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domingo, junho 11, 2023

Lula melhora no Sudeste e mantém vantagem entre as mulheres, diz pesquisa Ipec

Publicado em 11 de junho de 2023 por Tribuna da Internet

Sudeste inclui os três maiores colégios do país, São Paulo, Minas e Rio

Pedro do Coutto

A segunda parte da pesquisa do Ipec, analisada na edição de ontem de O Globo por Hyndara Freitas e Marlen Couto, revela que a posição do presidente Lula da Silva junto à opinião pública melhorou no Sudeste tomando por base a comparação com o resultado das urnas de outubro de 2022. O Sudeste inclui os três maiores colégios do país, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e representa mais de 40% do eleitorado brasileiro.

Na região, 11% consideram o governo ótimo e 25% regular. Consideram ruim e péssimo, 29%, enquanto 31% avaliam-no como regular. Como as pesquisas de opinião pessoal tem o seu valor maior nos posicionamentos de ponta, na minha opinião, regular significando uma neutralidade, verifica-se que a parte positiva maior, 36 pontos, está com Lula, contra 29 pontos que o consideram entre ruim e péssimo.

TENDÊNCIA – O dado surpreende porque não foi essa a tendência da região revelada nas urnas de outubro. Pelo contrário. No Nordeste a posição de Lula da Silva continua inabalável; 45% acham o governo entre bom e ótimo, contra 23% que o classificam como péssimo e ruim.

A pesquisa basicamente foi para definir os posicionamentos por sexo, mas na minha opinião a importância maior está nas diferenças regionais, principalmente a alteração no Sudeste do país. No Sul, reunindo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Lula é considerado entre ótimo e bom por 31%, e ruim e péssimo por 40%. Permanece, portanto, a tendência do ano passado.

APROVAÇÃO – Reportagem de Camila Turtelli e Lauriberto Pompeu, O Globo deste sábado, com base nas tendências registradas na Comissão de Constituição e Justiça, revelam que Cristiano Zanin deve ser aprovado tranquilamente pelo Senado e assumir a vaga de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal.

Analisando-se a questão na prática, verifica-se que não há porque o Senado rejeitar um nome por uma visão político-partidária. Não é o caso. Até porque se um indicado pelo presidente da República for rejeitado, ele indicará outro nome. E manifestando-se contra alguém que vai ser aprovado facilmente, ele tem o apoio até de senadores do PL, os votos contrários criam um clima de hostilidade que não influenciam no cenário político do país.

TV DO PT – Muito bom o artigo de Dora Kramer na Folha de S. Paulo de ontem, mostrando o absurdo de o comando do PT desejar instalar no país uma televisão. Não faz o menor sentido. E se o governo aprovasse tal ideia, ficaria numa péssima posição diante das demais redes de TV e também junto à opinião pública.

Ao contrário da publicidade comercial, a empresa jornalística somente se fortalece justamente pela sua não caracterização partidária. Na opinião de Dora Kramer, há também a questão dos custos e as necessidades tecnológicas para instalação de uma televisão. Não faz sentido.

DESENROLA –  O Banco do Brasil, o Itaú, o Bradesco e o Santander, maiores bancos do país, resolveram participar da operação “Desenrola” que visa zerar as dívidas de 30 milhões de pessoas, tanto no setor bancário quanto na área comercial, e que se encontram inadimplentes por dívidas de até R$ 5 mil.

A iniciativa ampliará e descentralizará sensivelmente o projeto que no início do seu lançamento possuía base apenas na Caixa Econômica Federal. O financiamento, pelo que se deduz, é automático. Mas os devedores vão ter que assumir – o que não se divulgou com destaque – juros mensais de 1,99%.

O programa assim caminha para o sucesso, pois desafoga metade dos inadimplentes do país, uma vez que zera as dívidas de até R$ 100 e atingem nada menos do que 1,5 milhão de pessoas.

RENÚNCIAS – Adriana Fernandes, em reportagem na edição de quinta-feira do Estado de S. Paulo, revela que em 2022 as renúncias tributárias e os incentivos fiscais no país foram sensivelmente ampliados no governo Bolsonaro e atingiram o montante de R$ 581 bilhões, nível mais alto dos últimos seis anos. Essa parcela de R$ 581 bilhões representa 11% do orçamento federal deste ano, que é de R$ 5,6 trilhões.

 “É demais”, sustenta o ministro Fernando Haddad, que disse na matéria que o universo das desonerações revela-se uma autêntica caixa-preta. Programou então para os próximos meses uma redução de R$ 150 bilhões em benefícios de efeito duvidoso.


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