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domingo, maio 02, 2021

Um mês depois da demissão, ex-chanceler diz que o governo Bolsonaro perdeu ‘alma’ e ‘ideal’

Publicado em 1 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Um mês após demissão, ex-chanceler Ernesto Araújo diz que governo Bolsonaro perdeu

Ernesto Araújo está num cargo de terceiro escalão no Itamaraty

Felipe Frazão
Estadão

O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou, numa série de mensagens publicadas neste sábado, dia 1º, que o governo Jair Bolsonaro perdeu a “alma” e o “ideal”. A postagem no Twitter é uma crítica direta à articulação política do Palácio do Planalto, sob influência de generais da reserva do Exército e comandada por deputados licenciados.

Desde a crise ministerial que derrubou o embaixador do Itamaraty e atingiu outros ministros, a Secretaria de Governo é chefiada pela ministra Flávia Arruda (PL), e a Casa Civil, pelo ministro Luis Eduardo Ramos, desafeto do ex-chanceler.

GESTÃO TECNOCRÁTICA – “Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar”, disse o embaixador, atualmente numa função de terceiro escalão no Itamaraty.

“Assisti a esse processo com angústia e inconformidade, e fiz o que pude, até onde pude, para preservar a visão original. Nisso estive quase sozinho. Vi confiscarem ao presidente seu sonho, anularem suas convicções, abafarem sua chama. (Não deixei que abafassem a minha).”

Ícone do conservadorismo ideológico, o ex-chanceler foi demitido do cargo no fim de março, após meses de intensa pressão de diversos setores da sociedade e do próprio governo.

CULPA É DO CENTRÃO – Aliados do embaixador sempre atribuíram sua queda a articulações de militares e parlamentares do Centrão, ambos pilares de sustentação política do presidente no Palácio do Planalto. Ele teve apoio apenas de próceres do núcleo ideológico bolsonarista para se manter no cargo, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 03 do presidente, mas não resistiu à pressão.

“Muitos desprezam o sonho do presidente de mudar o Brasil. Eu, ao contrário, sempre acreditei, sempre estive e estarei com ele no seu amor pela liberdade e sua luta para libertar o povo de um sistema opressor. Com o apoio popular estou certo de que ele terá a força necessária para vencer”, disse, em mensagem de apoio pessoal a Bolsonaro, que ao mesmo tempo serve como forma de isolar as críticas ao núcleo duro do Palácio do Planalto que assessora o presidente.

Ernesto Araújo disse que o povo deve pedir a Bolsonaro que simplesmente volte a ser o presidente eleito em 2018, “aquele que prometeu derrotar o sistema, o líder de uma transformação histórica e constitucional, o portador de uma missão”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Ernesto Araújo ficou com seu nome na História. Em apenas dois anos e três meses de gestão, conseguiu ser o pior chanceler da História do Brasil. (C.N.)


Fim da picada! Em 20 anos. Câmara dos Deputados gastou R$ 6,4 bilhões com cota parlamentar


Charge do Duke (otempo.com.br)

Carlos Eduardo Cherem e Bruno Ribeiro
Estadão

Entre 2001 e 2021, a Câmara dos Deputados gastou R$ 6,4 bilhões, em valores corrigidos, com a cota parlamentar – a verba que cada parlamentar federal tem para reembolsos como aluguel de carros, combustível, passagens aéreas, alimentação, contratação de serviços, entre outros. No período de duas décadas, as despesas somadas equivalem ao orçamento executado (R$ 6,5 bilhões) em 2020 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), durante a pandemia global do novo coronavírus.

Criada em meio a uma pressão para o aumento salarial dos deputados em Brasília, a reserva desses recursos para reembolsar parlamentares gerou um efeito cascata no País. Ainda no início dos anos 2000, as Assembleias Legislativas dos 26 Estados e do Distrito Federal criaram normas para as verbas indenizatórias ou cotas parlamentares com o objetivo de financiar o exercício do cargo. Câmaras Municipais espalhadas pelos 5.570 municípios brasileiros também surfaram na onda e adotaram o ressarcimento de gastos.

DENÚNCIAS – No Congresso, o uso de dinheiro público para esta finalidade motivou recorrentes denúncias de desvio e irregularidades nestes últimos 20 anos. O dinheiro que cada um dos 513 deputados pode gastar varia de acordo com o Estado pelo qual ele foi eleito. A cota mensal atual oscila de R$ 30,8 mil (Distrito Federal) até R$ 45,8 mil (Roraima). Somente nos três primeiros meses de 2021, a Câmara desembolsou R$ 32,2 milhões com a cota parlamentar. Os dados das despesas com a cota são da própria Câmara, por meio de sua assessoria de imprensa.

Em julho do ano passado, o Estadão revelou que deputados da base governista e da oposição transformaram a divulgação da atividade na Câmara num negócio privado. Eles recorreram a empresas contratadas com dinheiro da verba de gabinete e assessores pagos pela Casa para gerir canais monetizados no YouTube, com vídeos que arrecadam recursos de acordo com o número de visualizações. Dias após a publicação da reportagem, um ato da Mesa Diretora proibiu deputados de usarem o dinheiro da cota parlamentar para contratar serviços que gerem lucro na internet.

Em 2017, o uso irregular da verba levou o Ministério Público Federal (MPF) a apresentar à Justiça 28 denúncias contra 72 ex-deputados por envolvimento na chamada “farra” das passagens aéreas. As acusações formais foram pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público). Quando presidiu a Câmara pela segunda vez, entre 2009 e 2010, o ex-presidente Michel Temer (MDB) limitou o uso de passagens para os próprios deputados ou seus assessores.

VERBA DE GABINETE – Além da cota, os deputados recebem salário (subsídio) mensal de R$ 26,7 mil e têm uma verba de gabinete, no valor mensal de R$ 111,7 mil, para pagar salários de até 25 secretários parlamentares que podem trabalhar em Brasília, ou no Estado pelo qual o deputado federal foi eleito.

A cota parlamentar foi uma ideia do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), quando ele ocupava a presidência da Câmara. Nasceu com o nome de verba indenizatória. O tucano, que hoje preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Casa, estava sendo pressionado pelos deputados por aumento de salários.

REEMBOLSO –  A partir daí, a iniciativa foi reproduzida em todo o País. Em janeiro de 2003, sob a presidência de Ramez Tebet (1936-2006), do então PMDB-MS, o Senado adotou a fórmula de reembolso para os 81 senadores da República.    

Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a criação de uma cota ocorreu três meses após a implementação da regra na Câmara. No Legislativo do Maranhão, o deputado estadual é ressarcido por despesas mensais em até R$ 41,7 mil.

Na Câmara Municipal de São Paulo, que tem seu “auxílio-encargos gerais” vigente desde 2003, cada parlamentar tem direito a R$ 25,8 mil mensais para essas despesas (gasto de R$ 17 milhões ao ano). Pagamentos a empresas de marketing e manutenção de sites – que promovem os próprios vereadores – lideram os gastos.

MARKETING –  O vereador Felipe Becari (PSD), que se elegeu pela primeira vez no ano passado com uma agenda de defesa animal, gastou, por exemplo, R$ 19,6 mil com marketing, elaboração e hospedagem de sites. Segundo sua equipe, o site servirá para receber denúncias de maus-tratos contra bichos, enquanto a empresa de marketing presta consultoria para propor projetos de leis que conversem com outros públicos.

O montante gasto pelos deputados federais nestes 20 anos de vigência do reembolso seria suficiente para custear os gastos realizados até o momento com a compra de vacinas para a covid-19. Os R$ 6,4 bilhões poderiam manter a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) operando por quase dez anos, dado o orçamento que a agência, crucial para a análise de vacinas, teve no ano passado (R$ 659,7 milhões).

O valor da cota parlamentar no período é bem superior ao valor previsto no Orçamento de 2021 – sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada – de vários ministérios: mais de 200% a mais do que a previsão da pasta das Relações Exteriores (R$ 1,97 bilhão); do Ministério do Turismo (R$ 2 bilhões) e do Ministério do Meio Ambiente (R$ 1,99 bilhão). Procurada, a assessoria da Câmara dos Deputados informou que não comenta os dados disponibilizados

“TRANSPARÊNCIA” –  Aécio Neves afirmou que criou as cotas porque elas são necessárias para o “exercício” do mandato parlamentar e que elas dão mais transparência aos gastos. “A regulação das despesas referentes ao exercício da atividade parlamentar teve como finalidade ordenar, controlar e dar transparência a esses gastos, além de distinguir o que era remuneração do parlamentar daquilo que eram os gastos necessários ao exercício da sua função”, afirmou o deputado mineiro, por meio de nota.

Segundo ele, a criação da cota parlamentar se inspirou “no que já existia como prática administrativa em diversos parlamentos no mundo, como nos Estados Unidos e países da Europa”. Segundo o deputado, o uso das cotas deve ser fiscalizado pelos instrumentos de controle “e os responsáveis, devidamente punidos”.

SEM COTAS  – Na atual legislatura, dois deputados não usam a cota parlamentar da Câmara: a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) e o deputado Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG).“Fiz esse compromisso antes de ser eleita”, afirmou a deputada. “Não usei também recursos para mudança antes da posse, e recusei a aposentadoria especial e o plano de saúde da Câmara”.

Já Diniz disse ser favorável ao benefício, apesar de não utilizá-lo. “O salário de deputado ajuda a custear as principais despesas, que são os deslocamentos para Brasília e no estado, telefones e hospedagem”, afirmou o deputado mineiro. “Mas reconheço a realidade dos colegas que usam os benefícios, pois cada gabinete tem suas despesas e as atividades nos Estados divergem.”

sábado, maio 01, 2021

No Dia do Trabalho, Jair Bolsonaro critica os partidos de esquerda e as centrais sindicais

Publicado em 1 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Apoiadores do opresidente Jair Bolsonaro realizam ato em frente ao prédio da FIESP, na Avenida Paulista, em São Paulo

Bolsonaristas fizeram manifestações em diversas cidades

Matheus Muratori
Estado de Minas

O feriado do Dia do Trabalho, segundo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou de ”cor” no país. O governante destacou, na manhã deste sábado (01/05), dia marcado pela data comemorativa, que, agora, o Brasil tem “bandeiras verde-e-amarela” no lugar de vermelhas e tremuladas por “homens e mulheres que trabalham de verdade”.

“Este momento também é muito importante, afinal de contas, quando no passado, nesta data, 1º de maio, o que nós mais víamos no Brasil eram camisas e bandeiras vermelhas tremulando, como se aqui fosse um país socialista. Esta questão, hoje, mudou, e bastante”, começou Bolsonaro seu discurso, durante participação ao vivo e on-line na abertura da 86ª ExpoZebu, de Uberaba, cidade do Triângulo Mineiro, na manhã deste sábado, ao lado da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

VERDE E AMARELA – “Hoje, estamos tendo o prazer e a satisfação de ver bandeiras verde e amarela por todo o nosso país. Homens e mulheres que trabalham de verdade, que sabem que o bem maior que nós podemos ter em nossa pátria é a nossa liberdade. E a união dessas pessoas de bem que nós garantiremos, então, esse nosso sagrado direito”, completou.

O presidente se referia ao fato de que, neste sábado, várias cidades registraram manifestações pelo Dia do Trabalho. Na maioria delas, os cidadãos usavam usavam roupas verde e amarela e eram apoiadores do atual governo federal.

Bolsonaro aproveitou e fez críticas aos governos anteriores, todos do Partido dos Trabalhadores (PT) ou com alguma relação. Disse que agora o Primeiro de Maio não é mais vermelho, marca registrada do PT, assim como a estrela. Como se sabe, a data também é uma data muito celebrada pela sigla, por conta da origem operária.


Euclides da Cunha: Prefeitura inaugura anexo de hospital com 15 leitos para tratar Covid-19

Bahia Notícias

Euclides da Cunha: Prefeitura inaugura anexo de hospital com 15 leitos para tratar Covid-19
Foto: Divulgação

A prefeitura de Euclides da Cunha, no Semiárido baiano, inaugurou, nesta sexta-feira (31), uma nova unidade hospitalar vinculada ao Hospital Municipal Antônio Carlos Magalhães. 

 

O Anexo Deputado Félix Mendonça conta com 31 leitos, sendo 15 destes destinados inicialmente ao tratamento de pacientes com Covid-19, os demais voltados para atendimento, incluindo quatro para pediatria e outros quatro para cirurgias ortopédicas.

 

Na ala atualmente destacada para os cuidados contra o novo coronavírus, o hospital abriga 11 leitos clínicos e quatro semi-intensivos com ventiladores mecânicos e equipamentos para monitoramento dos pacientes. 

 

“É um dia muito importante para a cidade de Euclides da Cunha, um sonho sendo realizado. É uma obra moderna, que vai possibilitar ao Hospital Português gerir com mais qualidade o atendimento à população, afinal são 31 novos leitos com toda a estrutura necessária”, disse o prefeito Luciano Pinheiro, durante a inauguração.

 

O evento contou ainda com a presença do deputado federal Félix Mendonça Jr. (PDT), cujo pai dá nome à nova unidade hospitalar. “Eu quero agradecer a vocês essa homenagem ao meu pai, Félix Mendonça, e fico muito feliz em ver essa grande obra. Tenho certeza que cada centavo que é colocado em Euclides da Cunha é tratado com carinho, com respeito à população. Isso aqui é um exemplo para os outros municípios da Bahia”, discursou o parlamentar, responsável pelo envio do recurso para a construção do hospital. 


Nota da redação deste Blog - Enquanto  outras cidades da região progridem a exemplo agora de Euclides da Cunha, que inaugurou um anexo ao hospital já existente, anexo esse com 15 leitos destinados inicialmente  ao tratamento de pacientes com COVID-19,   o hospital abriga 11 leitos clínicos e quatro semi-intensivos com ventiladores mecânicos e equipamentos para monitoramento dos pacientes.

 Em Jeremoabo a única atitude e providências que o prefeito anuncia, é que no hospital as mulheres estão parindo, e que no banco tem depositado mais de R$ 3.500,000,00, dinheiro esse para ser usado após pandemia.

Talvez em Jeremoabo não chegue a triste situação de pessoas morrerem nas calçadas porque os vereadores da oposição já tomaram providências fora de Jeremoabo, e esse dinheiro terá de ser usado para salvar vidas.

A Jeremoabo da propaganda enganosa e paga não colará mais, o povo exige ação.

Bolsonaro promete ao produtor rural menos multas, mais armas e derrubada da emenda contra trabalho escravo


Ao lado da ministra da Agricultura Tereza Cristina, Bolsonaro defendeu as ações de seu governo | TV Brasil/Reprodução

Ao lado da ministra, Bolsonaro faz promessas aos fazendeiros

Deu no Correio Braziliense
Agência Estado

O presidente Jair Bolsonaro fez acenos aos produtores rurais neste sábado (1º/5) com menos multas e mais armas no campo, além da derrubada da emenda constitucional que permite a expropriação de propriedades autuadas por trabalho escravo.

Na abertura da ExpoZebu 2021, o presidente elogiou os produtores rurais que continuaram produzindo durante a crise e listou uma série de medidas tomadas pelo seu governo para o setor. “O homem do campo é um forte e não parou na pandemia, continuou na vanguarda da economia”, afirmou.

TRABALHO ESCRAVO – Bolsonaro prometeu rever a emenda constitucional nº 81 que, segundo ele, colocaria em risco a propriedade privada. A emenda, aprovada em 2014, possibilita a expropriação de terras onde for encontrado trabalho escravo ou a plantação de drogas.

“Devemos rever a emenda 81, que tornou vulnerável a questão da propriedade privada. Essa emenda ainda não foi regulamentada e com certeza não será no nosso governo”, completou.

O presidente disse, ainda, que a quantidade de multas do Ibama e o ICMBio caíram bastante no seu governo. “Preferimos aconselhamento e observações, e somente em último caso a ‘multagem’, o que trouxe mais tranquilidade para o produtor rural”, acrescentou.

PORTE DE ARMA – Ele citou a medida que estendeu o porte de armas para o trabalhador rural em toda a propriedade, e não apenas na residência. No discurso, elencou ainda investimentos em rodovias e ferrovias para escoar produção do campo.

Bolsonaro também confirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), colocará a regularização fundiária em pauta nas próximas semanas. “O homem do campo preserva o meio ambiente e seu local de trabalho e nos ajudará a combater ilícitos”, concluiu.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, também cumprimentou os agricultores e pecuaristas pelo Dia do Trabalho. “Nessa pandemia, eles trabalharam sem parar, na primeira e na segunda onda. Os produtores não deixaram de colocar o abastecimento farto na mesa dos brasileiros”, completou.


CPI pode convocar ministros, prefeitos e governadores na próxima semana


Posted: 01 May 2021 04:46 AM PDT

CPI da Pandemia pode votar a partir da próxima semana a convocação de cinco ministros de Estado, quatro governadores, quatro prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de saúde e um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação. Outros 73 são de convite e apenas dois de informações.

Os parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU), é chamado a depor em um pedido de convite. Há ainda requerimentos para a convocação do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria (São Paulo), Wilson Lima (Amazonas), Rui Costa (Bahia) e Hélder Barbalho (Pará). Wellington Dias (Piauí) é convidado como representante do Fórum de Governadores.

O prefeito de Manaus (AM), David Almeida, é alvo de três requerimentos. Além dele, há pedidos para a convocação dos gestores de Chapecó (SC), João Rodrigues; Ilha Bela (RJ), Toninho Colucci; e São Lourenço (MG), Walter Lessa. Outro requerimento pede a convocação do ex-prefeito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio.

A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos secretários estaduais de Saúde de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Além deles, podem ser convocadas a depor as gestoras municipais de Saúde de Manaus e de Porto Seguro (BA). Há ainda requerimentos para a convocação de ex-secretários do Amazonas, do Distrito Federal e de Fortaleza.

Fonte O Cafezinho

Justiça Federal autoriza compartilhamento de provas da Operação Apneia, na PCR, com a CPI da Pandemia

Posted: 30 Apr 2021 04:56 AM PDT

Foto: Reprodução

 
A Operação Apneia apura a compra de respiradores imprestáveis para uso em seres humanos, a uma empresa veterinária, pela Prefeitura do Recife, durante a gestão Geraldo Julio.

O juiz federal substituto da 36ª Vara Federal em Pernambuco, Augusto Cesar de Carvalho Leal, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e autorizou, na manhã de ontem, 29, o compartilhamento das provas obtidas pela Polícia Federal, durante a Operação Apneia, que investiga a compra de respiradores imprestáveis para uso em seres humanos, a uma empresa veterinária de São Paulo, pela Prefeitura do Recife, durante a gestão do ex-prefeito Geraldo Julio.


Confiram a decisão:

 

PROCESSO Nº: 0808861-91.2020.4.05.8300 - PEDIDO DE BUSCA E APREENSÃO CRIMINAL
REQUERENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e outro
ACUSADO: BRMD PRODUTOS CIRURGICOS EIRELI
ADVOGADO: Beatriz Correa Uchoa
ADVOGADO: Yuri De Menezes Albert
ADVOGADO: Renata Lopes Pinguelli
ADVOGADO: Carlos Eduardo Ramos Barros
ADVOGADO: Gustavo Henrique Ferreira Da Rocha
ACUSADO: 2020.00040229
ACUSADO: ADRIANO CESAR DE LIMA CABRAL
ADVOGADO: Beatriz Correa Uchoa
ADVOGADO: Yuri De Menezes Albert
ADVOGADO: Renata Lopes Pinguelli
ADVOGADO: Eduardo Marques Da Trindade
ADVOGADO: Diego Regys Oliveira Silva
ADVOGADO: Victor Laporte De Alencar Trindade
ADVOGADO: Carlos Eduardo Trindade Cavalcante
ACUSADO: JAILSON DE BARROS CORREIA
ADVOGADO: Giselle Hoover Silveira
ADVOGADO: Ademar Rigueira Neto
ADVOGADO: Eduardo Lemos Lins De Albuquerque
ACUSADO: BIOEX EQUIPAMENTOS MEDICOS E ODONTOLOGICOS EIRELI
ADVOGADO: Beatriz Correa Uchoa
ADVOGADO: Yuri De Menezes Albert
ADVOGADO: Renata Lopes Pinguelli
ADVOGADO: Carlos Eduardo Ramos Barros
ADVOGADO: Gustavo Henrique Ferreira Da Rocha
ACUSADO: JUVANETE BARRETO FREIRE 57432449791
ADVOGADO: Beatriz Correa Uchoa
ADVOGADO: Yuri De Menezes Albert
ADVOGADO: Renata Lopes Pinguelli
ADVOGADO: Carlos Eduardo Ramos Barros
ADVOGADO: Gustavo Henrique Ferreira Da Rocha
36ª VARA FEDERAL - PE (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

D E C I S Ã O


Por meio da Cota de Id. 4058300.18418357, o MPF busca autorização para compartilhamento das provas obtidas nos presentes autos, para fins de instruir Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado Federal, com o objetivo de apurar irregularidades praticadas com recursos públicos no contexto do enfrentamento da pandemia da COVID-19.

Na esteira de precedentes do egrégio Supremo Tribunal Federal, é admissível o compartilhamento de dados sigilosos obtidos em investigação criminal com outros órgãos ou entidades públicas, quando relacionados ou idênticos os fatos investigados, para o fim de subsidiar regulares apurações de natureza diversa, bem como para que a investigação seja realizada com a cooperação de tais órgãos, que possuem equipe técnica especializada.

Foi instalada Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal, a partir do Requerimento nº 1372, de 2021 (Id. 4058300.18420468), com o objetivo de: apurar, no prazo de 90 dias, as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da Pandemia da Covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas, com a ausência de oxigênio para os pacientes internados; e as possíveis irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de fachada para prestação de serviços genéricos ou fictícios, entre outros ilícitos, se valendo, para isso, de recursos originados da União Federal, bem como outras ações ou omissões cometidas por administradores públicos federais, estaduais e municipais, no trato com a coisa pública, durante a vigência da calamidade originada pela Pandemia do Coronavírus "SARS-CoV-2", limitado apenas quanto à fiscalização dos recursos da União repassados aos demais entes federados para as ações de prevenção e combate à pandemia da Covid-19, e excluindo as matérias de competência constitucional atribuídas aos Estados, Distrito Federal e Municípios.

Da leitura do Requerimento nº 1372, observa-se que um dos fatos a serem apurados no âmbito da CPI é o relacionado à Operação Apneia, objeto de investigação do inquérito policial associado ao presente feito (IPL nº 2020.00040229).

Ademais, o pretendido compartilhamento de provas com a CPI em questão se justifica constitucionalmente, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, na medida em que não apenas se trata de órgão "com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais" como é o Ministério Público, requerente da autorização para que possa compartilhar as provas em questão, por sua própria iniciativa, com a aludida comissão parlamentar, o destinatário final das conclusões desta, na eventual hipótese de necessidade de promoção de responsabilidade civil ou criminal de algum investigado.

Acrescente-se a isso que este Juízo, por meio da decisão de id. 4058300.14533737, proferida pela magistrada que à época presidia o feito, já deferiu, anteriormente, pedido de compartilhamento das provas com a Controladoria-Geral da União, a Receita Federal, o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco.

Ressalto, no entanto, ser de responsabilidade do MPF e da Comissão Parlamentar de Inquérito a preservação, no seu âmbito e no encaminhamento das provas de um para o outro, do sigilo  das informações eventualmente ainda protegidas, por lei ou por qualquer segredo de justiça específico porventura vigente, contra divulgação para o público em geral.

Ante o exposto, defiro o pedido de compartilhamento de provas formulado pelo MPF, cabendo ao MPF e ao órgão destinatário a preservação, no seu âmbito e no encaminhamento das provas de um para o outro, do sigilo das informações eventualmente ainda protegidas, por lei ou por qualquer segredo de justiça específico porventura vigente, contra a divulgação para o público em geral.

Intime-se.


Recife, data da validação. 

 

AUGUSTO CESAR DE CARVALHO LEAL
Juiz Federal Substituto da 36ª Vara / SJPE

Articulata: Investigado por desvios na pandemia, em Pernambuco, tenta afastar delegada da Polícia Federal por não ter informado a desembargador que ele era casado com uma juíza

 

Blog da Noelia Brito

Posted: 30 Apr 2021 03:09 PM PDT

Foto: Divulgação

Para pedir o afastamento da delegada da Polícia Federal, O investigado por corrupção, na pandemia, Luciano Cyrano Ferraz, alegou que era casado com uma juíza e esse fato deveria ter sido informado ao desembargador.  Interessante é que até então esse fato não fora trazido a público, mas graças aos advogados de Luciano Cyrano Ferraz, agora se sabe que este é casado com uma juíza.
 

O Blog da Noelia Brito teve acesso aos autos do Pedido de Busca e Apreensão Criminal nº 0814172-34.2020.4.05.0000, que tramita no TRF da 5ª Região e teve seu sigilo levantado pelo relator, o Desembargador Federal Roberto Machado, no qual se desenrola uma espécie de trama macabra promovida pelos investigados para afastar a delegada da Polícia Federal Andrea Pinho, das investigações.

A delegada é responsável por várias Operações realizadas nos últimos anos em Pernambuco, cujos alvos são políticos, empresários e servidores que até então se gabavam de sua intocabilidade pelas mãos da Justiça. É claro que incomoda aos donos do poder, aos "intocáveis" de Pernambuco e ainda vemos certos políticos e certa mídia falando mal da Polícia Federal em Pernambuco. Serão cúmplices dos malfeitores?

ESQUEMA CRIMINOSO QUE ENVOLVE AGENTES DE GRANDE PODERIO ECONÔMICO, POLÍTICO E SOCIAL

Ao ser ouvido sobre o bizarro pedido dos investigados, o Procurador Regional da República Joaquim José de Barros Dias destacou a “relevância e dimensão dos crimes ora investigados, bem como em face do desvelamento da extensão da organização criminosa em comento, mostra-se essencial o prosseguimento com cautela em relação aos fatos narrados pelos Peticionantes. O caso em tela refere-se à investigação extensa, que lida com um esquema criminoso que - de acordo com os elementos descobertos até agora - envolve agentes de grande poderio econômico, político e social, e envolve condutas criminosas de intenso interesse social, por atentar contra a Administração Pública e ao erário.”

 SAIBA MAIS

ALVO DA OPERAÇÃO CASA DE PAPEL APAGOU CONVERSAS DO WHATSAPP 

DOCUMENTOS DA INTELIGÊNCIA DA PF APONTAM SECRETÁRIO DE PAULO CÂMARA COMO RESPONSÁVEL "POR COBRAR E OPERACIONALIZAR PROPINAS"

Ainda segundo o procurador, “ao longo das investigações da Operação Casa de Papel, que investiga a ocorrência de crimes no âmbito das contratações emergenciais para o combate à pandemia de COVID-19 em várias Prefeituras de Pernambuco, constatou-se que mais do que meras contratações emergenciais específicas, estava-se diante de verdadeira organização criminosa que, há quase uma década, vinha sendo frequentemente favorecida com contratos públicos vultosos, muitos deles firmados com verbas federais, utilizando-se, para tanto, de diversas empresas, e não apenas da AJS COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO LTDA.”

“Com o aprofundamento das investigações no âmbito da Operação Casa de Papel, começou-se a encontrar indícios de crimes cometidos pela organização em envolvimento com o Gabinete de Projetos Estratégicos do Estado de Pernambuco, comandado por RENATO THIEBAUT XAVIER, que é a autoridade com prerrogativa de foro presente nos autos. Evidentemente, trata-se de encontro fortuito de provas, consistente na descoberta ocasional de pessoas e delitos que, até então, não eram objeto de investigação. Assim, não há irregularidade nos atos anteriormente praticados pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Pernambuco, antes da descoberta do envolvimento de RENATO THIEBAUT XAVIER, uma vez que tramitava perante o Juízo competente até então”, reafirma o Procurador Regional da República, que tem atuação no TRF5.

Ouvida pelo Judiciário, a delegada da Polícia Federal Andrea Pinho respondeu que “O que se percebe, em realidade, é uma insistência por parte dessa mesma banca de advogados que ora peticiona no sentido de tentar tirar a presente investigação do trâmite perante esse MM. Juízo da 13ª Vara Federal, seja ora pugnando por sua remessa à Justiça Estadual, ora ao TRF da 5ª Região.15. Aliás, convém esclarecer que pedido semelhante ao presente fora apresentado ao Eminente Relator do Tribunal Regional Federal da 5ª Região responsável pelo trâmite da Operação Articulata, conforme cópia ora juntada, ainda pendente de apreciação, porém a Procuradoria Regional da República já se manifestou contrariamente à reunião dos procedimentos, consoante manifestação anexa a esta peça.”

Aliás, a prática de certos advogados que fazem a defesa de investigados por corrupção, em Pernambuco, de sempre quererem tirar da esfera federal toda e qualquer investigação, depõe muito contra a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário Estadual, pois dão a entender que na esfera estadual terão vida mansa e que só os órgãos federais trabalham com isenção. É quase uma sugestão de compadrio, que todos nós sabemos não existir.

Mas a pantomima durou pouco, pois o desembargador federal, Roberto Machado, indeferiu o pedido do investigado Luciano Cyrano Ferraz, que pretendia afastar a competente delegada da Polícia Federal Andrea Pinho da condução dos inquéritos que o investigam. Para pedir o afastamento da policial federal, o investigado acusou, sem provas, que a delegada teria feito vazamentos seletivos a Blogs. A acusação bizarra sequer foi considerada pelo desembargador, já que qualquer operador do Direito sabe que processos públicos são acessíveis a qualquer um e se forem processos eletrônicos, para acessá-los, suficiente ter um Certificado Digital, cujos acessos ao PJE são registrados pela data e horário. Desse modo, é facilmente detectável que não se trata de vazamento seletivo, mas de competência de quem faz jornalismo investigativo independente e com inteligência, nos moldes dos grande jornais do Sudeste do País, onde a consulta direta a processos é uma prática corriqueira.

Além disso, o investigado por corrupção, Luciano Cyrano Ferraz, alegou que era casado com uma juíza e esse fato deveria ter sido informado ao desembargador. Interessante é que até então esse fato não fora trazido a público, mas graças aos advogados de Luciano Cyrano Ferraz, agora se sabe que este é casado com uma juíza.

Vejamos o que o desembargador federal Roberto Machado disse sobre as aleivosias produzidas pelos advogados de Luciano Ferraz nos autos:

“Quanto ao ponto, cumpre salientar não ser este o meio processual adequado para se apurar imputações tais como: a) inexistência da denúncia anônima que supostamente fundou a Representação policial; b) falsidade na atribuição, quanto ao coinvestigado LUCIANO FERRAZ, da propriedade de um posto de gasolina supostamente utilizado para lavagem de capitais; c) prática de vazamentos pontuais a blogs de notícias.

Ademais, em que pese parecer injustificável a omissão, pela Autoridade Policial, na Representação pela Busca e Apreensão a esta Relatoria, da circunstância de que o coinvestigado LUCIANO FERRAZ era casado com uma juíza de direito do Estado de Pernambuco, notadamente porque o então endereço do casal já havia sido alvo de busca e apreensão em outra oportunidade, por ordem do juízo de primeira instância, não há razão jurídica plausível - notadamente em se considerando o meio processual ora utilizado - para deferimento do pedido de afastamento da Delegada que conduz a investigação, muito menos de expedição de ofício à Corregedoria-Geral da Polícia Federal e o envio de cópia ao Ministério Público Federal, porque, quanto a estes, a parte poderá tomar a iniciativa de fazê-lo sem a intermediação do Poder Judiciário.”

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