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domingo, março 24, 2024

Por que Moraes esqueceu (?) de quebrar o sigilo dos outros depoimentos de Cid

Publicado em 24 de março de 2024 por Tribuna da Internet

O ministro do STF Alexandre de Moraes

Mauro Cid sabe que está sendo perseguido por Moraes

Carlos Newton

Não houve surpresa, neste sábado, dia 23, quando o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, bem a tempo de ser veiculado com absoluta exclusividade no Jornal Nacional da TV Globo, principal noticiário do país.

Ao decidir quebrar o sigilo do depoimento, o magistrado justificou que o fazia para não deixar dúvidas de que o militar não fora forçado a fazer delação premiada:

“Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações”, escreveu o ministro do Supremo Tribunal Federal.

DIFÍCIL DE ACEITAR – Em meio à total cumplicidade da Organização Globo e de outros órgãos de comunicação, está difícil aceitar essa liberalidade pontual de Moraes, que manda divulgar o que não tem importância, mas mantém sob sigilo o que realmente importa.

Se o ministro Moraes de fato pretendia “afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid”, digamos, repetindo as próprias palavras do relator, deveria se apressar em quebrar o sigilo da íntegra dos depoimentos anteriores de Cid, feitos no pau-de-arara do século 21, durante os quais ele teria sido pressionado a dizer o que seus inquisidores pretendiam ouvir.

Somente assim, com a revelação da íntegra dos depoimentos, mediante transcrição de perguntas, respostas e comentários, poderemos saber a verdade que nos libertará. Mas está difícil…

ADVOGADO CONIVENTE – Cid está sendo defendido por Cezar Bitencourt, um coronel da reserva que se formou em Direito e opera na Justiça Militar.  É um advogado de pouca experiência, que só entrou na causa porque convenceu o tenente-coronel a fazer delação premiada.

Agora, o problema está criado. Cid esperava um outro tratamento, porque ele atuou na conspiração como agente infiltrado, repassando diariamente ao então comandante do Exército, general Freire Gomes, todas as informações que conseguia sobre a trama do golpe.

Mas está acontecendo o contrário. O tenente-coronel vem sendo investigado como se tivesse sido um dos líderes da conspiração, e por isso ele se considera perseguido e injustiçado, enquanto seu advogado nada faz e só pensa no faturamento garantido se for mantida a delação.

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P.S. –
 Na verdade, a investigação do golpe no chamado inquérito do fim do mundo está cheia de furos jurídicos e processuais, porque as principais perguntas não estão sendo feitas, enquanto as dúvidas não têm sido dirimidas e permanecem nos autos. Mas isso é assunto para outro artigo, também com absoluta exclusividade. (C.N.)

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