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quinta-feira, janeiro 25, 2007

ANASPS AFIRMA QUE PRESSÕES CONTRA AUXÍLIO

O vice-presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social , Paulo César de Souza, classificou hoje de “pirotecnia punitiva” toda a ação do Ministério da Previdência Social contra a concessão de auxílio doença e de aposentadoria por invalidez aos segurados, trabalhadores privados, acrescentando que se trata de “manobra diversionista do Ministro para abafar o monstruoso déficit de R$ 42,0 bilhões , só em 2006, e o déficit de acumulado de R$ 138,0 bilhões nos quatro anos da era Lula, marcada pela ampla desorganização da receita previdenciária”.
“É lamentável que os técnicos terceirizados do Ministério, responsáveis pelo déficit, pois foram fervorosos defensores da 2ª reforma da previdência para reduzi-lo, tirando direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores privados, tenham elegido o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez como “vilões do déficit”, tal como fizeram no passado com o salário maternidade, disse. Os desvios na área de benefícios acidentários eram perfeitamente previsíveis com a terceirização da perícia médica, e com o estranho conluio de sindicatos com a administração previdenciária, igualmente terceirizada e entregue a políticos inescrupulosos.”
Paulo César de Souza assinalou que “ainda está longe, muito longe mesmo, das despesas com auxilio doença e aposentadoria por invalidez, geralmente com agravos à saúde dos segurados, representar ameaça à Previdência. A farsa precisa ser desmontada pois nela está embutida, de forma cruel e sem qualquer manifestação contrária das entidades dos trabalhadores, a redução do valor do auxilio doença e da aposentadoria por invalidez. É aplicação do fator previdenciário que achatou as aposentadorias previdenciárias, criado supostamente para reduzir o déficit”.
A ANASPS adota posição firme sobre a causa do déficit que não está na concessão de benefícios cada vez com valor médio abaixo do teto do salário de beneficio.
Segundo Paulo César de Souza a causa do déficit está no desmonte da Procuradoria Geral do INSS, na desorganização da Receita Previdenciária bem como na entrega do Ministério e do INSS a maus políticos e gestores públicos que nada fizeram, nos últimos quatro anos para:
- combater a sonegação estimada em 30/40% da receita;
- cobrar a mega dívida, administrativa e fiscal de R$ 300 bilhões;
- reduzir as renuncias contributivas que passam dos R$ 12 bilhões/ano;
- recuperar créditos, que se situou em níveis ínfimos de 1% da dívida;
- impedir mais beneficios e vantagens aos caloteiros através dos REFIS 1,2,3 e 4.
“A pressão sobre o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez tenta colocar debaixo do tapete os desacertos identificados nas áreas da Procuradoria e da Receita Previdenciária, atenuados pela forte transferência de recursos do Tesouro para cobertura do déficit de caixa do INSS. Insistimos: nada absolutamente nada foi feito nos últimos quatro anos para fiscalizar, cobrar e arrecadar mais. Foram quatro anos de incompetência olímpica e siderúrgica. Lamentável neste processo a omissão das entidades dos Procuradores e dos Auditores Fiscais. Mas muito foi feito para não incomodar os devedores e beneficiar os caloteiros da Previdência”, observou o vice presidente da ANASPS.
A ANASPS divulgou que nos quatro anos de Lula, 2003-2006 (até nov) , foram concedidos 15,4 milhões de beneficios, correspondendo a 61% do estoque de 24,4 milhões, em dezembro de 2006. Na 2ª era de FHC, 1999-2002, foram concedidos 11,9 milhões de benefícios, correspondendo a 56% do estoque de 21,1 milhões em dezembro de 2006.
O valor médio do benefício evoluiu de R$ 272,73 em 1999, para R$ 379,66 em 2002; R$ 451,00 em 2003 e R$ 578,02 em 2006.
A quantidade de benefícios com o salário mínimo também evoluiu de 66,37% em dezembro de 2000 ( 13,0 milhões de 19,5 milhões) para 65% em dezembro de 2003 (14,2 milhões de 21,8 milhões) e 67,07% em dezembro de 2006 (16,4 milhões de 24,4 milhões).
20.01.2007Para maiores informações ligar para Karla Montenegro xx-61-3321-56 51 E-mail: imprensa@anasps.org.br ou comunicacao@anasps.org.br

INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,

INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,
CENSURA E-MAILS NA INTRANET E CRIA O “SECCURITY OFFICER”
PARA FISCALIZAR O CORREIO ELETRÔNICO. É UM ABUSO
O presidente do INSS, sr. Waldy Simão, num surto de intolerância e abuso do poder baixou a RESOLUÇÃO No- 31, DE 15 DE JANEIRO DE 2007, que “dispõe sobre aplicação de penalidades pelo uso indevido do Correio Eletrônico da Previdência Social no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.”
Fundamentando-se em atos discricionários seus e de seu superior imediato, o ministro da Previdência, inclusive a esdrúxula “Portaria no- 311/INSS/PRES, de 15 de setembro de 2005, que designa o servidor Rômulo Nonato, matrícula no- 0.923.654, para exercer a função de Oficial de Segurança da Informação (Security Officer) no âmbito do INSS”, o sr. Waldy Simão foi longe demais.Como Oficial Superior da nova Santa Inquisição, estabeleceu:
- O Correio Eletrônico da Previdência Social, no âmbito do INSS, é de uso exclusivo de seus servidores, incluindo todos que se vinculem à Administração, ainda que de maneira transitória (art. 327 do CP);
- Cada usuário do Correio Eletrônico será credenciado com senha particular, de uso pessoal, vedado o seu empréstimo ou permissão de uso, sob pena de responsabilidade pelos dados e informações transportados em seu nome;
- A utilização do Correio Eletrônico, por meio dos computadores da rede corporativa ou sob qualquer forma de acesso remoto, destina-se às necessidades do serviço da Autarquia;
- As mensagens transportadas via Correio Eletrônico, em razão do princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e da própria natureza do serviço público, são, em regra, públicas.
- O Oficial de Segurança da Informação do INSS solicitará à administração do Correio Eletrônico da Previdência Social o monitoramento das mensagens encaminhadas ou recebidas, o que não implica violação de correspondência ou comunicação para qualquer fim.
É por aí vai, com umburocratês digno de nota ao adotar formulário de “caça às bruxas” e de criar inclusive o que classifica de “forense computacional”, definido “ como computacional como o conjunto de técnicas utilizadas para identificar e coletar evidências digitais, essenciais para uma possível ação administrativa contra o autor de utilização indevida dos meios eletrônicos disponibilizados pela Previdência Social”.
OPINIÃO DA ANASPS
No fechamento desta edição, esta maluquice não tinha sido revogada.É terrorismo puro contra os servidores, com o objetivo de evitar criticas internas aos desmandos, erros, irresponsabilidades cometidas pelo Ministro e pelo presidente e diretores do INSS.Há quatro anos que batem nos servidores de todos os lados, humilham e agridem, em seus locais de trabalho e em seus lares, com “as forças tarefas de ocupação e terrorismo de Estado”.Os caloteiros, os devedores da Previdência, jamais foram incomodados. Os que beneficiam os caloteiros idem. Os que fizeram R$ 130 bilhões de déficit, idem. Os que concederam R$ 50 bilhões de renuncias. Idem. A sede do INSS continua em ruinas, os tapumes estão desabando, as instalações do INSS estão em péssimo estado, falta dinheiro para compra de água, pagamento de luz e telefone, compra de material de expediente; há unidades praticamente sem servidores, falta gestão na imobiliária e na área de recursos humanos, os programas de computador são antiguados, lentos e quase sempre estão fora do ar.Abaixo a censura.
Fonte: Jornal ANASPS

Ilações ministeriais

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - A indagação continua: e o novo ministério? A última informação é de que começará a ser anunciado dia 5 de fevereiro, segunda-feira. Saber porque segunda-feira, e não domingo, constitui dúvida irrelevante, apesar de curiosa. Quer dizer que o governo não trabalha nos fins de semana? Claro que não, aliás, talvez não trabalhe sequer durante.
A especulação mais recente é de que o senador Francisco Dornelles será o novo ministro da Defesa, representando o PP e, mais do que o partido, o bom senso. Afinal, se já foi ministro da Fazenda, da Indústria e Comércio e do Trabalho, fica evidente sua propensão para curinga. Para os militares, alívio, tendo em vista a hipótese, de quando em quando admitida, de Aldo Rebelo. Apesar de acreditar em Deus, o homem é do PC do B, que décadas atrás desencadeou a guerrilha do Araguaia. Seria um pouco demais, mesmo na plenitude democrática.
Embaixada para Pires
Não deverá ser deitado ao mar como carga supérflua o atual ministro da Defesa, Waldir Pires, de reconhecida capacidade administrativa, jurídica e política, mas sem sorte por conta da crise nos aeroportos. Pode vir a ocupar uma embaixada, tanto quanto ser nomeado para a Advocacia Geral da União ou até a Consultoria Geral da República, que exerceu antes de 1964.
Guido Mantega viu crescer a cotação de suas ações para continuar, mas ficaria com os cabelos em pé, se não fosse careca, se soubesse o teor da conversa entre Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Como este logo depois cumpriu missão presidencial, tentando inutilmente um entendimento entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, há quem suponha o seu aproveitamento não na equipe econômica, mas na Coordenação Política, dita Relações Institucionais. Se viável essa ilação, Tarso Genro estaria a um passo do Ministério da Justiça. Caso contrário, Sepúlveda Pertence ainda continua no páreo para um ministério que Michel Temer, se convidado, jamais recusará.
O PMDB já pretendeu seis ministérios. Hoje ficaria contente com dois: preservar as Comunicações e conquistar outro de considerável orçamento, tanto faz se Transportes, Saúde ou Cidades. Dizem que o deputado Nelson Marchezelli, do PTB, já visitou as instalações do Ministério da Agricultura, apesar de o partido possuir o Ministério do Turismo. O problema é que o ministro Mares Guia está a um passo de trocar de legenda, ainda que dificilmente não de ministério.
Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento Industrial, joga nas onze. Deu sinais de que não queria continuar, pareceu que continuaria se recebesse intenso apelo do presidente Lula e agora, salvo engano, aferra-se à cadeira que exerce. O fato de viajar para Davos com o presidente, hoje à noite, pode significar que permanecerá, tanto quanto estar recebendo a derradeira homenagem do chefe.
Na marca do pênalti
Ministros atuais, daqueles que a gente nem sabe o nome, encontram-se na marca do pênalti, mas pelo menos dois continuarão. Quais? Talvez Silas Rondeau, das Minas e Energia, e Paulo Haddad, da Educação.
O presidente Lula, como seus antecessores, desde Deodoro da Fonseca, irrita-se com as especulações e até disporá do gostinho de não nomear quem já estava nomeado, só para desmentir a imprensa. Mas Delfim Netto ficará de fora? Martha Suplicy, também, apesar de o PT estar a um passo de perder espaço? Dos cotados para ficar, e tomara que não sejam mandados passear só por conta destas linhas, estão Dilma Rousseff, da Casa Civil, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, e quem mais?
Historiadores dizem valer o processo histórico mais do que os homens. Bertrand Russel dizia que se Napoleão não tivesse nascido, a Revolução Francesa acabaria desembocando em alguém como ele. Vamos discordar em parte. Os homens ainda são a mola mestra da História. Assim também no ministério.
Será irresponsabilidade supor os rumos do segundo governo Lula os mesmos, com estes ou aqueles ministros. Lula tem um quê de perverso, ao ficar adiando a reforma ministerial e ensejando especulações. Melhor faria se seguisse o exemplo de Getúlio Vargas, que antes de tomar posse, em 1951, rotulou sua primeira equipe de auxiliares como "o ministério da experiência". Depois, mudou mais de uma vez. No entanto, a tragédia de 1954 teria acontecido se aquele primeiro ministério tivesse continuado?
Fonte: Tribuna da Imprensa

Aposentados realizam manifesto em protesto à perda do poder de compra

Centenas de aposentados foram ontem às ruas reivindicar a recuperação do poder de compra da categoria e a revogação do fator previdenciário, alíquota de cálculo que, segundo a Associação dos Pensionistas e Aposentados da Previdência Social da Bahia (Asaprev-BA), reduz o valor do benefício. O grupo, que saiu da Praça da Piedade em direção à Municipal, aproveitou o dia nacional da categoria e o 84º aniversário da Previdência para chamar a atenção da sociedade para problemas que atingem os idosos.
Ao longo do trajeto, uma banda de música e mamulengos animavam o cortejo. Hoje, às 9h, haverá nova manifestação com a lavagem das escadarias da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Comércio, com a participação de cerca de dez baianas.
Segundo o presidente da Asaprev-BA, Gilson Costa de Oliveira, é necessária a recuperação do poder de compra das aposentadorias, tendo como parâmetro o salário mínimo. Pelo sistema atual, as aposentadorias superiores ao salário mínimo sofrem reajustes que acompanham a variação da inflação. O mínimo, por sua vez, tem uma reposição superior, mas que depende de decisões políticas. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, o salário mínimo subiu praticamente 100%, passando de R$ 151 para R$300, e os benefícios acima do mínimo foram reajustados em apenas 56,46%. “Nós não podemos ser mais prejudicados do que já fomos”, desabafou Oliveira.
A categoria aproveitou também para pedir mudanças no cálculo dos benefícios. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o fator previdenciário, um sistema de cálculo da aposentadoria que reduz o valor concedido em idade abaixo da expectativa de vida da população. “Com este sistema, parte-se do pressuposto de que, como se vai pagar por mais tempo ao aposentado, o valor será menor”, conclui o presidente da Asaprev-BA.
Estados – Em São Paulo, também foram registradas manifestações. Houve marcha no centro da capital, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap/CUT). Durante a manhã, os manifestantes entregaram um documento sobre a condição dos aposentados, pensionistas e idosos ao INSS.
Fonte: Correio da Bahia

Caixa Econômica libera R$2,8 bilhões para aposentados

Verba será destinada para empréstimo com desconto em folha


Tatiany Carvalho
A Caixa Econômica Federal (CEF) anuncia recursos de R$2,8 bilhões em empréstimos a aposentados e pensionistas em todo o estado da Bahia, com desconto em folha, ao longo do ano 2007. O volume é 44% maior que o do ano passado. Ontem, Dia do Aposentado, a instituição confirmou seu interesse em cativar essa clientela através de um programa de vantagens voltado para os beneficiários da Previdência Social (INSS), que inclui tarifas diferenciadas e cartão de crédito com anuidade grátis, 12 meses de isenção na cesta de tarifas, dentre outros diferenciais.
O gerente regional de Negócios Pessoa Física da Superintendência da Caixa em Salvador, José Ronaldo Maia, comentou o bom desempenho que o crédito consignado vem registrando no estado. Segundo Maia, os aposentados e pensionistas do INSS contraíram R$75 milhões no ano passado através do consignado. De um total de 33 mil operações, o tíquete médio foi avaliado em R$2,3 mil. Para 2007, a CEF estima que os empréstimos devem atingir os R$100 milhões.
Esse trabalho de aproximação com os aposentados e pensionistas, bem definido através de ações de relacionamento, será representado fisicamente através de uma miniagência com atendimento exclusivo para essa clientela, na agência do Shopping Iguatemi. “A gente vai oferecer um atendimento diferenciado”, comentou. O início do funcionamento da unidade está previsto para ocorrer no prazo de 30 dias.
A CEF é uma das 44 instituições financeiras, em todo o estado, autorizadas a conceder o consignado para os beneficiários do INSS. A lista de todas as instituições pode ser conferida na página da Previdência, através do site www.previdencia.gov.br. A taxa de juros cobrada pela Caixa para o parcelamento em 36 meses é de 2,45% ao mês. Os empréstimos são liberados no prazo médio de quatro dias. A inadimplência atual é de 6% das operações.
Fonte: Correio da Bahia

STF pede explicações a Lula sobre uso do FGTS

Ação questiona a utilização dos recursos em obras de infra-estrutura definidas dentro do PAC


BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, anunciou ontem que pedirá informações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a medida provisória assinada na segunda-feira que criou um fundo de investimento com aplicação de R$5 bilhões do patrimônio líquido do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A MP faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que foi divulgado pelo governo na segunda-feira, e é questionada no STF por uma ação movida por três entidades sindicais.
A comunicação sobre o pedido de informações a Lula está em um despacho redigido ontem por Ellen Gracie. No despacho, a ministra também pediu às entidades sindicais que, num prazo de cinco dias, anexem à ação cópia da íntegra da MP. A presidente do STF acrescentou: “Após a juntada da peça faltante, solicitem-se informações ao senhor presidente da República, que deverá prestá-las no prazo de dez dias”.
Após as informações de Lula, Ellen Gracie já comunicou em seu despacho que será a vez de a Advocacia Geral da União e a Procuradoria Geral da República se manifestarem sobre a ação num prazo de cinco dias. A ação contestando o fundo de investimento do FGTS será relatada no STF pelo ministro Celso de Mello. Não há previsão de quando ocorrerá o julgamento. Na ação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, a Força Sindical e a CGT sustentam que o fundo de garantia é um patrimônio dos trabalhadores. “Do nosso ponto de vista, o governo está confiscando R$5 bilhões, que podem chegar a 17 (R$17 bilhões), para criar um fundo para depois nos vender até 10% das ações. Ou seja, pega o nosso dinheiro para depois nos vender novamente”, disse, na terça-feira, o deputado federal eleito Paulo Pereira da Silva, que é da Força Sindical. (AE)
***Mantega diz que plano não mudará
BRASÍLIA - Apesar das queixas dos governadores, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo não tem intenção de modificar as medidas de desoneração fiscal contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não vamos mudar as decisões já tomadas. Não temos como voltar atrás”, afirmou, ao chegar para a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O ministro argumenta que as desonerações anunciadas não afetarão os estados. “O PAC não tem medida que afete os estados”, disse. As reduções do PIS/Cofins, de acordo com Mantega, pesarão exclusivamente sobre o governo federal. “A única coisa que afeta os estados é a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada no Congresso Nacional com o apoio dos próprios governadores”, comentou. Ele lembrou, ao mesmo tempo, que a nova legislação também significará perdas de receitas para o governo federal. (AE)
Fonte: Correio da Bahia

Vacina contra vírus HPV está disponível no País

A primeira e única vacina aprovada contra o HPV, vírus responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero, chegou ontem à rede privada de saúde do País. O preço final ao consumidor vai ficar em torno de R$ 500 por dose em clínicas e laboratórios de análise, mas ele pode subir em breve, informou-se de São Paulo. O valor é mais baixo do que previa o fabricante, o laboratório Merck. A idéia era de que a dose saísse da fábrica com valor próximo disso e que as clínicas a vendessem por até R$ 700. Há uma semana, no entanto, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão do governo federal que estabelece os preços dos remédios no País, definiu o preço da dose: R$ 364,16. O laboratório entrou com recurso contra o valor do governo e vai mantê-lo, mesmo com o produto no mercado - a Merck importou inicialmente 45 mil doses. Mesmo antes da chegada ao mercado, pacientes já faziam "fila" para comprar o produto. Nos laboratórios Delboni, 50 mulheres aguardavam a vacina. Por causa do preço, a encomenda na maioria dos centros será pela demanda. É remota a possibilidade de estoque. A vacina Gardasil protege contra quatro tipos de HPV - dois deles oncogênicos (tipos 16 e 18), que respondem pelos casos de câncer de útero, e os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. A aplicação é feita em três doses - a segunda é dada dois meses depois da primeira e a terceira, após seis meses da inicial. (das agências)
Fonte: O POVO

Descoberta uma síndrome que só ocorre no Brasil

Grupo de médicos brasileiros rastreou 45 famílias com a sindrome variante da Li-Fraumeni, até há pouco descrita em apenas 280 famílias no mundo. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário dos demais casos, ocorria em outra região do gene, o que a torna tão específicaGiovana Girardida Agência Estado
25/01/2007 02:12Uma mutação genética, que deve ter ocorrido pelos idos de 1800 em um brasileiro que deixou descendentes, deu origem a uma síndrome encontrada hoje aparentemente apenas em famílias que vivem no País. A doença rara predispõe o indivíduo a ter diversos tipos de tumores ao longo da sua vida. A doença brasileira é uma variante da síndrome de Li-Fraumeni, que até recentemente havia sido descrita em apenas 280 famílias em todo o mundo. Há alguns anos, no entanto, médicos do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, começaram a observar um número significativo de pessoas com o mesmo problema, que se caracteriza por uma mutação no gene TP53, responsável pela expressão da proteína p53 que, com a falha, fica inativa. O grupo, liderado pela oncogeneticista Maria Isabel Achatz, rastreou pelo menos 45 famílias brasileiras com a síndrome. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário da observada nos demais 280 casos conhecidos, ocorria em outra região do gene, e é isso que a torna tão específica. Uma revisão da descoberta está prevista para ser publicada no próximo mês na revista Oncogene. A p53 já é muito pesquisada entre os estudiosos de câncer. Em condições normais, ela é responsável pelo controle do ciclo celular, mas, quando inativa por algum tipo de mutação no gene, as células tumorais se proliferam com facilidade. Essa falha é hoje considerada responsável por mais de 50% dos tipos de câncer. Acontece que entre os pacientes com a síndrome de Li-Fraumeni, o problema é muito mais complicado. Como a doença é hereditária, os portadores apresentam a mutação em todas as células do seu corpo - e não apenas em um determinado tecido, como ocorre com os demais tipos de câncer. Com isso eles apresentam uma probabilidade muito maior que o resto da população de desenvolver algum tipo de tumor - sem contar que ele pode ocorrer mais precocemente, em qualquer parte do corpo e em diferentes momentos da vida. Até os 40 anos, a chance é de 50%, ante 1% do resto das pessoas, podendo chegar a 90% com o passar dos anos. Os casos mais comuns são de tumores do sistema nervoso central, de mama e os infantis. Entre as crianças a chance de desenvolver câncer aumenta tanto que por algum tempo se suspeitou que a mutação ocorria apenas entre elas. Um trabalho com 35 crianças de Curitiba sugeriu que se tratava de um raro tumor infantil. Mas a equipe de Maria Isabel tem provado que a síndrome é comum em adultos. Entre os pacientes observados pelo grupo de Maria Isabel, ela conta o caso de uma mulher que no intervalo de alguns anos desenvolveu uma série de tumores, sem que eles estivessem relacionados por metástase. Inicialmente ela teve um sarcoma na veia cava (que sai do coração), um ano depois um câncer de mama, seis meses depois um tumor na tireóide e, após um ano e meio, outro câncer no pulmão. Quando sua árvore genealógica foi puxada, os cientistas conseguiram descobrir o primeiro caso em um antepassado desta paciente que viveu nos anos 1850. Casos de câncer foram rastreados em sete gerações dessa família. "Além da sua capacidade de aparecer em qualquer parte do corpo, esse gene mutante tem um caráter dominante, o que aumenta sua incidência", explica Maria Isabel. Por conta dessa ação devastadora da doença, a pesquisadora considerou muito bem-vinda a descoberta de cientistas americanos de que, com a reativação da p53, é possível regredir os tumores. "A molécula é estudada desde os anos 90, já se sabia da sua relação com o surgimento de tumores. Agora foi reacesa a chama de que talvez, com ela, possamos encontrar uma cura", comemora.
Fonte: O POVO

Governo e MP acusam STF de beneficiar criminosos

Criminosos condenados a mais de 50 anos de prisão estão saindo da cadeia depois de cumpridos cinco anos, segundo denuncia o Ministério Público, que culpa decisão do Supremo Tribunal Federal em favor de autores de chamados crimes hediondos. Alguns ganham direito à visita periódica ao lar e não retornamRoberta Pennafortda Agência Estado
25/01/2007 02:12O Ministério Público e o governo do Rio estão preocupados com os sucessivos casos de criminosos de alta periculosidade que saíram da cadeia em razão de benefícios concedidos pela Justiça e que, segundo investigações policiais, já teriam voltado a cometer crimes. Em alguns casos, eles obtiveram permissão para visitar a família, mas não retornaram aos presídios; noutros, conseguiram a liberdade condicional, apesar de condenados a penas altas. Nos últimos sete meses, dois traficantes perigosos ganharam as ruas, por motivos diferentes. Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD, ex-líder do Morro do Dendê, está em regime semi-aberto (só dorme na prisão). Ele conseguiu ainda o direito à Visita Periódica ao Lar (VPL), que lhe permite ir para casa a cada 15 dias (saindo no sábado e voltando no domingo). Na semana passada, na primeira oportunidade que teve, ele saiu e não voltou. Sentenciado a 21 anos e seis meses de prisão, PQD estaria foragido no Complexo do Alemão, protegido por comparsas, e já teria planejado uma invasão ao Dendê, para retomar as bocas-de-fumo. Ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, condenado a 43 anos, conseguiu o livramento condicional por ter cumprido um terço da pena. Está solto há sete meses. Coordenador do 8º Centro de Apoio Operacional da Execução Penal do Ministério Público (MP), o promotor Cristiano Lajóia critica duramente a liberação dos presos. Segundo ele, os juízes da Vara de Execuções Penais (VEP) se baseiam só no relatório da direção do presídio e num exame criminológico, feito por um psicólogo, um psiquiatra e um assistente social, para as decisões. "O MP vem recorrendo da concessão desses benefícios e tem sido uma luta inglória. Os juízes da VEP não têm avaliado qualquer outro fator, como os informes do setor de inteligência de que o preso ainda comanda facções criminosas", afirmou o promotor. "Não é possível que pessoas com penas superiores a 50 anos saiam após cinco. É um escárnio com a sociedade". Os benefícios são concedidos porque uma decisão do STF estabelece que quem pratica crimes hediondos (entre eles, homicídio qualificado, estupro e tráfico de drogas) pode pleitear progressão de regime após o cumprimento de um sexto da pena.
Fonte: O POVO

Buemba! Lula tem um piriPAC!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E o PAC? Pacote para Acelerar o Crescimento. PACote de Viagra! PAC quer dizer Plano de Ataque ao Contribuinte! Ou, como diz o chargista Neo: Plano Aloprado de Crescimento! E isso não é um plano, é um trocadilho: Lula teve um piriPAC. Deixaram o homem trabalhar e ele teve um piripaque! O PAC emPACa. E botaram o Mantega pra acelerar o crescimento. Então botaram o homem errado. O que faz crescer não é Mantega, é FERMENTO! Rarará! E tão dizendo que esse plano é pra acordar o Brasil, esse gigante adormecido. Então é um PAC para acordar um PAQuiderme! Rarará! E com esse fatídico buraco trocaram o nome do prefeito de São Paulo: não é mais Kassab. É KASSAMBA! Gilberto Kassamba. Já tem até gripe nova: gripe Kassab, aquela que te leva pro buraco! Rarará! E hoje é aniversário da cidade. São Paulo foi fundada há mais de 400 anos e AFUNDADA pelo buraco. São Paulo é a capital da gastronomia: todo mundo come todo mundo. Rarará! SP Fashion Bicha Urgente! A semana de moda ecológica. Aí perguntaram pra uma modelo o que é sustentabilidade. Resposta: "É quando sustenta o salto da gente". Rarará! E tem um termo ecológico chamado neutralidade. Aí perguntaram pra uma modelo: "O que é neutralidade?" Resposta: "É quando a gente usa Neutrox". Rarará! E anoréxica não pode mais desfilar. É como restaurante por quilo: você pega a modelo, bota no prato e pesa. Se pesar menos de uma grama, não desfila! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Vinhedo, interior de São Paulo, tem uma casa de garotas chamada Casa das Máquinas! Uau! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem! Empaquei! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E vai indo que eu não vou! simao@uol.com.br

O pacote vale uma nota de R$ 3

Por: ELIO GASPARI


As promessas de crescimento econômico feitas por Nosso Guia são como as notas de três reais. Ninguém pode dizer que são falsas, pois nunca se viu uma verdadeira. O espetáculo da segunda-feira indicou que terminaram as férias do companheiro e seu pacote não traduziu uma estratégia econômica, expressou apenas uma excitação marqueteira. Ouça-se esse blablablá: "Individualmente importantes e complementares dentro de suas respectivas áreas, os projetos sociais e de infra-estrutura selecionados estão estreitamente associados entre si. Na verdade, eles formam ambos um único conjunto voltado para a dupla tarefa de inserir de modo competitivo o país na economia mundial. (à) A seleção desses projetos obedece a uma finalidade operacional específica: submetê-los, a partir de agora, a um esquema especial de gerenciamento." Parece a parolagem do comissariado. Na verdade, é parte do lero-lero tucano no lançamento do pacote "Brasil em Ação", há dez anos. Seis rodovias do pacote desta semana atravessaram invictas quatro anos de tucanos e outros quatro de petistas. A principal novidade produzida por Nosso Guia foi uma tentativa de avanço sobre o patrimônio dos trabalhadores. Lula pediu ao Congresso que autorize o uso do dinheiro do FGTS para financiar obras públicas passando o risco de crédito dessas transações da Caixa Econômica para um comitê de comissários. Querem jogar entre R$ 5 bilhões e R$ 17 bilhões da caixa do FGTS num fundo de infra-estrutura. Se o negócio der errado, caberá ao Tesouro cobrir o buraco. Tesouro de quem? De Lula? De Guido Mantega? Não, o Tesouro dos impostos dos contribuintes. Nosso Guia poderia dar um exemplo de confiança na iniciativa entregando o seu cheque mensal de R$ 4.509,68 do Bolsa-Ditadura aos sábios que gerenciarão o fundo. O caráter compulsório desse avanço ofende a própria lógica do governo. No ano passado os trabalhadores puderam investir até metade de seu saldo no FGTS em ações da Petrobras. Foram 310 mil os cidadãos que correram esse risco. Tiveram um rendimento de 680% contra 43% da remuneração do Fundo de Garantia. Se o novo Fundo é uma boa idéia, a aplicação pode ser voluntária, desde já, e não daqui a pelo menos dois anos. Se não há tanta certeza assim, as chaves das arcas do FGTS devem continuar onde sempre estiveram, na Caixa Econômica. Essas cautelas são necessárias porque todos os grandes ataques à bolsa da Viúva foram praticados em nome do progresso. Basta puxar pela memória e pensar o que foram os investimentos em Angra 1 e Angra 2 ou na Ferrovia Norte-Sul. Felizmente, ficaram de fora do projeto de Lula as obras de Angra 3 e o gasoduto TransPinel, de Hugo Chávez. Pena que a ekipekonômica tenha ficado curta de neurônios na hora de trabalhar o estímulo ao financiamento de casas para o andar de baixo. Isso porque ela se revelou espertíssima ao desonerar computadores para o andar de cima. Sempre que se retira um imposto cobrado sobre essas máquinas deve-se comemorar, mas não se pode esquecer que o novo teto de R$ 4 mil (US$ 1.900) para a isenção de PIS e Cofins é dinheiro suficiente para comprar os modelos mais caros e potentes do mercado nacional. No mercado americano, esse ervanário compra um daqueles Macintosh de 20 polegadas de dar água na boca.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Salvador tem segunda mais cara refeição do país

Valor médio do almoço fora de casa na cidade é de R$16,94, abaixo apenas do preço em Brasília


Pedro Carvalho
Salvador tem a segunda mais cara refeição fora de casa do país. De acordo com levantamento requisitado pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o valor médio do almoço é de R$16,94, abaixo apenas dos R$17,45 cobrados em Brasília. Foram avaliadas as categorias de restaurante do tipo comercial, self-service, executivo e a la carte. Neste último segmento, especificamente, a capital baiana tem o valor mais alto do Brasil, com a refeição custando, em média, R$29,53.
Surpreso com o resultado da pesquisa, o presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, José Ronaldo Teixeira, disse não acreditar que os dados sejam influenciados pelo fato de Salvador ser uma cidade turística. “Hoje, temos muitos estabelecimentos de alto padrão, que devem ter influenciado no resultado final do levantamento”, disse. Mas, lembrou que dos cerca de dez mil restaurantes da cidade, apenas dois mil estão na formalidade, enquanto que 80% permanecem funcionando informalmente. “Temos que criar condições, junto com os poderes públicos, para mudar esta realidade”, citou.
A pesquisa da Assert, na verdade, teve como objetivo oferecer parâmetros para que os participantes do sistema de vales e tíquetes possam definir valores adequados à realidade de cada região do país. Foram pesquisados, pelo instituto TNS Interscience, 2.438 estabelecimentos de 32 municípios das cinco regiões do país. A avaliação considerou preços de refeições completas, que incluem prato principal, bebida, sobremesa e o cafezinho, tendo sido calculadas as médias de valores entre os pratos mais caros, mais baratos e mais vendidos. No caso dos restaurantes por quilo, foram considerados 500g de refeição, mais o valor de 200g de sobremesa, além do preço de uma lata de refrigerante ou de um copo de 300ml de suco de laranja.
Entre os 95 restaurantes pesquisados em Salvador, constatou-se que o valor médio nos estabelecimentos tipo comercial foi de R$8,78, praticamente o mesmo da média nacional, que foi de R$8,79. Já nos restaurantes self-service chegou a R$12,77, sendo elevado para R$24,84 nos executivos.
Esta é a quarta edição do estudo. “Ele apresenta o comportamento do comércio entre os meses de novembro e dezembro de 2006. O intuito é fazer um levantamento para que as empresas possam ajustar o valor do benefício que concedem aos seus funcionários, atendendo o que determina o Programa de Alimentação do Trabalhador em termos de alimentação adequada”, informou o presidente da Assert, Artur Almeida.
Fonte: Correio da Bahia

BOM PACA

Por: Adriana Vandoni (*)
Certa vez ouvi uma história numa cidadezinha do interior que contava assim: uma esposa muito preocupada com a saúde do marido que bebia muita cerveja e por isso estava no hospital, tomou uma decisão. Foi até a Igreja e diante de Deus prometeu que se o marido ficasse bom ele nunca mais iria beber Brahma. Ela jurou, diante de todos os Santos, destravar o marido e fez uma promessa para ele cumprir. Curado, o marido soube da promessa, e como ainda estava debilitado a ponto de não conseguir catracar a esposa, teve que cumprir a promessa: passou a beber só antártica.
Mais ou menos assim que entendi o tal PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, anunciado pelo presidente Lula. O programa prevê, como forma para estimular a produção, renúncia fiscal de Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre o Imposto de Renda. Ambos fazem parte da composição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), isto quer dizer que haverá perda de receita para os estado e municípios e conseqüente redução da capacidade de investimento destes.
A intenção foi boa, mas pra quem? Ao desonerar apenas determinados setores: indústria de base e eletrônica, o governo aprofunda as desigualdades regionais. Os outros setores da economia continuarão com uma carga tributária de quase 40%.
Do investimento de R$ 503,9 bilhões, a maior parte sairá das estatais e, sobretudo da iniciativa privada. Do orçamento da União mesmo, sairá só R$ 67,8 bilhões ou 13,46% do total, recurso diretamente sob controle dos gestores públicos, ou seja, pra atender companheiro. Uma das maiores críticas dos empresários do setor produtivo está na falta de garantias aos investimentos que são moderados pelas Agências Reguladoras. “Uma despolitização das Agências Reguladoras seria crucial”, segundo um analista. Seria querer demais! Onde e como ficariam os “cumpanheiros”? Mas sobre esse assunto nada foi dito. Nada foi dito também sobre o tamanho e a má qualidade dos gastos públicos. Entre os gastos desnecessários estão as viagens. Ô povinho que gosta de viajar como esse do PT, tá pra nascer... só mesmo o apagão aéreo pra frear essa turma.
Levando em consideração o fato de que as estatais já vinham fazendo investimentos; que a iniciativa privada tem mais garantias e maior retorno em investimentos financeiros, estimulados pelas altas taxas de juros; que o incentivo à produção será debitado da conta dos estados e municípios que já estão com a corda no pescoço ... no lugar de destravar o Brasil o PAC vai fazer com que o país continue emPACado.
O que faltou? Talvez se a mulher do interior tivesse feito uma promessa pra ela própria cumprir, tipo deixar de fazer chapinha no cabelo por um ano, e tivesse procurado a ajuda da AAA (associação dos alcoólicos anônimos), seu marido ficaria curado.
Lula fez o mesmo. Prometeu pro outro cumprir. Se tivesse garantido redução da carga tributária e queda da taxa de juros, poderíamos acreditar que o Brasil seria destravado.
Ah, achei lindinho e até comovente o PAC apresentar como medida para crescimento econômico a criação de 700 vagas de estacionamento no aeroporto de Confins.
Essa eu concordo e admito! Nunca na história do Brasil houve uma visão tão estratégica de crescimento de longo prazo. Acho que o Brasil nunca mais será o mesmo depois dessas 700 vagas.
(*) Adriana Vandoni - é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ.
E-mail: avandoni@gmail.com Blog: www.argumentoeprosa.blogspot.com

O show de maus modos de Arlindo Chinaglia

Conhecido pelas grosserias que costuma protagonizar, candidato a presidente da Câmara dá nova prova de despreparo para lidar com jornalistas


Procurado para uma entrevista pela repórter Soraia Costa, do Congresso em Foco, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deu provas de que precisa fazer um curso intensivo de bons modos.

– Para onde você falou que é mesmo essa entrevista? – perguntou, em tom de desdém.

– Para o site Congresso em Foco – respondeu a repórter.

– Congresso em Foco? O que é isso? Já falei que não vou responder a nada. Não tenho tempo para perder com entrevistas. Tenho que trabalhar – encerrou, na presença de vários outros jornalistas, não sem antes lembrar que não estava dando entrevista exclusiva “nem para a Folha de S. Paulo”.

Se Chinaglia de fato desconhecesse a existência do Congresso em Foco, poderíamos concluir que se trata de um parlamentar desinformado. Alguém que não chegou à era da internet e que desconhece um veículo que, além de ser um dos mais acessados no Congresso Nacional, se tornou referência obrigatória de quem acompanha a política brasileira e é fonte constante de citações da imprensa tradicional e dos próprios congressistas.

Episódio recente demonstra, porém, que o petista que pretende presidir a Câmara dos Deputados conhece, sim, este site. Durante o período de votação do I Prêmio Congresso em Foco, realizado no final do ano passado, o gabinete de Chinaglia não apenas confirmava a participação do deputado na cerimônia de premiação, em 19 de dezembro, como vibrava com a perspectiva de o parlamentar ser um dos premiados.

Concluída a votação dos internautas, que conferiu a Arlindo Chinaglia uma 12ª colocação que não deveria ser motivo de desonra para ninguém, um assessor do líder governista telefonou para o Congresso em Foco com o objetivo de informar que seu chefe não compareceria à solenidade porque não faria sentido ele aparecer "para pegar um prêmio de 12º lugar”.

O episódio revela uma face pouco conhecida do parlamentar: sua vaidade. Não se pode dizer o mesmo da sua vocação autoritária e do seu estilo, digamos, nada cordato. Ambos são bem conhecidos.

O autoritarismo está flagrante, por exemplo, no seu pouco apreço pelo democrático hábito de dar entrevistas. De um representante do povo, eleito em 2006 deputado federal pela quarta vez, poderia se esperar tudo. Inclusive sua eventual preferência em dar entrevistas à Folha. OK, alguns talvez possam estranhar a predileção de um ex-trotskista pela chamada "imprensa burguesa" e o seu desdém por um veículo independente que se afirma, cada vez mais, como fonte alternativa de informação. Esse, porém, é o menor dos pecados.

Duro é aceitar a afirmação de que atender à imprensa é “perder tempo”. Como se não fosse obrigação de qualquer homem público prestar contas de seus atos ou divulgar suas idéias, sobretudo quando ele está envolvido na disputa de um cargo tão importante quanto a presidência da Câmara dos Deputados.

Quanto ao jeito Chinaglia de ser, este fez-se conhecer pela TV, em todo o país, no dia 6 de outubro de 2005, quando o deputado se desentendeu durante um debate em plenário com o primeiro-secretário da Mesa, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE). Pôs o dedo na cara de Inocêncio, com o qual travou um bate-boca que só não terminou em luta corporal porque a turma do deixa-disso entrou em ação.

Também está viva na memória de quem acompanha o dia-a-dia do Parlamento brasileiro a lembrança do comportamento que o petista teve, no final do ano passado, no episódio em que a cúpula do Congresso tentou aumentar em mais de 90% a remuneração dos deputados e senadores, manobra barrada graças à interferência do Supremo Tribunal Federal. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi apresentado erroneamente por parte da imprensa como o grande responsável pela operação fracassada.

Na verdade, Aldo era contra a decisão e só decidiu apoiá-la após ver que seria voto vencido. Os grandes artífices do movimento foram exatamente Arlindo Chinaglia e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos empenhados em lançar mão do chapéu alheio – no caso, o dinheiro do contribuinte – para garantir a vitória na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a se realizar no próximo dia 1º.

Na atual campanha pela sucessão de Aldo, admitamos, Chinaglia tem feito algum esforço para colocar em cena outro personagem, simpático e bem-humorado. A máscara caiu diante de uma jovem repórter que ali nada fazia a não ser cumprir o seu trabalho.
Fonte:CongressoEmFoco.com

O show de maus modos de Arlindo Chinaglia

Conhecido pelas grosserias que costuma protagonizar, candidato a presidente da Câmara dá nova prova de despreparo para lidar com jornalistas


Procurado para uma entrevista pela repórter Soraia Costa, do Congresso em Foco, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), deu provas de que precisa fazer um curso intensivo de bons modos.

– Para onde você falou que é mesmo essa entrevista? – perguntou, em tom de desdém.

– Para o site Congresso em Foco – respondeu a repórter.

– Congresso em Foco? O que é isso? Já falei que não vou responder a nada. Não tenho tempo para perder com entrevistas. Tenho que trabalhar – encerrou, na presença de vários outros jornalistas, não sem antes lembrar que não estava dando entrevista exclusiva “nem para a Folha de S. Paulo”.

Se Chinaglia de fato desconhecesse a existência do Congresso em Foco, poderíamos concluir que se trata de um parlamentar desinformado. Alguém que não chegou à era da internet e que desconhece um veículo que, além de ser um dos mais acessados no Congresso Nacional, se tornou referência obrigatória de quem acompanha a política brasileira e é fonte constante de citações da imprensa tradicional e dos próprios congressistas.

Episódio recente demonstra, porém, que o petista que pretende presidir a Câmara dos Deputados conhece, sim, este site. Durante o período de votação do I Prêmio Congresso em Foco, realizado no final do ano passado, o gabinete de Chinaglia não apenas confirmava a participação do deputado na cerimônia de premiação, em 19 de dezembro, como vibrava com a perspectiva de o parlamentar ser um dos premiados.

Concluída a votação dos internautas, que conferiu a Arlindo Chinaglia uma 12ª colocação que não deveria ser motivo de desonra para ninguém, um assessor do líder governista telefonou para o Congresso em Foco com o objetivo de informar que seu chefe não compareceria à solenidade porque não faria sentido ele aparecer "para pegar um prêmio de 12º lugar”.

O episódio revela uma face pouco conhecida do parlamentar: sua vaidade. Não se pode dizer o mesmo da sua vocação autoritária e do seu estilo, digamos, nada cordato. Ambos são bem conhecidos.

O autoritarismo está flagrante, por exemplo, no seu pouco apreço pelo democrático hábito de dar entrevistas. De um representante do povo, eleito em 2006 deputado federal pela quarta vez, poderia se esperar tudo. Inclusive sua eventual preferência em dar entrevistas à Folha. OK, alguns talvez possam estranhar a predileção de um ex-trotskista pela chamada "imprensa burguesa" e o seu desdém por um veículo independente que se afirma, cada vez mais, como fonte alternativa de informação. Esse, porém, é o menor dos pecados.

Duro é aceitar a afirmação de que atender à imprensa é “perder tempo”. Como se não fosse obrigação de qualquer homem público prestar contas de seus atos ou divulgar suas idéias, sobretudo quando ele está envolvido na disputa de um cargo tão importante quanto a presidência da Câmara dos Deputados.

Quanto ao jeito Chinaglia de ser, este fez-se conhecer pela TV, em todo o país, no dia 6 de outubro de 2005, quando o deputado se desentendeu durante um debate em plenário com o primeiro-secretário da Mesa, deputado Inocêncio de Oliveira (PL-PE). Pôs o dedo na cara de Inocêncio, com o qual travou um bate-boca que só não terminou em luta corporal porque a turma do deixa-disso entrou em ação.

Também está viva na memória de quem acompanha o dia-a-dia do Parlamento brasileiro a lembrança do comportamento que o petista teve, no final do ano passado, no episódio em que a cúpula do Congresso tentou aumentar em mais de 90% a remuneração dos deputados e senadores, manobra barrada graças à interferência do Supremo Tribunal Federal. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi apresentado erroneamente por parte da imprensa como o grande responsável pela operação fracassada.

Na verdade, Aldo era contra a decisão e só decidiu apoiá-la após ver que seria voto vencido. Os grandes artífices do movimento foram exatamente Arlindo Chinaglia e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos empenhados em lançar mão do chapéu alheio – no caso, o dinheiro do contribuinte – para garantir a vitória na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a se realizar no próximo dia 1º.

Na atual campanha pela sucessão de Aldo, admitamos, Chinaglia tem feito algum esforço para colocar em cena outro personagem, simpático e bem-humorado. A máscara caiu diante de uma jovem repórter que ali nada fazia a não ser cumprir o seu trabalho.
Fonte:CongressoEmFoco.com

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