Por: Internacional
Presidente cede à pressão de manifestantes e invalida Contrato do Primeiro Emprego, uma derrota política para o premier
PARIS - O primeiro-ministro da França, Dominique de Villepin, sofreu ontem um duro golpe político com a revogação, pelo presidente Jacques Chirac, do polêmico Contrato do Primeiro Emprego (CPE). Por semanas, o premier foi alvo das manifestações estudantis e sindicais que pediam, além do abandono do CPE, sua renúncia ao cargo. Apesar de ter sido uma forma de intervir para acabar com a crise, a ação de Chirac pode custar a Villepin a nomeação da governista União para um Movimento Popular (UMP) à corrida presidencial do ano que vem.
- O aspirante a presidenciável Villepin está quase morto, e o premier Villepin enfrenta grandes dificuldades - afirmou Christophe Barbier, especialista em política da revista francesa L'Express. - O homem Villepin, como o estamos vendo, parece bastante ferido, desgastado.
Em tom sombrio, num curto pronunciamento à televisão, o primeiro-ministro reconheceu que a lei que defendeu com veemência havia fracassado.
- Quis propor uma solução forte para o problema de desemprego e nem todos a entenderam. Eu lamento - afirmou Villepin, que esperava tomar partido da imagem de governante enérgico, habilitado para ser presidente, que mantinha-se firme mesmo nas crises. - As condições de calma e confiança não estão presentes, nem entre os jovens nem entre as empresas para permitir a aplicação do CPE.
À noite, Villepin foi à rede TF1, onde declarou estar ''enfrentando um teste extremamente difícil'':
- Antes uma situação de bloqueio, como a que existia, a primeira responsabilidade é encontrar meios de sair dela. Foi exatamente isso que fizemos hoje.
Villepin declarou-se disposto a continuar ''lutando'', trabalhando para ''apresentar respostas'' e ''talvez sair com mais experiência''. E prometeu medidas contra o desemprego dos jovens, especialmente os não qualificados.
O final da crise foi recebido pela oposição como uma importante vitória. No entanto, líderes sindicais convocaram novos protestos. Um deles será em Paris - uma marcha marcada para hoje. A intenção é ''manter a pressão'' sobre o governo, enquanto as mudanças na lei são votadas e implementadas.
- Não vamos parar por aqui - assegurou Chahla Youssef, porta-voz de uma das principais organizações estudantis.
Segundo Youssef, as concessões do governo foram ''uma pequena vitória'', mas a lei trabalhista deveria ser revogada ''por inteiro'' e não apenas o polêmico CPE - cuja maior crítica dos movimentos era criar instabilidade no mercado, para os menores de 26 anos.
- Nós fomos capazes de fazer o governo voltar atrás neste ponto e conseguiremos fazer com que revoguem a lei por inteiro se mantivermos a pressão - ressaltou.
De acordo com um comunicado oficial do Gabinete de Chirac, ''o presidente da República decidiu substituir o artigo 8 da lei sobre igualdades de condições por medidas que ajudem os jovens menos favorecidos a encontrar empregos''.
Entre as novas medidas está o aumento do incentivo financeiro para empresas que contratem pessoas com menos de 26 anos, afirmou o ministro francês do Emprego, Jean-Luis Borloo, ao jornal Le Monde.
Isso beneficiaria cerca de 159 mil jovens efetivados atualmente por meio de contratos subsidiados pelo governo, e o custo da medida giraria em torno de 150 milhões de euros (US$ 180 milhões) na segunda metade deste ano, disse Borloo.
Essas medidas podem ser apresentadas ao Parlamento nesta semana, afirmou um deputado da UMP.
A taxa de desemprego entre jovens da França é de cerca de 22%. A falta de emprego é a maior questão política com que se depara o país e uma das razões para as semanas de distúrbios ocorridos também em bairros pobres de cidades francesas, no ano passado.
Entre os pontos da legislação trabalhista para os quais os opositores exigem mudanças está uma lei que permite que adolescentes ingressem aos 14 anos em programas de aprendiz, em vez de aos 16.
Fonte: JB Online
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terça-feira, abril 11, 2006
O presidente é refém da mentira
Por: AUGUSTO NUNES
Por ter mentido, Richard Nixon foi forçado a deixar a Casa Branca, em 1974, antes que chegasse à metade do segundo inquilinato. As investigações em torno do Caso Watergate comprovaram que o presidente americano sabia, desde o prólogo da crise, de todas patifarias praticadas pelo bando de assessores a serviço do secretário da Justiça, John Mitchell. Nixon tentou redimir-se com a entrega das cabeças coroadas. Não funcionou. Teve de renunciar.
Por ter mentido, o presidente Bill Clinton quase abandonou a Casa Branca pela trilha Richard Nixon. Para o eleitorado americano, nenhum detalhe da aventura extraconjugal com Monica Lewinski foi tão chocante quanto saber que o presidente espancara a verdade para camuflar a perigosa intimidade. O romance, constatou Millôr Fernandes, transformaria por longos meses o homem mais poderoso do planeta no maior onanista do mundo: além da hostilidade de Hillary em casa, fora dali havia a vigilância generalizada. Mas foi a mentira que quase amputou o segundo mandato.
Para alívio dos americanos e do presidente que o Brasil elegeu, Luiz Inácio Lula da Silva não mora na Casa Branca, mas no Palácio da Alvorada. O eleitorado dos EUA não corre o risco de conviver com mais um desafeto da verdade. E o chefe de governo está longe dos rígidos cânones do puritanismo.
Como Nixon, Lula tem oferecido sem soluços pescoços da companheirada. Já rolaram cabeças que perseguiram o poder centímetros ao lado do guia: os ministros José Dirceu (''meu querido Zé'') e Antonio Palocci (''um grande irmão''), o ex-presidente do PT José Genoino (''pena que São Paulo não tenha escolhido o melhor candidato de todos os tempos'') ou Delúbio Soares (''poucos entendem tanto de dinheiro quanto ele''). Se for o preço para seguir no poder, presidirá sem choro outros sepultamentos.
Com uma exceção: o ''Japonês'', apelido usado por Lula para referir-se carinhosamente a Paulo Okamotto. Não pode sequer ter quebrado o sigilo bancário esse amigo que jura ter quitado espontaneamente, e com dinheiro do próprio bolso, a dívida do chefe.
A versão fez do presidente um refém da mentira.
Como nos velhos tempos
A sorte do governo Lula é lidar com uma oposição parlamentar bem mais tolerante que a bancada do PT em ação na Assembléia Legislativa de São Paulo. Nos últimos três anos, a turma subscreveu ou chancelou 67 pedidos de CPI. Como a bancada federal nos tempos de José Sarney, Fernando Collor ou FH.
Algumas dessas CPIs deveriam estar em funcionamento há muito tempo. É preciso investigar com urgência, por exemplo, tanto denúncias recentes - como as que tratam da esperta utilização de verbas publicitárias da Nossa Caixa - quanto outras mais idosas, quase sempre envolvendo licitações suspeitas. Mas seria mais fácil montá-las se fosse cancelados os pedidos rigorosamente cretinos.
As 67 CPIs ainda na gaveta incluem quatro destinadas a investigar o que é vagamente definido como ''danos ambientais''. Há a que quer devassar a ''exploração sexual''. Ou a que mira nos institutos de pesquisa de opinião, ''a começar pelo Ibope''.
O agora candidato à Presidência Geraldo Alckmin governou 1.500 dias sem uma única CPI a prejudicar-lhe o sono. A informação parece menos intrigante quando se esclarece que o PT paulista enxerga um escândalo por dia, e os deputados, a cada semana, pedem a abertura de uma comissão.
Como a bancada federal nos tempos em que brincava com estilingues
Fonte: JB Online
Por ter mentido, Richard Nixon foi forçado a deixar a Casa Branca, em 1974, antes que chegasse à metade do segundo inquilinato. As investigações em torno do Caso Watergate comprovaram que o presidente americano sabia, desde o prólogo da crise, de todas patifarias praticadas pelo bando de assessores a serviço do secretário da Justiça, John Mitchell. Nixon tentou redimir-se com a entrega das cabeças coroadas. Não funcionou. Teve de renunciar.
Por ter mentido, o presidente Bill Clinton quase abandonou a Casa Branca pela trilha Richard Nixon. Para o eleitorado americano, nenhum detalhe da aventura extraconjugal com Monica Lewinski foi tão chocante quanto saber que o presidente espancara a verdade para camuflar a perigosa intimidade. O romance, constatou Millôr Fernandes, transformaria por longos meses o homem mais poderoso do planeta no maior onanista do mundo: além da hostilidade de Hillary em casa, fora dali havia a vigilância generalizada. Mas foi a mentira que quase amputou o segundo mandato.
Para alívio dos americanos e do presidente que o Brasil elegeu, Luiz Inácio Lula da Silva não mora na Casa Branca, mas no Palácio da Alvorada. O eleitorado dos EUA não corre o risco de conviver com mais um desafeto da verdade. E o chefe de governo está longe dos rígidos cânones do puritanismo.
Como Nixon, Lula tem oferecido sem soluços pescoços da companheirada. Já rolaram cabeças que perseguiram o poder centímetros ao lado do guia: os ministros José Dirceu (''meu querido Zé'') e Antonio Palocci (''um grande irmão''), o ex-presidente do PT José Genoino (''pena que São Paulo não tenha escolhido o melhor candidato de todos os tempos'') ou Delúbio Soares (''poucos entendem tanto de dinheiro quanto ele''). Se for o preço para seguir no poder, presidirá sem choro outros sepultamentos.
Com uma exceção: o ''Japonês'', apelido usado por Lula para referir-se carinhosamente a Paulo Okamotto. Não pode sequer ter quebrado o sigilo bancário esse amigo que jura ter quitado espontaneamente, e com dinheiro do próprio bolso, a dívida do chefe.
A versão fez do presidente um refém da mentira.
Como nos velhos tempos
A sorte do governo Lula é lidar com uma oposição parlamentar bem mais tolerante que a bancada do PT em ação na Assembléia Legislativa de São Paulo. Nos últimos três anos, a turma subscreveu ou chancelou 67 pedidos de CPI. Como a bancada federal nos tempos de José Sarney, Fernando Collor ou FH.
Algumas dessas CPIs deveriam estar em funcionamento há muito tempo. É preciso investigar com urgência, por exemplo, tanto denúncias recentes - como as que tratam da esperta utilização de verbas publicitárias da Nossa Caixa - quanto outras mais idosas, quase sempre envolvendo licitações suspeitas. Mas seria mais fácil montá-las se fosse cancelados os pedidos rigorosamente cretinos.
As 67 CPIs ainda na gaveta incluem quatro destinadas a investigar o que é vagamente definido como ''danos ambientais''. Há a que quer devassar a ''exploração sexual''. Ou a que mira nos institutos de pesquisa de opinião, ''a começar pelo Ibope''.
O agora candidato à Presidência Geraldo Alckmin governou 1.500 dias sem uma única CPI a prejudicar-lhe o sono. A informação parece menos intrigante quando se esclarece que o PT paulista enxerga um escândalo por dia, e os deputados, a cada semana, pedem a abertura de uma comissão.
Como a bancada federal nos tempos em que brincava com estilingues
Fonte: JB Online
Oposição reforça ataque. Lula quer defesa
Por: Veja Online
O pedido do ministro da Justiça para antecipar sua ida ao Congresso e explicar seu papel no escândalo da quebra de sigilo não acalmou a oposição, que manteve os ataques contra Marcio Thomaz Bastos no fim de semana. Ao mesmo tempo, o governo tentava se mobilizar na defesa de Bastos: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer impedir que ele se torne a "bola da vez" da crise.Pelas declarações dos adversários, contudo, pode ser tarde demais. Os parlamentares de oposição atacam de forma cada vez mais dura o ministro, e dizem que é obrigação de Bastos explicar seu papel o mais rápido possível. "O ministro está como biruta de aeroporto. Uma hora vai para um lado, depois para outro. Ele irá, queira ou não", disse o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).Para o líder da oposição no Senado, a disposição de Bastos em antecipar a ida ao Congresso não melhora a situação. "O melhor é que vá depor por vontade própria. O escândalo é tão grande que agora resta a ele bancar o democrata e ir", diz Virgílio. O líder oposicionista na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), também disse que o ministro "deve correr para dar a sua versão"."O ministro da Justiça está em um governo que opera no limite da legalidade. Às vezes dentro, às vezes fora. Talvez seu papel seja de alertar para esse limite, o que faz correr o risco de se contaminar", afirmou Aleluia sobre a participação de Bastos na reunião com Palocci. "É como quem trabalha com material radioativo ou substâncias perigosas. E esse governo é perigoso."Eleições - No Palácio do Planalto, o alerta era total para tentar poupar Bastos dos ataques da oposição. A mobilização dentro do governo no fim de semana foi grande - tudo para avaliar a situação do ministro e traçar a defesa. Apesar dos bons números em pesquisas eleitorais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teme dificuldades no pleito caso continue perdendo ministros.
O pedido do ministro da Justiça para antecipar sua ida ao Congresso e explicar seu papel no escândalo da quebra de sigilo não acalmou a oposição, que manteve os ataques contra Marcio Thomaz Bastos no fim de semana. Ao mesmo tempo, o governo tentava se mobilizar na defesa de Bastos: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer impedir que ele se torne a "bola da vez" da crise.Pelas declarações dos adversários, contudo, pode ser tarde demais. Os parlamentares de oposição atacam de forma cada vez mais dura o ministro, e dizem que é obrigação de Bastos explicar seu papel o mais rápido possível. "O ministro está como biruta de aeroporto. Uma hora vai para um lado, depois para outro. Ele irá, queira ou não", disse o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).Para o líder da oposição no Senado, a disposição de Bastos em antecipar a ida ao Congresso não melhora a situação. "O melhor é que vá depor por vontade própria. O escândalo é tão grande que agora resta a ele bancar o democrata e ir", diz Virgílio. O líder oposicionista na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), também disse que o ministro "deve correr para dar a sua versão"."O ministro da Justiça está em um governo que opera no limite da legalidade. Às vezes dentro, às vezes fora. Talvez seu papel seja de alertar para esse limite, o que faz correr o risco de se contaminar", afirmou Aleluia sobre a participação de Bastos na reunião com Palocci. "É como quem trabalha com material radioativo ou substâncias perigosas. E esse governo é perigoso."Eleições - No Palácio do Planalto, o alerta era total para tentar poupar Bastos dos ataques da oposição. A mobilização dentro do governo no fim de semana foi grande - tudo para avaliar a situação do ministro e traçar a defesa. Apesar dos bons números em pesquisas eleitorais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teme dificuldades no pleito caso continue perdendo ministros.
O CASO CASOY
Por: Ipojuca Pontes
É muito estranho e mesmo deplorável o caso de Boris Casoy, o mais confiável âncora da televisão brasileira, de fato, um apresentador em quem se podia acreditar. Casoy, que não tem diploma de jornalista, dirigiu com eficiência a Folha de São Paulo nos anos 1970/80, depois se voltou para o telejornalismo no SBT, convidado por Silvio Santos e, há oito anos, ingressou na Rede Record de Televisão, onde, no Jornal da Record, entre 20:15 h. e 21 h., protegia o seu numeroso público das mentiras oficiais e extra-oficiais que trafegam livremente em algumas emissoras, em especial na que lidera a audiência do noticiário televisivo. O âncora da Record era uma mistura cabocla de Walter Cronkite com Tom Brokaw, na antiga CBS News, em Nova York, conduzindo um gênero de jornalismo que requer personalidade, conhecimento e segurança ao narrar, anunciar ou comentar a notícia. Com anos de experiência como editor de jornal, Boris Casoy tinha o sentimento dos fatos, era objetivo, corajoso, sabia contemporizar, mas não perdia o senso da integridade, uma virtude rara em qualquer forma ou escala de jornalismo. Querem um exemplo? Na campanha presidencial, em 2002, entrevistando o candidato Lula da Silva, foi o único entrevistador a interrogar o atual presidente sobre as ligações deste com o Foro de São Paulo e as FARC, citando como fonte uma denúncia feita pelo poeta Armando Valladares, o “prisioneiro de consciência” da Anistia Internacional. (Como resposta, à época, julgando-se ofendido e não tendo como se explicar, Lula preferiu partir para o ataque, afirmando que o poeta-mártir - torturado durante 22 anos por Fidel Castro, nas masmorras da ilha-cárcere - “não passava de um picareta”). Alçado ao Poder, em 2003, o esquema de Lula - o homem da Ancinav e do Conselho Federal de Jornalismo, peças básicas e ainda não sepultadas na conjectura da construção de uma “democracia direta” totalitária - passou a pressionar de forma intermitente os patrões de Casoy, para colocá-lo no olho da rua. O dito esquema só aliviou a barra, pelo que se sabe, quando explodiu o caso Waldomiro Diniz, o braço esquerdo do Comissário Zé Dirceu especialista em tomar a grana dos bicheiros, contraventores e tutti quanti, ao que se diz, para enfiá-la no “caixa” de campanha. Antes, quando explodiu o escândalo do Banestado, ficou quase impossível falar nos nomes das personalidades oficiais envolvidas nas operações fraudulentas e até mesmo de mencionar a amizade de Lula com o seu hospedeiro, Roberto Teixeira, o agente de comissões e negócios junto às prefeituras de Ribeirão Preto e São José dos Campos. Mas, a partir do estrondoso escândalo do mensalão, o PT e o governo retornaram a pressionar com violência a emissora da Igreja Universal para que o apresentador fosse demitido. Na verdade, desde 2004, com a veiculação da notícia, em tom crítico (“isto é uma vergonha!”), da compra ilegal de ingressos de show musical para arrecadar fundos de campanha para o PT, o Banco do Brasil, patrocinador do telejornal, atendeu a ordem superior e reduziu a cota de publicidade na emissora, que caiu, em números exatos, de R$ 1 milhão para R$ 300 mil mensais. Na retaliação, os anúncios foram retirados dos intervalos comerciais do noticiário e, a partir daí, programados em “inserções avulsas”. A decisão final de nocautear o arrojado âncora veio quando, em dezembro de 2005, ao assistir o resumo dos acontecimentos políticos do ano, empreendido por Casoy, um áulico do Planalto teria concluído o seguinte: “Com esse homem no ar não há hipótese de se pensar em reeleição”. Sempre muito distinto, Casoy garantiu numa entrevista que nunca foi alvo de censura, enquanto esteve à frente do jornal da Record, pelos donos da emissora. Saiu, onze meses antes do término do contrato, segundo se afirmou, porque não concordava com o novo formato do noticiário a ser produzido - e, hoje, pelo que se vê, mero pastiche do que se faz de pior no telejornalismo da Globo. Por outro lado, no Congresso, semana passada, reportando-se ao fato, o senador Antonio Carlos Magalhães, ativo coronel da política baiana, garantiu que Boris Casoy saiu da emissora pela vontade direta de Lula – informação que, curiosamente, não foi desmentida. De todo modo, o fato concreto é que o telespectador perdeu a apurada consciência crítica do âncora, uma “espiga de milho em meio ao cafezal” da acomodação que acode o noticiário televisivo. De Casoy e, verdade seja dita, também de sua assistente, Salete Lemos, depois de Joelmir Bething, a mais competente analista do noticiário econômico da televisão brasileira.O caso Casoy lembra, até certo ponto, o do jornalista Carlos Blanqui, editor do “Revolución”, jornal de grande importância na Cuba pós-revolucionária, de início comprometido com a busca da verdade. Depois de algum tempo, vendo que Fidel Castro fazia da ilha um posto avançado da URSS enquanto baixava a mão nefasta da censura sobre os órgãos de comunicação, Blanqui passou a criticá-lo abertamente. Resultado: ameaçado, teve de fugir para a Itália, não sem antes lembrar ao tirano a divisa de Rosa Luxemburgo, segunda a qual “a liberdade apenas para os partidários do governo, ou somente para os membros do partido, não importa quão numerosos, não é liberdade – só é liberdade se o for para aquele que pensa diferentemente”.E esta não é a legenda, ao que tudo indica, de Lula e aliados do tipo Tarso Genro ou Gushiken, que querem a imprensa funcionando em favor do governo, controlada por conselhos e comitês estatais, a punir ou marginalizar os discordantes, como Boris Casoy, por exemplo, uma figura incômoda que levava às massas a crua indignação em face dos escândalos diários que tornaram a vida pública brasileira alguma coisa parecida com a zona.
Fonte: Diegocasagrande
É muito estranho e mesmo deplorável o caso de Boris Casoy, o mais confiável âncora da televisão brasileira, de fato, um apresentador em quem se podia acreditar. Casoy, que não tem diploma de jornalista, dirigiu com eficiência a Folha de São Paulo nos anos 1970/80, depois se voltou para o telejornalismo no SBT, convidado por Silvio Santos e, há oito anos, ingressou na Rede Record de Televisão, onde, no Jornal da Record, entre 20:15 h. e 21 h., protegia o seu numeroso público das mentiras oficiais e extra-oficiais que trafegam livremente em algumas emissoras, em especial na que lidera a audiência do noticiário televisivo. O âncora da Record era uma mistura cabocla de Walter Cronkite com Tom Brokaw, na antiga CBS News, em Nova York, conduzindo um gênero de jornalismo que requer personalidade, conhecimento e segurança ao narrar, anunciar ou comentar a notícia. Com anos de experiência como editor de jornal, Boris Casoy tinha o sentimento dos fatos, era objetivo, corajoso, sabia contemporizar, mas não perdia o senso da integridade, uma virtude rara em qualquer forma ou escala de jornalismo. Querem um exemplo? Na campanha presidencial, em 2002, entrevistando o candidato Lula da Silva, foi o único entrevistador a interrogar o atual presidente sobre as ligações deste com o Foro de São Paulo e as FARC, citando como fonte uma denúncia feita pelo poeta Armando Valladares, o “prisioneiro de consciência” da Anistia Internacional. (Como resposta, à época, julgando-se ofendido e não tendo como se explicar, Lula preferiu partir para o ataque, afirmando que o poeta-mártir - torturado durante 22 anos por Fidel Castro, nas masmorras da ilha-cárcere - “não passava de um picareta”). Alçado ao Poder, em 2003, o esquema de Lula - o homem da Ancinav e do Conselho Federal de Jornalismo, peças básicas e ainda não sepultadas na conjectura da construção de uma “democracia direta” totalitária - passou a pressionar de forma intermitente os patrões de Casoy, para colocá-lo no olho da rua. O dito esquema só aliviou a barra, pelo que se sabe, quando explodiu o caso Waldomiro Diniz, o braço esquerdo do Comissário Zé Dirceu especialista em tomar a grana dos bicheiros, contraventores e tutti quanti, ao que se diz, para enfiá-la no “caixa” de campanha. Antes, quando explodiu o escândalo do Banestado, ficou quase impossível falar nos nomes das personalidades oficiais envolvidas nas operações fraudulentas e até mesmo de mencionar a amizade de Lula com o seu hospedeiro, Roberto Teixeira, o agente de comissões e negócios junto às prefeituras de Ribeirão Preto e São José dos Campos. Mas, a partir do estrondoso escândalo do mensalão, o PT e o governo retornaram a pressionar com violência a emissora da Igreja Universal para que o apresentador fosse demitido. Na verdade, desde 2004, com a veiculação da notícia, em tom crítico (“isto é uma vergonha!”), da compra ilegal de ingressos de show musical para arrecadar fundos de campanha para o PT, o Banco do Brasil, patrocinador do telejornal, atendeu a ordem superior e reduziu a cota de publicidade na emissora, que caiu, em números exatos, de R$ 1 milhão para R$ 300 mil mensais. Na retaliação, os anúncios foram retirados dos intervalos comerciais do noticiário e, a partir daí, programados em “inserções avulsas”. A decisão final de nocautear o arrojado âncora veio quando, em dezembro de 2005, ao assistir o resumo dos acontecimentos políticos do ano, empreendido por Casoy, um áulico do Planalto teria concluído o seguinte: “Com esse homem no ar não há hipótese de se pensar em reeleição”. Sempre muito distinto, Casoy garantiu numa entrevista que nunca foi alvo de censura, enquanto esteve à frente do jornal da Record, pelos donos da emissora. Saiu, onze meses antes do término do contrato, segundo se afirmou, porque não concordava com o novo formato do noticiário a ser produzido - e, hoje, pelo que se vê, mero pastiche do que se faz de pior no telejornalismo da Globo. Por outro lado, no Congresso, semana passada, reportando-se ao fato, o senador Antonio Carlos Magalhães, ativo coronel da política baiana, garantiu que Boris Casoy saiu da emissora pela vontade direta de Lula – informação que, curiosamente, não foi desmentida. De todo modo, o fato concreto é que o telespectador perdeu a apurada consciência crítica do âncora, uma “espiga de milho em meio ao cafezal” da acomodação que acode o noticiário televisivo. De Casoy e, verdade seja dita, também de sua assistente, Salete Lemos, depois de Joelmir Bething, a mais competente analista do noticiário econômico da televisão brasileira.O caso Casoy lembra, até certo ponto, o do jornalista Carlos Blanqui, editor do “Revolución”, jornal de grande importância na Cuba pós-revolucionária, de início comprometido com a busca da verdade. Depois de algum tempo, vendo que Fidel Castro fazia da ilha um posto avançado da URSS enquanto baixava a mão nefasta da censura sobre os órgãos de comunicação, Blanqui passou a criticá-lo abertamente. Resultado: ameaçado, teve de fugir para a Itália, não sem antes lembrar ao tirano a divisa de Rosa Luxemburgo, segunda a qual “a liberdade apenas para os partidários do governo, ou somente para os membros do partido, não importa quão numerosos, não é liberdade – só é liberdade se o for para aquele que pensa diferentemente”.E esta não é a legenda, ao que tudo indica, de Lula e aliados do tipo Tarso Genro ou Gushiken, que querem a imprensa funcionando em favor do governo, controlada por conselhos e comitês estatais, a punir ou marginalizar os discordantes, como Boris Casoy, por exemplo, uma figura incômoda que levava às massas a crua indignação em face dos escândalos diários que tornaram a vida pública brasileira alguma coisa parecida com a zona.
Fonte: Diegocasagrande
Alckmin envolve Lula no escândalo do caseiro: “É claro que ele sabe. E não tomou providências”
Por: Diegocasagrande
Em plena campanha, o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, cobrou nesta segunda-feira a responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. "Que governante é esse que não sabe o que se passa na sala ao lado? Fui governador. É claro que sabe. Se ele tinha conhecimento, tem toda responsabilidade, e não tomou providências", atacou Alckmin.O ex-governador paulista foi além. "O presidente se esconde, faz de conta que não é com ele. Ele não fala, ele não presta contas à sociedade. O governo que é fraco com um ladrão foi violento contra um nordestino pobre", afirmou. De acordo com o tucano, Lula deve satisfação à sociedade sobre o autoritarismo demonstrado no caso.As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva no aeroporto de Teresina (PI).DenúnciasAlckmin foi questionado sobre as denúncias que vêm sendo divulgadas contra pessoas ligadas a ele. "O PT todo dia apresenta uma denúncia para criar fato político. É uma coisa absolutamente inoportuna. Na medida em que eu virei candidato a presidente, o pessoal está procurando atacar e desconstituir um trabalho de 33 anos de vida pública. É a turma do PT, que se dizia vestal e agora quer puxar todo mundo para esse clima de denúncia".
Em plena campanha, o candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, cobrou nesta segunda-feira a responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. "Que governante é esse que não sabe o que se passa na sala ao lado? Fui governador. É claro que sabe. Se ele tinha conhecimento, tem toda responsabilidade, e não tomou providências", atacou Alckmin.O ex-governador paulista foi além. "O presidente se esconde, faz de conta que não é com ele. Ele não fala, ele não presta contas à sociedade. O governo que é fraco com um ladrão foi violento contra um nordestino pobre", afirmou. De acordo com o tucano, Lula deve satisfação à sociedade sobre o autoritarismo demonstrado no caso.As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva no aeroporto de Teresina (PI).DenúnciasAlckmin foi questionado sobre as denúncias que vêm sendo divulgadas contra pessoas ligadas a ele. "O PT todo dia apresenta uma denúncia para criar fato político. É uma coisa absolutamente inoportuna. Na medida em que eu virei candidato a presidente, o pessoal está procurando atacar e desconstituir um trabalho de 33 anos de vida pública. É a turma do PT, que se dizia vestal e agora quer puxar todo mundo para esse clima de denúncia".
segunda-feira, abril 10, 2006
.Justiça autoriza quebra de sigilo bancário de caseiro
Por: Áureo Germano
BRASÍLIA (Reuters) - A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, pivô do escândalo que levou à demissão de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou nesta segunda-feira que o pedido foi feito à Justiça no dia 22 de março pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que investiga a quebra ilegal de dados bancários de Francenildo na Caixa Econômica Federal, ocorrida no mês passado.
Quando foi feito o pedido para a Justiça autorizar o acesso ao sigilo, a PF pretendia verificar a origem dos recursos depositados na conta de Francenildo.
O caseiro alega que os cerca de 25 mil reais que entraram em sua conta na Caixa em várias remessas desde o início do ano foram depositados por um empresário do Piauí, que seria seu pai biológico.
Francenildo contradisse declarações de Palocci à CPI dos Bingos. O ex-ministro é o principal suspeito pela PF, segundo fonte ligada à investigação, de ter dado a ordem da violação.
BRASÍLIA (Reuters) - A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, pivô do escândalo que levou à demissão de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou nesta segunda-feira que o pedido foi feito à Justiça no dia 22 de março pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que investiga a quebra ilegal de dados bancários de Francenildo na Caixa Econômica Federal, ocorrida no mês passado.
Quando foi feito o pedido para a Justiça autorizar o acesso ao sigilo, a PF pretendia verificar a origem dos recursos depositados na conta de Francenildo.
O caseiro alega que os cerca de 25 mil reais que entraram em sua conta na Caixa em várias remessas desde o início do ano foram depositados por um empresário do Piauí, que seria seu pai biológico.
Francenildo contradisse declarações de Palocci à CPI dos Bingos. O ex-ministro é o principal suspeito pela PF, segundo fonte ligada à investigação, de ter dado a ordem da violação.
.Garotinho discute segundo turno com Alckmin
Por: Carmen Munari
BRASÍILA (Reuters) - Apesar de desferir críticas ao candidato Geraldo Alckmin, o pré-candidato do PMDB à Presidência, Anthony Garotinho, admitiu que vem conversando com o tucano para uma aliança no segundo turno das eleições.
"Eu e o governador Alckmin somos pessoas que respeitamos um ao outro. Falamos por telefone, conversamos, mas sempre tratando de assunto de segundo turno", disse, acrescentando que espera ganhar dele no primeiro turno.
Mas não deixou de fazer ataques. "Agora, ele defende uma política da qual eu sou oposicionista. Não concordo com a política do PSDB. A política econômica do PSDB é a do PT. É a política neoliberal", afirmou.
Garotinho fez as declarações em São Paulo durante evento de apoio à sua candidatura organizado por lideranças peemedebistas paulistas.
O principal líder paulista, no entanto, não compareceu ao encontro. Orestes Quércia, ex-governador e presidente do PMDB estadual, alegou, em telefonema que recebeu de Garotinho, compromissos pré-agendados. Ainda assim, Garotinho incentivou Quércia a assumir a candidatura ao governo de São Paulo.
Já Michel Temer, presidente nacional da legenda, afirmou no encontro que a reunião do partido marcada para dia 19 de abril vai discutir a candidatura própria junto aos pré-candidatos nos Estados. O temor é que a candidatura --defendida por Garotinho, Temer e Quércia-- impeça alianças locais, como prevê a regra da verticalização.
ITAMAR
Garotinho, que já desbancou o governador Germano Rigotto em consulta interna, agora enfrenta o ex-presidente Itamar Franco, lançado por Quércia.
"A informação que tenho é que ele (Itamar) é candidato a senador em Minas Gerais", disse o ex-governador do Rio.
Garotinho disse também ter recebido um documento de apoio à sua candidatura com assinaturas de 88 prefeitos mineiros, de todos os deputados estaduais da legenda e de alguns deputados federais de Minas.
Ele criticou ainda os governistas do partido, que apóiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e rejeitam a tese da candidatura própria.
"Eles sofrem de uma certa incoerência. O Sarney fala que a minha candidatura atrapalha o PMDB, mas a filha dele é candidata pelo PFL. O Renan diz que a minha candidatura atrapalha o PMDB, mas o candidato dele em Alagoas é do PSDB, então eu estou ajudando mais que eles", afirmou, referindo-se aos senadores lulistas José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
Garotinho ganhou novo fôlego com a divulgação da pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, em que ele aparece com 15 por cento das intenções de voto, um crescimento de 3 pontos. A diferença entre ele e Alckmin, caiu de 11 para 5 pontos.
Para ele, seu crescimento se deve à propaganda do partido e à maior identificação do eleitor com suas propostas.
"Inegavelmente a propaganda partidária ajudou. Em segundo lugar, o povo está se identificando com as nossas propostas de redução dos juros e redução da carga tributária, com as mudanças nesta política econômica que só beneficiou nos últimos anos os poderosos", disse.
Segundo Garotinho, Lula mantém a liderança nas pesquisas porque virou "presidente midiático".
De São Paulo, Garotinho seguiu para o Mato Grosso do Sul e na terça-feira estará em Goiânia e Brasília, reunindo-se com lideranças do partido.
BRASÍILA (Reuters) - Apesar de desferir críticas ao candidato Geraldo Alckmin, o pré-candidato do PMDB à Presidência, Anthony Garotinho, admitiu que vem conversando com o tucano para uma aliança no segundo turno das eleições.
"Eu e o governador Alckmin somos pessoas que respeitamos um ao outro. Falamos por telefone, conversamos, mas sempre tratando de assunto de segundo turno", disse, acrescentando que espera ganhar dele no primeiro turno.
Mas não deixou de fazer ataques. "Agora, ele defende uma política da qual eu sou oposicionista. Não concordo com a política do PSDB. A política econômica do PSDB é a do PT. É a política neoliberal", afirmou.
Garotinho fez as declarações em São Paulo durante evento de apoio à sua candidatura organizado por lideranças peemedebistas paulistas.
O principal líder paulista, no entanto, não compareceu ao encontro. Orestes Quércia, ex-governador e presidente do PMDB estadual, alegou, em telefonema que recebeu de Garotinho, compromissos pré-agendados. Ainda assim, Garotinho incentivou Quércia a assumir a candidatura ao governo de São Paulo.
Já Michel Temer, presidente nacional da legenda, afirmou no encontro que a reunião do partido marcada para dia 19 de abril vai discutir a candidatura própria junto aos pré-candidatos nos Estados. O temor é que a candidatura --defendida por Garotinho, Temer e Quércia-- impeça alianças locais, como prevê a regra da verticalização.
ITAMAR
Garotinho, que já desbancou o governador Germano Rigotto em consulta interna, agora enfrenta o ex-presidente Itamar Franco, lançado por Quércia.
"A informação que tenho é que ele (Itamar) é candidato a senador em Minas Gerais", disse o ex-governador do Rio.
Garotinho disse também ter recebido um documento de apoio à sua candidatura com assinaturas de 88 prefeitos mineiros, de todos os deputados estaduais da legenda e de alguns deputados federais de Minas.
Ele criticou ainda os governistas do partido, que apóiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e rejeitam a tese da candidatura própria.
"Eles sofrem de uma certa incoerência. O Sarney fala que a minha candidatura atrapalha o PMDB, mas a filha dele é candidata pelo PFL. O Renan diz que a minha candidatura atrapalha o PMDB, mas o candidato dele em Alagoas é do PSDB, então eu estou ajudando mais que eles", afirmou, referindo-se aos senadores lulistas José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
Garotinho ganhou novo fôlego com a divulgação da pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, em que ele aparece com 15 por cento das intenções de voto, um crescimento de 3 pontos. A diferença entre ele e Alckmin, caiu de 11 para 5 pontos.
Para ele, seu crescimento se deve à propaganda do partido e à maior identificação do eleitor com suas propostas.
"Inegavelmente a propaganda partidária ajudou. Em segundo lugar, o povo está se identificando com as nossas propostas de redução dos juros e redução da carga tributária, com as mudanças nesta política econômica que só beneficiou nos últimos anos os poderosos", disse.
Segundo Garotinho, Lula mantém a liderança nas pesquisas porque virou "presidente midiático".
De São Paulo, Garotinho seguiu para o Mato Grosso do Sul e na terça-feira estará em Goiânia e Brasília, reunindo-se com lideranças do partido.
Presença de assessores de Bastos na entrega do extrato do caseiro não é ilegal
Por:Edson Monteiro
O cerco ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, parece ser mesmo uma iniciativa mais política do que jurídica, uma tentativa da oposição de implicar o que seria "o último pilar" do governo, ao menos do governo montado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao assumir, em janeiro de 2003.É a interpretação que deriva das afirmações do advogado Pedro Serrano, especialista em Direito Administrativo e professor de Direito Constitucional da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), sobre o fato de o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) ter recebido o extrato bancário do caseiro Francenildo Costa, na suposta presença de dois assessores do Ministério da Justiça.Pedro Serrano diz, em entrevista a Última Instância, que "acusam os seus assessores (de Thomaz Bastos) de terem tomado ciência do fornecimento daquele extrato", mas "o ministro da Fazenda ter acesso a um extrato dessa natureza é algo absolutamente legítimo", e "o que ele não pode é divulgar, mas isso o próprio ex-ministro da Fazenda nega que tenha feito".Segundo Serrano, é competência do Coaf (Conselho de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, receber e apurar informações dos bancos sobre movimentações financeiras de qualquer correntista que possa significar indício de crimes de lavagem de dinheiro, sonegação etc. E o Coaf, por sua vez, é subordinado ao Ministério da Fazenda."Ora, se ele (banco) tem a obrigação de informar o Coaf, nada impede que em especial um banco estatal (Caixa Econômica Federal) informe a autoridade superior ao Coaf. A competência e o poder do Coaf derivam da competência do ministro da Fazenda, e não há nada que uma autoridade inferior possa fazer que a autoridade superior não possa fazer. Isso se chama desconcentração de competências", afirma Pedro Serrano, que completa: "E o Coaf é integrado por membros do Ministério da Justiça também. Ele é um órgão do Ministério da Fazenda, mas ele é um órgão colegiado, e alguns dos seus membros são da Polícia Federal e do Ministério da Justiça."Ainda de acordo com o constitucionalista, os assessores de Thomas Bastos, caso estivessem presentes, não tinham a obrigação de reportar a entrega do extrato de Francenildo ao ministro "porque não havia ilegalidade nenhuma no ato" de Palocci ter recebido o documento. Segundo Pedro Serrano, a questão "não pode, de jeito nenhum, implicar em condenação do ministro da Justiça. Primeiro, que não era ele que estava presente. Segundo, que o ato não era ilegal: os assessores não tinham a obrigação de reportar nada".Na avaliação do especialista, "a situação toda é muito confusa no campo político, porque as pessoas não param para olhar a legislação".
Fonte: Última Instância
O cerco ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, parece ser mesmo uma iniciativa mais política do que jurídica, uma tentativa da oposição de implicar o que seria "o último pilar" do governo, ao menos do governo montado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao assumir, em janeiro de 2003.É a interpretação que deriva das afirmações do advogado Pedro Serrano, especialista em Direito Administrativo e professor de Direito Constitucional da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), sobre o fato de o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) ter recebido o extrato bancário do caseiro Francenildo Costa, na suposta presença de dois assessores do Ministério da Justiça.Pedro Serrano diz, em entrevista a Última Instância, que "acusam os seus assessores (de Thomaz Bastos) de terem tomado ciência do fornecimento daquele extrato", mas "o ministro da Fazenda ter acesso a um extrato dessa natureza é algo absolutamente legítimo", e "o que ele não pode é divulgar, mas isso o próprio ex-ministro da Fazenda nega que tenha feito".Segundo Serrano, é competência do Coaf (Conselho de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, receber e apurar informações dos bancos sobre movimentações financeiras de qualquer correntista que possa significar indício de crimes de lavagem de dinheiro, sonegação etc. E o Coaf, por sua vez, é subordinado ao Ministério da Fazenda."Ora, se ele (banco) tem a obrigação de informar o Coaf, nada impede que em especial um banco estatal (Caixa Econômica Federal) informe a autoridade superior ao Coaf. A competência e o poder do Coaf derivam da competência do ministro da Fazenda, e não há nada que uma autoridade inferior possa fazer que a autoridade superior não possa fazer. Isso se chama desconcentração de competências", afirma Pedro Serrano, que completa: "E o Coaf é integrado por membros do Ministério da Justiça também. Ele é um órgão do Ministério da Fazenda, mas ele é um órgão colegiado, e alguns dos seus membros são da Polícia Federal e do Ministério da Justiça."Ainda de acordo com o constitucionalista, os assessores de Thomas Bastos, caso estivessem presentes, não tinham a obrigação de reportar a entrega do extrato de Francenildo ao ministro "porque não havia ilegalidade nenhuma no ato" de Palocci ter recebido o documento. Segundo Pedro Serrano, a questão "não pode, de jeito nenhum, implicar em condenação do ministro da Justiça. Primeiro, que não era ele que estava presente. Segundo, que o ato não era ilegal: os assessores não tinham a obrigação de reportar nada".Na avaliação do especialista, "a situação toda é muito confusa no campo político, porque as pessoas não param para olhar a legislação".
Fonte: Última Instância
"Acabou o Lulinha paz e amor", diz o presidente
Por: Agência Estado
Quinze quilos mais magro, semblante preocupado e cabelos visivelmente mais brancos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2006 é um candidato que se prepara para um duelo de vida ou morte com Geraldo Alckmin, do PSDB. Com a tropa dizimada pela crise e sem generais na operação política, Lula não tem muita alternativa: deve escalar o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), para coordenar sua campanha à reeleição. "Acabou o Lulinha paz e amor", decretou ele, numa referência ao bordão criado por Duda Mendonça, que embalou a maratona de 2002. Irritado com a ofensiva da oposição, que não pára de bater nos seus, Lula deu um aviso à equipe: em conversas reservadas com ministros, na sexta-feira, pediu que todos defendam o governo. "Nessa altura do campeonato, nós não precisamos marcar gols. O que não podemos é tomar gol", recomendou. A primeira tarefa repassada a Berzoini, no início da semana, foi correr atrás do prejuízo: o apoio do PMDB nos Estados. Até agora o cenário é de dificuldade nas frentes da batalha petista. Das finanças arruinadas do PT à apatia de algumas siglas, desinteressadas no casamento com o partido do governo, problema é o que não falta para Lula. Na tentativa de anabolizar o comitê da reeleição com um time de conselheiros, o presidente garantiu ao exército palaciano que convidará a fatia governista do PMDB para integrar o comando de sua campanha, caso a legenda não lance mesmo candidato ao Planalto. "Essa é uma possibilidade real, mas, no momento, estamos mais preocupados com as alianças nos Estados", confessou o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Pragmático, Suassuna foi taxativo: "Há problemas sérios entre o PT e o PMDB que precisam ser resolvidos. Então, temos de decidir logo o que vamos fazer para fechar as coligações. Do jeito que está não dá para ficar." Os homens do presidente sustentam que Lula deverá intervir pelo menos no PT de Santa Catarina e do Paraná. A intenção é obrigar os candidatos petistas José Fritsch e Flávio Arns a retirarem seus nomes do páreo em apoio aos governadores do PMDB, Luiz Henrique e Roberto Requião, que vão disputar o segundo mandato. O dote peemedebista é sinônimo de palanques regionais mais robustos para Lula. No tête-à-tête com Berzoini, o presidente ficou contrariado ao constatar que o PMDB tende a ser adversário do PT em Estados importantes, como São Paulo, Minas, Rio, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Paraná e no Distrito Federal. Disse que era preciso agir rápido para reverter esse quadro. "Está todo mundo com um grau de incerteza muito grande", admitiu Berzoini. "A polêmica em torno da verticalização das alianças atrasou as conversas que deveriam ter sido feitas em fevereiro e março", completou, numa referência à regra que obriga os partidos a reproduzirem nos Estados a aliança para a disputa nacional.
Fobnte: Correioweb
Quinze quilos mais magro, semblante preocupado e cabelos visivelmente mais brancos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2006 é um candidato que se prepara para um duelo de vida ou morte com Geraldo Alckmin, do PSDB. Com a tropa dizimada pela crise e sem generais na operação política, Lula não tem muita alternativa: deve escalar o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), para coordenar sua campanha à reeleição. "Acabou o Lulinha paz e amor", decretou ele, numa referência ao bordão criado por Duda Mendonça, que embalou a maratona de 2002. Irritado com a ofensiva da oposição, que não pára de bater nos seus, Lula deu um aviso à equipe: em conversas reservadas com ministros, na sexta-feira, pediu que todos defendam o governo. "Nessa altura do campeonato, nós não precisamos marcar gols. O que não podemos é tomar gol", recomendou. A primeira tarefa repassada a Berzoini, no início da semana, foi correr atrás do prejuízo: o apoio do PMDB nos Estados. Até agora o cenário é de dificuldade nas frentes da batalha petista. Das finanças arruinadas do PT à apatia de algumas siglas, desinteressadas no casamento com o partido do governo, problema é o que não falta para Lula. Na tentativa de anabolizar o comitê da reeleição com um time de conselheiros, o presidente garantiu ao exército palaciano que convidará a fatia governista do PMDB para integrar o comando de sua campanha, caso a legenda não lance mesmo candidato ao Planalto. "Essa é uma possibilidade real, mas, no momento, estamos mais preocupados com as alianças nos Estados", confessou o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Pragmático, Suassuna foi taxativo: "Há problemas sérios entre o PT e o PMDB que precisam ser resolvidos. Então, temos de decidir logo o que vamos fazer para fechar as coligações. Do jeito que está não dá para ficar." Os homens do presidente sustentam que Lula deverá intervir pelo menos no PT de Santa Catarina e do Paraná. A intenção é obrigar os candidatos petistas José Fritsch e Flávio Arns a retirarem seus nomes do páreo em apoio aos governadores do PMDB, Luiz Henrique e Roberto Requião, que vão disputar o segundo mandato. O dote peemedebista é sinônimo de palanques regionais mais robustos para Lula. No tête-à-tête com Berzoini, o presidente ficou contrariado ao constatar que o PMDB tende a ser adversário do PT em Estados importantes, como São Paulo, Minas, Rio, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas, Paraná e no Distrito Federal. Disse que era preciso agir rápido para reverter esse quadro. "Está todo mundo com um grau de incerteza muito grande", admitiu Berzoini. "A polêmica em torno da verticalização das alianças atrasou as conversas que deveriam ter sido feitas em fevereiro e março", completou, numa referência à regra que obriga os partidos a reproduzirem nos Estados a aliança para a disputa nacional.
Fobnte: Correioweb
Trair é normal?
Por: Adriana Castelo Branco Rolland GianottiAgência O Globo
Perfil sexual dos brasileiros mostra que o adultério é cada vez mais comum
Terminou em três meses a vida dupla de Camila. Nesse período, ela se relacionou com um ex-namorado. A iniciativa partiu de Camila depois que, numa noite, atendeu um telefonema do celular do marido, um médico que deveria estar de plantão. Do outro lado da linha, uma voz feminina.“A mulher dizia que estava com meu marido num motel e que eles eram amantes há meses. Tudo o que ela falava fazia sentido, as desculpas, os plantões de última hora, as viagens para congressos”, conta Camila que, mesmo diante das negativas do marido, decidiu terminar o casamento de dois anos, mas não antes da revanche.Após uma série de encontros semanais com o ex-namorado, Camila resolveu botar um ponto final no caso e contar a verdade ao marido. Mas, mesmo depois de o casamento terminar, nunca admitiu ter sido infiel. “Nos desrespeitamos, nos magoamos. Não havia mais como continuarmos juntos”, diz Camila.###Terapeuta aconselha: nem sempre a verdade deve ser ditaO terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior, que há 25 anos atende a casais em crise, diz que confessar o caso extraconjugal nem sempre é o melhor caminho.“Antes de uma confissão como essa, a pessoa que traiu deve refletir sobre as causas da traição e as conseqüências que aquela verdade terá no relacionamento. Se o caso foi sem importância, se os vínculos do casamento não tiverem sido abalados, é melhor que o outro não saiba da infidelidade, ou tudo pode ir por água abaixo”, avalia. ACR/RG###Sexo, mentiras e traiçãoTrair tem inúmeras conseqüências, mas também incontáveis causas, diz a psiquiatra Carmita Abdo, cuja última pesquisa resultou no livro Descobrimento Sexual do Brasil. “A traição pode acontecer quando o relacionamento não corresponde às expectativas, por imaturidade do marido ou da mulher e até por fuga. Há indivíduos que traem seguindo o modelo de parentes ou amigos, e outros que, por doença, buscam o sexo fora da relação”, diz Carmita, lembrando que há especulações científicas sobre a existência da influência genética em pessoas que não conseguem se dedicar integralmente a relações conjugais, de amizades e societárias.Carmita avalia que a sociedade brasileira aceita melhor a idéia de que a traição pode surgir pelo simples desgaste da relação. E que a infidelidade pode significar o recomeço - e não só o fim - do namoro ou casamento, dependendo dos verdadeiros sentimentos e intenções do casal envolvido. ACB/RG###Carícias preliminares: indicadas por especialistaAs tarefas que você pode fazer na cama, como dever de casa de terapias sexuais são o tema escolhido pelo especialista argentino Juan Carlos Kusnetzoff para o congresso sobre sexologia em Salvador. Autor dos best-sellers O Homem Sexualmente Feliz e A Mulher Sexualmente Feliz, o médico e ex-professor da UFRJ explica que as prescrições que costuma dar aos pacientes de seu consultório em Buenos Aires têm o objetivo de resolver dois problemas: dificuldade de ereção e falta de desejo. Ele ressalta que, ao contrário de antigamente, hoje os casais assumem esses problemas e procuram especialistas, sem vergonha ou culpa. “O sexólogo é muito mais procurado do que antigamente, quando havia inibição e falta de informação. Há 20 anos eu tinha cinco pacientes por mês. Hoje são quase 200”, diz o médico.É para essa turma infeliz na cama que o especialista prescreve as tais tarefas sexuais, que os casais devem cumprir no intervalo entre uma consulta e outra. Depois da leitura de livros como os manuais da sexóloga americana Helen Kaplan e dos tratados de Masters e Johnson, o próximo passo são as brincadeiras eróticas - afagos compartilhados sem penetração. ACB e RG###Teste se você está a um passo de trair ou ser traído (a) Você é surpreendida (o) com um convite dele (a) para um jantar à luz de velas em um bom restaurante. Sua primeira reação é: A. inventar um mal-estarB. convidar mais um casal par ir junto C. animar-se com a idéia e até propor um restaurante da modaVocês estão um longo tempo sem transar e ele (a) faz um convite para o motel. Você:A. diz que não está se sentindo bemB. propõe um outro programa a dois C. sugere primeiro um jantar românticoSeu marido (mulher) diz que o médico recomendou mais atividades físicas, pois ele (a) está muito sedentário (a) e sem iniciativa. Você, então, sugere:A. que ele (a) compre um tênis e faça boas caminhadasB. maior participação dele (a) nas atividades domésticas C. que vocês passem a praticar exercícios juntos Ele (a) reclama que a freqüência sexual está diminuindo e questiona o motivo. Você diz que:A. anda cansado (a), com problemas no trabalho, sem clima para sexoB. não percebeu nada, está tudo bem, é impressão dele (a)C. também reclama que ele (a) está distante Após o horário de trabalho, você prefere:A. tomar um chope com as (os) amigas (os) B. passear no shopping C. passar no supermercado À noite, após o jantar, você costuma: A. falar com as amigas (os) ouparentes ao telefone B. ver TVC. conversar com ele (a) sobre seu dia de trabalhoNa hora de deitar, ele (a) se mostra interessado em sexo oral, você:A. descarta a possibilidadeB. faz passivamente sem envolvimentoC. procura criar um clima de namoro Ele (a) quer marcar férias coincidentes. Como você reage? A. impossível pensar na hipótese B. vou me esforçar para conseguir conciliar as datasC. sugere um lugar interessante para visitarem juntosÉ o aniversario dele (a). O que acontece no dia?A. você esquece ou finge que esqueceB. prepara um jantar a dois C. reúne os amigos Ele (a) propõe incrementar a decoração do quarto, comprando cama nova, espelho etc. Você diz que: A. está tudo como você gosta, não vê necessidade de obras B. a reforma da cozinha é prioritária C. tudo bem, mas você escolhe o tamanho da cama Ele (a) chega em casa com um apetrecho erótico. Você:A. dá um passa-fora e manda ele (a) dar aquilo para a mãe B. pensa: que idéia estranha? C. diz que a qualquer hora vocês devem experimentá-lo Ele (a) foi convidado pelo chefe para passar um fim de semana no sítio. Você:A. diz que não gosta da mulher do tal chefe e, por isso não vaiB. sente que precisa de roupas apropriadasC. sugere que levem um bom presente###PONTUAÇÃOAs respostas da letra A valem 1 ponto, da letra B 2 pontos e a letra C 3 pontos. Some os pontos e confira o resultado:Até 21 pontos: É quase certa a existência de uma terceira pessoa no relacionamento e, mesmo que inconsciente, o desejo por ela é grande. A vida a dois está difícil de suportar. É hora de resolver as questões pendentes antes que aconteça o pior. Entre 22 e 27 pontos: Existe uma crise que pode ser superada. A intenção de um resgate é possível, pois os valores do relacionamento são visÍveis. Falta somente apimentar um pouco mais a relação.Entre 28 e 33 pontos: A vida a dois está boa para ambos. Ainda existe respeito e atenção, a atração funciona com o amor e o sexo é possível sem estresse. É só relaxar e gozar.
Fonte:gazetaweb
Perfil sexual dos brasileiros mostra que o adultério é cada vez mais comum
Terminou em três meses a vida dupla de Camila. Nesse período, ela se relacionou com um ex-namorado. A iniciativa partiu de Camila depois que, numa noite, atendeu um telefonema do celular do marido, um médico que deveria estar de plantão. Do outro lado da linha, uma voz feminina.“A mulher dizia que estava com meu marido num motel e que eles eram amantes há meses. Tudo o que ela falava fazia sentido, as desculpas, os plantões de última hora, as viagens para congressos”, conta Camila que, mesmo diante das negativas do marido, decidiu terminar o casamento de dois anos, mas não antes da revanche.Após uma série de encontros semanais com o ex-namorado, Camila resolveu botar um ponto final no caso e contar a verdade ao marido. Mas, mesmo depois de o casamento terminar, nunca admitiu ter sido infiel. “Nos desrespeitamos, nos magoamos. Não havia mais como continuarmos juntos”, diz Camila.###Terapeuta aconselha: nem sempre a verdade deve ser ditaO terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior, que há 25 anos atende a casais em crise, diz que confessar o caso extraconjugal nem sempre é o melhor caminho.“Antes de uma confissão como essa, a pessoa que traiu deve refletir sobre as causas da traição e as conseqüências que aquela verdade terá no relacionamento. Se o caso foi sem importância, se os vínculos do casamento não tiverem sido abalados, é melhor que o outro não saiba da infidelidade, ou tudo pode ir por água abaixo”, avalia. ACR/RG###Sexo, mentiras e traiçãoTrair tem inúmeras conseqüências, mas também incontáveis causas, diz a psiquiatra Carmita Abdo, cuja última pesquisa resultou no livro Descobrimento Sexual do Brasil. “A traição pode acontecer quando o relacionamento não corresponde às expectativas, por imaturidade do marido ou da mulher e até por fuga. Há indivíduos que traem seguindo o modelo de parentes ou amigos, e outros que, por doença, buscam o sexo fora da relação”, diz Carmita, lembrando que há especulações científicas sobre a existência da influência genética em pessoas que não conseguem se dedicar integralmente a relações conjugais, de amizades e societárias.Carmita avalia que a sociedade brasileira aceita melhor a idéia de que a traição pode surgir pelo simples desgaste da relação. E que a infidelidade pode significar o recomeço - e não só o fim - do namoro ou casamento, dependendo dos verdadeiros sentimentos e intenções do casal envolvido. ACB/RG###Carícias preliminares: indicadas por especialistaAs tarefas que você pode fazer na cama, como dever de casa de terapias sexuais são o tema escolhido pelo especialista argentino Juan Carlos Kusnetzoff para o congresso sobre sexologia em Salvador. Autor dos best-sellers O Homem Sexualmente Feliz e A Mulher Sexualmente Feliz, o médico e ex-professor da UFRJ explica que as prescrições que costuma dar aos pacientes de seu consultório em Buenos Aires têm o objetivo de resolver dois problemas: dificuldade de ereção e falta de desejo. Ele ressalta que, ao contrário de antigamente, hoje os casais assumem esses problemas e procuram especialistas, sem vergonha ou culpa. “O sexólogo é muito mais procurado do que antigamente, quando havia inibição e falta de informação. Há 20 anos eu tinha cinco pacientes por mês. Hoje são quase 200”, diz o médico.É para essa turma infeliz na cama que o especialista prescreve as tais tarefas sexuais, que os casais devem cumprir no intervalo entre uma consulta e outra. Depois da leitura de livros como os manuais da sexóloga americana Helen Kaplan e dos tratados de Masters e Johnson, o próximo passo são as brincadeiras eróticas - afagos compartilhados sem penetração. ACB e RG###Teste se você está a um passo de trair ou ser traído (a) Você é surpreendida (o) com um convite dele (a) para um jantar à luz de velas em um bom restaurante. Sua primeira reação é: A. inventar um mal-estarB. convidar mais um casal par ir junto C. animar-se com a idéia e até propor um restaurante da modaVocês estão um longo tempo sem transar e ele (a) faz um convite para o motel. Você:A. diz que não está se sentindo bemB. propõe um outro programa a dois C. sugere primeiro um jantar românticoSeu marido (mulher) diz que o médico recomendou mais atividades físicas, pois ele (a) está muito sedentário (a) e sem iniciativa. Você, então, sugere:A. que ele (a) compre um tênis e faça boas caminhadasB. maior participação dele (a) nas atividades domésticas C. que vocês passem a praticar exercícios juntos Ele (a) reclama que a freqüência sexual está diminuindo e questiona o motivo. Você diz que:A. anda cansado (a), com problemas no trabalho, sem clima para sexoB. não percebeu nada, está tudo bem, é impressão dele (a)C. também reclama que ele (a) está distante Após o horário de trabalho, você prefere:A. tomar um chope com as (os) amigas (os) B. passear no shopping C. passar no supermercado À noite, após o jantar, você costuma: A. falar com as amigas (os) ouparentes ao telefone B. ver TVC. conversar com ele (a) sobre seu dia de trabalhoNa hora de deitar, ele (a) se mostra interessado em sexo oral, você:A. descarta a possibilidadeB. faz passivamente sem envolvimentoC. procura criar um clima de namoro Ele (a) quer marcar férias coincidentes. Como você reage? A. impossível pensar na hipótese B. vou me esforçar para conseguir conciliar as datasC. sugere um lugar interessante para visitarem juntosÉ o aniversario dele (a). O que acontece no dia?A. você esquece ou finge que esqueceB. prepara um jantar a dois C. reúne os amigos Ele (a) propõe incrementar a decoração do quarto, comprando cama nova, espelho etc. Você diz que: A. está tudo como você gosta, não vê necessidade de obras B. a reforma da cozinha é prioritária C. tudo bem, mas você escolhe o tamanho da cama Ele (a) chega em casa com um apetrecho erótico. Você:A. dá um passa-fora e manda ele (a) dar aquilo para a mãe B. pensa: que idéia estranha? C. diz que a qualquer hora vocês devem experimentá-lo Ele (a) foi convidado pelo chefe para passar um fim de semana no sítio. Você:A. diz que não gosta da mulher do tal chefe e, por isso não vaiB. sente que precisa de roupas apropriadasC. sugere que levem um bom presente###PONTUAÇÃOAs respostas da letra A valem 1 ponto, da letra B 2 pontos e a letra C 3 pontos. Some os pontos e confira o resultado:Até 21 pontos: É quase certa a existência de uma terceira pessoa no relacionamento e, mesmo que inconsciente, o desejo por ela é grande. A vida a dois está difícil de suportar. É hora de resolver as questões pendentes antes que aconteça o pior. Entre 22 e 27 pontos: Existe uma crise que pode ser superada. A intenção de um resgate é possível, pois os valores do relacionamento são visÍveis. Falta somente apimentar um pouco mais a relação.Entre 28 e 33 pontos: A vida a dois está boa para ambos. Ainda existe respeito e atenção, a atração funciona com o amor e o sexo é possível sem estresse. É só relaxar e gozar.
Fonte:gazetaweb
.João Lyra tem 42% contra 36% de Téo
Por: MÁRIO LIMAEditor de Política
A pesquisa levantou a preferência do eleitor sobre os dois únicos nomes até agora declarados como candidatos a governador
Para o governo de Alagoas, o deputado federal João Lyra (PTB) aparece, na primeira pesquisa de opinião do Instituto Gape para as eleições de outubro, com 42% da preferência dos alagoanos entrevistados - 6 pontos percentuais a mais que o segundo candidato listado na amostragem, o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), que obteve 36% das intenções de voto. Ainda de acordo com as respostas do formulário distribuído entre 800 eleitores de todo o Estado, 13% não sabem ainda em quem votar e 9% não opinaram.coalizõesO candidato João Lyra vai disputar a eleição de outubro com uma aliança que inclui o PMN, do virtual candidato a vice, o presidente da Assembléia Legislativa, Celso Luiz, e o PFL, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô, candidato ao Senado.O senador Teotônio Vilela Filho, também já anunciado, é o candidato do bloco governista, que ainda não tem vice definido, e aposta em uma coalizão que inclui o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), candidato ao Senado, mas que ainda se defende na Justiça, acusado de crime eleitoral, e o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB). Ambas as coligações deverão enfrentar problemas com a verticalização, mas tentarão formar as já chamadas “alianças brancas”. Renan, por exemplo, está em um ninho tucano e é aliado de Lula; do outro lado, Nonô é um visceral crítico de Lula e está aliado ao PTB, base política do presidente. ///
Fonte: gazetaweb
A pesquisa levantou a preferência do eleitor sobre os dois únicos nomes até agora declarados como candidatos a governador
Para o governo de Alagoas, o deputado federal João Lyra (PTB) aparece, na primeira pesquisa de opinião do Instituto Gape para as eleições de outubro, com 42% da preferência dos alagoanos entrevistados - 6 pontos percentuais a mais que o segundo candidato listado na amostragem, o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), que obteve 36% das intenções de voto. Ainda de acordo com as respostas do formulário distribuído entre 800 eleitores de todo o Estado, 13% não sabem ainda em quem votar e 9% não opinaram.coalizõesO candidato João Lyra vai disputar a eleição de outubro com uma aliança que inclui o PMN, do virtual candidato a vice, o presidente da Assembléia Legislativa, Celso Luiz, e o PFL, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô, candidato ao Senado.O senador Teotônio Vilela Filho, também já anunciado, é o candidato do bloco governista, que ainda não tem vice definido, e aposta em uma coalizão que inclui o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), candidato ao Senado, mas que ainda se defende na Justiça, acusado de crime eleitoral, e o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB). Ambas as coligações deverão enfrentar problemas com a verticalização, mas tentarão formar as já chamadas “alianças brancas”. Renan, por exemplo, está em um ninho tucano e é aliado de Lula; do outro lado, Nonô é um visceral crítico de Lula e está aliado ao PTB, base política do presidente. ///
Fonte: gazetaweb
Votar em Lula de novo é um absurdo, diz Caetano
Por: bbc brasil.com.
LONDRES - O cantor e compositor Caetano Veloso disse em entrevista à BBC Brasil que acha "absurdo" votar novamente no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Votar em Lula de novo? De maneira nenhuma. Não voto nele agora de maneira nenhuma", afirmou.
De acordo com Caetano, o voto no presidente nas eleições de 2006 é "uma maluquice". "Ainda mais depois de tudo isso, dessa história do Palocci." O cantor visitou a sede do Serviço Mundial da BBC, em Londres, na sexta-feira.
Gil e Lula
Apesar de crítico em relação ao atual governo, Caetano não condena a participação do amigo Gilberto Gil no Ministério da Cultura, mesmo admitindo que, em seu entender, o governo Lula traz "traços políticos arcaicos pouco condizentes" com o tropicalismo representado por ele e Gil.
Em entrevistas anteriores, Caetano havia dito que Gil atuava como "o Lula do Lula", referindo-se ao papel de consciência crítica do atual governo que julgava ser exercido por Gil.
"O aspecto simbólico do Lula não é arcaico. É uma novidade na história brasileira. E também o Gil como Lula do Lula não é um arcaísmo. No próprio Ministério da Cultura, Gil mostrou preocupações e interesses que não são nada arcaicos."
Sem surpresas
O cantor e compositor acredita que as crises políticas vividas no governo Lula não são surpreendentes. "Vou lhe dizer: não fiquei muito surpreso, não. Porque esse pessoal da esquerda é muito auto-confiante. Pensam que pelo fato de serem de esquerda já é uma vantagem terem chegado ao poder. Então, não se preparam para fazer alguma coisa, não planejam um programa. Pensam que ser de esquerda é algo em si superior. Eu sou contra esse negócio."
De acordo com Caetano, a série de escândalos vividas pelo governo "se deve sobretudo a isso. O José Dirceu foi uma tradução escandalosa desse tipo de atitude".
Caetano, que já votou em Fernando Henrique Cardoso, não disse se repetirá o voto no PSDB. "Não sou obrigado a votar em (Geraldo) Alckmin. Posso até votar. Mas não pensei em votar em Alckmin. Pensei em votar em Roberto Mangabeira (Unger), mas a candidatura dele não se mostrou viável. Meu candidato é Roberto Mangabeira."
LONDRES - O cantor e compositor Caetano Veloso disse em entrevista à BBC Brasil que acha "absurdo" votar novamente no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Votar em Lula de novo? De maneira nenhuma. Não voto nele agora de maneira nenhuma", afirmou.
De acordo com Caetano, o voto no presidente nas eleições de 2006 é "uma maluquice". "Ainda mais depois de tudo isso, dessa história do Palocci." O cantor visitou a sede do Serviço Mundial da BBC, em Londres, na sexta-feira.
Gil e Lula
Apesar de crítico em relação ao atual governo, Caetano não condena a participação do amigo Gilberto Gil no Ministério da Cultura, mesmo admitindo que, em seu entender, o governo Lula traz "traços políticos arcaicos pouco condizentes" com o tropicalismo representado por ele e Gil.
Em entrevistas anteriores, Caetano havia dito que Gil atuava como "o Lula do Lula", referindo-se ao papel de consciência crítica do atual governo que julgava ser exercido por Gil.
"O aspecto simbólico do Lula não é arcaico. É uma novidade na história brasileira. E também o Gil como Lula do Lula não é um arcaísmo. No próprio Ministério da Cultura, Gil mostrou preocupações e interesses que não são nada arcaicos."
Sem surpresas
O cantor e compositor acredita que as crises políticas vividas no governo Lula não são surpreendentes. "Vou lhe dizer: não fiquei muito surpreso, não. Porque esse pessoal da esquerda é muito auto-confiante. Pensam que pelo fato de serem de esquerda já é uma vantagem terem chegado ao poder. Então, não se preparam para fazer alguma coisa, não planejam um programa. Pensam que ser de esquerda é algo em si superior. Eu sou contra esse negócio."
De acordo com Caetano, a série de escândalos vividas pelo governo "se deve sobretudo a isso. O José Dirceu foi uma tradução escandalosa desse tipo de atitude".
Caetano, que já votou em Fernando Henrique Cardoso, não disse se repetirá o voto no PSDB. "Não sou obrigado a votar em (Geraldo) Alckmin. Posso até votar. Mas não pensei em votar em Alckmin. Pensei em votar em Roberto Mangabeira (Unger), mas a candidatura dele não se mostrou viável. Meu candidato é Roberto Mangabeira."
Maioria acha que Lula será reeleito, diz Datafolha
Por: Folha Online
Pesquisa Datafolha divulgada na edição da Folha de S.Paulo deste domingo revela que mais da metade dos eleitores (52%) acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será reeleito em outubro. Só 18% dos entrevistados acreditam que o tucano Geraldo Alckmin será o vencedor. Outros 10% apostam na vitória do ex-governador Anthony Garotinho, do PMDB.De acordo com a pesquisa, a expectativa de vitória de Lula é maior no Nordeste (68%) --região onde Lula concentra seu maior percentual de votos. Só 7% dos entrevistados nordestinos acreditam na vitória de Alckmin --esse percentual é quase quatro vezes maior no Sudeste.RejeiçãoAlckmin continua sendo o candidato com o menor índice de rejeição: 17%. A taxa de rejeição ao presidente Lula caiu de 33% em março para 29% na atual pesquisa. A rejeição a Garotinho também recuou entre a última pesquisa e a feita agora: de 39% para 32%.No entanto, a pesquisa Datafolha mostra que 18% dos entrevistados que preferem o PSDB descartam votar em Alckmin. Entre os simpatizantes do PT, só 5% rejeitam votar em Lula.A pesquisaO levantamento de abrangência nacional do Datafolha foi feito na quinta e na sexta-feira. Foram ouvidas 3.795 pessoas em 182 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa anterior havia sido realizada entre os dias 16 e 17 de março.
Pesquisa Datafolha divulgada na edição da Folha de S.Paulo deste domingo revela que mais da metade dos eleitores (52%) acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será reeleito em outubro. Só 18% dos entrevistados acreditam que o tucano Geraldo Alckmin será o vencedor. Outros 10% apostam na vitória do ex-governador Anthony Garotinho, do PMDB.De acordo com a pesquisa, a expectativa de vitória de Lula é maior no Nordeste (68%) --região onde Lula concentra seu maior percentual de votos. Só 7% dos entrevistados nordestinos acreditam na vitória de Alckmin --esse percentual é quase quatro vezes maior no Sudeste.RejeiçãoAlckmin continua sendo o candidato com o menor índice de rejeição: 17%. A taxa de rejeição ao presidente Lula caiu de 33% em março para 29% na atual pesquisa. A rejeição a Garotinho também recuou entre a última pesquisa e a feita agora: de 39% para 32%.No entanto, a pesquisa Datafolha mostra que 18% dos entrevistados que preferem o PSDB descartam votar em Alckmin. Entre os simpatizantes do PT, só 5% rejeitam votar em Lula.A pesquisaO levantamento de abrangência nacional do Datafolha foi feito na quinta e na sexta-feira. Foram ouvidas 3.795 pessoas em 182 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa anterior havia sido realizada entre os dias 16 e 17 de março.
.Campeão com autoridade
Por:Bruno Agostini
Botafogo conquista facilmente seu 18º título carioca na vitória
por 3 a 1 sobre o Madureira, e ainda faz o artilheiro
O Rio de Janeiro é alvinegro pela 18ª vez. Depois de nove anos de jejum, o título do centésimo Campeonato Carioca vai para General Severiano novamente. Absoluto nas duas partidas da final, o Botafogo voltou a vencer o Madureira com autoridade: 3 a 1, com dois gols de Dodô e um de Reinaldo - Fábio Júnior marcou para o tricolor suburbano. Para completar a gloriosa festa, o atacante, que chegou ao Botafogo muito contestado - e virou o grande herói das finais - ganhou também o troféu de artilheiro da competição, com nove gols. Fez barba, cabelo e bigode.
A partida começou com o Botafogo cauteloso, embora estivesse longe de jogar na retranca. Apesar da vantagem, o time do técnico Carlos Roberto atacava com afobação e abria muitos espaços na defesa. O Madureira, na correria e força de vontade, pressionava. Em rápidos contra-ataques, Josafá explorava o buraco deixado entre o meio-campo e a defesa botafoguense. Mas faltava competência aos atacantes, que, afoitos, teimavam em chutar de longe. Ora a bola saía pela linha de fundo, ora encontrava as luvas de Lopes, que nem precisava se esforçar para defender.
Aos oito minutos, Ruy errou jogada no ataque e o Madureira chegou com perigo pela primeira vez. André Lima desperdiçou excelente chance, tocando mal a bola, que quase sobrou para ele mesmo. Com arrojo o goleiro Lopes defendeu nos pés do meia, na quina da pequena área, para alívio botafoguense.
O Madureira dominava e a massa alvinegra sofria. Restava vaiar as jogadas do Madureira.
Aos 13 minutos a torcida do Botafogo pediu pênalti sobre Dodô, ignorado pelo árbitro. Era o primeiro sinal de que o time se acertara em campo. Dois minutos depois, Zé Roberto pegou a bola em seu campo e avançou sem receber combate. A poucos metros da área do Madureira, já sem fôlego e equilíbrio, chutou para a fácil defesa de Renan.
Mas aos 18 minutos o grito de ''é campeão'' ecoou pela primeira vez a plenos pulmões. Dodô recebeu na intermediária, ajeitou e chutou com força. A bola, caprichosamente, resvalou em Djair e traiu o goleiro Renan, que nada pôde fazer: Como diriam os mais antigos, foi lá onde a coruja dorme, no ângulo direito: 1 a 0. A festa alvinegra começava a se desenhar inevitável.
O hino do clube embalava a coreografia da torcida: bandeirinhas e bandeirões, camisas, bexigas amarelas, estrelas solitárias, mãos espalmadas. Não faltou nem mesmo a ola para tirar do chão os torcedores.
A festa nas arquibancadas não parou mais desde aí. Aos 44 minutos, Dodô ainda teve tempo de acertar a trave, em linda cobrança de falta que quase entra no mesmo lugar do gol.
- Ainda não está nada ganho. Temos que manter a pegada no segundo tempo porque o Madureira vem com tudo - dizia o técnico Carlos Roberto na saída para o vestiário no intervalo, com o coro dos jogadores.
Não foram necessários mais do que quatro minutos no segundo tempo para o Botafogo garantir a taça. Zé Roberto fez linda jogada pela direita, tabelando com Reinaldo, invadiu a área e tocou na saída do goleiro, por cima, esbanjando categoria. A bola entraria mansamente, mas Dodô estufou as redes garantindo a artilharia isolada.
- Olhei para o Zé, para a bola, fiz as contas e não teve jeito. Tive que me isolar na artilharia. Mas ele ficou feliz - explicou, depois da partida, o gol que ganhou de presente do meia.
Os gritos de guerra e a coreografia febril e feliz tomaram conta de todo o anel do Maracanã. Rojões espocavam liberando tirinhas alvinegras sobre a geral.
- Ai, ai, ai, ai. Tá chegando a hora. O dia já vem, raiando meu bem, eu tenho que ir embora - gritavam os botafoguense o clássico refrão.
O Madureira sentiu o golpe fatal e demorou a voltar ao jogo. A pane durou cerca de cinco minutos, onde a monotonia era a tônica da partida. Nem o Botafogo atacava, nem o abatido Madureira conseguia acertar nenhuma jogada.
O time de Alfredo Sampaio, valente, voltou a incomodar, valorizando a conquista do Botafogo. Aos 12 minutos, Fábio Júnior, aos trancos e barrancos, entrou trombando com os zagueiros. O atacante levou a melhor. Na cara e na coragem tocou por baixo do goleiro Lopes, diminuindo para 2 a 1, estampando ares de preocupação nos mais pessimistas torcedores.
Mas o gol não foi capaz de diminuir a empolgação alvinegra. Animados com o título iminente os torcedores a tudo aplaudiam. Fosse um carrinho voluntarioso que abortava mais um contra-ataque do Madureira, fosse um passe bisonho que saía pela lateral.
Cansado de perder algumas chances de liquidar a fatura, Reinaldo recebeu bom passe depois de inteligente corta-luz de Zé Roberto e fechou a conta: 3 a 1, campeão incontestável.
Nesta hora, os vendedores de sorvete trocaram de mercadoria. Saíram os picolés, entraram as faixas de campeão, consumidas freneticamente: ''Uma é R$ 3, duas é R$ 5!'', gritavam, sendo solicitados por muitos.
Nilton Santos, Jairzinho, Gottardo, Gonçalves, Beth Carvalho e outros botafoguenses ilustres ou anônimos só tinham mais uma coisa a fazer ali: comemorar. Mas só até terça.
- Agora é hora de festejarmos o título. Mas sem exageros. Na terça-feira já é hora de começar a pensar no Fortaleza - lembrou o guerreiro Scheitd, capitão do time, preocupado com a estréia do Botafogo no Campeonato Brasileiro, no próximo fim de semana.
Madureira: Renan, Marcus Vinícius, Paulo César, Odvan e Paulo Roberto; Roberto Lopes, Djair, Maicon (Marquinho) e André Lima; Josafá (Rafael) e João Rodrigo (Fábio Júnior). Técnico: Alfredo Sampaio.
Botafogo: Lopes, Ruy, Rafael Marques, Scheidt e Bill (Júnior César); Thiago Xavier, Diguinho (Ataliba), Joilson (Gláuber) e Zé Roberto; Reinaldo e Dodô. Técnico: Carlos Roberto.
Local: Maracanã.
Árbitro: Wágner Tardelli.
Renda e Público: R$ 615.500 e 44.550 presentes.
Cartões amarelos: André Lima, Josafá, Roberto Lopes (Madureira), Scheidt, Reinaldo, Dodô (Botafogo). Gols: Dodô (18min). No segundo tempo, Dodô (4min), Fábio Júnior (12min), Reinaldo (35min)
Fonte: JB Online
Botafogo conquista facilmente seu 18º título carioca na vitória
por 3 a 1 sobre o Madureira, e ainda faz o artilheiro
O Rio de Janeiro é alvinegro pela 18ª vez. Depois de nove anos de jejum, o título do centésimo Campeonato Carioca vai para General Severiano novamente. Absoluto nas duas partidas da final, o Botafogo voltou a vencer o Madureira com autoridade: 3 a 1, com dois gols de Dodô e um de Reinaldo - Fábio Júnior marcou para o tricolor suburbano. Para completar a gloriosa festa, o atacante, que chegou ao Botafogo muito contestado - e virou o grande herói das finais - ganhou também o troféu de artilheiro da competição, com nove gols. Fez barba, cabelo e bigode.
A partida começou com o Botafogo cauteloso, embora estivesse longe de jogar na retranca. Apesar da vantagem, o time do técnico Carlos Roberto atacava com afobação e abria muitos espaços na defesa. O Madureira, na correria e força de vontade, pressionava. Em rápidos contra-ataques, Josafá explorava o buraco deixado entre o meio-campo e a defesa botafoguense. Mas faltava competência aos atacantes, que, afoitos, teimavam em chutar de longe. Ora a bola saía pela linha de fundo, ora encontrava as luvas de Lopes, que nem precisava se esforçar para defender.
Aos oito minutos, Ruy errou jogada no ataque e o Madureira chegou com perigo pela primeira vez. André Lima desperdiçou excelente chance, tocando mal a bola, que quase sobrou para ele mesmo. Com arrojo o goleiro Lopes defendeu nos pés do meia, na quina da pequena área, para alívio botafoguense.
O Madureira dominava e a massa alvinegra sofria. Restava vaiar as jogadas do Madureira.
Aos 13 minutos a torcida do Botafogo pediu pênalti sobre Dodô, ignorado pelo árbitro. Era o primeiro sinal de que o time se acertara em campo. Dois minutos depois, Zé Roberto pegou a bola em seu campo e avançou sem receber combate. A poucos metros da área do Madureira, já sem fôlego e equilíbrio, chutou para a fácil defesa de Renan.
Mas aos 18 minutos o grito de ''é campeão'' ecoou pela primeira vez a plenos pulmões. Dodô recebeu na intermediária, ajeitou e chutou com força. A bola, caprichosamente, resvalou em Djair e traiu o goleiro Renan, que nada pôde fazer: Como diriam os mais antigos, foi lá onde a coruja dorme, no ângulo direito: 1 a 0. A festa alvinegra começava a se desenhar inevitável.
O hino do clube embalava a coreografia da torcida: bandeirinhas e bandeirões, camisas, bexigas amarelas, estrelas solitárias, mãos espalmadas. Não faltou nem mesmo a ola para tirar do chão os torcedores.
A festa nas arquibancadas não parou mais desde aí. Aos 44 minutos, Dodô ainda teve tempo de acertar a trave, em linda cobrança de falta que quase entra no mesmo lugar do gol.
- Ainda não está nada ganho. Temos que manter a pegada no segundo tempo porque o Madureira vem com tudo - dizia o técnico Carlos Roberto na saída para o vestiário no intervalo, com o coro dos jogadores.
Não foram necessários mais do que quatro minutos no segundo tempo para o Botafogo garantir a taça. Zé Roberto fez linda jogada pela direita, tabelando com Reinaldo, invadiu a área e tocou na saída do goleiro, por cima, esbanjando categoria. A bola entraria mansamente, mas Dodô estufou as redes garantindo a artilharia isolada.
- Olhei para o Zé, para a bola, fiz as contas e não teve jeito. Tive que me isolar na artilharia. Mas ele ficou feliz - explicou, depois da partida, o gol que ganhou de presente do meia.
Os gritos de guerra e a coreografia febril e feliz tomaram conta de todo o anel do Maracanã. Rojões espocavam liberando tirinhas alvinegras sobre a geral.
- Ai, ai, ai, ai. Tá chegando a hora. O dia já vem, raiando meu bem, eu tenho que ir embora - gritavam os botafoguense o clássico refrão.
O Madureira sentiu o golpe fatal e demorou a voltar ao jogo. A pane durou cerca de cinco minutos, onde a monotonia era a tônica da partida. Nem o Botafogo atacava, nem o abatido Madureira conseguia acertar nenhuma jogada.
O time de Alfredo Sampaio, valente, voltou a incomodar, valorizando a conquista do Botafogo. Aos 12 minutos, Fábio Júnior, aos trancos e barrancos, entrou trombando com os zagueiros. O atacante levou a melhor. Na cara e na coragem tocou por baixo do goleiro Lopes, diminuindo para 2 a 1, estampando ares de preocupação nos mais pessimistas torcedores.
Mas o gol não foi capaz de diminuir a empolgação alvinegra. Animados com o título iminente os torcedores a tudo aplaudiam. Fosse um carrinho voluntarioso que abortava mais um contra-ataque do Madureira, fosse um passe bisonho que saía pela lateral.
Cansado de perder algumas chances de liquidar a fatura, Reinaldo recebeu bom passe depois de inteligente corta-luz de Zé Roberto e fechou a conta: 3 a 1, campeão incontestável.
Nesta hora, os vendedores de sorvete trocaram de mercadoria. Saíram os picolés, entraram as faixas de campeão, consumidas freneticamente: ''Uma é R$ 3, duas é R$ 5!'', gritavam, sendo solicitados por muitos.
Nilton Santos, Jairzinho, Gottardo, Gonçalves, Beth Carvalho e outros botafoguenses ilustres ou anônimos só tinham mais uma coisa a fazer ali: comemorar. Mas só até terça.
- Agora é hora de festejarmos o título. Mas sem exageros. Na terça-feira já é hora de começar a pensar no Fortaleza - lembrou o guerreiro Scheitd, capitão do time, preocupado com a estréia do Botafogo no Campeonato Brasileiro, no próximo fim de semana.
Madureira: Renan, Marcus Vinícius, Paulo César, Odvan e Paulo Roberto; Roberto Lopes, Djair, Maicon (Marquinho) e André Lima; Josafá (Rafael) e João Rodrigo (Fábio Júnior). Técnico: Alfredo Sampaio.
Botafogo: Lopes, Ruy, Rafael Marques, Scheidt e Bill (Júnior César); Thiago Xavier, Diguinho (Ataliba), Joilson (Gláuber) e Zé Roberto; Reinaldo e Dodô. Técnico: Carlos Roberto.
Local: Maracanã.
Árbitro: Wágner Tardelli.
Renda e Público: R$ 615.500 e 44.550 presentes.
Cartões amarelos: André Lima, Josafá, Roberto Lopes (Madureira), Scheidt, Reinaldo, Dodô (Botafogo). Gols: Dodô (18min). No segundo tempo, Dodô (4min), Fábio Júnior (12min), Reinaldo (35min)
Fonte: JB Online
.Bastos antecipa depoimento para tentar escapar da crise
Por: Karla Correia e Lorenna Rodrigues
Renan Calheiros, presidente do Senado, se reúne hoje com líderes para definir data
BRASÍLIA - Diante da ameaça iminente de se tornar a próxima vítima do escândalo que já derrubou Antonio Palocci do Ministério da Fazenda e do posto de homem forte do governo Lula, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, concentra esforços nesta semana para antecipar seu comparecimento ao Congresso. Ele pretende contornar os efeitos da reportagem da Veja desta semana. A revista afirma que o ministro teria colaborado com Palocci na quebra de sigilo do caseiro durante reunião dia 23 de março em que também estavam o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e o advogado Arnaldo Malheiros Filho.
Em nota, Thomaz Bastos negou que soubesse da entrega do extrato de Francenildo a Palocci, mas confirmou a reunião.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB - AL), se reúne hoje pela manhã com os líderes partidários para definir a data do depoimento de Bastos. O ministro deve falar sobre o possível envolvimento de dois dos seus auxiliares na quebra de sigilo.
– A data vai depender da disposição dos líderes. Não vou influenciar nesta agenda para que a decisão não fique caracterizada como monocrática – afirmou Renan.
A presença do secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e do chefe de gabinete do ministro, Cláudio Alencar, na residência oficial de Antonio Palocci na noite em que Jorge Mattoso entregou o extrato a Palocci fragilizou a situação do ministro da Justiça. Thomaz Bastos quer ser ouvido “o quanto antes”. Ele irá reiterar sua disposição em comparecer ao Congresso em um segundo ofício hoje. A idéia é dar resposta rápida às acusações e tentar esgotar o escândalo que se aproxima cada vez mais do ministro.
Governistas tentam evitar o depoimento na CPI dos Bingos. Bastos deve depor no plenário do Senado, ambiente muito menos hostil do que um plenário da CPI.
Fonte: JB Online
Renan Calheiros, presidente do Senado, se reúne hoje com líderes para definir data
BRASÍLIA - Diante da ameaça iminente de se tornar a próxima vítima do escândalo que já derrubou Antonio Palocci do Ministério da Fazenda e do posto de homem forte do governo Lula, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, concentra esforços nesta semana para antecipar seu comparecimento ao Congresso. Ele pretende contornar os efeitos da reportagem da Veja desta semana. A revista afirma que o ministro teria colaborado com Palocci na quebra de sigilo do caseiro durante reunião dia 23 de março em que também estavam o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e o advogado Arnaldo Malheiros Filho.
Em nota, Thomaz Bastos negou que soubesse da entrega do extrato de Francenildo a Palocci, mas confirmou a reunião.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB - AL), se reúne hoje pela manhã com os líderes partidários para definir a data do depoimento de Bastos. O ministro deve falar sobre o possível envolvimento de dois dos seus auxiliares na quebra de sigilo.
– A data vai depender da disposição dos líderes. Não vou influenciar nesta agenda para que a decisão não fique caracterizada como monocrática – afirmou Renan.
A presença do secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e do chefe de gabinete do ministro, Cláudio Alencar, na residência oficial de Antonio Palocci na noite em que Jorge Mattoso entregou o extrato a Palocci fragilizou a situação do ministro da Justiça. Thomaz Bastos quer ser ouvido “o quanto antes”. Ele irá reiterar sua disposição em comparecer ao Congresso em um segundo ofício hoje. A idéia é dar resposta rápida às acusações e tentar esgotar o escândalo que se aproxima cada vez mais do ministro.
Governistas tentam evitar o depoimento na CPI dos Bingos. Bastos deve depor no plenário do Senado, ambiente muito menos hostil do que um plenário da CPI.
Fonte: JB Online
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