Nova Viçosa (Por Pedro Oliveira do Extremo Sul) – “O Extremo Sul é uma região que tem sobrevivido e crescido devido à iniciativa privada. Os empresários acreditam e têm investido na região. Por isso o Extremo Sul é a região mais independente da Bahia. Ela tem crescido e progredido sem apoio político”. A declaração é do prefeito de Nova Viçosa, Carlos Robson Rodrigues - Robinho, forte candidato á reeleição, como ele mesmo afirma, atribuindo uma aprovação popular do seu governo da ordem de 85%. Destacando que a região precisa é de apoio dos governos federal e estadual ele diz que o governador Jaques Wagner tem dado atenção à Associação dos Prefeitos do Extremo Sul, o diálogo tem sido muito bom, mas as ações estão deixando a desejar. Robinho diz que torce pelo governo de Wagner para não ver repetido o que ocorreu no governo de Waldir Pires. “Nós acreditávamos na mudança e por não ter ações ele deixou o poder voltar para o carlismo”. Para o prefeito de Nova Viçosa o que está faltado ao Extremo Sul é dedicação e atenção, com investimentos dos governos da União e do estado. Falando sobre a sua administração ele disse que em três anos e cinco meses de governo tem conseguido melhorar em 90% o setor da saúde, colocando-a em situação próxima do ideal para um município do porte de Nova Viçosa, tendo implantados nesse período: clínicas, PSF, farmácia popular, farmácia básica, garantindo ainda às famílias de baixa renda remédio e transporte grátis, tendo como meta a implantação de um Posto de Auto Atendimento em Posto da Mata . A educação, também vem se destacando bastante, devido o investimento feito valorizando o profissional do magistério que “recebe um dos melhor salário da Bahia. Um professor de 20 horas aula ganha R$ 900,00”. O respeito ao dinheiro público, diz, tem propiciando a realização de obras de calçamento, urbanização e saneamento básico, dentre outros, melhorando o aspecto da cidade. Garante Robinho que a prefeitura municipal tem, hoje, mais de R$ 2 milhões em caixa e nunca atrasou um só dia os salários de funcionários, tampouco deve a fornecedores. A Câmara engessou o orçamento de 2008 e não voto remanejamento e suplementação do orçamento. Recorrendo a Justiça, foi ganho uma liminar e o município vem sendo administrado com 12 avios, que na opinião do prefeito Robinho é uma tarefa quase impossível. “ Sou até suspeito para falar, mas em três anos e cinco meses fui o prefeito mais perseguido do Extremo Sul da Bahia. Fui afastado do cargo por quatro vezes e mesmo assim consegui realizar uma administração que nenhum ex-gestor conseguiu até hoje”, garante Carlos Robson. Com minoria na Câmara Municipal ele diz enfático que seu governo tem 85% de aprovação popular. “Isso é o que nos impulsiona a ser candidato a reeleição. Se meu governo não estivesse bem eu não seria candidato. Pelas dificuldades e forma como cheguei ao cargo, sinto-me um político realizado. Primeiro porque não me prostitui politicamente e não cedi às chantagens e negociatas do Legislativo, que é o maior problema de um prefeito hoje’ . O prefeito de Nova Viçosa, diz que a Justiça Federal tem que verificar essa situação porque; “muitos prefeitos têm sofrido chantagem por parte do Legislativo e são poucos que têm coragem de peitar o Legislativo. Eu tive coragem porque imaginei se cedesse a primeira vez , amanha teria de ceder um pouco mais e no decorrer do governo teria que ceder a cadeira do Executivo”. Robinho assegura que o dinheiro dos munícipes tem sido investido no município, enquanto “alguns prefeitos têm que tirar grande parte dos recursos da prefeitura e investir em negociatas com vereadores” E explica como isso acontece: “O gestor tem que roubar o dinheiro da prefeitura e entregar nas mãos dos vereadores ficando refém. Se um dia ele não quiser mais dar dinheiro (fazer a negociata), os vereadores abrem uma CPI e cassam o prefeito ou ele fica definitivamente refém do Legislativo, por causa de dinheiro”. Concluindo o prefeito de Nova Viçosa, município com quase 40 mil habitantes e 25 mil eleitores, economia diversificada - eucalipto, cana de açúcar, pecuária, agricultura (mamão e maracujá), pesca e turismo.
São Francisco do Conde inaugura o Cras
A comunidade de São Francisco do Conde município localizado no Recôncavo baiano irá contar com mais uma iniciativa contra o preconceito social, foi inalgurado nesta última quinta feira pelo prefeito Antônio Calmom o Cras, também conhecido como Casa das Famílias segundo Calmom o objetivo é prevenir situações de risco, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento dos vinculos familiares e comunitários. É um serviço público municipal, co-financiado pelo Governo federal e coordenado pela secretaria municipal de desenvolvimento social de São Francisco do Conde. Segundo o chefe de gabinete da prefeitura José Peralva o público alvo preferencialmente consiste em familias que em decorrência da pobreza, estão vulneráveis, privadas de renda e do acesso a serviços públicos com vínculos afetivos frágeis, discriminadas por questões de gênero, etnia , deficiência , idade , entre outras. Diante disso o Cras irá contar com acompanhamento assistencialístico de famílias em um determinado território, potencializando famílias como unidade de referência, fortalecendo vínculos internos e externos de solidariedade; contribuir para o processo de autonomia e emancipação social das famílias, fomentando seu protagonismo; desenvolver ações que envolvam diversos setores,com o objetivo de romper o ciclo de reprodução da pobreza entre gerações; e atuar de forma preventiva, evitando que essas famílias tenham seus direitos violados, recaindo em situações de risco. Os principais serviços que o Cras ira o oferecer a comunidade de São Francisco do Conde são, entrevista familiar, visitas domiciliares, palestras voltadas á comunidade ou á família, seus membros e indivíduos, oficinas em grupo para convivência, ações de capacitação e de inserção produtiva, campanhas socioeducativas, encaminhamento e acompanhamento das famílias para o trabalho, reuniões comunitária, articulação e fortalecimento de grupos sociais.
Fonte"Tribuna da Bahia
Certificado Lei geral de proteção de dados
sexta-feira, junho 06, 2008
Aliados ainda discutem cabeça de chapa
Mesmo com a definição do deputado federal petista Walter Pinheiro como pré-candidato à prefeitura de Salvador e sabendo que o PT dificilmente abriria mão da candidatura para vaga majoritária, os partidos da esquerda que defendem uma campanha unificada (PSB, PCdoB e PV), continuam realizando reuniões para decidir quem seria o cabeça da chapa. Os dirigentes das legendas batem o pé afirmando que ainda não há um nome que melhor represente a esquerda e que os quatro pré-candidatos estariam dispostos a abrir mão da candidatura em prol da unidade. Os representantes dos partidos já se encontraram diversas vezes e até se reuniram com o governador Jaques Wagner (PT). E não é novidade para ninguém que o candidato do governador é Walter Pinheiro, o que já havia sido revelado antes mesmo das prévias que oficializaram o nome do deputado como pré-candidato. Especula-se que a vereadora Olívia Santana componha a chapa como vice de Pinheiro. A informação não foi confirmada pela vereadora, nem pelo presidente estadual do partido, mas também não foi descartada. “Meu nome como vice da chapa é pura especulação. Muitas coisas foram publicadas na imprensa, mas eu nem fui procurada para falar sobre o assunto. A verdade é que não houve nenhum convite, não há nada formalizado e nós ainda estamos avaliando o perfil do candidato que tem maior potencial para a prefeitura de Salvador”, ponderou. “A nossa primeira decisão é de quem será o candidato da esquerda. Só quando tivermos essa definição é que começaremos a discutir outras coisas, como a composição da chapa”, disse o presidente estadual do PCdoB, Péricles Souza, ao ser questionado sobre a possibilidade de Olívia Santana ser vice de Pinheiro. Há também quem defenda a remota hipótese de que o nome para vice da chapa seria o da deputada federal Lídice da Mata (PSB). A informação também não foi comentada por dirigentes do PSB, que utilizam o mesmo discurso dos outros envolvidos. “Estamos apenas nos reunindo para realizar discussões. Não tem nada definido. Somos uma frente com quatro partidos e todos ofereceram nomes de candidatos. Portanto, estamos analisando quem tem o melhor perfil eleitoral, político e ideológico para representar a esquerda”, declarou. Os representantes dos partidos deverão se reunir novamente nesse final de semana, quando a posição oficial da candidatura deverá ser definida. “Nosso prazo legal é até o final de junho, mas nós estamos trabalhando com prazo político e pretendemos resolver essa questão o quanto antes, para termos tempo de trabalhar e fortalecer a campanha”, disse o presidente estadual do PCdoB. (Por Carolina Parada)
Eliana Boaventura anuncia apoio a Tarcízio Pimenta
A ex-deputada Eliana Boaventura (PP) oficializou anteontem à noite o apoio do seu partido à pré-candidatura do deputado estadual Tarcízio Pimenta (Democratas) à prefeitura de Feira de Santana. O evento aconteceu no Feira Palace Hotel e foi comandado pelo prefeito José Ronaldo, o principal responsável pela volta de Boaventura ao antigo ninho. Além da ex-deputada, aderiram também os vereadores Getúlio Barbosa, Antônio Joel e Eremita Mota. Com a decisão do PP, agora são oito os partidos que vão compor a coligação para a campanha do democrata Tarcizio Pimenta: DEM-PP-PR-PPN-PRT-PTdoB-PSC e PHS. Esta coligação de partidos proporciona à campanha de Pimenta o maior tempo de televisão e rádio no Horário Eleitoral Gratuito. O vereador Getúlio Barbosa fez um discurso antecedido de expectativa, já que o mesmo vinha tendo divergências com o deputado Tarcízio Pimenta. Contudo, Barbosa foi prudente, e ratificou o seu apoio e lealdade. Representando a executiva estadual do Partido Progressista, o deputado Roberto Muniz falou da importância do apoio dado a Pimenta, e brincou com o prefeito José Ronaldo ao fazer um trocadilho sobre a sua administração. “Política é a arte de fazer pontes, e de pontes e viadutos o prefeito José Ronaldo entende muito bem”, disse, numa alusão aos viadutos que Ronaldo vem construindo, que melhorarão o trânsito da cidade. A ex-deputada Eliana Boaventura, que vinha sendo cortejada tanto pelo PMDB quanto pelo Democratas, fez um discurso de reconciliação, desfazendo imagens do passado, já que sequer compareceu ao evento de anúncio da pré-candidatura do deputado Tarcizio Pimenta como o nome do grupo liderado pelo prefeito José Ronaldo. “Eu quero que essas diferenças acabem aqui, hoje, agora”, disse a ex-deputada. O deputado Tarcizio Pimenta atendeu prontamente ao pedido e falou no mesmo tom da progressista. “Ela (Eliana) nunca saiu daqui, ela nunca foi, ela sempre esteve no grupo do prefeito José Ronaldo”, disse. O prefeito José Ronaldo, responsável pelas conversas com o PP da ex-deputada Eliana Boaventura, esteve à vontade durante o evento. Ele citou frases do ex-governador Luiz Viana Filho, lembrou os conselhos de monsenhor Galvão para conter os impulsos e não dar ouvidos a fuxicos, e as lições da sua mãe para torná-lo mais calmo.”Eu era agoniadinho, queria falar tudo logo”, brincou. Depois de afirmar que “pedir voto é uma missão gostosa”, Ronaldo alertou que “a vitória só existe quando as urnas abrem”. O ex-vereador Messias Gonzaga (PCdoB) deverá compor a chapa como vice-prefeito do pré-candidato do PT à prefeitura de Feira de Santana, o deputado federal Sérgio Carneiro. Tentando justificar as duras críticas que fazia a Sérgio Carneiro à época em que ele presidiu a Interurb, no governo João Durval, o comunista argumentou em entrevistas para emissoras de rádio da cidade que “o deputado Sérgio Carneiro mudou cem por cento”. Gonzaga destacou também algumas qualidades do deputado Sérgio Carneiro para reforçar a sua decisão. Disse, por exemplo, que “ele sempre votou a favor dos trabalhadores brasileiros e que, depois que mudou radicalmente, nunca mais retornou àquele ninho anterior”, referindo-se ao grupo do falecido senador Antônio Carlos Magalhães. “Ele reciclou-se consideravelmente. Há pessoas que mudam para pior, ele não”, elogiou. Por outro lado, no PMDB, o deputado federal Colbert Martins finalmente recebeu o apoio da direção estadual do PPS à sua pré-candidatura à prefeitura de Feira de Santana. O peemedebista integrou os quadros deste partido até o ano passado, mas se transferiu para o PMDB durante um processo de adesão comandado pelo ministro Geddel Vieira Lima. (Por Evandro Matos)
TJ condena Duda e Pitta a devolverem R$ 1,3 milhão
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-prefeito Celso Pitta (PTB), o publicitário Duda Mendonça — com parte de sua equipe de publicidade— e o então secretário da Comunicação Social da prefeitura Antenor Braido a devolverem R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Eles são acusados de cometer irregularidades em uma propaganda da prefeitura de São Paulo. De acordo com a acusação, a prefeitura anunciou que o atendimento no PAS —um programa de saúde criado pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP)— seria estendido das 19h às 22h a partir do dia 8 de agosto de 1998, durante campanha para governador de Maluf, padrinho político de Pitta. A medida foi suspensa cinco meses depois, em janeiro do ano seguinte. Segundo o ex-prefeito, a programa do PAS durante o período eleitoral não passou de coincidência. “Essa é uma associação indevida”, afirmou Pitta à Folha Online. Como a decisão cabe recurso, o ex-prefeito já recorreu. “Essa ação é objeto de um recurso”, disse. “Colocamos a nossa posição inconformada contra a decisão da primeira instância.” Segundo o ex-prefeito, “não houve nenhum ato em improbidade na divulgação de um fato que a opinião pública precisava ter conhecimento.” Procurado pela reportagem, Duda Mendonça ainda não retornou contato.
Senado descarta CPI para investigar Dilma
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), descartou ontem a instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias reveladas pela ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). O senador também se mostrou contrário à convocação de Dilma no Senado para explicar a acusação de que teria pressionado a ex-diretora da Anac a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros. “É uma palavra contra a outra, prevalece a da ministra. Não acho necessário nesse primeiro momento que ela seja convocada. Não acredito que seja caso de CPI. Tem que se ter cuidado porque tudo aqui está virando caso de CPI, estamos vendo CPIs frustradas terminando de maneira melancólica”, enfatizou. Garibaldi disse não acreditar que a ministra tenha pressionado a ex-diretora da Anac para autorizar a venda da Varig a um fundo estrangeiro de forma irregular. “Eu não acredito que a ministra fosse capaz disso, não acredito em denúncias que não sejam fundamentadas, tem que acusar, mas mostrar realmente as provas.”
Fonte: Tribuna da Bahia
Eliana Boaventura anuncia apoio a Tarcízio Pimenta
A ex-deputada Eliana Boaventura (PP) oficializou anteontem à noite o apoio do seu partido à pré-candidatura do deputado estadual Tarcízio Pimenta (Democratas) à prefeitura de Feira de Santana. O evento aconteceu no Feira Palace Hotel e foi comandado pelo prefeito José Ronaldo, o principal responsável pela volta de Boaventura ao antigo ninho. Além da ex-deputada, aderiram também os vereadores Getúlio Barbosa, Antônio Joel e Eremita Mota. Com a decisão do PP, agora são oito os partidos que vão compor a coligação para a campanha do democrata Tarcizio Pimenta: DEM-PP-PR-PPN-PRT-PTdoB-PSC e PHS. Esta coligação de partidos proporciona à campanha de Pimenta o maior tempo de televisão e rádio no Horário Eleitoral Gratuito. O vereador Getúlio Barbosa fez um discurso antecedido de expectativa, já que o mesmo vinha tendo divergências com o deputado Tarcízio Pimenta. Contudo, Barbosa foi prudente, e ratificou o seu apoio e lealdade. Representando a executiva estadual do Partido Progressista, o deputado Roberto Muniz falou da importância do apoio dado a Pimenta, e brincou com o prefeito José Ronaldo ao fazer um trocadilho sobre a sua administração. “Política é a arte de fazer pontes, e de pontes e viadutos o prefeito José Ronaldo entende muito bem”, disse, numa alusão aos viadutos que Ronaldo vem construindo, que melhorarão o trânsito da cidade. A ex-deputada Eliana Boaventura, que vinha sendo cortejada tanto pelo PMDB quanto pelo Democratas, fez um discurso de reconciliação, desfazendo imagens do passado, já que sequer compareceu ao evento de anúncio da pré-candidatura do deputado Tarcizio Pimenta como o nome do grupo liderado pelo prefeito José Ronaldo. “Eu quero que essas diferenças acabem aqui, hoje, agora”, disse a ex-deputada. O deputado Tarcizio Pimenta atendeu prontamente ao pedido e falou no mesmo tom da progressista. “Ela (Eliana) nunca saiu daqui, ela nunca foi, ela sempre esteve no grupo do prefeito José Ronaldo”, disse. O prefeito José Ronaldo, responsável pelas conversas com o PP da ex-deputada Eliana Boaventura, esteve à vontade durante o evento. Ele citou frases do ex-governador Luiz Viana Filho, lembrou os conselhos de monsenhor Galvão para conter os impulsos e não dar ouvidos a fuxicos, e as lições da sua mãe para torná-lo mais calmo.”Eu era agoniadinho, queria falar tudo logo”, brincou. Depois de afirmar que “pedir voto é uma missão gostosa”, Ronaldo alertou que “a vitória só existe quando as urnas abrem”. O ex-vereador Messias Gonzaga (PCdoB) deverá compor a chapa como vice-prefeito do pré-candidato do PT à prefeitura de Feira de Santana, o deputado federal Sérgio Carneiro. Tentando justificar as duras críticas que fazia a Sérgio Carneiro à época em que ele presidiu a Interurb, no governo João Durval, o comunista argumentou em entrevistas para emissoras de rádio da cidade que “o deputado Sérgio Carneiro mudou cem por cento”. Gonzaga destacou também algumas qualidades do deputado Sérgio Carneiro para reforçar a sua decisão. Disse, por exemplo, que “ele sempre votou a favor dos trabalhadores brasileiros e que, depois que mudou radicalmente, nunca mais retornou àquele ninho anterior”, referindo-se ao grupo do falecido senador Antônio Carlos Magalhães. “Ele reciclou-se consideravelmente. Há pessoas que mudam para pior, ele não”, elogiou. Por outro lado, no PMDB, o deputado federal Colbert Martins finalmente recebeu o apoio da direção estadual do PPS à sua pré-candidatura à prefeitura de Feira de Santana. O peemedebista integrou os quadros deste partido até o ano passado, mas se transferiu para o PMDB durante um processo de adesão comandado pelo ministro Geddel Vieira Lima. (Por Evandro Matos)
TJ condena Duda e Pitta a devolverem R$ 1,3 milhão
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-prefeito Celso Pitta (PTB), o publicitário Duda Mendonça — com parte de sua equipe de publicidade— e o então secretário da Comunicação Social da prefeitura Antenor Braido a devolverem R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Eles são acusados de cometer irregularidades em uma propaganda da prefeitura de São Paulo. De acordo com a acusação, a prefeitura anunciou que o atendimento no PAS —um programa de saúde criado pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP)— seria estendido das 19h às 22h a partir do dia 8 de agosto de 1998, durante campanha para governador de Maluf, padrinho político de Pitta. A medida foi suspensa cinco meses depois, em janeiro do ano seguinte. Segundo o ex-prefeito, a programa do PAS durante o período eleitoral não passou de coincidência. “Essa é uma associação indevida”, afirmou Pitta à Folha Online. Como a decisão cabe recurso, o ex-prefeito já recorreu. “Essa ação é objeto de um recurso”, disse. “Colocamos a nossa posição inconformada contra a decisão da primeira instância.” Segundo o ex-prefeito, “não houve nenhum ato em improbidade na divulgação de um fato que a opinião pública precisava ter conhecimento.” Procurado pela reportagem, Duda Mendonça ainda não retornou contato.
Senado descarta CPI para investigar Dilma
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), descartou ontem a instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias reveladas pela ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). O senador também se mostrou contrário à convocação de Dilma no Senado para explicar a acusação de que teria pressionado a ex-diretora da Anac a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros. “É uma palavra contra a outra, prevalece a da ministra. Não acho necessário nesse primeiro momento que ela seja convocada. Não acredito que seja caso de CPI. Tem que se ter cuidado porque tudo aqui está virando caso de CPI, estamos vendo CPIs frustradas terminando de maneira melancólica”, enfatizou. Garibaldi disse não acreditar que a ministra tenha pressionado a ex-diretora da Anac para autorizar a venda da Varig a um fundo estrangeiro de forma irregular. “Eu não acredito que a ministra fosse capaz disso, não acredito em denúncias que não sejam fundamentadas, tem que acusar, mas mostrar realmente as provas.”
Fonte: Tribuna da Bahia
Perna vive seu inferno astral em cela da DTE
Por Hieros Vascncelos
As mordomias do traficante Genilson Lino da Silva, o Perna, acabaram de uma hora para a outra, e a mudança de “moradia” foi radical. De geladeira duplex às marmitas de alumínio, de uma televisão de plasma à escuridão da custódia, de uma bicicleta ergométrica a um minúsculo espaço em metros quadrados. O traficante Perna sente na pele as mudanças em sua rotina. Além dessas mordomias, ele também perdeu aquilo que rodeia o imaginário de muitos homens: ter as mulheres para favores sexuais a qualquer hora. A operação Big Bang, desencadeada na última segunda-feira pela Secretaria de Segurança Pública e Ministério Público, desmontou todo o esquema de tráfico do condenado, além de descobrir que ele guardava R$280 mil debaixo do colchão. Agora Perna dorme sozinho, algemado às grades da cela da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), no Complexo Policial dos Barris, e sob seu corpo encontra o chão duro, sujo e frio. Retirado do paraíso e colocado no inferno, Perna está sofrendo na pele tudo aquilo que outros detentos já passaram, muitos deles com acusações de crimes de menor proporção do que os cometidos por ele. Sente na pele a dor que ele mesmo impõe a colegas de prisão que não têm dinheiro para pagar por um colchão, um dos produtos vendidos por ele na Penitenciária Lemos Brito. No xadrez da DTE ele não encontra mordomias. Dorme e faz as necessidades fisiológicas no chão, e até ontem, sem papel higiênico. Ele sequer tem o direito de tomar banho de sol, além de ter passado os últimos três dias sem escovar os dentes. A advogada do traficante, Raidalva Simões de Freitas, esteve ontem na custódia da DTE para entregar ao cliente materiais de limpeza pessoal. Papel higiênico, sabonete, escova de dente, toalhas limpas e um desodorante foram levados pela criminalista até a cela de Perna, depois de passar por minuciosa e cuidadosa revista. O desodorante, entretanto, não entrou na custódia. O delegado titular José Carlos Habib explicou a proibição. “Existem presos que utilizam o desodorante rollon para fazer uma espécie de arma. Assim como a escova de dente. Essas são medidas que tomamos em relação a todos os presos”, informou Habib. As celas da DTE estão vazias, exceto a que Perna ocupa, desde a última tentativa de resgate de presos comandada por Perna, quando ele ainda estava na penitenciária. Só existem presos na custódia da Delegacia de Homicídios, também no Complexo. Habib acrescentou ainda que as visitas de familiares não acontecerão até que ocorra a transferência do traficante, considerado de alta periculosidade. A criminalista Raidalva Simões de Freitas, advogada de Perna, considerou absurda a medida do Ministério Público de transferir o traficante para uma penitenciária de outro Estado. Segundo ela, essa medida serve para evidenciar a deficiência do sistema prisional da Bahia. “O Estado tem que melhorar o sistema, ao invés de divulgar a deficiência pelo qual passa para o Brasil inteiro”, reclamou. Ela questiona a transferência e pergunta para que serve a Unidade de Regime Disciplinar (UED), onde presos de alta periculosidade cumprem pena. A advogada informou ainda que vai intervir no pedido de transferência feito pelo MP e pelo Gaeco. “Não fui comunicada dessa transferência. Vou tentar impedir a transferência na Justiça”, alegou. Em entrevistas ao programa de rádio semanal “Conversa com o governador”, Jaques Wagner fez uma avaliação positiva da Operação Big Bang, que cumpriu mandados de prisão e apreensão e em seguida comentou sobre a transferência do preso baiano para uma unidade de outro Estado. “E tudo isso feito dentro da lei, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário. É claro que é um passo no sentido de nós desbaratarmos o tráfico de drogas aqui em Salvador” declarou o governador. Sobre a transferência, Wagner afirmou esperar a decisão da Justiça.
Presidiários ameaçam greve de fome
; A informação chegou às redações de uma maneira aparentemente normal. Por telefone. Do outro lado do fio, a voz do homem que se identificou como “Caveirinha”, dizia que os internos de todos os pavilhões da Penitenciária Lemos Brito e dos presídios de Feira de Santana, Lauro de Freitas, Ilhéus, Itabuna e Simões Filho iriam entrar em greve de fome em solidariedade a Genilson Lino da Silva, o Perna. O detalhe é que o informante estava ligando de dentro do presídio, através de um celular. Para confirmar a notícia, mais tarde enviou um fax, de um telefone fixo da PLB. No fax, repleto de erros, “Caveirinha” afirma que “a comunidade carcerária do Estado da Bahia encontra-se inconformada com a invasão da polícia no corpo 4 da PLB, armação constituída em provas montadas contra o companheiro Perna e entramos em greve de fome”. Ele diz que o movimento “é pacífico e ordeiro”, e tem o objetivo de ouvir a juíza da Vara de Execução Penal e um representante do Ministério Público, quando pretendem apresentar reivindicações. Em entrevista concedida ontem a uma emissora de TV, o secretário da Segurança Pública, César Nunes, delegado federal de carreira, deixou claro que o sucesso da Operação Big Bang foi o segredo, confirmando que a Secretaria da Justiça não foi informada, ao comentar a declaração de que teria havido falta de diplomacia. “Sou policial de carreira e sei que uma ação como esta precisa de segredo total”, disse. O temor do secretário era de que se divulgada antes, a operação fracassasse por causa de vazamento de informações. Segundo ele disse, todos os policiais que participaram da ação ficaram sabendo da missão que iam executar minutos antes. Questionado sobre as mordomias dadas ao presidiário Genilson Lino da Silva, o Perna, o secretário afirmou que “isso é problema da Secretaria da Justiça. Nunes afirmou que não há estremecimento entre as duas pastas de governo, mas enfatizou que “peço desculpas se machuquei a secretária Marília Muricy”. E terminou dizendo que a SSP fez o que devia fazer..(Por Josalto Alves)
Transferência é questão de horas
; É iminente a transferência do traficante Genilson Lino da Silva, “Perna”, para uma penitenciária de segurança máxima de outro Estado. Ontem durante toda a tarde, a movimentação foi intensa na Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, no Centro Administrativo da Bahia. Apenas a autorização da Justiça Federal emperra a viagem do traficante. A Corregedoria do Tribunal de Justiça e da Vara de Execuções Penais deram o aval. No Complexo Policial dos Barris até o final da noite de ontem, era grande a movimentação de policiais, imprensa e curiosos, mas nenhuma saída foi confirmada. Com faixas de isolamento o ambiente era tenso , principalmente após o anúncio de uma prisão de falso policial que tentava contato com o traficante. Os indícios são fortes de que a transferência se dará para o presídio de segurança pública de Catanduvas, no interior do Paraná, aproximadamente 450 km de Curitiba. Numa concepção praticamente inexistente no Brasil, com presos trancafiados em celas individuais, vigilância eletrônica 24 horas e toda a tecnologia para controlar a entrada e o uso de celulares, armas e drogas, a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Sudoeste do Paraná, recebe os bandidos mais perigosos do País. Eles são isolados, em regime diferenciado e não têm contato com a massa carcerária, exceto no banho de sol diário, em grupos de no máximo dez pessoas. O projeto arrojado da unidade, com capacidade para 200 detentos, lembra o panóptico (uma espécie de observatório central que alcança a todos) da obra clássica moderna “Vigiar e punir”, do filósofo Michel Foucault, que mostra como funciona uma sociedade que vive na base da disciplina. A concepção da Penitenciária Federal de Catanduvas foge do modelo tradicional do sistema penitenciário brasileiro, sendo considerada uma réplica das unidades norte-americanas de segurança máxima, conhecidas como Supermax. E tem semelhanças com a penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, onde os cubículos são individuais, há vigilância eletrônica e isolamento de presos. Traficantes como Juan Carlos Abadía, Luiz Fernando da Costa (Fernandinho Beira-Mar), Márcio dos Santos Nepomuceno (Marcinho VP) e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco (condenado pela morte do jornalista Tim Lopes) estão internos naquele presídio, inaugurado em junho de 2006. (Por Maria Celia Vieira)
Fonte: Tribuna da Bahia
As mordomias do traficante Genilson Lino da Silva, o Perna, acabaram de uma hora para a outra, e a mudança de “moradia” foi radical. De geladeira duplex às marmitas de alumínio, de uma televisão de plasma à escuridão da custódia, de uma bicicleta ergométrica a um minúsculo espaço em metros quadrados. O traficante Perna sente na pele as mudanças em sua rotina. Além dessas mordomias, ele também perdeu aquilo que rodeia o imaginário de muitos homens: ter as mulheres para favores sexuais a qualquer hora. A operação Big Bang, desencadeada na última segunda-feira pela Secretaria de Segurança Pública e Ministério Público, desmontou todo o esquema de tráfico do condenado, além de descobrir que ele guardava R$280 mil debaixo do colchão. Agora Perna dorme sozinho, algemado às grades da cela da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), no Complexo Policial dos Barris, e sob seu corpo encontra o chão duro, sujo e frio. Retirado do paraíso e colocado no inferno, Perna está sofrendo na pele tudo aquilo que outros detentos já passaram, muitos deles com acusações de crimes de menor proporção do que os cometidos por ele. Sente na pele a dor que ele mesmo impõe a colegas de prisão que não têm dinheiro para pagar por um colchão, um dos produtos vendidos por ele na Penitenciária Lemos Brito. No xadrez da DTE ele não encontra mordomias. Dorme e faz as necessidades fisiológicas no chão, e até ontem, sem papel higiênico. Ele sequer tem o direito de tomar banho de sol, além de ter passado os últimos três dias sem escovar os dentes. A advogada do traficante, Raidalva Simões de Freitas, esteve ontem na custódia da DTE para entregar ao cliente materiais de limpeza pessoal. Papel higiênico, sabonete, escova de dente, toalhas limpas e um desodorante foram levados pela criminalista até a cela de Perna, depois de passar por minuciosa e cuidadosa revista. O desodorante, entretanto, não entrou na custódia. O delegado titular José Carlos Habib explicou a proibição. “Existem presos que utilizam o desodorante rollon para fazer uma espécie de arma. Assim como a escova de dente. Essas são medidas que tomamos em relação a todos os presos”, informou Habib. As celas da DTE estão vazias, exceto a que Perna ocupa, desde a última tentativa de resgate de presos comandada por Perna, quando ele ainda estava na penitenciária. Só existem presos na custódia da Delegacia de Homicídios, também no Complexo. Habib acrescentou ainda que as visitas de familiares não acontecerão até que ocorra a transferência do traficante, considerado de alta periculosidade. A criminalista Raidalva Simões de Freitas, advogada de Perna, considerou absurda a medida do Ministério Público de transferir o traficante para uma penitenciária de outro Estado. Segundo ela, essa medida serve para evidenciar a deficiência do sistema prisional da Bahia. “O Estado tem que melhorar o sistema, ao invés de divulgar a deficiência pelo qual passa para o Brasil inteiro”, reclamou. Ela questiona a transferência e pergunta para que serve a Unidade de Regime Disciplinar (UED), onde presos de alta periculosidade cumprem pena. A advogada informou ainda que vai intervir no pedido de transferência feito pelo MP e pelo Gaeco. “Não fui comunicada dessa transferência. Vou tentar impedir a transferência na Justiça”, alegou. Em entrevistas ao programa de rádio semanal “Conversa com o governador”, Jaques Wagner fez uma avaliação positiva da Operação Big Bang, que cumpriu mandados de prisão e apreensão e em seguida comentou sobre a transferência do preso baiano para uma unidade de outro Estado. “E tudo isso feito dentro da lei, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário. É claro que é um passo no sentido de nós desbaratarmos o tráfico de drogas aqui em Salvador” declarou o governador. Sobre a transferência, Wagner afirmou esperar a decisão da Justiça.
Presidiários ameaçam greve de fome
; A informação chegou às redações de uma maneira aparentemente normal. Por telefone. Do outro lado do fio, a voz do homem que se identificou como “Caveirinha”, dizia que os internos de todos os pavilhões da Penitenciária Lemos Brito e dos presídios de Feira de Santana, Lauro de Freitas, Ilhéus, Itabuna e Simões Filho iriam entrar em greve de fome em solidariedade a Genilson Lino da Silva, o Perna. O detalhe é que o informante estava ligando de dentro do presídio, através de um celular. Para confirmar a notícia, mais tarde enviou um fax, de um telefone fixo da PLB. No fax, repleto de erros, “Caveirinha” afirma que “a comunidade carcerária do Estado da Bahia encontra-se inconformada com a invasão da polícia no corpo 4 da PLB, armação constituída em provas montadas contra o companheiro Perna e entramos em greve de fome”. Ele diz que o movimento “é pacífico e ordeiro”, e tem o objetivo de ouvir a juíza da Vara de Execução Penal e um representante do Ministério Público, quando pretendem apresentar reivindicações. Em entrevista concedida ontem a uma emissora de TV, o secretário da Segurança Pública, César Nunes, delegado federal de carreira, deixou claro que o sucesso da Operação Big Bang foi o segredo, confirmando que a Secretaria da Justiça não foi informada, ao comentar a declaração de que teria havido falta de diplomacia. “Sou policial de carreira e sei que uma ação como esta precisa de segredo total”, disse. O temor do secretário era de que se divulgada antes, a operação fracassasse por causa de vazamento de informações. Segundo ele disse, todos os policiais que participaram da ação ficaram sabendo da missão que iam executar minutos antes. Questionado sobre as mordomias dadas ao presidiário Genilson Lino da Silva, o Perna, o secretário afirmou que “isso é problema da Secretaria da Justiça. Nunes afirmou que não há estremecimento entre as duas pastas de governo, mas enfatizou que “peço desculpas se machuquei a secretária Marília Muricy”. E terminou dizendo que a SSP fez o que devia fazer..(Por Josalto Alves)
Transferência é questão de horas
; É iminente a transferência do traficante Genilson Lino da Silva, “Perna”, para uma penitenciária de segurança máxima de outro Estado. Ontem durante toda a tarde, a movimentação foi intensa na Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, no Centro Administrativo da Bahia. Apenas a autorização da Justiça Federal emperra a viagem do traficante. A Corregedoria do Tribunal de Justiça e da Vara de Execuções Penais deram o aval. No Complexo Policial dos Barris até o final da noite de ontem, era grande a movimentação de policiais, imprensa e curiosos, mas nenhuma saída foi confirmada. Com faixas de isolamento o ambiente era tenso , principalmente após o anúncio de uma prisão de falso policial que tentava contato com o traficante. Os indícios são fortes de que a transferência se dará para o presídio de segurança pública de Catanduvas, no interior do Paraná, aproximadamente 450 km de Curitiba. Numa concepção praticamente inexistente no Brasil, com presos trancafiados em celas individuais, vigilância eletrônica 24 horas e toda a tecnologia para controlar a entrada e o uso de celulares, armas e drogas, a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Sudoeste do Paraná, recebe os bandidos mais perigosos do País. Eles são isolados, em regime diferenciado e não têm contato com a massa carcerária, exceto no banho de sol diário, em grupos de no máximo dez pessoas. O projeto arrojado da unidade, com capacidade para 200 detentos, lembra o panóptico (uma espécie de observatório central que alcança a todos) da obra clássica moderna “Vigiar e punir”, do filósofo Michel Foucault, que mostra como funciona uma sociedade que vive na base da disciplina. A concepção da Penitenciária Federal de Catanduvas foge do modelo tradicional do sistema penitenciário brasileiro, sendo considerada uma réplica das unidades norte-americanas de segurança máxima, conhecidas como Supermax. E tem semelhanças com a penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, onde os cubículos são individuais, há vigilância eletrônica e isolamento de presos. Traficantes como Juan Carlos Abadía, Luiz Fernando da Costa (Fernandinho Beira-Mar), Márcio dos Santos Nepomuceno (Marcinho VP) e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco (condenado pela morte do jornalista Tim Lopes) estão internos naquele presídio, inaugurado em junho de 2006. (Por Maria Celia Vieira)
Fonte: Tribuna da Bahia
Marcelo Nilo acusado de nepotismo
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PSDB), foi acusado ontem pelo apresentador Mário Kertész, da rádio Metrópole, de praticar nepotismo ao manter os namorados das suas duas filhas trabalhando no Legislativo estadual. Apesar de o caso não ser legalmente enquadrado como nepotismo, já que Rômulo Almeida e Marcos Athaíde não são oficialmente casados com as herdeiras do tucano, o assunto incomodou bastante o presidente. Rômulo é chefe da Secretaria Geral das Comissões da Casa. Já Athaíde trabalha na Procuradoria Jurídica da Assembléia.
Questionado se as contratações se enquadrariam em prática de nepotismo – já que os parlamentares votaram no ano passado uma lei do deputado Euclides Fernandes (PDT) que proíbe a prática até terceiro grau –, Marcelo Nilo rechaçou. Ele afirmou que não interferiu na indicação dos quase genros e disse que tudo era “apenas coincidência”. “A indicação não foi minha, foi do superintendente parlamentar Geraldo Mascarenhas, fruto de uns currículos que ele recebeu. Eu nomeei e não poderia vetar uma pessoa por ter um vínculo pessoal com um familiar meu. Isso é um ato de perseguição e não seria justo, já que eles estão no cargo pelos méritos deles”.
Marcos Athaíde trabalha na Assembléia e foi contratado recentemente para atuar na Procuradoria Jurídica da Casa, “cargo que deveria ser ocupado por um funcionário concursado, já que possui salário de R$15 mil e não por um profissional recém- formado”, como ironizou Kertész. O outro quase genro de Nilo é o responsável pela Secretaria Geral das Comissões. Rômulo Almeida trabalha no Legislativo desde a posse do tucano
O radialista fez questão de lembrar ontem que Nilo, que também emprega correligionários e parentes de aliados na Assembléia, a exemplo de uma filha do ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), foi o mesmo a nomear Luís Henrique, filho do prefeito João Henrique (PMDB), em 2005, para um cargo de confiança em seu gabinete, “apesar de o herdeiro do prefeito não ter formação acadêmica suficiente para ocupar o posto”. (Da redação)
Fonte: Correio da Bahia
Questionado se as contratações se enquadrariam em prática de nepotismo – já que os parlamentares votaram no ano passado uma lei do deputado Euclides Fernandes (PDT) que proíbe a prática até terceiro grau –, Marcelo Nilo rechaçou. Ele afirmou que não interferiu na indicação dos quase genros e disse que tudo era “apenas coincidência”. “A indicação não foi minha, foi do superintendente parlamentar Geraldo Mascarenhas, fruto de uns currículos que ele recebeu. Eu nomeei e não poderia vetar uma pessoa por ter um vínculo pessoal com um familiar meu. Isso é um ato de perseguição e não seria justo, já que eles estão no cargo pelos méritos deles”.
Marcos Athaíde trabalha na Assembléia e foi contratado recentemente para atuar na Procuradoria Jurídica da Casa, “cargo que deveria ser ocupado por um funcionário concursado, já que possui salário de R$15 mil e não por um profissional recém- formado”, como ironizou Kertész. O outro quase genro de Nilo é o responsável pela Secretaria Geral das Comissões. Rômulo Almeida trabalha no Legislativo desde a posse do tucano
O radialista fez questão de lembrar ontem que Nilo, que também emprega correligionários e parentes de aliados na Assembléia, a exemplo de uma filha do ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), foi o mesmo a nomear Luís Henrique, filho do prefeito João Henrique (PMDB), em 2005, para um cargo de confiança em seu gabinete, “apesar de o herdeiro do prefeito não ter formação acadêmica suficiente para ocupar o posto”. (Da redação)
Fonte: Correio da Bahia
Opinião - Relatório do atestado de óbito
Villas-Bôas Corrêa
O ilustre desconhecido deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) decidiu arrombar a porta da notoriedade na sua estréia como parlamentar. Brindado pela criteriosa escolha dos líderes da bancada governista, para relator da CPI dos Cartões, o representante da população do Estado do Rio de Janeiro, cumpriu as ordens recebidas não apenas ao pé da letra, mas com os adornos da sua ansiosa vontade de agradar ao governo, paparicar os líderes das legendas que aprovaram a sua escolha.
Marcou o seu gol com a bola murcha. E a peça abrilhantará os anais da Câmara como alentado documento deste negro transe de decadência moral do Legislativo. Um apressado não teria gastado mais do uma lauda para dar o seu recado e cobrar a gratidão. Não o relator descoberto pelo faro de quem o pinçou nas águas turvas do anonimato. O deputado Luiz Sérgio logrou a proeza de encher 936 páginas do calhamaço, sendo 666 para esmiuçar com a lupa de grossas lentes os saques milionários com os cartões corporativos que caracterizam os crimes e delitos cometidos por cinco ex-ministros do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para o conhecimento da opinião pública e improváveis cautelas em futuras transações com os denunciados, segue-se à lista dos que se locupletaram com o dinheiro público nos últimos meses do segundo mandato do antecessor do ilibado presidente Lula: Paulo Renato de Souza, da Educação; Pimenta da Veiga, das Comunicações; Francisco Welfort, da Cultura e Raul Jungmann, do Desenvolvimento Agrário.
Cuidadoso e detalhista, o relator catou no volumoso papelório da CPI, os muitos exemplos de roubalheira da quadrilha do governo do adversário. Desde notas fiscais em série suspeita para o pagamento de serviço de transporte; gastos de ricaço em viagens em fins de semana, com notas de refeições de sibarita, como a de R$ 686 paga pelo ex-ministro Martus Tavares no restaurante Massimo, qualificado como um dos mais caros de São Paulo.
No reverso da medalha, com o contraste da diferença de educação, compostura, moralidade entre o governo da esbórnia de FHC e a severidade de convento dos dois mandatos do presidente Lula, o relator capricha em desmontar denúncias de miúdas irregularidades apuradas contra os atuais detentores do poder.
Para cadenciar as marteladas no cravo e na ferradura, o relator ignorou o badalado dossiê sobre gastos do ex-presidente. Bastou-lhe a sova nos ex-ministros do governo tucano.
E na mesma toada do coração doce como o favo de mel, passou como gato sobre brasa sobre "simples erros ou enganos" nos gastos com o cartão corporativo da distraída ex-ministra Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial, pilhada pagando uma insignificante despesa de R$ 416 num free shop. Ou o pitoresco descuido do ministro Orlando Silva, do Esporte, que pagou com o cartão R$ 8,30 por uma tapioca.
Claro que a oposição não pode engolir em seco o relatório do fecundo deputado Luiz Sérgio. Anuncia que reagirá com as armas da minoria: o voto em separado tentará desmontar a arapuca do relator. E o pedido de indiciamento da ministra-candidata Dilma Rousseff e de todos os envolvidos com o dossiê.
Novos escândalos e denúncias rolam a pedra do esquecimento morro abaixo. A ministra-candidata Dilma Rousseff ocupa-se com a denúncia do dia da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) do seu envolvimento na negociação da Varig e da VarigLog, suspeita de fraude e tráfico de influência.
Até quando o governo e o Congresso suportarão a enxurrada de escândalos que parece não ter fim?
Fonte: JB Online
O ilustre desconhecido deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) decidiu arrombar a porta da notoriedade na sua estréia como parlamentar. Brindado pela criteriosa escolha dos líderes da bancada governista, para relator da CPI dos Cartões, o representante da população do Estado do Rio de Janeiro, cumpriu as ordens recebidas não apenas ao pé da letra, mas com os adornos da sua ansiosa vontade de agradar ao governo, paparicar os líderes das legendas que aprovaram a sua escolha.
Marcou o seu gol com a bola murcha. E a peça abrilhantará os anais da Câmara como alentado documento deste negro transe de decadência moral do Legislativo. Um apressado não teria gastado mais do uma lauda para dar o seu recado e cobrar a gratidão. Não o relator descoberto pelo faro de quem o pinçou nas águas turvas do anonimato. O deputado Luiz Sérgio logrou a proeza de encher 936 páginas do calhamaço, sendo 666 para esmiuçar com a lupa de grossas lentes os saques milionários com os cartões corporativos que caracterizam os crimes e delitos cometidos por cinco ex-ministros do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para o conhecimento da opinião pública e improváveis cautelas em futuras transações com os denunciados, segue-se à lista dos que se locupletaram com o dinheiro público nos últimos meses do segundo mandato do antecessor do ilibado presidente Lula: Paulo Renato de Souza, da Educação; Pimenta da Veiga, das Comunicações; Francisco Welfort, da Cultura e Raul Jungmann, do Desenvolvimento Agrário.
Cuidadoso e detalhista, o relator catou no volumoso papelório da CPI, os muitos exemplos de roubalheira da quadrilha do governo do adversário. Desde notas fiscais em série suspeita para o pagamento de serviço de transporte; gastos de ricaço em viagens em fins de semana, com notas de refeições de sibarita, como a de R$ 686 paga pelo ex-ministro Martus Tavares no restaurante Massimo, qualificado como um dos mais caros de São Paulo.
No reverso da medalha, com o contraste da diferença de educação, compostura, moralidade entre o governo da esbórnia de FHC e a severidade de convento dos dois mandatos do presidente Lula, o relator capricha em desmontar denúncias de miúdas irregularidades apuradas contra os atuais detentores do poder.
Para cadenciar as marteladas no cravo e na ferradura, o relator ignorou o badalado dossiê sobre gastos do ex-presidente. Bastou-lhe a sova nos ex-ministros do governo tucano.
E na mesma toada do coração doce como o favo de mel, passou como gato sobre brasa sobre "simples erros ou enganos" nos gastos com o cartão corporativo da distraída ex-ministra Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial, pilhada pagando uma insignificante despesa de R$ 416 num free shop. Ou o pitoresco descuido do ministro Orlando Silva, do Esporte, que pagou com o cartão R$ 8,30 por uma tapioca.
Claro que a oposição não pode engolir em seco o relatório do fecundo deputado Luiz Sérgio. Anuncia que reagirá com as armas da minoria: o voto em separado tentará desmontar a arapuca do relator. E o pedido de indiciamento da ministra-candidata Dilma Rousseff e de todos os envolvidos com o dossiê.
Novos escândalos e denúncias rolam a pedra do esquecimento morro abaixo. A ministra-candidata Dilma Rousseff ocupa-se com a denúncia do dia da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) do seu envolvimento na negociação da Varig e da VarigLog, suspeita de fraude e tráfico de influência.
Até quando o governo e o Congresso suportarão a enxurrada de escândalos que parece não ter fim?
Fonte: JB Online
O lixo de dona Condoleezza
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Imagine qual seria o impacto, em Washington, caso o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, assinasse e divulgasse um documento oficial denunciando a exploração sexual de crianças no Harlen, em Nova York, o trabalho escravo de mexicanos nas plantações de algodão da Geórgia e, de quebra, a prática de torturas a prisioneiros árabes na base militar de Guantanamo, em Cuba.
No mínimo o embaixador americano em Brasília seria chamado para consultas, enquanto o embaixador brasileiro nos Estados Unidos receberia imediata reprimenda no Departamento de Estado. Para não falar na mobilização de toda a imprensa para monumental campanha contra o Brasil, a devastação da Amazônia, o massacre dos índios e a violência policial nas favelas. É possível que, senão de prontidão, a Quarta Frota da Marinha dos EUA, encarregada de patrulhar o Atlântico Sul, se aproximasse um pouco mais do nosso litoral.
Pois é. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, acaba de endossar e liberar um texto com o timbre do Departamento de Estado, sob o título "Relatório sobre o tráfico de pessoas", onde se lê que o rápido crescimento de países como o Brasil, Índia e China vem sendo conseguido à custa da exploração do trabalho escravo. No caso brasileiro, acrescenta o documento, os trabalhadores escravos são utilizados em usinas de produção de etanol.
Outras bobagens fazem parte desse lixo divulgado quarta-feira na capital americana, mas o que chama a atenção, ao menos por enquanto, é a inércia do governo brasileiro, começando pelo Itamaraty e chegando ao Palácio do Planalto. Afinal, dona Condoleezza é ministra das Relações Exteriores. Não tem o direito de afirmar que o desenvolvimento brasileiro é fruto de trabalho escravo.
Muito menos de aproveitar para mais um ato de sabotagem contra o etanol tirado da cana-de-açúcar, já que o deles, saído do milho custa muito mais caro. Felizmente o governo George W. Bush vai chegando ao fim, mas tudo pode acontecer até novembro. É bom tomar cuidado.
Mesmo assim...
Na última semana de maio o governo liberou 98 milhões de reais para emendas ao orçamento propostas por deputados. Naquele mês, foram 236 milhões, e este ano, 500 milhões. Não se cometerá a injustiça de supor que toda essa riqueza vá para o bolso de Suas Excelências, ainda que algum percentual sempre possa seguir nesse rumo. As emendas, de modo geral, servem para a construção de escolas, a ampliação de hospitais, o asfaltamento de estradas e a implantação de pontes, nos municípios de influência política de seus autores.
Aqui e ali alguma ONG fajuta se vê beneficiada, mas a maioria das liberações de verbas contribui para a melhoria de diversas regiões. É claro que os deputados lucram politicamente, ganham votos para as próximas eleições, conseqüência do sistema democrático que vivemos.
O que faz aumentar a curiosidade geral, porém, é saber o porquê dessa súbita caridade praticada pelo governo com dinheiro público. E a resposta surge clara: para garantir o voto favorável dos deputados ao projeto que cria o novo imposto sobre o cheque. Mais uma rodada da Oração de São Francisco, aquela do "é dando que se recebe". Toda vez que assinar um cheque ou realizar uma operação financeira estará sendo descontado o cidadão que atravessar a ponte recém-inaugurada, transitar pela rodovia asfaltada, recorrer ao hospital remodelado ou mandar os filhos para a nova escola.
Salta aos olhos, porém, o governo flagrado em delito de opinião. Ou o presidente Lula não declarou, mais de uma vez, que não tinha nada a ver com o novo imposto, que a questão era dos líderes e do Congresso, e que sua administração não se intrometeria? Por que, então, essa nova cascata de emendas autorizadas?
Ajuda atrasada
Uma azeitona na empada da mais nova denúncia de escândalo no governo, agora envolvendo suposta ajuda da chefe da Casa Civil na operação de venda da Varig-Log a um grupo americano: por que demoraram tanto? Se era para salvar a empresa, um dos símbolos do progresso brasileiro até os anos noventa, deveriam ter agido antes. Cruzaram os braços vendo a Varig em frangalhos, sob a alegação de tratar-se de uma companhia privada mal administrada, e só depois tentaram ressuscitar o seu cadáver?
Se era para não deixar morrer a empresa, levando ao desemprego milhares de funcionários, assim como entregando a sorte dos passageiros a duas alternativas sofríveis, que pelo menos se antecipassem.
Cabe à ministra Dilma Rousseff defender-se, aliás, como já vem fazendo, mas uma evidência sobrepõe-se às demais: a lei não permite a entrega do controle de empresas aeronáuticas nacionais a estrangeiros...
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Imagine qual seria o impacto, em Washington, caso o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, assinasse e divulgasse um documento oficial denunciando a exploração sexual de crianças no Harlen, em Nova York, o trabalho escravo de mexicanos nas plantações de algodão da Geórgia e, de quebra, a prática de torturas a prisioneiros árabes na base militar de Guantanamo, em Cuba.
No mínimo o embaixador americano em Brasília seria chamado para consultas, enquanto o embaixador brasileiro nos Estados Unidos receberia imediata reprimenda no Departamento de Estado. Para não falar na mobilização de toda a imprensa para monumental campanha contra o Brasil, a devastação da Amazônia, o massacre dos índios e a violência policial nas favelas. É possível que, senão de prontidão, a Quarta Frota da Marinha dos EUA, encarregada de patrulhar o Atlântico Sul, se aproximasse um pouco mais do nosso litoral.
Pois é. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, acaba de endossar e liberar um texto com o timbre do Departamento de Estado, sob o título "Relatório sobre o tráfico de pessoas", onde se lê que o rápido crescimento de países como o Brasil, Índia e China vem sendo conseguido à custa da exploração do trabalho escravo. No caso brasileiro, acrescenta o documento, os trabalhadores escravos são utilizados em usinas de produção de etanol.
Outras bobagens fazem parte desse lixo divulgado quarta-feira na capital americana, mas o que chama a atenção, ao menos por enquanto, é a inércia do governo brasileiro, começando pelo Itamaraty e chegando ao Palácio do Planalto. Afinal, dona Condoleezza é ministra das Relações Exteriores. Não tem o direito de afirmar que o desenvolvimento brasileiro é fruto de trabalho escravo.
Muito menos de aproveitar para mais um ato de sabotagem contra o etanol tirado da cana-de-açúcar, já que o deles, saído do milho custa muito mais caro. Felizmente o governo George W. Bush vai chegando ao fim, mas tudo pode acontecer até novembro. É bom tomar cuidado.
Mesmo assim...
Na última semana de maio o governo liberou 98 milhões de reais para emendas ao orçamento propostas por deputados. Naquele mês, foram 236 milhões, e este ano, 500 milhões. Não se cometerá a injustiça de supor que toda essa riqueza vá para o bolso de Suas Excelências, ainda que algum percentual sempre possa seguir nesse rumo. As emendas, de modo geral, servem para a construção de escolas, a ampliação de hospitais, o asfaltamento de estradas e a implantação de pontes, nos municípios de influência política de seus autores.
Aqui e ali alguma ONG fajuta se vê beneficiada, mas a maioria das liberações de verbas contribui para a melhoria de diversas regiões. É claro que os deputados lucram politicamente, ganham votos para as próximas eleições, conseqüência do sistema democrático que vivemos.
O que faz aumentar a curiosidade geral, porém, é saber o porquê dessa súbita caridade praticada pelo governo com dinheiro público. E a resposta surge clara: para garantir o voto favorável dos deputados ao projeto que cria o novo imposto sobre o cheque. Mais uma rodada da Oração de São Francisco, aquela do "é dando que se recebe". Toda vez que assinar um cheque ou realizar uma operação financeira estará sendo descontado o cidadão que atravessar a ponte recém-inaugurada, transitar pela rodovia asfaltada, recorrer ao hospital remodelado ou mandar os filhos para a nova escola.
Salta aos olhos, porém, o governo flagrado em delito de opinião. Ou o presidente Lula não declarou, mais de uma vez, que não tinha nada a ver com o novo imposto, que a questão era dos líderes e do Congresso, e que sua administração não se intrometeria? Por que, então, essa nova cascata de emendas autorizadas?
Ajuda atrasada
Uma azeitona na empada da mais nova denúncia de escândalo no governo, agora envolvendo suposta ajuda da chefe da Casa Civil na operação de venda da Varig-Log a um grupo americano: por que demoraram tanto? Se era para salvar a empresa, um dos símbolos do progresso brasileiro até os anos noventa, deveriam ter agido antes. Cruzaram os braços vendo a Varig em frangalhos, sob a alegação de tratar-se de uma companhia privada mal administrada, e só depois tentaram ressuscitar o seu cadáver?
Se era para não deixar morrer a empresa, levando ao desemprego milhares de funcionários, assim como entregando a sorte dos passageiros a duas alternativas sofríveis, que pelo menos se antecipassem.
Cabe à ministra Dilma Rousseff defender-se, aliás, como já vem fazendo, mas uma evidência sobrepõe-se às demais: a lei não permite a entrega do controle de empresas aeronáuticas nacionais a estrangeiros...
Fonte: Tribuna da Imprensa
Oposição pede ação contra quatro ministros
BRASÍLIA - Cinco horas depois de encerrada a CPI Mista dos Cartões Corporativos, três partidos de oposição - PSDB, DEM e PPS - protocolaram ontem ação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito policial contra quatro ministros e funcionários do Palácio do Planalto, supostamente envolvidos com a montagem de dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Estamos pedindo o indiciamento dessas pessoas e explicando ao Ministério Público como foi a participação de cada uma na confecção do dossiê", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Na representação, a oposição solicita a investigação e eventual indiciamento de quatro ministros: Dilma Rousseff (Casa Civil), Jorge Hage (Controladoria Geral da União), Tarso Genro (Justiça), e Paulo Bernardo (Planejamento). Os oposicionistas também pedem a investigação de cinco funcionários do Palácio do Planalto e da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), que deixou o governo após a divulgação de que ela fez gastos irregulares com cartão corporativo.
A oposição quer a apuração da participação na montagem do dossiê de quatro funcionários da Casa Civil: a secretária-executiva, Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma; o secretário de Administração, Norberto Temóteo Queiroz; a diretora de Recursos Logísticos, Maria de la Soledad Bajo Castillo; e o assessor da diretoria de Orçamento e Finanças, Gilton Saback Maltez.
Na semana passada, a oposição apresentou seu sub-relatório onde não pedia o indiciamento de ninguém e responsabilizava apenas o ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República José Aparecido Nunes Pires pela confecção e vazamento do conteúdo do dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ontem, porém, na representação protocolada na Procuradoria, a oposição defendeu investigações mais detalhadas sobre o ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil. Foi José Aparecido, único indiciado pela Polícia Federal (PF) até agora, que enviou o dossiê contra FHC para André Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Na ação, a oposição avaliou que o ministro Jorge Hage "demonstrou ter conhecimento do conteúdo do dossiê" contra FHC quando, em depoimento à CPI Mista dos Cartões Corporativos, em 19 de março, referiu-se a despesas do governo passado. Para a oposição, o ministro Tarso Genro "prevaricou" quando não determinou à Polícia Federal a instalação imediata de inquérito para apurar a confecção do dossiê contra FHC.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Na representação, a oposição solicita a investigação e eventual indiciamento de quatro ministros: Dilma Rousseff (Casa Civil), Jorge Hage (Controladoria Geral da União), Tarso Genro (Justiça), e Paulo Bernardo (Planejamento). Os oposicionistas também pedem a investigação de cinco funcionários do Palácio do Planalto e da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), que deixou o governo após a divulgação de que ela fez gastos irregulares com cartão corporativo.
A oposição quer a apuração da participação na montagem do dossiê de quatro funcionários da Casa Civil: a secretária-executiva, Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma; o secretário de Administração, Norberto Temóteo Queiroz; a diretora de Recursos Logísticos, Maria de la Soledad Bajo Castillo; e o assessor da diretoria de Orçamento e Finanças, Gilton Saback Maltez.
Na semana passada, a oposição apresentou seu sub-relatório onde não pedia o indiciamento de ninguém e responsabilizava apenas o ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República José Aparecido Nunes Pires pela confecção e vazamento do conteúdo do dossiê sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ontem, porém, na representação protocolada na Procuradoria, a oposição defendeu investigações mais detalhadas sobre o ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil. Foi José Aparecido, único indiciado pela Polícia Federal (PF) até agora, que enviou o dossiê contra FHC para André Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Na ação, a oposição avaliou que o ministro Jorge Hage "demonstrou ter conhecimento do conteúdo do dossiê" contra FHC quando, em depoimento à CPI Mista dos Cartões Corporativos, em 19 de março, referiu-se a despesas do governo passado. Para a oposição, o ministro Tarso Genro "prevaricou" quando não determinou à Polícia Federal a instalação imediata de inquérito para apurar a confecção do dossiê contra FHC.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Deputado José Pimentel é novo ministro da Previdência
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto confirmou ontem que o deputado José Pimentel (PT-CE) deve assumir na próxima semana o Ministério da Previdência. Ele substitui Luiz Marinho, que pediu exoneração do cargo para disputar a prefeitura de São Bernardo.
De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, Lula conversou com Luiz Pimentel no início da tarde de ontem e impôs uma condição para que o deputado possa assumir o Ministério da Previdência: que fique no cargo até o final do mandato, o que significa que ele não deverá sair do governo para disputar as próximas eleições proporcionais.
Ainda não há definição, no entanto, para o substituto de Marta Suplicy no Ministério do Turismo. Ela deixou o cargo na terça-feira para disputar a prefeitura de São Paulo. O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Luiz Eduardo Barreto, vem respondendo pelo Ministério interinamente. De acordo com o Palácio do Planalto, ainda não há uma definição sobre o titular para o cargo. Também neste caso, a orientação do presidente Lula é de que o novo ministro terá que permanecer no cargo até o final do mandato.
Fonte: Tribuna da Imprensa
De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, Lula conversou com Luiz Pimentel no início da tarde de ontem e impôs uma condição para que o deputado possa assumir o Ministério da Previdência: que fique no cargo até o final do mandato, o que significa que ele não deverá sair do governo para disputar as próximas eleições proporcionais.
Ainda não há definição, no entanto, para o substituto de Marta Suplicy no Ministério do Turismo. Ela deixou o cargo na terça-feira para disputar a prefeitura de São Paulo. O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Luiz Eduardo Barreto, vem respondendo pelo Ministério interinamente. De acordo com o Palácio do Planalto, ainda não há uma definição sobre o titular para o cargo. Também neste caso, a orientação do presidente Lula é de que o novo ministro terá que permanecer no cargo até o final do mandato.
Fonte: Tribuna da Imprensa
STF abre ação penal contra Russomanno
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem uma ação penal contra o deputado Celso Russomanno (PP-SP), denunciado pelo Ministério Público por falsidade ideológica e crime eleitoral. Já havia no STF um inquérito contra o deputado. Durante a investigação, o MP encontrou provas suficientes para oferecer denúncia contra o parlamentar e pedir que ele se tornasse réu de uma ação penal.
Por unanimidade, os ministros aceitaram a denúncia. A irregularidade data de 1999, quando o deputado teria apresentado à Justiça Eleitoral declaração falsa de pedido de transferência do domicílio eleitoral. Celso Russomanno queria disputar a eleição para a prefeitura de Santo André (SP) e para cumprir as exigências eleitorais, como provar que morava na cidade, alugou um apartamento.
O problema é que o deputado não chegou a ocupar o imóvel. A Justiça Eleitoral comprovou a fraude ao analisar as contas de energia do apartamento. Por dois meses, não houve qualquer consumo de energia no imóvel, o que comprovaria que Celso Russomanno não morava na cidade. A pena, de acordo com os ministros, pode chegar a 5 anos de prisão e multa.
Fonte: TRibuna da Imprensa
Por unanimidade, os ministros aceitaram a denúncia. A irregularidade data de 1999, quando o deputado teria apresentado à Justiça Eleitoral declaração falsa de pedido de transferência do domicílio eleitoral. Celso Russomanno queria disputar a eleição para a prefeitura de Santo André (SP) e para cumprir as exigências eleitorais, como provar que morava na cidade, alugou um apartamento.
O problema é que o deputado não chegou a ocupar o imóvel. A Justiça Eleitoral comprovou a fraude ao analisar as contas de energia do apartamento. Por dois meses, não houve qualquer consumo de energia no imóvel, o que comprovaria que Celso Russomanno não morava na cidade. A pena, de acordo com os ministros, pode chegar a 5 anos de prisão e multa.
Fonte: TRibuna da Imprensa
Ministros com rédeas curtas
Lula, preocupado em evitar rachas na base, quer controlar ação de assessores nas eleições
BRASÍLIA - O comportamento dos ministros nas próximas eleições, com objetivo de evitar ações na Justiça por conta de violações às leis eleitorais e impedir novos rachas na base aliada, por causa das disputas locais, será um dos principais temas da segunda reunião ministerial do ano, na manhã de segunda-feira, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Lula já avisou que não subirá no palanque de candidatos, no primeiro turno das eleições, em cidades nas quais a base aliada estiver dividida, já que o presidente quer se manter o mais afastado possível das disputais municipais, para que elas não afetem as relações federais.
Com a popularidade em alta, no entanto, o presidente tem recebido insistentes pedidos para rever sua posição. "O presidente Lula quer combinar com os ministros a forma de atuar nas eleições, já que a base aliada tem 14 partidos", afirmou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
Questionado se o Planalto está preocupado em evitar rachas na base, Múcio disse que é preciso ter cautela "para não atrapalhar parceiros" que ajudam a governar o País. Ao ser lembrado de que este é o primeiro teste para a sucessão presidencial de 2010, o ministro desconversou: "o problema não está em 2010. O problema está em outubro de 2008".
Além de mandar recado para os ministros para sejam acertadas as regras de comportamento durante as eleições a fim de que se evitem atitudes que representem violação às leis eleitorais, Lula vai pedir moderação nos discursos na defesa dos seus respectivos candidatos, quando os ministros subirem nos palanques dos seus correligionários.
O presidente quer evitar que nas cidades onde a base aliada tiver mais de um candidato, que a disputa local se transforme em nacional, atingindo o governo federal, levando problemas para o Planalto ou o Congresso. Lula pretende, ainda, discutir com os ministros, medidas que poderão ser adotadas pelo governo para aumentar a produção de alimentos, com objetivo de aumentar a oferta e, com isso, ajudar na redução da inflação.
Nesta reunião pelo menos três novos ministros estarão estreando em suas áreas: Carlos Minc, no Meio Ambiente, que substituiu Marina Silva, e os sucessores de Marta Suplicy, no Turismo, e Luiz Marinho, no Trabalho. Marta e Marinho são os únicos ministros que estão deixando suas pastas para concorrerem às eleições municipais em São Paulo e São Bernardo, respectivamente.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O comportamento dos ministros nas próximas eleições, com objetivo de evitar ações na Justiça por conta de violações às leis eleitorais e impedir novos rachas na base aliada, por causa das disputas locais, será um dos principais temas da segunda reunião ministerial do ano, na manhã de segunda-feira, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Lula já avisou que não subirá no palanque de candidatos, no primeiro turno das eleições, em cidades nas quais a base aliada estiver dividida, já que o presidente quer se manter o mais afastado possível das disputais municipais, para que elas não afetem as relações federais.
Com a popularidade em alta, no entanto, o presidente tem recebido insistentes pedidos para rever sua posição. "O presidente Lula quer combinar com os ministros a forma de atuar nas eleições, já que a base aliada tem 14 partidos", afirmou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
Questionado se o Planalto está preocupado em evitar rachas na base, Múcio disse que é preciso ter cautela "para não atrapalhar parceiros" que ajudam a governar o País. Ao ser lembrado de que este é o primeiro teste para a sucessão presidencial de 2010, o ministro desconversou: "o problema não está em 2010. O problema está em outubro de 2008".
Além de mandar recado para os ministros para sejam acertadas as regras de comportamento durante as eleições a fim de que se evitem atitudes que representem violação às leis eleitorais, Lula vai pedir moderação nos discursos na defesa dos seus respectivos candidatos, quando os ministros subirem nos palanques dos seus correligionários.
O presidente quer evitar que nas cidades onde a base aliada tiver mais de um candidato, que a disputa local se transforme em nacional, atingindo o governo federal, levando problemas para o Planalto ou o Congresso. Lula pretende, ainda, discutir com os ministros, medidas que poderão ser adotadas pelo governo para aumentar a produção de alimentos, com objetivo de aumentar a oferta e, com isso, ajudar na redução da inflação.
Nesta reunião pelo menos três novos ministros estarão estreando em suas áreas: Carlos Minc, no Meio Ambiente, que substituiu Marina Silva, e os sucessores de Marta Suplicy, no Turismo, e Luiz Marinho, no Trabalho. Marta e Marinho são os únicos ministros que estão deixando suas pastas para concorrerem às eleições municipais em São Paulo e São Bernardo, respectivamente.
Fonte: Tribuna da Imprensa
País ganha três novas reservas
Pressões das Minas e Energia e desentendimentos com a Bahia impedem o anúncio de cinco previstas
BRASÍLIA - A pressão do Ministério de Minas e Energia e o desentendimento legal com o governo da Bahia levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criar apenas três novas unidades de conservação no País - duas no Amazonas e uma no Pará -, e não as cinco que deveriam ser anunciadas no Dia do Meio Ambiente.
A área que integraria a Reserva Extrativista Renascer, na margem esquerda do Baixo Amazonas, no Pará, é rica em bauxita, a matéria-prima do alumínio. O Ministério de Minas e Energia argumentou que antes de transformá-la em unidade de conservação, o governo federal deve observar questões legais que, no futuro, possam permitir a extração do minério. A área de Cuçurubá, no sul da Bahia, também não foi transformada em reserva porque não houve consenso se sua administração deve ser da União ou do Estado da Bahia.
As outras três reservas somam cerca de 2,6 milhões de hectares de zonas ambientais protegidas. São elas a Reserva Extrativista do Médio Xingu, no Pará, com 303,8 mil hectares; a de Ituxi, no Amazonas, com 776,9 mil hectares, e o Parque Nacional de Mapinguari, também no Amazonas, com 1,6 milhão de hectares, de forma a fazer um "paredão verde" nas proximidades de Lábrea, para impedir o avanço do desmate.
Na mesma cerimônia, o presidente Lula anunciou o envio ao Congresso de projeto de lei sobre mudanças climáticas. Ele afirmou ainda que apóia a criação de uma Guarda Nacional Ambiental, que deverá cuidar das florestas, e pediu "compreensão" ao Congresso para que aprove o projeto. A proposta terá de criar novos cargos no governo federal, com previsão de fonte de recursos para a manutenção da guarda. Ela deverá se inspirar na Força Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça, já em atividade.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - A pressão do Ministério de Minas e Energia e o desentendimento legal com o governo da Bahia levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criar apenas três novas unidades de conservação no País - duas no Amazonas e uma no Pará -, e não as cinco que deveriam ser anunciadas no Dia do Meio Ambiente.
A área que integraria a Reserva Extrativista Renascer, na margem esquerda do Baixo Amazonas, no Pará, é rica em bauxita, a matéria-prima do alumínio. O Ministério de Minas e Energia argumentou que antes de transformá-la em unidade de conservação, o governo federal deve observar questões legais que, no futuro, possam permitir a extração do minério. A área de Cuçurubá, no sul da Bahia, também não foi transformada em reserva porque não houve consenso se sua administração deve ser da União ou do Estado da Bahia.
As outras três reservas somam cerca de 2,6 milhões de hectares de zonas ambientais protegidas. São elas a Reserva Extrativista do Médio Xingu, no Pará, com 303,8 mil hectares; a de Ituxi, no Amazonas, com 776,9 mil hectares, e o Parque Nacional de Mapinguari, também no Amazonas, com 1,6 milhão de hectares, de forma a fazer um "paredão verde" nas proximidades de Lábrea, para impedir o avanço do desmate.
Na mesma cerimônia, o presidente Lula anunciou o envio ao Congresso de projeto de lei sobre mudanças climáticas. Ele afirmou ainda que apóia a criação de uma Guarda Nacional Ambiental, que deverá cuidar das florestas, e pediu "compreensão" ao Congresso para que aprove o projeto. A proposta terá de criar novos cargos no governo federal, com previsão de fonte de recursos para a manutenção da guarda. Ela deverá se inspirar na Força Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça, já em atividade.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Estudo prevê que favelas devem acabar até o ano de 2030
O Brasil poderá, em 22 anos, acabar com as favelas e o déficit habitacional de 7,9 milhões de moradias caso mantenha os índices atuais de investimentos no setor. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela consultoria Ernest & Young projeta investimentos de R$ 446,7 bilhões na área até 2030.
Para zerar o déficit, composto por moradias inadequadas e coabitação (mais de uma família na mesma casa) e atender a demanda que surgirá com o aumento da população, o estudo projeta a construção de 37 milhões de novas residências. O crédito para financiamentos chegará a R$ 290,4 bilhões no período.
"O déficit por inadequação de moradia seria extinto e restariam algumas coabitações, mas por opção", diz Ana Maria Castelo, consultora da FGV. Segundo ela, as projeções do estudo levam em conta o crescimento anual de mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), a queda dos juros para financiamentos e o crescimento populacional, entre outras variáveis. A maior parte das moradias será destinada a famílias com renda mensal de R$ 2 mil a R$ 4 mil.
Ana Maria ressalta que a renda dos trabalhadores também deve aumentar nos próximos anos, por isso haverá menor necessidade de habitações para faixas salariais de até R$ 1 mil. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e diversas outras entidades ligadas à questão habitacional não confiam nessas projeções. Acreditam que apenas com subsídios governamentais será possível reduzir o déficit de moradias.No dia 18, o grupo apresentará ao Congresso Nacional proposta de emenda constitucional para garantir recursos ao financiamento de casas populares, para famílias com renda entre um e quatro salários mínimos (R$ 415 a R$ 1.660). "Mais da metade do déficit habitacional está nessa faixa e o boom de construções verificado atualmente não engloba essas famílias", diz Miguel Sastre, membro do Núcleo de Habitação Popular do Sinduscon.
O grupo, formado por movimentos pró moradia, associações de empresas do setor e centrais sindicais, entre outros, propõe que sejam destinados ao subsídio da compra da casa própria 2% de toda a arrecadação da União e 1% das arrecadações do Estados e municípios. As famílias beneficiadas também entrariam com uma parte do financiamento.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Para zerar o déficit, composto por moradias inadequadas e coabitação (mais de uma família na mesma casa) e atender a demanda que surgirá com o aumento da população, o estudo projeta a construção de 37 milhões de novas residências. O crédito para financiamentos chegará a R$ 290,4 bilhões no período.
"O déficit por inadequação de moradia seria extinto e restariam algumas coabitações, mas por opção", diz Ana Maria Castelo, consultora da FGV. Segundo ela, as projeções do estudo levam em conta o crescimento anual de mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), a queda dos juros para financiamentos e o crescimento populacional, entre outras variáveis. A maior parte das moradias será destinada a famílias com renda mensal de R$ 2 mil a R$ 4 mil.
Ana Maria ressalta que a renda dos trabalhadores também deve aumentar nos próximos anos, por isso haverá menor necessidade de habitações para faixas salariais de até R$ 1 mil. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e diversas outras entidades ligadas à questão habitacional não confiam nessas projeções. Acreditam que apenas com subsídios governamentais será possível reduzir o déficit de moradias.No dia 18, o grupo apresentará ao Congresso Nacional proposta de emenda constitucional para garantir recursos ao financiamento de casas populares, para famílias com renda entre um e quatro salários mínimos (R$ 415 a R$ 1.660). "Mais da metade do déficit habitacional está nessa faixa e o boom de construções verificado atualmente não engloba essas famílias", diz Miguel Sastre, membro do Núcleo de Habitação Popular do Sinduscon.
O grupo, formado por movimentos pró moradia, associações de empresas do setor e centrais sindicais, entre outros, propõe que sejam destinados ao subsídio da compra da casa própria 2% de toda a arrecadação da União e 1% das arrecadações do Estados e municípios. As famílias beneficiadas também entrariam com uma parte do financiamento.
Fonte: Tribuna da Imprensa
quinta-feira, junho 05, 2008
Camisinha natural evita contaminação por HIV
Creme de estrogênio aplicado no pênis preveniria o vírus da Aids
Cecilia Minner
Pesquisadores australianos estão desenvolvendo um processo para a produção de uma "camisinha natural", que poderá evitar que o vírus da Aids se espalhe. Por meio da aplicação do hormônio feminino estrogênio no pênis uma vez por mês, acreditam que o homem possa reduzir os riscos de contrair o vírus HIV.
O professor Roger Short, da Universidade de Melbourne, disse que o uso do creme de estrogênio pode quadruplicar a camada fina de queratina da pele e, através disso, fornecer uma camada de proteção natural.
– Você cria o que podemos chamar de camisinha natural, uma membrana biológica em que o vírus não pode passar – diz Short.
O professor Short afirmou, porém, que ainda não terminou os testes que comprovariam a defesa do vírus feita pelo creme. Mas adianta que o método, que não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis ou gravidez, pode ser uma forma barata e simples de se defender contra o HIV.
Já o especialista em litotripsia extracorpórea, Carlos Marcos Conceição, do Hospital Memorial, no Rio de Janeiro, levantou uma série de fatores que podem comprometer a eficácia da pomada. Ele ressalta que esta nova forma de proteção ainda não possui nenhuma credibilidade.
– Essa pomada pode realmente proteger contra o vírus HIV, uma vez que o estrogênio deixa a mucosa mais grossa, diminuindo, assim, o risco de feridas, o que dificulta a entrada do vírus. Mas e as outras doenças sexualmente transmissíveis, como a hepatite B, que mata mais rápido que a Aids?
Além da proteção não ser eficaz, uma vez ela só protege do vírus HIV, Carlos adverte para uma série de efeitos colaterais que o produto pode gerar para o homem:
– O uso do estrogênio, em grande quantidade e a longo prazo, pode causar feminilização do corpo: diminuição do pênis, aumento dos peitos, queda dos peles pubianos.
Até hoje, nada é mais seguro que a camisinha. Não se deve abrir mão dela em hipótese alguma.
Fonte: JB Online
Cecilia Minner
Pesquisadores australianos estão desenvolvendo um processo para a produção de uma "camisinha natural", que poderá evitar que o vírus da Aids se espalhe. Por meio da aplicação do hormônio feminino estrogênio no pênis uma vez por mês, acreditam que o homem possa reduzir os riscos de contrair o vírus HIV.
O professor Roger Short, da Universidade de Melbourne, disse que o uso do creme de estrogênio pode quadruplicar a camada fina de queratina da pele e, através disso, fornecer uma camada de proteção natural.
– Você cria o que podemos chamar de camisinha natural, uma membrana biológica em que o vírus não pode passar – diz Short.
O professor Short afirmou, porém, que ainda não terminou os testes que comprovariam a defesa do vírus feita pelo creme. Mas adianta que o método, que não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis ou gravidez, pode ser uma forma barata e simples de se defender contra o HIV.
Já o especialista em litotripsia extracorpórea, Carlos Marcos Conceição, do Hospital Memorial, no Rio de Janeiro, levantou uma série de fatores que podem comprometer a eficácia da pomada. Ele ressalta que esta nova forma de proteção ainda não possui nenhuma credibilidade.
– Essa pomada pode realmente proteger contra o vírus HIV, uma vez que o estrogênio deixa a mucosa mais grossa, diminuindo, assim, o risco de feridas, o que dificulta a entrada do vírus. Mas e as outras doenças sexualmente transmissíveis, como a hepatite B, que mata mais rápido que a Aids?
Além da proteção não ser eficaz, uma vez ela só protege do vírus HIV, Carlos adverte para uma série de efeitos colaterais que o produto pode gerar para o homem:
– O uso do estrogênio, em grande quantidade e a longo prazo, pode causar feminilização do corpo: diminuição do pênis, aumento dos peitos, queda dos peles pubianos.
Até hoje, nada é mais seguro que a camisinha. Não se deve abrir mão dela em hipótese alguma.
Fonte: JB Online
Exército prende sargento gay e vai processá-lo por deserção
Militares cercaram emissora de TV para fazer a operação na madrugada
Raphael Bruno
Brasília
O sargento do Exército Laci Marinho de Araújo foi preso, ontem, de madrugada após conceder entrevista ao vivo para o programa SuperPop, da Rede TV!, assumindo ser homossexual e manter uma relação amorosa há mais de dez anos com outro sargento do Exército, Fernando de Alcântara Figueiredo. O comando militar acusa Araújo de deserção e nega que agiu motivado por preconceito.
Os sargentos já haviam sido objeto de matéria de capa da revista Época e estavam juntos na noite de terça-feira no programa da apresentadora Luciana Gimenez. Na entrevista, falavam sobre a relação entre os dois quando, por volta das 23h30m, a Polícia do Exército cercou os arredores da emissora. A cena foi mostrada ao vivo pelo programa.
Araújo, visivelmente amendrontado, revelou temer pela sua segurança.
– Eu vim em rede nacional para resguardar minha vida, porque a televisão atinge mais pessoas do que a revista – disse o sargento ainda diante das câmeras. – Se eu for preso eu vou morrer, será queima de arquivo.
A apresentadora tentou se esquivar e disse que nada podia fazer, tendo em vista que os sargentos haviam comparecido ao programa por livre e espontânea vontade.
Negociações
Com o final do SuperPop, um longo período de negociações se iniciou até que por volta das 4h Araújo finalmente deixou o local, preso, sob a acusação de deserção. Fernando não foi detido, mas acompanhou o parceiro até o Hospital Geral do Exército. A presença de Figueiredo e a ida ao centro hospitalar ao invés de uma prisão comum do Exército haviam sido condições de Araújo para se entregar. Antes de seguir para o hospital, o sargento passou por exame de corpo e delito no Instituto-Médico Legal.
Segundo informações do Exército, um mandado de prisão em nome de Araújo havia sido emitido desde maio do ano passado. A prisão foi determinada pela Justiça Militar de Brasília. O sargento afirma que se afastou da corporação devido a problemas de saúde. O Exército contesta essa informação e garante que o sargento nunca apresentou laudos médicos que comprovassem condições físicas inadequadas para o serviço militar.
A prisão gerou polvorosa. A Ordem dos Advogados do Brasil enxergou excessos na ação do Exército e prometeu pedir a Defensoria Pública da União que assumisse a defesa de Araújo. Membros da Comissão de Direitos Humanos da entidade estiverem ontem a tarde no Hospital visitando o militar.
Transferência
O Exército pretende transferir Araújo para presídio em Brasília. A equipe médica do hospital deu parecer favorável à transferência, mas os representantes da OAB prometeram solicitar ao Conselho Federal de Medicina perícia independente. Araújo faz tratamento psiquiátrico com medicação controlada.
- Achamos que não é o caso de prisão porque ele está em tratamento. Está deprimido pela situação. Não tem condições de ser transferido - explicou o advogado Francisco Lúcio França.
O Exército confirmou que Figueiredo estava autorizado a acompanhar Araújo na viagem. A pena prevista para deserção é de seis meses a dois anos. Pelo Código Penal Militar, é considerada deserção toda ausência não-justificada do militar por mais de oito dias, sem licença, da unidade em que serve ou da localidade para a qual foi designado. A Rede TV! não quis comentar o caso.
Fonte: JB Online
Raphael Bruno
Brasília
O sargento do Exército Laci Marinho de Araújo foi preso, ontem, de madrugada após conceder entrevista ao vivo para o programa SuperPop, da Rede TV!, assumindo ser homossexual e manter uma relação amorosa há mais de dez anos com outro sargento do Exército, Fernando de Alcântara Figueiredo. O comando militar acusa Araújo de deserção e nega que agiu motivado por preconceito.
Os sargentos já haviam sido objeto de matéria de capa da revista Época e estavam juntos na noite de terça-feira no programa da apresentadora Luciana Gimenez. Na entrevista, falavam sobre a relação entre os dois quando, por volta das 23h30m, a Polícia do Exército cercou os arredores da emissora. A cena foi mostrada ao vivo pelo programa.
Araújo, visivelmente amendrontado, revelou temer pela sua segurança.
– Eu vim em rede nacional para resguardar minha vida, porque a televisão atinge mais pessoas do que a revista – disse o sargento ainda diante das câmeras. – Se eu for preso eu vou morrer, será queima de arquivo.
A apresentadora tentou se esquivar e disse que nada podia fazer, tendo em vista que os sargentos haviam comparecido ao programa por livre e espontânea vontade.
Negociações
Com o final do SuperPop, um longo período de negociações se iniciou até que por volta das 4h Araújo finalmente deixou o local, preso, sob a acusação de deserção. Fernando não foi detido, mas acompanhou o parceiro até o Hospital Geral do Exército. A presença de Figueiredo e a ida ao centro hospitalar ao invés de uma prisão comum do Exército haviam sido condições de Araújo para se entregar. Antes de seguir para o hospital, o sargento passou por exame de corpo e delito no Instituto-Médico Legal.
Segundo informações do Exército, um mandado de prisão em nome de Araújo havia sido emitido desde maio do ano passado. A prisão foi determinada pela Justiça Militar de Brasília. O sargento afirma que se afastou da corporação devido a problemas de saúde. O Exército contesta essa informação e garante que o sargento nunca apresentou laudos médicos que comprovassem condições físicas inadequadas para o serviço militar.
A prisão gerou polvorosa. A Ordem dos Advogados do Brasil enxergou excessos na ação do Exército e prometeu pedir a Defensoria Pública da União que assumisse a defesa de Araújo. Membros da Comissão de Direitos Humanos da entidade estiverem ontem a tarde no Hospital visitando o militar.
Transferência
O Exército pretende transferir Araújo para presídio em Brasília. A equipe médica do hospital deu parecer favorável à transferência, mas os representantes da OAB prometeram solicitar ao Conselho Federal de Medicina perícia independente. Araújo faz tratamento psiquiátrico com medicação controlada.
- Achamos que não é o caso de prisão porque ele está em tratamento. Está deprimido pela situação. Não tem condições de ser transferido - explicou o advogado Francisco Lúcio França.
O Exército confirmou que Figueiredo estava autorizado a acompanhar Araújo na viagem. A pena prevista para deserção é de seis meses a dois anos. Pelo Código Penal Militar, é considerada deserção toda ausência não-justificada do militar por mais de oito dias, sem licença, da unidade em que serve ou da localidade para a qual foi designado. A Rede TV! não quis comentar o caso.
Fonte: JB Online
Assinar:
Postagens (Atom)
Em destaque
Reincidência Eleitoral: Prefeito de Jeremoabo e Sobrinho Multados por Uso Indevido de Evento Público
. Esse episódio reflete uma reincidência preocupante no desrespeito à legislação eleitoral por parte da gestão municipal de Jeremoabo. A o...
Mais visitadas
-
, "Atenção fiscais de partidos e juridico estou recebendo um comunicado de alerta pedindo que faça uma matéria para averiguação de su...
-
Pedido de Impeachment de Deri do Paloma: Um Silêncio que Clama por Justiça Na Câmara de Vereadores de Jeremoabo, um processo vital que dev...
-
O comício do candidato a prefeito, sobrinho do atual gestor Deri do Paloma, mergulhou Jeremoabo em uma verdadeira desordem. A cidade, já...
-
. O prefeito Deri do Paloma tem criticado a inelegibilidade dos opositores, mas há suspeitas de fraude nas eleições de 2024 em Jeremoabo. A ...
-
Para ir direto no assunto inicie o vídeo e 1:13 minutos O "calvário" do prefeito Deri do Paloma começa a se desenrolar no Tribu...
-
O governo de Deri do Paloma em Jeremoabo tem se destacado por alegações infundadas e acusações direcionadas à ex-prefeita Anabel, especial...
-
A recente decisão judicial que suspendeu o concurso público em Juazeiro, no Sertão do São Francisco, traz à tona uma série de questões que...
-
Veja que petulância esse áudio de Tistinha. Tomando a liberdade de determinar o que a polícia tem que fazer. Isso é PARA INTIMIDAR nosso p...
-
O texto traz uma denúncia de hostilidade contra a Igreja Católica em Jeremoabo, destacando um episódio específico em que um indivíduo conhec...