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sexta-feira, dezembro 28, 2018

Balanço do Coaf indica que não houve perseguição ao assessor dos Bolsonaro


Charge do Décio Ramirez (Arquivo Google)
Deu em O Globo
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ) divulgou um balanço de suas atividades em 2018 e apontou um aumento de 10% na produção de relatórios de inteligência financeira. No total, foram produzidos 7.279 relatórios sobre 370 mil pessoas físicas e jurídicas neste ano. Em 2017, o Coaf havia produzido 6.608 relatórios.
O órgão virou alvo de questionamentos políticos por aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) depois de ter detectado movimentações suspeitas no valor de R$ 1,2 milhão de um ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro (PSL), filho do futuro presidente que exerce mandato de deputado estadual no Rio e assumirá no próximo ano a cadeira de senador. O ex-assessor, Fabrício Queiroz, concedeu entrevista ao SBT ontem, mas não deu explicações detalhadas sobre o alto volume de movimentações financeiras.
APOIO À LAVA JATO – Em seu balanço, o Coaf destacou que cerca de 400 relatórios serviram para embasar os trabalhos das forças-tarefa da Lava Jato em Curitiba, no Rio de Janeiro e também da força-tarefa da Operação Greenfield, em Brasília. Foi um desses relatórios enviados à Lava-Jato do Rio, cujo objetivo foi apurar suspeitas de irregularidades envolvendo deputados da Assembleia Legislativa do Rio, que detectou as transações de Queiroz.
Na nota que divulgou o balanço, o presidente do Coaf, Antonio Ferreira, afirmou: “Siga o dinheiro! Esse é o princípio de atuação do Coaf na prevenção e combate à lavagem de dinheiro”.

Segundo o órgão, sua atuação possibilitou, em 2018, o bloqueio judicial de cerca de R$ 36 milhões no Brasil e no exterior relacionados a investigações sobre lavagem de dinheiro e outros crimes.
VÁRIAS FONTES – Os relatórios do Coaf podem ser produzidos a pedido dos órgãos de investigação, como Polícia Federal e Ministério Público, como a partir de comunicações de transações suspeitas feitas pelas instituições financeiras.
Nos outros anos, seus relatórios também detectaram transações suspeitas contra políticos de diversos partidos, como o ex-presidente Lula (PT) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB).
Os relatórios do Coaf podem ser produzidos a pedido dos órgãos de investigação, como Polícia Federal e Ministério Público, como a partir de comunicações de transações suspeitas feitas pelas instituições financeiras.
ACIMA DE R$ 30 MIL – De acordo com a atual legislação, as instituições são obrigadas a comunicar ao Coaf “qualquer operação que envolva o pagamento ou recebimento em espécie de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda”.
Também as instituições devem comunicar outras operações que sejam consideradas suspeitas de lavagem de dinheiro, como aquisições de bens de luxo de altos valores ou aplicações muito altas em planos de previdência.
Só em 2017, foram recebidas pelo Coaf aproximadamente 1,5 milhão de comunicações de operações suspeitas. Em 2018, esse número aumentou para cerca de 3 milhões de comunicações de operações suspeitas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Fica demonstrado que não houve perseguição do Coaf ao ex-assessor dos Bolsonaro. A ficha de Fabricio Queiroz caiu no meio de outras 370 mil pessoas físicas e jurídicas, que constam dos 7.279 relatórios sobre operações irregulares realizados este ano. Como no filme famoso de Elia Kazan, Queiroz foi apenas “Um Rosto na Multidão”. (C.N.)

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