Marcos Jorge
As pessoas e instituições que tem as mãos sujas de sangue se confundem muito. Não deviam tentar justificar atrocidades como a morte de Rubens Paiva. Fazem estranhas ilações para justificar que suas vítimas poderiam ser retiradas de casa, levadas para serem bárbara e covardemente torturadas, sem defesa, depois dando sumiço em seus corpos – atos de uma vilania abominável em qualquer lugar do planeta e em qualquer religião, desestruturando tragicamente famílias e crianças que terão para sempre sequelas emocionais.
CONVERSA VELHA – E como justificativas, citam terrenos, imóveis, ligações pessoais de qualquer tipo, ainda que distantes, querendo fazer crer que eram representantes de Deus ou de um bem supremo na Terra, conversa velha de torturador que assim já agia na Inquisição.
Ao menos a Igreja Católica assumiu seus erros quanto a isso, enquanto os mãos sujas de sangue do século passado no Brasil tentam esconder o óbvio nada justificável para quem não se tornou um monstro, simplificando fatos que, somente um imbecil degradado aceitaria com justificativa para o injustificável e diabólico justiçamento que lhes trazia muito privilégio material naquelas alturas em que ocorriam.
E, chutando qualquer conceito divino ao espaço, pregam isso até no Natal!
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O comentarista Marcos Jorge, sempre atento, faz um oportuno desabafo em relação a uma crítica absurda, feita aqui na Tribuna ao artigo de Sebastião Nery sobre a prisão de morte do deputado Rubens Paiva. A tortura de preso político é considerada crime contra a humanidade, e não se pode aceitar que seja defendida por quem quer que seja. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O comentarista Marcos Jorge, sempre atento, faz um oportuno desabafo em relação a uma crítica absurda, feita aqui na Tribuna ao artigo de Sebastião Nery sobre a prisão de morte do deputado Rubens Paiva. A tortura de preso político é considerada crime contra a humanidade, e não se pode aceitar que seja defendida por quem quer que seja. (C.N.)