou aceitar gorjetas, agradecimento forçado ou qualquer outra forma de reconhecimento do público.O exame psicológico e a averiguação dos antecedentes dos candidatos deveriam ser priorizados para se avaliar o nível de idealismo de cada um.Não adianta selecionarem-se candidatos com base apenas no critério de conhecimento técnico. As provas desse teor trazem para dentro do Serviço Público muita gente que irá pensar somente nos seus próprios interesses e, pior ainda, um ou outro corrupto.A China foi o primeiro país do mundo a realizar concursos para seleção de candidatos para o Serviço Público. Enquanto as demais nações privilegiavam parentes e apadrinhados - e ainda hoje lutamos contra essa prática nociva – o país de CONFÚCIO servia de modelo para o mundo.As seleções para o Serviço Público devem levar em conta a necessidade de sobrevivência dos jovens que procuram emprego e a exigência da população de ser bem servida.É preciso aperfeiçoar-se a escolha dos servidores.
Revista Jus Vigilantibus,
Prefeitos de Eunápolis e Alcobaça são denunciados
Mário Bittencourt, da Sucursal Eunápolis
José Robério: “Vimos que os contratos poderiam ser prorrogados e tocamos as obras pra frente”
Embora se queixem da falta de recursos, os prefeitos da Bahia não conseguem se livrar das frequentes acusações de desvios do erário público. O Ministério Público Estadual denunciou mais dois gestores essa semana de irregularidades.
Os prefeitos de Eunápolis e Alcobaça (ambos no extremo sul da Bahia), respectivamente, José Robério Batista de Oliveira (PRTB) e Leonardo Coelho Brito (PMDB), estão sendo acusados pelo MPE de participar de um esquema de obras superfaturadas, não realizadas e dadas como feitas e outras que teriam sido executadas parcialmente. Eles negam as acusações.
Houve, conforme o Ministérios Público, obras realizadas pela Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia), órgão do governo estadual, e dadas como concluídas pela Prefeitura de Eunápolis, da qual a suposta armação teria desviado R$ 1.887.369.
Segundo o Ministério Público, construtoras e empresas de urbanização também participaram do esquema. As empresas citadas são a MSE Transporte e Urbanização Ltda, a Construtora Sumaré Ltda e a Plena Empreendimentos e Engenharia Ltda. A reportagem não conseguiu contato com a direção das empreiteiras acusadas. A MSE, que está em nome de três sócios, tinha como representante legal Fabiana Moreira. Mas, segundo o Ministério Público, quem negociava com a Prefeitura de Eunápolis era o prefeito de Alcobaça, que também atuaria como procurador da MSE. Afirma a Promotoria que vários dos cheques assinados pelo prefeito de Alcobaça voltaram sem fundos, a exemplo das compras feitas com cheques assinados por Brito na Pai Mendonça, onde o prejuízo foi de R$ 95 mil. Brechas - Os supostos fraudadores usaram os vários artifícios e brechas que a legislação tolera, repassando contratos e aumentando os valores através de aditivos. A MSE passou a prestar serviços à Prefeitura de Eunápolis em abril de 2005, quando assumiu 50% do contrato feito com a Sumaré, celebrado em 1995, no valor aproximado de R$ 8 milhões. Em 1998, a outra acusada a Plena, tinha assumido 50% do mesmo contrato da Sumaré com a prefeitura. O contrato da Plena foi prolongado em maio de 2000, com o reconhecimento por parte da prefeitura de uma dívida de R$ 515 mil pelos serviços prestados. Em janeiro de 2005, o prefeito de Eunápolis firmou aditivo de revalidação de contrato com a mesma Plena, atualizando o valor do serviço de R$ 4.109.578,49 para R$ 5.319.907,68. Aditamento – Em abril do mesmo ano, o prefeito firmou novo aditamento, agora com a empresa MSE, passando para ela os outros 50% do contrato que tinha com a Sumaré. Desta vez, os R$ 4.109.578,49 foram atualizados para R$ 7.137.462,24, segundo o MPE. O promotor Dinalmari Mendonça Messias, que denunciou o suposto esquema, entrou com ação civil pública contra José Robério Batista Oliveira e Leonardo Coelho Brito na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Eunápolis.
O ex-secretário de Obras e Infraestrutura de Eunápolis, Omar Reinner, a procuradora da MSE, Fabiana Moreira Souza, Alécio Vian, presidente da Comissão de Licitação Municipal de Eunápolis, e as empresas MSE, Plena e Sumaré completam a lista de acionados.
Fonte: A Tarde
José Robério: “Vimos que os contratos poderiam ser prorrogados e tocamos as obras pra frente”
Embora se queixem da falta de recursos, os prefeitos da Bahia não conseguem se livrar das frequentes acusações de desvios do erário público. O Ministério Público Estadual denunciou mais dois gestores essa semana de irregularidades.
Os prefeitos de Eunápolis e Alcobaça (ambos no extremo sul da Bahia), respectivamente, José Robério Batista de Oliveira (PRTB) e Leonardo Coelho Brito (PMDB), estão sendo acusados pelo MPE de participar de um esquema de obras superfaturadas, não realizadas e dadas como feitas e outras que teriam sido executadas parcialmente. Eles negam as acusações.
Houve, conforme o Ministérios Público, obras realizadas pela Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia), órgão do governo estadual, e dadas como concluídas pela Prefeitura de Eunápolis, da qual a suposta armação teria desviado R$ 1.887.369.
Segundo o Ministério Público, construtoras e empresas de urbanização também participaram do esquema. As empresas citadas são a MSE Transporte e Urbanização Ltda, a Construtora Sumaré Ltda e a Plena Empreendimentos e Engenharia Ltda. A reportagem não conseguiu contato com a direção das empreiteiras acusadas. A MSE, que está em nome de três sócios, tinha como representante legal Fabiana Moreira. Mas, segundo o Ministério Público, quem negociava com a Prefeitura de Eunápolis era o prefeito de Alcobaça, que também atuaria como procurador da MSE. Afirma a Promotoria que vários dos cheques assinados pelo prefeito de Alcobaça voltaram sem fundos, a exemplo das compras feitas com cheques assinados por Brito na Pai Mendonça, onde o prejuízo foi de R$ 95 mil. Brechas - Os supostos fraudadores usaram os vários artifícios e brechas que a legislação tolera, repassando contratos e aumentando os valores através de aditivos. A MSE passou a prestar serviços à Prefeitura de Eunápolis em abril de 2005, quando assumiu 50% do contrato feito com a Sumaré, celebrado em 1995, no valor aproximado de R$ 8 milhões. Em 1998, a outra acusada a Plena, tinha assumido 50% do mesmo contrato da Sumaré com a prefeitura. O contrato da Plena foi prolongado em maio de 2000, com o reconhecimento por parte da prefeitura de uma dívida de R$ 515 mil pelos serviços prestados. Em janeiro de 2005, o prefeito de Eunápolis firmou aditivo de revalidação de contrato com a mesma Plena, atualizando o valor do serviço de R$ 4.109.578,49 para R$ 5.319.907,68. Aditamento – Em abril do mesmo ano, o prefeito firmou novo aditamento, agora com a empresa MSE, passando para ela os outros 50% do contrato que tinha com a Sumaré. Desta vez, os R$ 4.109.578,49 foram atualizados para R$ 7.137.462,24, segundo o MPE. O promotor Dinalmari Mendonça Messias, que denunciou o suposto esquema, entrou com ação civil pública contra José Robério Batista Oliveira e Leonardo Coelho Brito na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Eunápolis.
O ex-secretário de Obras e Infraestrutura de Eunápolis, Omar Reinner, a procuradora da MSE, Fabiana Moreira Souza, Alécio Vian, presidente da Comissão de Licitação Municipal de Eunápolis, e as empresas MSE, Plena e Sumaré completam a lista de acionados.
Fonte: A Tarde
Marcelo Itagiba é Humilhado por Protógenes
O deputado federal Marcelo Itagiba pensava ter seu dia de glória, mas foi atropelado pela ironia cética do delegado Protógenes e por alguns outros deputados da CPI, que perceberam que Itagiba queria seguir seu script incriminatório contra o delegado, a despeito dos demais.
Logo no início, Itagiba quis apresentar um power-point em que apontaria contradições entre o depoimento anterior de Protógenes com outros feitos à CPI. O programa simplesmente não abriu.
Começava mal o show que Itagiba desenhara. Teve então que fazer as perguntas, sem o power-point. Recebeu como resposta a cada uma delas, a mesma ladainha, que lembrava ao deputado o objetivo da CPI:“Deputado federal Marcelo Itagiba, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito cujo objeto jurídico é a interceptação clandestina de telefones, eu me abstenho de responder a vossa excelência.”
Antes, durante os cinco minutos livres que teve para dirigir-se à Comissão, Protógenes deu outra informação que caiu como uma bomba: a PF, naquele momento, realizava nova operação na sede do Opportunity.
A seguir, Itagiba tentou passar o power-point mais uma vez, mas foi impedido por deputados. Começou um bate-boca. O deputado federal Chico Alencar acusou Itagiba de ter recebido dinheiro de sócio de Dantas para a campanha, o que ele não tinha como negar, pois foi declarado ao TRE. Era o fim.
Itagiba ainda ficou ali comandando os trabalhos, mas não os rumos do depoimento. Ele estava apenas marcando o tempo a que cada deputado tinha direito. Apenas um cronometrista. O depoimento de Protógenes escapara completamente ao roteiro que Itagiba havia concebido.
Em dado momento, ele simplesmente saiu. Foi ao banheiro? Quase. Abandonou a CPI para dar um depoimento ao Jornal Nacional, encomenda de Kamel para fechar a nota sobre Protógenes. E Itagiba repetiu o que vem dizendo há muito, mas que já não batia com a realidade:
“Ele (Protógenes Queiroz) está incorrendo no crime de falso testemunho, porque não retificou as informações que ele deu no início dessa CPI, que foram contestadas por todos aqueles que compareceram e depuseram na CPI”, afirmou Itagiba.
Fim melancólico para quem esperava viver seu dia de glória, talvez até com a prisão de Protógenes.
Agora teremos, na semana que vem, o depoimento de Daniel Dantas à CPI. Alguém acredita nisso? Duvi-d-o-dó. Dantas não abre nem geladeira, pois quando uma luz acende à sua frente, ele já imagina uma nova operação da PF para prendê-lo.
Vamos ver qual a desculpa que Itagiba irá usar para dispensar o banqueiro condenado.
Fonte: Blog do Mello/Tribuna Petista
Logo no início, Itagiba quis apresentar um power-point em que apontaria contradições entre o depoimento anterior de Protógenes com outros feitos à CPI. O programa simplesmente não abriu.
Começava mal o show que Itagiba desenhara. Teve então que fazer as perguntas, sem o power-point. Recebeu como resposta a cada uma delas, a mesma ladainha, que lembrava ao deputado o objetivo da CPI:“Deputado federal Marcelo Itagiba, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito cujo objeto jurídico é a interceptação clandestina de telefones, eu me abstenho de responder a vossa excelência.”
Antes, durante os cinco minutos livres que teve para dirigir-se à Comissão, Protógenes deu outra informação que caiu como uma bomba: a PF, naquele momento, realizava nova operação na sede do Opportunity.
A seguir, Itagiba tentou passar o power-point mais uma vez, mas foi impedido por deputados. Começou um bate-boca. O deputado federal Chico Alencar acusou Itagiba de ter recebido dinheiro de sócio de Dantas para a campanha, o que ele não tinha como negar, pois foi declarado ao TRE. Era o fim.
Itagiba ainda ficou ali comandando os trabalhos, mas não os rumos do depoimento. Ele estava apenas marcando o tempo a que cada deputado tinha direito. Apenas um cronometrista. O depoimento de Protógenes escapara completamente ao roteiro que Itagiba havia concebido.
Em dado momento, ele simplesmente saiu. Foi ao banheiro? Quase. Abandonou a CPI para dar um depoimento ao Jornal Nacional, encomenda de Kamel para fechar a nota sobre Protógenes. E Itagiba repetiu o que vem dizendo há muito, mas que já não batia com a realidade:
“Ele (Protógenes Queiroz) está incorrendo no crime de falso testemunho, porque não retificou as informações que ele deu no início dessa CPI, que foram contestadas por todos aqueles que compareceram e depuseram na CPI”, afirmou Itagiba.
Fim melancólico para quem esperava viver seu dia de glória, talvez até com a prisão de Protógenes.
Agora teremos, na semana que vem, o depoimento de Daniel Dantas à CPI. Alguém acredita nisso? Duvi-d-o-dó. Dantas não abre nem geladeira, pois quando uma luz acende à sua frente, ele já imagina uma nova operação da PF para prendê-lo.
Vamos ver qual a desculpa que Itagiba irá usar para dispensar o banqueiro condenado.
Fonte: Blog do Mello/Tribuna Petista
Mino Carta: site Consultor Jurídico e os perseguidos
O Consultor Jurídico cria mais um thriller sobre a Satiagraha. Entram em cena os jornalistas 'perseguidos'.
Por Mino Carta
Nem sempre a leitura dos jornais nos ilumina em relação aos eventos (no Brasil, muito raramente). Serve, porém, para esclarecer e sublinhar a posição, a orientação, a linha política de quem escreve.Por exemplo. Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República mais popular da história do Brasil, segundo a mídia brasileira é o mais ignorante e desastrado. Constata-se que a informação se curva diante da opinião. Fica claro, isto sim, que o jornalismo verde-amarelo sofre os efeitos de um implacável ódio de classe.O site Consultor Jurídico acaba de divulgar uma lista de jornalistas "perseguidos por Protógenes", o delegado federal da Operação Satiagraha. Encabeçam a lista quatro profissionais de CartaCapital: na ordem, Luiz Antonio Cintra, Mino Carta, Sergio Lirio e o colaborador Paolo Manzo. A notícia aterradora foi repercutida com expressiva solicitude pelo portal Comunique-se e pelo Blog do Noblat.Que dizer a respeito? Clamar contra mais um atentado contra a liberdade de imprensa? Cuidar de imediato resguardo para as famílias dos perseguidos? Acobertar-se atrás de disfarces e camuflagens? Fugir para Montecarlo ou embrenhar-se na selva amazônica?Outra alternativa, menos aventurosa, é buscar a proteção de Daniel Dantas. Ou, ao sermos perseguidos pelo delegado Protógenes, não contaríamos automaticamente com ela? Soa a conclusão como axioma irrecorrível. Imagino o espanto dos leitores de CartaCapital, surpreendidos por um golpe de cena que nem os mais ardilosos e competentes romancistas policiais ou diretores de thrillers cinematográficos ousariam excogitar.Claro que só mesmo os pensadores do Consultor Jurídico poderiam imaginar a trama, pela qual o banqueiro do Opportunity, o nosso orelhudo, serve-se desta publicação para criticá-lo e acusá-lo sem lhe dar quartel. Nós preferimos manter os pés no chão, a fantasia em repouso e a hilaridade às bandeiras despregadas.O Consultor Jurídico baseia-se em documentos de autoria atribuída ao delegado Protógenes, como sempre vazados diretamente do Departamento de Polícia Federal, subordinado ao Ministério da Justiça, e apresentados como prova de perversas manobras.Não é o caso de exigir fidelidade às regras do jornalismo de quem o confunde com assessoria comercial, como se dá com o dono do Consultor Jurídico, Márcio Chaer. Analisemos, de todo modo, as provas da perseguição ao acima assinado. O delegado Protógenes focaliza um editorial publicado a 2 de abril de 2008, em que analiso a demissão de Paulo Henrique Amorim do portal iG. Leio: "Mino Carta afirma que há interesses poderosos por trás da demissão, e cita os proprietários do iG (BrasilTelecom, fundos de pensão e Daniel Dantas)".Como seria da compreensão até do mundo mineral, o delegado foi tão somente leitor atento. E obviamente não me perseguiu ao se referir a fatos de quase três anos atrás, a um telefonema grampeado de Naji Nahas a Antonio Delfim Netto, colaborador de CartaCapital. Irritou-se o investidor com considerações minhas sobre seu papel de negociador de um acordo entre Telecom Italia e Daniel Dantas, e ameaça uma ação judicial. Delfim convence-o a desistir deste caminho e promete falar comigo.Não falou. Limitou-se a me repassar via fax uma carta de Nahas, de comedido protesto. À qual respondi, em editorial da edição de 28/6/2006, para acentuar que CartaCapital só contara a verdade factual. E lá pelas tantas: "CartaCapital afirmou que o senhor Nahas, por sua assessoria, recebeu 20 milhões de euros. Mentira, retruca ele. Quem sabe a importância não seja esta exatamente, mas a questão, no fundo, é de lã caprina. Senhor Nahas, seja como for, a grana foi conspícua". E foi acima do que dizíamos: 25 milhões de euros.A leitura dos documentos vazados para o Consultor Jurídico indica que, em lugar de perseguir jornalistas, o delegado Protógenes cuidou, como lhe competia, de acompanhar comentários e informações divulgadas pela mídia a respeito do alvo da Satiagraha, o banqueiro orelhudo do Opportunity.As atividades do site em questão é que favorecem a correta interpretação dos seus propósitos. Estamos diante de mais um baluarte de outra maciça, conquanto patética operação, voltada não somente para criminalizar caçadores de criminosos, mas também a confundir ideias, desviar atenções, manipular o pensamento da minoria arrogante dos frequentadores e dos aspirantes a fregueses da Daslu.Fonte, revista Carta Capital: www.cartacapital.com/Onipresente
Quem é democrata no Brasil?
*Por Emir Sader
Quem tem as mãos sujas de sangue pelo comprometimento com a repressão da ditadura, como a FSP (Força Serra Presidente), deveria calar sobre tudo o que tenha a ver com aquele período, pelo menos até esclarecer as gravíssimas acusações do livro de Beatriz Kushnir, Cães de guarda (Boitempo), de que a empresa dos Frias emprestou carros para acobertar operações da Oban.Acontece que o jornal tem que desempenhar seu papel de release da campanha do governador de São Paulo à presidência – em que o editor chefe participa do QG da campanha, os editores, colunistas e jornalistas fazem seu papel, alguns fingindo que criticam o governo pela esquerda, outros assumidos como direitistas. A empresa dos Frias está nervosa, FHC está nervoso, o candidato está nervoso, Tasso e o resto da elite tucana estão nervosos.Daí o vale-tudo. Um ex-comunista, que virou anticomunista, tenta polemizar com documento do PT que fala de crise do capitalismo. Zeloso do sistema a que aderiu, ele busca subterfúgios para descaracterizar a crise. Enquanto um ex-militante se presta a retomar planos de organizações da resistência para que a Folha Serra Presidente tente desqualificar a Dilma Rousseff.Deve ser condenada a cessão de carros da empresa para acobertar seqüestros de militantes da resistência, que foram torturados, muitos fuzilados, tantos deles desaparecidos? Ou deve ser condenada a ação dos grupos da resistência, que organizaram seqüestros para conseguir a liberdade de militantes seqüestrados, torturados e em risco de ser eliminados?Uma ação e outra definem quem estava do lado da ditadura e quem estava do lado da resistência, quem contribuía para a prisão arbitrária, os seqüestros, os interrogatórios com torturas, os fuzilamentos, e quem lutava contra eles.Ao mesmo tempo que Dilma e tantos outros lutavam contra a ditadura, enfrentando duríssimas condições, Serra tinha fugido para o exterior, no primeiro grupo que foi embora do Brasil, abandonando o cargo de presidente a UNE, para o qual tinha sido eleito. E a FSP acobertava as ações repressivas da ditadura.Quem foi e é democrata no Brasil?*Emir Sader (foto) é sociólogo, professor universitário e militante de esquerda.
**Fonte: Blog do Emir
Quem tem as mãos sujas de sangue pelo comprometimento com a repressão da ditadura, como a FSP (Força Serra Presidente), deveria calar sobre tudo o que tenha a ver com aquele período, pelo menos até esclarecer as gravíssimas acusações do livro de Beatriz Kushnir, Cães de guarda (Boitempo), de que a empresa dos Frias emprestou carros para acobertar operações da Oban.Acontece que o jornal tem que desempenhar seu papel de release da campanha do governador de São Paulo à presidência – em que o editor chefe participa do QG da campanha, os editores, colunistas e jornalistas fazem seu papel, alguns fingindo que criticam o governo pela esquerda, outros assumidos como direitistas. A empresa dos Frias está nervosa, FHC está nervoso, o candidato está nervoso, Tasso e o resto da elite tucana estão nervosos.Daí o vale-tudo. Um ex-comunista, que virou anticomunista, tenta polemizar com documento do PT que fala de crise do capitalismo. Zeloso do sistema a que aderiu, ele busca subterfúgios para descaracterizar a crise. Enquanto um ex-militante se presta a retomar planos de organizações da resistência para que a Folha Serra Presidente tente desqualificar a Dilma Rousseff.Deve ser condenada a cessão de carros da empresa para acobertar seqüestros de militantes da resistência, que foram torturados, muitos fuzilados, tantos deles desaparecidos? Ou deve ser condenada a ação dos grupos da resistência, que organizaram seqüestros para conseguir a liberdade de militantes seqüestrados, torturados e em risco de ser eliminados?Uma ação e outra definem quem estava do lado da ditadura e quem estava do lado da resistência, quem contribuía para a prisão arbitrária, os seqüestros, os interrogatórios com torturas, os fuzilamentos, e quem lutava contra eles.Ao mesmo tempo que Dilma e tantos outros lutavam contra a ditadura, enfrentando duríssimas condições, Serra tinha fugido para o exterior, no primeiro grupo que foi embora do Brasil, abandonando o cargo de presidente a UNE, para o qual tinha sido eleito. E a FSP acobertava as ações repressivas da ditadura.Quem foi e é democrata no Brasil?*Emir Sader (foto) é sociólogo, professor universitário e militante de esquerda.
**Fonte: Blog do Emir
O retorno da intolerância e o germe da violência
O “Caderno Dez” do jornal A Tarde (7/4/2009), de Salvador, publicação dirigida a um público jovem, numa edição especial em forma de pôster, abordou um tema preocupante. Jovens brasileiros aproveitam a Internet e adaptam ideologias extremistas do século passado pregando a intolerância contra negros, judeus, homossexuais, alcoólatras. Na Europa, os neonazistas pregam o revisionismo histórico, numa tentativa de negar o holocausto. Eles também odeiam eslavos, “retardados” e imigrantes africanos e latinos. No Brasil, além dos integralistas que, desde 2004, já organizaram três congressos e continuam tentando se organizar em partido político, os skinheads tomaram emprestado do neonazismo o discurso da intolerância racial e passou a proliferar entre jovens suburbanos.O “Caderno Dez” cita que estatísticas divulgadas pela ONG Safernet, em parceria com o Ministério Público de São Paulo, já mostram indicadores de denúncias online sobre o tema. Apenas no mês de janeiro de 2008, ocorreram 320 denúncias contra conteúdo neonazista na globosfera, 293 denúncias contra a xenofobia e 92 denúncias contra conteúdo racista. No mês de fevereiro de 2009 ocorreram 614 denúncias contra conteúdo neonazista, 565 denúncias contra xenofobia e 237 denúncias contra conteúdo racista. O pôster do “Caderno Dez” dá seu recado: “quando a verdade de cada um nega a verdade do outro, o resultado é preconceito e violência”. E citou a fonte da criativa reportagem: artigo de Adriana Dias, mestre em Antropologia Social pela Universidade de Campinas, intitulado “Entre inimigos: a construção do mal nos grupos neonazistas”; o livro “História Geral e do Brasil”, da autoria de Luiz Koshiba e alguns sites em inglês.Somente em São Paulo, segundo a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, há 20 grupos neonazistas, 150 mil simpatizantes em todo o país. Muitos desprezam o fato de o racismo ser crime inafiançável. A reportagem não identificou, na Bahia, registros oficiais de tais grupos. Mas, se procurar direito, pode encontrar o crescimento do racismo contra os negros que professam a religião dos ancestrais, principalmente no meio de evangélicos que residem e pregam suas verdades na periferia.
Fonte: Bahia de Fato
Fonte: Bahia de Fato
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