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sábado, maio 01, 2021

Medo da CPI? Defesa do ex-secretário de Saúde não quer que provas da Operação Apneia sejam compartilhadas com a CPI da Pandemia

 

Blog da Noelia Brito


Posted: 30 Apr 2021 04:37 PM PDT

Foto: Divulgação
 

 

Defesa de Jailson Correia usa decisão do TCE/PE para fugir de investigação da CPI da Pandemia. Justiça autorizou compartilhamento de provas da Operação Apneia.


A defesa do ex-secretário de Saúde da Prefeitura do Recife, que é investigado em inquéritos diversos, por suspeita de desvios na pandemia, protocolou uma petição para que o juiz federal da 36ª Federal pedindo que o magistrado reconsiderasse sua decisão de autorizar o compartilhamento de provas referentes à compra de respiradores imprestáveis para uso humano, pela gestão do ex-prefeito Geraldo Julio.

A defesa insiste na tese de que não teriam sido utilizados recursos federais na compra e que, por tal razão, as investigações deveriam correr na Justiça Estadual. Para tanto, utiliza-se de uma decisão do TCE/PE, que tem sido alvo de muitas críticas por ter origem na relatoria de um Conselheiro que já atuou como advogado do Partido dos investigados. Para os advogados de Jailson Correia, a CPI não pode investigar seu cliente, pois só teria competência para investigar repasses federais, o que não seria o caso.

"Ora, se a e. Procuradora põe em dúvida toda a documentação fornecida pelo próprio Município e o posicionamento do TCE e, através de argumentos tangenciais, continua insistindo na imaginária utilização de verbas federais no caso concreto, sem demonstrar o caminho do dinheiro - supostamente da União até a aquisição dos ventiladores - a defesa se vê diante da produção de uma prova diabólica."

"Ao invés de diligenciar o compartilhamento de provas com a CPI sem legitimidade ativa ou fundamentação adequada, mais simples seria se a e. Procuradora, de uma vez por todas, concordasse com o pleito, já elaborado pela defesa, de realização de perícia contábil sobre as verbas aplicadas, de modo a sanar todas as suspeitas e dúvidas retoricamente levantadas pelo MPF", reclama ainda a defesa. 

Ao finala defesa de Jailson Correia pede "a juntada do despacho do Tribunal de Contas da União, em que se relatam os procedimentos adotadas para verificação da competência daquela Corte de Contas, após o corpo técnico já ter reconhecido a utilização de verba do Tesouro Municipal na aquisição dos ventiladores pulmonares", bem como "a juntada do voto do Relator e das notícias de julgamento das contas perante o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, de modo a reforçar os argumentos da ausência de verbas oriundas da União na aquisição investigada."  E, por fim, "a reconsideração do despacho anterior, para negar o pedido do Ministério Público Federal de compartilhamento de provas com a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, ante a ilegitimidade ativa do órgão ministerial e, ainda, a patente ausência de utilização de verbas oriundas da União na aquisição dos ventiladores pulmonares, fugindo ao escopo da CPI."


Medo da CPI? Defesa do ex-secretário de Saúde não quer que provas da Operação Apneia sejam compartilhadas com a CPI da Pandemia

Blog da Noelia Brito

Posted: 30 Apr 2021 04:37 PM PDT

Foto: Divulgação
 

 

Defesa de Jailson Correia usa decisão do TCE/PE para fugir de investigação da CPI da Pandemia. Justiça autorizou compartilhamento de provas da Operação Apneia.


A defesa do ex-secretário de Saúde da Prefeitura do Recife, que é investigado em inquéritos diversos, por suspeita de desvios na pandemia, protocolou uma petição para que o juiz federal da 36ª Federal pedindo que o magistrado reconsiderasse sua decisão de autorizar o compartilhamento de provas referentes à compra de respiradores imprestáveis para uso humano, pela gestão do ex-prefeito Geraldo Julio.

A defesa insiste na tese de que não teriam sido utilizados recursos federais na compra e que, por tal razão, as investigações deveriam correr na Justiça Estadual. Para tanto, utiliza-se de uma decisão do TCE/PE, que tem sido alvo de muitas críticas por ter origem na relatoria de um Conselheiro que já atuou como advogado do Partido dos investigados. Para os advogados de Jailson Correia, a CPI não pode investigar seu cliente, pois só teria competência para investigar repasses federais, o que não seria o caso.

"Ora, se a e. Procuradora põe em dúvida toda a documentação fornecida pelo próprio Município e o posicionamento do TCE e, através de argumentos tangenciais, continua insistindo na imaginária utilização de verbas federais no caso concreto, sem demonstrar o caminho do dinheiro - supostamente da União até a aquisição dos ventiladores - a defesa se vê diante da produção de uma prova diabólica."

"Ao invés de diligenciar o compartilhamento de provas com a CPI sem legitimidade ativa ou fundamentação adequada, mais simples seria se a e. Procuradora, de uma vez por todas, concordasse com o pleito, já elaborado pela defesa, de realização de perícia contábil sobre as verbas aplicadas, de modo a sanar todas as suspeitas e dúvidas retoricamente levantadas pelo MPF", reclama ainda a defesa. 

Ao finala defesa de Jailson Correia pede "a juntada do despacho do Tribunal de Contas da União, em que se relatam os procedimentos adotadas para verificação da competência daquela Corte de Contas, após o corpo técnico já ter reconhecido a utilização de verba do Tesouro Municipal na aquisição dos ventiladores pulmonares", bem como "a juntada do voto do Relator e das notícias de julgamento das contas perante o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, de modo a reforçar os argumentos da ausência de verbas oriundas da União na aquisição investigada."  E, por fim, "a reconsideração do despacho anterior, para negar o pedido do Ministério Público Federal de compartilhamento de provas com a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, ante a ilegitimidade ativa do órgão ministerial e, ainda, a patente ausência de utilização de verbas oriundas da União na aquisição dos ventiladores pulmonares, fugindo ao escopo da CPI."


MPCE processa deputado bolsonarista por nepotismo

 

Blog da Noelia Brito

MPCE processa deputado bolsonarista por nepotismo

Posted: 30 Apr 2021 08:37 PM PDT

 
Foto: Divulgação 

Fernandes ficou conhecido por divulgar vídeos no YouTube em que ensinava a depilar o ânus.

O deputado bolsonarista Fernandes (Republicanos) é alvo de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), na última quinta-feira, 29.

O MPCE acusa o parlamentar de praticar nepotismo ao empregar cunhado e tio no seu gabinete na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). ⠀ 

Na ação, o MP cearense pede a suspensão dos direitos políticos do deputado e o pagamento de multa. A pasta ainda afirma que a suposta atitude de André pode ser enquadrada como improbidade administrativa. ⠀ 

Pela análise do MPCE, com base nas regras estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o cunhado e o tio de Fernandes são seus parentes de 2º e 3º graus, respectivamente. O STF considera inconstitucional a indicação de familiares de até 3º grau para cargos de confiança, de comissão e de função gratificada nos três poderes. ⠀

As denúncias foram feitas de forma anônima. Segundo o MP, os familiares de André teriam sido exonerados após o início da investigação: o tio em fevereiro e o cunhado em março. ⠀

O deputado André Fernandes ainda não se pronunciou a respeito. ⠀

Fernandes ficou conhecido por divulgar vídeos no YouTube em que ensinava a depilar o ânus.

Nota da redação deste Blog - Só queria entender qual a razão de em todo Brasil, nepotismo é crime e dá processo e perda de mandato, menos na " colônia" Jeremoabo..

Para tentar entender estou transcrevendo uma citação do Juiz Bretas no mesmo dia em que Wilson Witzel teve seu mandato cassado

Bretas twitou aformando que "Em algum momento, independente do título ou grau, presta-se conta pelo que se faz, seja bom ou seja o mau. Às vezes a cobrança ainda é maior, pois: '… àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.'(Lucas 12:48b)"

Sem verbas, é encerrada a operação militar na Amazônia, e tropas voltam ao ‘apoio logístico’

Publicado em 1 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Sem verbas, não há mais tropas nem fiscalização ambiental

Guilherme Mazui
G1 — Brasília

O governo federal não vai renovar a Operação Verde Brasil 2, que manteve tropas das Forças Armadas reforçando, por um ano, ações de combate a crimes ambientais na Amazônia. O decreto que mantém a operação de “garantia da lei e da ordem” ambiental terminou nesta sexta-feira (30).

Em nota, o Ministério da Defesa informou o encerramento da operação e disse que os militares, a partir de agora, poderão dar apoio logístico aos órgãos federais, estaduais e municipais de fiscalização “quando demandados”.

TUDO COMO ANTES – Esse apoio logístico já é previsto por lei, de forma permanente. Na chamada “GLO ambiental”, as tropas também foram autorizadas a agir em operações preventivas e repressivas para combater desmatamento e queimadas ilegais, por exemplo.

O decreto foi assinado em maio de 2020 por Bolsonaro como uma reSposta às críticas dentro e fora do Brasil à política ambiental do governo. A previsão inicial era de um mês de garantia da lei e da ordem, mas o prazo foi sucessivamente prorrogado.

O governo chegou a avaliar uma nova prorrogação do decreto até julho ou novembro deste ano, o que não aconteceu. Mais cedo, o vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, afirmou que ainda não tinha recebido resposta da Defesa sobre a ideia de renovar a GLO.

SÓ APOIO LOGÍSTICO – “A partir de agora será executado o Plano Amazônia 2021/2022, também instituído pelo Governo Federal. Nessa nova etapa de defesa e proteção da região que abriga a maior floresta tropical do mundo, quando demandados, os militares prestarão apoio logístico aos agentes federais, estaduais e municipais”, disse o ministério da Defesa.

Apresentado em fevereiro, o Plano Amazônia trabalha com a integração de órgãos federais, como Ibama e ICMBio, com polícias militares dos estados e órgãos municipais. O governo decidiu focar as ações em 11 municípios com grande incidência de crimes ambientais:

Publicado há duas semanas no ‘Diário Oficial da União”, o Plano Amazônia 2021/2022 indicou uma meta oficial de desmatamento na Amazônia. A meta, contudo, foi criticada por ser pouco ambiciosa.

META ARDILOSA – O texto prevê reduzir o desmatamento, até o fim de 2022, aos níveis do que foi registrado, na média, entre 2016 e 2020.

Na prática, segundo a rede Observatório do Clima (OC), o objetivo do governo não é reduzir, mas deixar a Amazônia ao final de 2022 com uma devastação “apenas” 16% maior do que a registrada no período anterior ao governo Bolsonaro.

“Crítica faz parte. Nós temos que ir por etapas. Não adianta eu chegar e dizer: ‘ah, pô, ano que vem vou derrubar 5 mil, 6 mil’. Então, eu vou derrubando pouco a pouco (o desmatamento) até chegar a 2030 com isso zerado. Se conseguir antes, ótimo”, disse o vice na ocasião.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, o governo reduziu as verbas das Forças Armadas e o resposta do Ministério da Defesa foi o boicote. Como também foram reduzidas as verbas do Ministério do Meio Ambiente, não há mais fiscalização. O ministro Ricardo Salles está pedido reforço, mas dificilmente irá conseguir. (C.N.)


‘Estourado’ e ‘encrenqueiro’: Depoimento de Fabio Wajngarten na CPI da Covid preocupa o Planalto

Publicado em 1 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Wajngarten pode cair facilmente em provocações da oposição

Bela Megale
O Globo

O depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten na CPI da Covid é um dos focos de maior preocupação no Palácio do Planalto. Descrito como “estourado” e “encrenqueiro” por auxiliares de Bolsonaro, eles avaliam que o ex-chefe da Secom não fará preparação alguma para participar na sessão.

Além de tudo, acreditam que Wajngarten cairá facilmente em provocações da oposição e que vai complicar ainda mais o governo Bolsonaro. Nesta quinta-feira, dia 29, os senadores que integram a base do presidente conseguiram adiar a votação do requerimento que pede a convocação de Wajngarten. A previsão é que ele fale na CPI no dia 10 de maio.

ACAREAÇÃO – Auxiliares de Bolsonaro afirmam que a situação será ainda mais preocupante se for marcada uma acareação entre Wajngarten e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, como defendeu o relator da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Os dois se tornaram inimigos quando ainda estavam em Brasília. O então Secom culpava o general pelo atraso na vacinação e Pazuello reclamava que ele estava “se metendo” em assuntos da Saúde, ao intermediar contatos da Pfizer com o governo.

Em entrevista à revista “Veja”, o ex-secretário culpou a equipe comandada por Pazuello pela “incompetência” e “ineficiência” na compra de imunizantes contra a Covid-19. O depoimento de Pazuello é outro foco de preocupação do Palácio. Para integrantes do governo, a acareação tem que “ser evitada a qualquer custo” pela tropa de choque de Bolsonaro da CPI.

Cassado por unanimidade, agora Witzel terá de responder a vários processos criminais

Publicado em 1 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Foto de arquivo de 26 de março de 2020 do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Witzel alega que foi cassado por ser inimigo de Bolsonaro

Italo Nogueira
Folha

O Tribunal Especial Misto aprovou por unanimidade o afastamento em definitivo de Wilson Witzel (PSC) do Governo do Rio de Janeiro. Os dez membros do colegiado defenderam nesta sexta-feira (30) a condenação do ex-juiz por crime de responsabilidade, superando os dois terços do colegiado necessários para o impeachment.

O tribunal também decidiu inabilitar Witzel por cinco anos ao exercício de qualquer função pública. Witzel se torna o primeiro governador no país a ser afastado em definitivo por meio de um processo de impeachment desde a redemocratização. É também o sexto chefe do Executivo do Rio de Janeiro acusado de corrupção.

AFASTADO DESDE AGOSTO – Witzel está afastado do Palácio Guanabara desde o dia 28 de agosto de 2020, data da deflagração da Operação Tris In Idem. A decisão foi do ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), referendada pela corte.

A investigação apontou um suposto esquema de propina na Secretaria de Saúde do qual o ex-governador participaria. Ele é réu numa ação penal no STJ e tem ainda duas outras denúncias da PGR (Procuradoria-Geral da República) aguardando a análise da corte superior. Alguns casos devem ser enviados para a 7ª Vara Federal Criminal, onde já corre o processo contra os demais acusados do esquema.

O ex-governador é acusado de participar de uma “caixinha da propina” na Secretaria da Saúde, da qual seria destinatário de 20% do arrecadado pelo esquema. A informação faz parte da delação do ex-secretário da pasta Edmar Santos, exonerado por Witzel no início da pandemia.

POSSE DEFINITIVA – Diante do resultado, o governador interino Cláudio Castro (PSC) assumiu definitivamente o governo do estado na manhã deste sábado (1º). Aliado do presidente Jair Bolsonaro, ele também é investigado no mesmo suposto esquema de propina na Secretaria de Saúde que levou ao impeachment de seu antecessor.

Witzel foi acusado de crime de responsabilidade e de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha para o combate à pandemia do coronavírus. Também foi responsabilizado por supostamente ter favorecido um empresário ao anular a punição a uma organização social por sua atuação na Secretaria de Saúde.

As acusações do processo de impeachment foram feitas pelos deputados Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB). Elas foram aceitas por unanimidade, tendo apenas um voto para a absolvição no caso dos hospitais de campanha, do deputado Alexandre Freitas (Novo).


Rivalidade e intrigas entre Ramos, Onyx e Flávia Arruda afetam a estratégia do governo na CPI

Publicado em 1 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Da esq. p/ a dir. os ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil Foto: Arquivo O Globo

Flávia, Ramos e Onyx, três ministros fazendo a mesma coisa

Jussara Soares e Bela Megale
O Globo

Alvo da CPI da Covid, o governo Bolsonaro tem tropeçado em sua própria desarticulação política. Uma rede de intrigas no Palácio do Planalto colocou em rota de colisão os ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) — que, nos últimos dias, travaram uma disputa por mais poder e influência nos bastidores.

Desde que a CPI foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal, o governo acumula derrotas no Senado.

MAIORIA DA OPOSIÇÃO – A comissão foi ocupada por uma maioria de parlamentares independentes ou de oposição; o senador Renan Calheiros (MDB-AL), crítico do presidente Jair Bolsonaro, tornou-se relator; e vários requerimentos que tem como alvo a gestão do combate à pandemia pelo governo foram aprovados.

Diante da repercussão negativa da desarticulação política do Planalto, o trio de ministros responsável pela relação com parlamentares até que ensaiou publicamente um armistício. Ontem, Ramos e Flávia se sentaram próximos no avião da Força Área Brasileira (FAB) que os levou para São Paulo, onde o Bolsonaro participou do leilão da Cedae. Em 1h30 de viagem, trocaram afagos e apararam arestas sobre o papel de cada um no governo.

A ministra sucedeu Ramos na Secretaria de Governo, área responsável pela articulação política, mas ainda não sentou de fato na cadeira. Nos bastidores, ela reclama a interlocutores que o chefe da Casa Civil não desapega do antigo posto.

SEM EXECUTIVO – Até hoje, Flávia Arruda ainda não nomeou um secretário-executivo. O cargo continua sendo ocupado por Jônathas Castro, braço direito de Ramos que também acumula a função de número dois na Casa Civil.

Flávia também vem se sentindo incomodada com Onyx, acusado de querer tomar para si o cargo de estrategista político do Planalto na CPI da Covid, alegando experiência em Comissões Parlamentares de Inquérito quando era deputado. Nos últimos dias, o ministro tratou de buscar uma aproximação.

Em uma das conversas, segundo relatos ao GLOBO, Flávia teria concordado em entregar a articulação na CPI para Onyx com o argumento de que ele é mais combativo, enquanto ela é mais eficiente na “costura” das relações com os parlamentares.

ACESSO LIMITADO – Deputada federal, Flavia tem sido criticada no Congresso e até no governo por ter pouca entrada no Senado. Aliados da ministra a defendem dizendo que ela estava organizando as articulações políticas na Casa, mas era constantemente “atravessada” por Onyx. A ministra chegou ao Planalto com o apoio de Ramos e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adversário político de Renan Calheiros, relator da CPI da Covid.

O embate palaciano mais rumoroso, no entanto, se dá entre Ramos e Onyx. O chefe da Casa Civil costuma dizer que Onyx está aproveitando o seu retorno ao Planalto para tentar recuperar o espaço perdido em junho de 2019. Naquela época, Bolsonaro tirou a articulação política da Casa Civil, então comandada por Onyx, e a entregou para a Secretaria de Governo, para a qual general Ramos havia sido nomeado.Desde então, a relação entre ambos sempre foi de turbulência.

A VOLTA DE ONYX – Com a chegada de Ramos ao governo, Onyx passou a ser esvaziado no Planalto e, em fevereiro de 2020, foi transferido da Casa Civil para o Ministério da Cidadania, numa articulação atribuída a Ramos. Em fevereiro deste ano, Ramos costurou de novo um acordo político para ceder o Ministério da Cidadania para o partido Republicanos. Onyx deixou o cargo e foi nomeado para chefiar a Secretaria-Geral da Presidência, voltando a despachar próximo do gabinete de Bolsonaro e se oferecendo para fazer a articulação política em nome do presidente.

A interlocutores, Ramos diz que Onyx tem agido para desgastá-lo. O chefe da Casa Civil, em conversas reservadas, atribuiu a um assessor da Secretaria-Geral o vazamento de um documento enviado a 13 ministérios que lista 23 “acusações” esperadas pelo governo na CPI da Covid e pede subsídios para fazer frente aos questionamentos por meio de relatórios das ações tomadas no combate à pandemia. O caso expôs a atuação do chefe da Casa Civil. Ramos ameaça pedir a cabeça do auxiliar de Onyx.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Os três ministros garantem que não há contenda no governo e dizem que estão trabalhando de modo articulado para os questionamentos da CPI, mas ninguém acredita neles. (C.N.)

Desarticulação e intrigas entre Ramos, Onyx e Flávia Arruda afetam estratégia do governo na CPI

Jussara Soares e Bela Megale
O Globo

Alvo da CPI da Covid, o governo Bolsonaro tem tropeçado em sua própria desarticulação política. Uma rede de intrigas no Palácio do Planalto colocou em rota de colisão os ministros Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) — que, nos últimos dias, travaram uma disputa por mais poder e influência nos bastidores.

Desde que a CPI foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal, o governo acumula derrotas no Senado.

MAIORIA DA OPOSIÇÃO – A comissão foi ocupada por uma maioria de parlamentares independentes ou de oposição; o senador Renan Calheiros (MDB-AL), crítico do presidente Jair Bolsonaro, tornou-se relator; e vários requerimentos que tem como alvo a gestão do combate à pandemia pelo governo foram aprovados.

Diante da repercussão negativa da desarticulação política do Planalto, o trio de ministros responsável pela relação com parlamentares até que ensaiou publicamente um armistício. Ontem, Ramos e Flávia se sentaram próximos no avião da Força Área Brasileira (FAB) que os levou para São Paulo, onde o Bolsonaro participou do leilão da Cedae. Em 1h30 de viagem, trocaram afagos e apararam arestas sobre o papel de cada um no governo.

A ministra sucedeu Ramos na Secretaria de Governo, área responsável pela articulação política, mas ainda não sentou de fato na cadeira. Nos bastidores, ela reclama a interlocutores que o chefe da Casa Civil não desapega do antigo posto.

SEM EXECUTIVO – Até hoje, Flávia Arruda ainda não nomeou um secretário-executivo. O cargo continua sendo ocupado por Jônathas Castro, braço direito de Ramos que também acumula a função de número dois na Casa Civil.

Flávia também vem se sentindo incomodada com Onyx, acusado de querer tomar para si o cargo de estrategista político do Planalto na CPI da Covid, alegando experiência em Comissões Parlamentares de Inquérito quando era deputado. Nos últimos dias, o ministro tratou de buscar uma aproximação.

Em uma das conversas, segundo relatos ao GLOBO, Flávia teria concordado em entregar a articulação na CPI para Onyx com o argumento de que ele é mais combativo, enquanto ela é mais eficiente na “costura” das relações com os parlamentares.

ACESSO LIMITADO – Deputada federal, Flavia tem sido criticada no Congresso e até no governo por ter pouca entrada no Senado. Aliados da ministra a defendem dizendo que ela estava organizando as articulações políticas na Casa, mas era constantemente “atravessada” por Onyx. A ministra chegou ao Planalto com o apoio de Ramos e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adversário político de Renan Calheiros, relator da CPI da Covid.

O embate palaciano mais rumoroso, no entanto, se dá entre Ramos e Onyx. O chefe da Casa Civil costuma dizer que Onyx está aproveitando o seu retorno ao Planalto para tentar recuperar o espaço perdido em junho de 2019. Naquela época, Bolsonaro tirou a articulação política da Casa Civil, então comandada por Onyx, e a entregou para a Secretaria de Governo, para a qual general Ramos havia sido nomeado.Desde então, a relação entre ambos sempre foi de turbulência.

A VOLTA DE ONYX – Com a chegada de Ramos ao governo, Onyx passou a ser esvaziado no Planalto e, em fevereiro de 2020, foi transferido da Casa Civil para o Ministério da Cidadania, numa articulação atribuída a Ramos. Em fevereiro deste ano, Ramos costurou de novo um acordo político para ceder o Ministério da Cidadania para o partido Republicanos. Onyx deixou o cargo e foi nomeado para chefiar a Secretaria-Geral da Presidência, voltando a despachar próximo do gabinete de Bolsonaro e se oferecendo para fazer a articulação política em nome do presidente.

A interlocutores, Ramos diz que Onyx tem agido para desgastá-lo. O chefe da Casa Civil, em conversas reservadas, atribuiu a um assessor da Secretaria-Geral o vazamento de um documento enviado a 13 ministérios que lista 23 “acusações” esperadas pelo governo na CPI da Covid e pede subsídios para fazer frente aos questionamentos por meio de relatórios das ações tomadas no combate à pandemia. O caso expôs a atuação do chefe da Casa Civil. Ramos ameaça pedir a cabeça do auxiliar de Onyx.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Os três ministros garantem que não há contenda no governo e dizem que estão trabalhando de modo articulado para os questionamentos da CPI, mas ninguém acredita neles. (C.N.)


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