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quarta-feira, dezembro 29, 2021

Bombardeiro furtivo de US$ 2 bilhões dos EUA não é tão "invisível" assim; entenda




B-2A Spirit, bombardeiro furtivo construído pela Northrop Grumman

O B-2A Spirit, bombardeiro furtivo construído pela Northrop Grumman para as Forças Armadas dos Estados Unidos, avaliado em cerca de US$ 2 bilhões, pelo jeito não é tão furtivo ou invisível aos radares quanto o governo hoje comandado por Joe Biden gostaria.

Um usuário do Twitter publicou uma imagem na qual o bombardeiro bilionário aparece flagrado em uma imagem do Google Maps. A foto foi registrada por satélite e conta, inclusive, com as coordenadas de latitude e longitude.

Segundo o registro, o B-2A Spirit foi fotografado enquanto sobrevoava Concórdia, cidade localizada na região Centro-Oeste dos Estados Unidos, em Missouri, e que abriga a base militar de Whiterman, “casa” dos valiosos bombardeiros.

Bombardeiro B-2 Spirit revolucionou aviação

Segundo o site da Força Aérea dos Estados Unidos, o B-2 Spirit é muito mais do que um avião de combate. Ele revolucionou a aviação do país.

“Suas características pouco observáveis, ou 'furtivas', dão a ele a habilidade única de penetrar nas defesas mais sofisticadas de um inimigo e ameaçar seus alvos mais valiosos e fortemente defendidos”, diz o site oficial.

O B-2 também apresenta enorme poder de fogo para, segundo o fabricante, suportar, em um curto espaço de tempo, qualquer lugar do globo por meio de defesas antes impenetráveis.

Entenda como aviões eram descobertos antes da invenção do radar

O avião é uma das maiores invenções do homem e pode ser utilizado para várias funções. A principal, claro, é como transporte para longas distâncias, o que tornou esse veículo o responsável por "diminuir" o tamanho da Terra. Entretanto, em outros momentos da humanidade, as aeronaves foram muito usadas em guerras, sobretudo na Primeira Guerra Mundial, que aconteceu entre os anos de 1914 e 1918.

Do ponto de vista estratégico, os aviões trouxeram novas nuances aos combates. Ao ver o campo de batalha de cima, os soldados conseguiam bombardear inimigos, avistar linhas de defesa adversárias e mapear os próximos passos das tropas, além de, eventualmente, efetuar resgates. Como não existiam radares na época, ter uma aeronave era uma enorme vantagem e determinante em vitórias esmagadoras.

Atualmente, os radares ajudam os aviões não apenas em exercícios militares, mas também na aviação comercial. Eles são muito úteis para auxílio na localização de aeronaves e também para evitar colisões, que são devastadoras quando pensamos em voos comerciais lotados.

Mas, voltando ao início do Século XX, novamente na Primeira Guerra Mundial, fica uma dúvida no ar (com o perdão do trocadilho): como os exércitos conseguiam detectar a aproximação de aviões sem a existência dos radares?

Tubas de guerra ou trompetas sonoras

Os radares foram inventados somente na Segunda Guerra Mundial, que aconteceu entre os anos de 1939 a 1945. Mas, na primeira grande guerra (1914-1918), os exércitos utilizavam artefatos conhecidos como tubas de guerra, objetos que mais pareciam aparelhos sonoros ou musicais do que propriamente um acessório bélico.

De modo bem espartano, os soldados simplesmente amplificavam suas habilidades auditivas para tentar localizar os aviões inimigos. Uma espécie de trompeta era conectada a um cabo, fazendo um formato que lembra muito a de um estetoscópio.

Acoplados aos ouvidos dos soldados, essas trompetas amplificavam os sons e davam a eles a condição de ouvir bem longe — mas não muito. O alcance era de poucos quilômetros, sem muita precisão. Além desses aparelhos, os soldados tinham que ter em mãos armas capazes de derrubar esses aviões.

Segundo relatos históricos, a eficiência desse sistema era bem baixa, bem como o número de abates realizados com a detecção das tubas de guerra. Ainda assim, esses aparelhos foram amplamente utilizados por britânicos e franceses nas batalhas contra os alemães, que dispunham de tecnologia bem avançada para a época, como os aviões Zeppelin.

Para tentar ampliar o alcance, os ingleses até tentaram criar mecanismos como os chamados espelhos acústicos, mas sem muito sucesso.

Nos anos seguintes à Primeira Guerra, a tecnologia foi sendo melhorada, sobretudo com o uso de microfones, para efetuar a captação e não somente o ouvido humano amplificado.

Yahoo / DefesaNet

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