Os três filhos se comportam como príncipes-regentes
Mônica Bergamo
Folha
Folha
O comportamento dos filhos do presidente eleito segue gerando incômodo. Militares dizem que, depois que Jair Bolsonaro assumir a Presidência, será necessário um amadurecimento. Parlamentares eleitos pelo PSL, por exemplo, relatam que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) já chegou a dizer que muitos deles, antes das eleições, eram “favelados” que só conseguiram votos por causa do pai. Agora, vão despachar na Câmara e ganhar salários polpudos.
Por esse raciocínio, os parlamentares deveriam dar apoio incondicional ao futuro presidente, sem exigir espaços no governo.
SEM COMENTÁRIOS – A coluna ouviu o relato de mais de um parlamentar, de estados diferentes, atribuindo a mesma expressão ao filho do presidente. Eduardo Bolsonaro não atendeu às ligações para comentar.
O próprio Jair Bolsonaro, na campanha, disse em vídeo a deputados do PSL por SP: “Vocês sabem que se elegeram […] em grande parte por causa do meu trabalho como candidato a presidente”.
OUTRO PROBLEMA – As explicações de Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, sobre suas movimentações financeiras atípicas, dadas numa entrevista na quarta (26) ao SBT, não convenceram integrantes da equipe de transição do futuro governo —em especial militares que fazem parte dela.
A afirmação de que os recursos viriam da revenda de carros não combinaria com os depósitos feitos em suas contas por funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A entrevista encomendada ao SBT deixou visivelmente constrangida a excelente repórter Débora Bergamasco, que só apareceu fazendo uma pergunta. O desempenho de Queiroz e seu primarismo evidenciam que será vítima fácil dos promotores, que irão interrogá-lo com o rigor que faltou na entrevista acertada diretamente com Silvio Santos. Quanto aos filhos de Bolsonaro, que se julgam príncipes-regentes, o presidente deveria entregar a eles a cartilha que mandou distribuir aos ministros, sobre eventuais riscos de suas ações na administração pública, como polêmicas em nomeações, falta de coordenação e excesso de burocracia como obstáculo. Se lerem a cartilha, os filhos de Bolsonaro talvez percebam que estão passando dos limites. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A entrevista encomendada ao SBT deixou visivelmente constrangida a excelente repórter Débora Bergamasco, que só apareceu fazendo uma pergunta. O desempenho de Queiroz e seu primarismo evidenciam que será vítima fácil dos promotores, que irão interrogá-lo com o rigor que faltou na entrevista acertada diretamente com Silvio Santos. Quanto aos filhos de Bolsonaro, que se julgam príncipes-regentes, o presidente deveria entregar a eles a cartilha que mandou distribuir aos ministros, sobre eventuais riscos de suas ações na administração pública, como polêmicas em nomeações, falta de coordenação e excesso de burocracia como obstáculo. Se lerem a cartilha, os filhos de Bolsonaro talvez percebam que estão passando dos limites. (C.N.)
