Segunda, 26 de Abril de 2021 - 09:40
por Bruno Luiz
A APLB voltou a falar em greve dos trabalhadores da educação contra a decisão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), de retomar as aulas na rede municipal, em regime semipresencial.
Segundo a diretora do sindicato, Elza Melo, uma paralisação estadual será feita no próximo dia 3 de maio, dia do retorno às atividades, como “advertência” a Bruno e aos prefeitos que seguirem a deliberação dele. Caso o gestor soteropolitano não volte atrás, a categoria ameaça greve por tempo indeterminado.
“Existe a perspectiva de greve. Para a segunda-feira, estamos falando na paralisação de advertência. Se o prefeito não revogar o decreto, nós vamos ter greve. Quem está decretando a greve é o prefeito de Salvador, Bruno Reis”, alertou Elza, em entrevista ao Bahia Notícias.
Nesta quarta, o sindicato deve fazer reunião com trabalhadores da rede estadual e dos demais municípios para fixar uma posição unificada contra a volta. A entidade defende que as aulas sejam retomadas apenas quando todos os trabalhadores da educação estiverem vacinados contra a Covid-19. Mas, por enquanto, a imunização está na faixa dos 55 a 59 anos.
“Não queremos ser mais uma estatística. Ontem morreu uma vice-diretora de escola. Ela estava em atividade, na distribuição de cestas básicas, tivemos vários trabalhadores de educação que morreram. É uma insensibilidade tamanha”, criticou Elza.
Além da vacinação, a categoria cobra que as escolas estejam em condições sanitárias de receber alunos e professores. “Muitas escolas ainda estão sem as condições para isso. A prova disso é que a secretaria municipal está remanejando alunos para outras escolas, até escolas estaduais. Eles [prefeitura] tiveram um ano para organizar as escolas, não fizeram isso, não formaram os professores, não forneceram os instrumentos tecnológicos”, afirmou.
Bahia Notícias