Publicado em 3 de março de 2024 por Tribuna da Internet
Igor Gadelha
Metrópoles
Em conversas reservadas, Bolsonaro avalia que seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, só aceitou fazer delação premiada porque estaria sob forte pressão ao ser mantido preso por mais de 100 dias, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A aliados o ex-presidente tem lembrado que seu ex-ajudante de ordens ficou por quase um mês proibido de receber visitas da própria esposa e de seu pai, o general da reserva Mauro Lorena Cid.
ISOLAMENTO – A proibição para Cid receber a mulher e o pai ocorreu na penúltima semana de agosto de 2023. Ele trocou de advogado e acabou pedindo para fazer delação premiada, que foi homologada no dia 9 de setembro por Moraes, que então determinou que o tenente-coronel fosse libertado da prisão.
Nas conversas de bastidores, Bolsonaro tem comparado a situação de seu ex-ajudante de ordens à coação sofrida por presos da Operação Lava Jato, que só costumavam ser soltos após fechar delação premiada.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não importa o que Bolsonaro pense. O fato concreto é que Mauro Cid estava todo enlameado. Além de envolvido no esquema do golpe de estado, ele também se meteu na falsificação dos cartões de vacinação e na compra e venda de joias, relógios e obras de arte presenteadas à Presidência da República. Se não fizesse delação premiada, Mauro Cid iria pegar longa pena de prisão. (C.N.)