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quinta-feira, junho 30, 2022

Milton Ribeiro ignorou os alertas sobre ‘comportamento estranho’ de pastores

Publicado em 29 de junho de 2022 por Tribuna da Internet

Membros de gabinete paralelo, pastores foram 127 vezes ao MEC e ao FNDE no  governo Bolsonaro - Brasil 247

No MEC, Ribeiro se comportou como um completo idiota

Julia Affonso, Pepita Ortega, Rayssa Motta e Fausto Macedo
Estadão

Servidores do Ministério da Educação relataram à Controladoria-Geral da União (CGU) “desconforto” com a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na pasta e um “comportamento estranho” dos religiosos. Disseram ter alertado o então ministro Milton Ribeiro, diversas vezes, no ano passado, sobre o “perigo” que a dupla poderia representar para o MEC. Mesmo assim, Ribeiro manteve encontros com os pastores.

A chefe da assessoria de agenda do gabinete do ministro da Educação, Mychelle Braga, contou que “nenhuma pessoa ou outra autoridade esteve naquelas dependências com a frequência do pastor Arilton”.

DENTRO DE CASA – Segundo o ex-assessor do MEC Albério Júnior Rodrigues de Lima, a partir de maio de 2021, Milton Ribeiro “concedeu espaço ainda mais privilegiado à dupla, quando passou a recebê-los em sua própria residência”.

“Sua presença (Arilton) no gabinete era tão frequente que chegava ao ponto de atrapalhar os assessores em despachar assuntos técnicos com o ministro (Milton Ribeiro)”, registra o relatório.

A CGU ouviu sete servidores e ex-funcionários da Educação na apuração que o órgão abriu após o Estadão revelar a instalação de um “gabinete paralelo” no MEC. Um dos relatos narra que, em maio do ano passado, um homem identificado como “Evilásio” ligou para o gabinete de Ribeiro e pediu para falar com o “assessor do ministro da Educação Arilton Moura”.

EM NOME DO MEC – O ex-assessor Albério Júnior Rodrigues de Lima contou que, na ocasião, decidiu ligar para “Evilásio” e descobriu que Arilton Moura havia entrado em contato com ele, propondo a construção de uma escola em um assentamento na periferia do Distrito Federal.

“A questão foi então levada ao ministro Milton Ribeiro, que foi alertado pelos assessores que os pastores poderiam estar utilizando seu nome e falando em nome do MEC.

“A partir dessa conversa, o sr. Arilton deixou de comparecer ao gabinete do ministro, trazendo alívio a ele e aos demais assessores, que compartilhavam das mesmas impressões e angústias quanto à atuação duvidosa dos pastores.”

NADA MUDOU – De acordo com o ex-assessor, “logo em seguida”, os servidores do MEC souberam que Milton Ribeiro passou a recebê-los em sua própria casa, em Brasília. Depois de dois meses, disse, os religiosos voltaram a frequentar o gabinete do então ministro, o que o levou a pedir sua exoneração.

O ex-ministro foi preso preventivamente na última quarta-feira, A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro sustenta que nem o aliado do presidente Jair Bolsonaro, ‘nem ninguém tinha e ou tem poder para favorecer pessoas, cidades ou Estados’ dentro do MEC.

A alegação se choca com a Operação Acesso Fácil, da Polícia Federal, que indica que Ribeiro deu “prestígio” à atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Segundo prefeitos, os religiosos pediam propina em dinheiro, bíblia e até em barra de ouro para liberar verbas da pasta – como revelou o Estadão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOB
 – Em qualquer país minimamente civilizado, o presidente Bolsonaro estaria decididamente liquidado, poderia dar adeus à política. Mas aqui no Brasil é diferente e está garantida a impunidade desse pessoal. E temos de nos acostumar a isso. O escritor russo Fiodor Dostoieviski, em  “Irmãos Karamazov”, cunhou uma frase que ficou na História: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. E como no Brasil um criminoso condenado como Lula existe é endeusado por grande parte da população e pode até ser eleito presidente de novo, com certeza tudo é permitido. (C.N.)

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