Publicado em 5 de junho de 2023 por Tribuna da Internet
Andréia Sadi
g1 Brasilia
Após a semana mais tensa na articulação política entre governo e Câmara dos Deputados, o presidente Lula e deputado Arthur Lira, presidente da casa legislativa, tiveram uma conversa na manhã desta segunda-feira (5), no Palácio da Alvorada.
Segundo fontes ouvidas pelo blog, o presidente da República deixou claro que vai assumir a articulação política e que sabe que não pode errar na política. Como exemplo, segundo relatos obtidos pelo blog, ele relembrou erros do PT, sob governo Dilma Rousseff, ao implodir a articulação política com Eduardo Cunha- então presidente da Câmara.
SEM PROBLEMAS – Lira garantiu ao presidente, segundo o blog apurou, que, quanto a esse trauma, o governo não tem com o que se preocupar sob sua gestão na Câmara — já que não é o seu estilo o perfil de Cunha. O presidente da Câmara rechaçou qualquer reedição daquele período, garantindo que não haverá qualquer sabotagem ao governo.
Diante do exposto, Lula quis saber da articulação política. Lira voltou a se queixar da articulação política e reafirmou que o governo não tem base aliada. E que, até que isso esteja sedimentado, não dá para arriscar pautas de interesse apenas do governo — até porque o Congresso não é progressista.
Também falaram de Alexandre Padilha, da Articulação Política, e de Rui Costa, da Casa Civil, que foi criticado por ter chamado Brasília de “ilha da fantasia”. Na visão dos deputados, a fala do ministro foi uma ofensa à política.
ELOGIOS A HADDAD – Do governo, o nome elogiado por Lira é de Fernando Haddad, ministro da Fazenda. O presidente da Câmara tem excelente relação com o ministro e vai trabalhar, junto a Haddad, pela reforma tributária.
Lula ficou de conversar com líderes do Senado e da Câmara. Existe uma expectativa do governo de que trocar a ministra Daniella Carneiro, do União Brasil, por um deputado da bancada resolva a crise na articulação política.
Nos bastidores, deputados se queixam da tática de uma ala do governo, que tenta rachar bancadas do Centrão. Argumentam que, com expectativa de poder, dificilmente um candidato sairá do lado de Lira para aderir ao governo se quiser disputar sua sucessão em 2025, pois seria visto como um “traidor” dentro da Câmara.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em meio à mais forte ofensiva já desfechada pelo governo e pelo PT contra Arthur Lira, o presidente Lula da Silva teve de dar uma recueta e pedir arreglo, ao convidá-lo para um café da manhã tête-à-tête no Alvorada, quando anunciou que estava atendendo ao insistente pedido dele para assumir a Articulação Política. Quem não gostou nada disso foi dona Janja, porque significa reduzir o número de viagens ao exterior, e ela já está sonhando com a suíte presidencial a ser instalada no novo Aerolula, que a FAB já está providenciando, do jeito que a exigente terceira-dama pediu. (C.N.)