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sábado, abril 11, 2009

Mino Carta: site Consultor Jurídico e os perseguidos


O Consultor Jurídico cria mais um thriller sobre a Satiagraha. Entram em cena os jornalistas 'perseguidos'.
Por Mino Carta
Nem sempre a leitura dos jornais nos ilumina em relação aos eventos (no Brasil, muito raramente). Serve, porém, para esclarecer e sublinhar a posição, a orientação, a linha política de quem escreve.Por exemplo. Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República mais popular da história do Brasil, segundo a mídia brasileira é o mais ignorante e desastrado. Constata-se que a informação se curva diante da opinião. Fica claro, isto sim, que o jornalismo verde-amarelo sofre os efeitos de um implacável ódio de classe.O site Consultor Jurídico acaba de divulgar uma lista de jornalistas "perseguidos por Protógenes", o delegado federal da Operação Satiagraha. Encabeçam a lista quatro profissionais de CartaCapital: na ordem, Luiz Antonio Cintra, Mino Carta, Sergio Lirio e o colaborador Paolo Manzo. A notícia aterradora foi repercutida com expressiva solicitude pelo portal Comunique-se e pelo Blog do Noblat.Que dizer a respeito? Clamar contra mais um atentado contra a liberdade de imprensa? Cuidar de imediato resguardo para as famílias dos perseguidos? Acobertar-se atrás de disfarces e camuflagens? Fugir para Montecarlo ou embrenhar-se na selva amazônica?Outra alternativa, menos aventurosa, é buscar a proteção de Daniel Dantas. Ou, ao sermos perseguidos pelo delegado Protógenes, não contaríamos automaticamente com ela? Soa a conclusão como axioma irrecorrível. Imagino o espanto dos leitores de CartaCapital, surpreendidos por um golpe de cena que nem os mais ardilosos e competentes romancistas policiais ou diretores de thrillers cinematográficos ousariam excogitar.Claro que só mesmo os pensadores do Consultor Jurídico poderiam imaginar a trama, pela qual o banqueiro do Opportunity, o nosso orelhudo, serve-se desta publicação para criticá-lo e acusá-lo sem lhe dar quartel. Nós preferimos manter os pés no chão, a fantasia em repouso e a hilaridade às bandeiras despregadas.O Consultor Jurídico baseia-se em documentos de autoria atribuída ao delegado Protógenes, como sempre vazados diretamente do Departamento de Polícia Federal, subordinado ao Ministério da Justiça, e apresentados como prova de perversas manobras.Não é o caso de exigir fidelidade às regras do jornalismo de quem o confunde com assessoria comercial, como se dá com o dono do Consultor Jurídico, Márcio Chaer. Analisemos, de todo modo, as provas da perseguição ao acima assinado. O delegado Protógenes focaliza um editorial publicado a 2 de abril de 2008, em que analiso a demissão de Paulo Henrique Amorim do portal iG. Leio: "Mino Carta afirma que há interesses poderosos por trás da demissão, e cita os proprietários do iG (BrasilTelecom, fundos de pensão e Daniel Dantas)".Como seria da compreensão até do mundo mineral, o delegado foi tão somente leitor atento. E obviamente não me perseguiu ao se referir a fatos de quase três anos atrás, a um telefonema grampeado de Naji Nahas a Antonio Delfim Netto, colaborador de CartaCapital. Irritou-se o investidor com considerações minhas sobre seu papel de negociador de um acordo entre Telecom Italia e Daniel Dantas, e ameaça uma ação judicial. Delfim convence-o a desistir deste caminho e promete falar comigo.Não falou. Limitou-se a me repassar via fax uma carta de Nahas, de comedido protesto. À qual respondi, em editorial da edição de 28/6/2006, para acentuar que CartaCapital só contara a verdade factual. E lá pelas tantas: "CartaCapital afirmou que o senhor Nahas, por sua assessoria, recebeu 20 milhões de euros. Mentira, retruca ele. Quem sabe a importância não seja esta exatamente, mas a questão, no fundo, é de lã caprina. Senhor Nahas, seja como for, a grana foi conspícua". E foi acima do que dizíamos: 25 milhões de euros.A leitura dos documentos vazados para o Consultor Jurídico indica que, em lugar de perseguir jornalistas, o delegado Protógenes cuidou, como lhe competia, de acompanhar comentários e informações divulgadas pela mídia a respeito do alvo da Satiagraha, o banqueiro orelhudo do Opportunity.As atividades do site em questão é que favorecem a correta interpretação dos seus propósitos. Estamos diante de mais um baluarte de outra maciça, conquanto patética operação, voltada não somente para criminalizar caçadores de criminosos, mas também a confundir ideias, desviar atenções, manipular o pensamento da minoria arrogante dos frequentadores e dos aspirantes a fregueses da Daslu.Fonte, revista Carta Capital: www.cartacapital.com/Onipresente

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