Publicado em 23 de março de 2023 por Tribuna da Internet
Paolla Serra
O Globo
Preso há 45 dias, o ex-deputado federal Daniel Silveira tem dedicado boa parte do seu tempo atrás das grades para aprender a tocar violão, ler livros, escrever e manter a forma com exercícios físicos. O ex-parlamentar foi detido após descumprir determinações impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. Ele alega ser vítima de ilegalidades e nutre a esperança de ser solto.
Em uma cela coletiva na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, o ex-parlamentar divide espaço com o ex-vereador Gabriel Monteiro, preso por assédios sexual a menor, e outros detentos com nível superior. Perto dali, também está preso preventivamente outro ex-deputado, Roberto Jefferson, réu por tentativa de homicídio após disparar e lançar granadas em direção a policiais federais.
VISITA LIBERADA – Todos os dias, Silveira recebe visitas da sua mulher, a advogada Paola Silveira, que, desde a semana passada, tem a carteirinha da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio e consegue vê-lo sem a separação por um vidro.
Quando não está com a sua companheira, ele tenta seguir à risca a disciplina de fazer exercícios físicos como caminhadas e flexões. Antes do cárcere, treinava musculação e muay thai para manter 115 quilos distribuídos em 1,92 metro de altura.
O ex-parlamentar foi preso por descumprimento de medidas cautelares determinadas pelo STF, após se tornar réu por manifestações antidemocráticas
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A prisão de Silveira é discutível, porque ele recebeu indulto (graça) presidencial. E como não oferece ameaça à ordem pública, a prisão fica ainda mais discutível. Ou seja, o ex-deputado deveria ser solto, para responder em liberdade, na forma da lei. Aliás, nesse rumoroso caso, há um mistério insondável. Como está vivendo e pagando as contas a mulher de Silveira?. Afinal, as contas de marido e mulher estão bloqueadas e ela teve apreendido o dinheiro vivo que tinha em casa, cerca de R$ 270 mil, que alguém deve ter lhe dado. Mas quem é o benfeitor? Ora, é aí que reside o mistério. (C.N.)