Humberto Marques
O ex-governador e atual superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Marcelo Miranda Soares, foi condenado a três anos e quatro meses de prisão por crime eleitoral cometido em Corumbá nas eleições de 2002. Na ocasião, Miranda concorreu a deputado federal, sendo acusado de compra de votos. A sentença também inclui uma pessoa que teria sido incumbida pelo ex-governador de cadastrar eleitores.
A sentença partiu da 7ª Zona Eleitoral de Corumbá, baseada em denúncia elaborada pelo promotor Fernando Jamusse. Marcelo Miranda foi acusado de se associar ao vereador Salatiel Francisco Costa do Nascimento (PDT) para comprar votos. Salatiel contratou os "serviços" de Rubens Ramão dos Santos, responsável por cadastrar eleitores para votarem em Miranda para deputado federal. Cada eleitor receberia R$ 50. A relação de eleitores, incluindo o número da zona e seção eleitoral, foi repassada a Salatiel para realizar a conferência dos votos e pagar os eleitores.
Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), durante o julgamento, o vereador foi beneficiado com a suspensão condicional do processo. Além da condenação, Marcelo Miranda foi sentenciado a 15 dias-multa. As penas foram substituídas por prestação pecuniária de 20 salários-mínimos e limitação do fim de semana pelo tempo de condenação. Ramão dos Santos foi condenado a um ano e oito meses de reclusão e dez dias-multa.
Por se tratar de uma decisão em primeira instância, ela pode ser contestada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS). Marcelo Miranda negou as acusações, e informou que já apresentou recurso. "Isso não tem sentido. Todas as pessoas envolvidas negaram. Além disso, fui uma vez a Corumbá naquela eleição, durante um comício de Zeca do PT", afirmou
Fonte: O Estado (MS)
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